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Rinite alérgica

A palavra alergia deriva do grego allos (outro) + ergia (ação, eficácia). Assim, alergia quer dizer “ação diferente”.

Hipersensibilidade

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O ser humano está exposto a uma série de agentes como ácaros, fungos, insetos, alimentos e medicamentos.

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Em indivíduos geneticamente predispostos esses agentes podem desencadear um resposta “exagerada” do sistema imunológico, também conhecida como hipersensibilidade.

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É como se o sistema imunológico considerasse o agente mais agressivo do que realmente é.

A herança genética é a base para ter alergia, mas é necessária a associação com fatores do ambiente.

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A doença alérgica pode manifestar-se em qualquer idade, pois vai depender do ambiente em que a pessoa vive ou do momento em que se expõe a um determinado agente.

As doenças alérgicas hoje são um problema de saúde pública, pois ocorrem em cerca de 10% a 20% da população mundial.

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Alergistas (imunologistas clínicos) são médicos especialistas, capacitados para o diagnóstico, a prevenção e o tratamento de doenças alérgicas.

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Principais doenças alérgicas

Destacam-se: rinite, asma, sinusite, conjuntivite, urticária, reações a medicamentos, alergia a picada de insetos, eczemas (contato, atópica) e anafilaxia.

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Alergia respiratória

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Alergias podem acometer o sistema respiratório, desde o nariz até os brônquios, sendo a asma e a rinite alérgica as doenças mais comuns.

Asma

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Asma é uma doença que se caracteriza por crises de falta de ar, chiado e sensação de aperto no peito, geralmente acompanhadas de tosse.

Rinite: fator de risco para a asma

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A rinite alérgica manifesta-se por crises de espirros, coriza, coceira e entupimento nasal, podendo atingir também os olhos, os ouvidos e a garganta.

Ambas têm muito em comum: cerca de 80% das pessoas que têm asma, apresentam também rinite.

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Por outro lado, a rinite alérgica é considerada um fator de risco para a asma, sendo observado que em torno de 40% dos pacientes com rinite apresentam asma.

Inflamações crônicas importantes

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A asma e a rinite são doenças inflamatórias crônicas das vias respiratórias, desencadeadas pela exposição frequente e repetida aos alérgenos inaláveis e agravada por poluentes ambientais.

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Imaturidade imunológica = mais infecções

Crianças pequenas são imaturas do ponto de vista imunológico e, por isso, tendem a apresentar mais infecções respiratórias comparadas com crianças maiores e com adultos.

Os sintomas principais da rinite são: espirros, coriza, coceira e congestão nasal, podendo confundir-se com resfriados repetidos. Veja a classificação:

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Parece uma doença simples, mas a repetição das crises pode acarretar complicações como infecções, levando à necessidade do uso repetido de antibióticos.

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Imunodeficiências

a1 a3 Quando uma criança apresenta infecções recorrentes, deve-se investigar também se ela é portadora de algum tipo de imunodeficiência ou se é uma reação normal para sua idade.

Lembre os sinais de alerta para imunodeficiência primária (diferente de AIDS).

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Principais sinais e sintomas

Os sintomas clássicos da rinite alérgica são: espirros em salva; coriza abundante e clara; coceira (em nariz, olhos, ouvidos, garganta) e obstrução nasal.

A tosse pode acompanhar a rinite nos casos de gotejamento de secreção pós-nasal e sinusite associada, sendo, em geral, seca e com piora noturna acentuada.

Diagnóstico diferencial de resfriados (IVAS) e gripes

Resfriados e gripes são doenças contagiosas, causadas por vírus.

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A rinite é uma doença herdada, ou seja, tem origem genética (hereditária) e suas crises repetidas podem complicar o problema e acometer outros locais vizinhos ao nariz: seios da face, olhos, ouvidos, garganta e pulmões.

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Dessa forma, mesmo que a imunidade esteja normal, podem surgir infecções respiratórias, sinusite, amigdalite, faringite etc.

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O tratamento adequado da rinite permite o controle adequado do problema.

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Tratamento: a partir de que idade?

O tratamento da asma e da rinite alérgica com especialista pode ser feito em qualquer idade.

Quanto mais cedo o diagnóstico for definido e estabelecido as causas do processo alérgico, melhores os resultados obtidos no controle da doença.

Crianças que dormem com a boca aberta e roncam

O ronco pode ocorrer na vigência de resfriados ou gripes.

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Mas, quando se torna repetido ou crônico, deve ser investigado, pois não é normal.

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Crianças que roncam apresentam obstrução de vias respiratórias superiores (nariz e garganta).

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A causa mais comum de roncos na infância é a rinite alérgica e/ou aumento no tamanho de amígdalas e adenoides.

O diagnóstico correto e precoce é muito importante.

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Que tipo de exame é feito para descobrir a causa da rinite?

O diagnóstico da rinite alérgica não se baseia somente em exames.

O médico alergista analisa o histórico de cada paciente, seus sintomas, dados de sua saúde pregressa, pessoal e familiar, aliados aos achados do exame físico.

Os testes realizados na pele ou no sangue definem o diagnóstico.

Ácaro

Qual o melhor tratamento?

O tratamento da rinite alérgica baseia-se em 4 pontos:

  • 1) pesquisa e controle de fatores que possam causar ou agravar a doença,
  • 2) controle dos ácaros da poeira no ambiente da casa, em especial no dormitório do alérgico,
  • 3) uso de medicamentos, que podem ser utilizados para alívio das crises, bem como para controlar a doença e prevenir novas crises,
  • 4) imunoterapia (ou vacina para alergia), tratamento capaz de modificar a história natural da doença e controlar a rinite alérgica a longo prazo.

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Ambientes úmidos

Vários estudos científicos relacionam o maior risco de desenvolvimento de alergias em pacientes que vivem em ambientes úmidos, os quais contribuem para o desenvolvimento de ácaros e fungos, principais desencadeantes de crises de rinite alérgica.

Há cidades no Brasil onde o tempo é muito úmido, condição que pode ser desencadeadora de graves alergias.

ISAAC

A mestre em alergia e presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia Regional Paraná (ASBAI-PR), Dra. Loraine Landgraf, conta que um estudo realizado no Brasil chamado ISAAC (The International Study of Asthma and Allergies in Childhood) mostrou que a prevalência média de sintomas relacionados à rinite alérgica foi de 29,6% entre adolescentes e 25,7% entre crianças na fase escolar.

Quanto aos sintomas de asma a prevalência foi de 19% e 24%, respectivamente, entre crianças e adolescentes.

“O Brasil está no grupo de países que apresentam as maiores taxas de prevalência de asma e rinite alérgica no mundo, sendo a rinite a de maior ocorrência entre as doenças respiratórias crônicas”, explica Dra. Loraine.

Nosso país tem dimensões continentais, por isso possui uma diversificação climática bem ampla.

São verificados aqui desde climas muito úmidos e quentes, como é o caso de grande parte da região Amazônica, até climas semiáridos muito fortes, ou seja, secos, próprios do sertão nordestino.

Algumas dicas que podem contribuir para deixar o ambiente mais seguro na luta contra ácaros e fungos:

  1. Verifique se existe alguma situação que favoreça a umidade em casa, tais como infiltrações e vazamentos;
  2. Conserte vazamentos hidráulicos, evitando a proliferação de fungos;
  3. Remova o mofo das superfícies visíveis, por exemplo, nos banheiros;
  4. Utilize capas antialérgicas para colchões, almofadas e travesseiros. Essas capas devem ser impermeáveis, pois evitam a penetração da umidade e, consequentemente, o desenvolvimento de ácaros e fungos.
  5.  A cada três semanas essas capas devem ser lavadas.- Retire todos os tapetes e carpetes, principalmente, do quarto de dormir;
  6. Tome todas as medidas para reduzir a quantidade de poeira, tais como tirar os objetos que facilitam o acúmulo de pó e umidade tais como livros, revistas, bichos de pelúcia, entre outros.
  7. Tente sempre arejar e deixar ventilando bem os ambientes da casa. Prefira casas bem ensolaradas;
  8. Evite o uso de cortinas, prefira persianas. No caso de precisar manter as cortinas, essas devem ser leves e lavadas frequentemente.
  9. Retire as roupas que ficam guardadas por muito tempo, lave-as e coloque-as ao sol antes de usar.

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  • http://www.asbai.org.br/imagebank/ALERGIA-PERGUNTAS-E-RESPOSTAS.pdf
  • http://www.asbai.org.br/secao.asp?s=81&id=938