Arquivo da categoria: Higiene

Higiene

Piolhos X Dimeticona (4%)

Pediculose (Piolho)

É uma doença provocada pela infestação de Pediculus humanus var capitis (piolho) e lêndeas no couro cabeludo. Atinge preferencialmente crianças em fase escolar.

O que é o piolho?

É um inseto que se alimenta de sangue humano, parasita o couro cabeludo e vive em torno de 30 dias. Não voa e não pula.slide_18

A fêmea deposita seus ovos (lêndeas) presos ao fio de cabelo e pode colocar até 300 ovos durante sua vida.300px-Headlice

Uma lêndea leva cerca de dez dias para sair do ovo e se tornar adulta. Cada uma mede 0,3 mm de comprimento, enquanto um piolho chega a 3 mm e vive até 40 dias.

Sintomas

O primeiro sintoma costuma ser uma intensa coceira (prurido) no couro cabeludo, principalmente na região da nuca e atrás das orelhas.

Na pediculose da cabeça, além do prurido intenso, podemos visualizar o parasita e seus ovos (lêndeas) no couro cabeludo do indivíduo acometido.Imagem7

Pode ocorrer infecção secundária em qualquer região. Na pediculose do couro cabeludo é comum o aparecimento de linfonodomegalia (ínguas) atrás das orelhas e na nuca.

Consequências

A intensa coceira no couro cabeludo pode ocasionar feridas, que são portas abertas para infecções bacterianas, como impetigo, além do aparecimento de gânglios, ansiedade e desconforto que leva ao baixo rendimento escolar.

piolho1 (1)

Como transmite?

A transmissão acontece:

  • pelo contato pessoal (direto) dos indivíduos infestados.
  • pelo uso coletivo de utensílios como: pentes, bonés, travesseiros, lenços de cabeça, presilhas, almofadas, chapéus, gorros etc.

Como evitar?

  • Lavar a cabeça, diariamente, evitando deixar os cabelos úmidos. Prender os cabelos somente quando estiverem secos.
  • Inspecionar a cabeça diariamente à procura de piolhos e lêndeas.
  • Passar assiduamente o pente fino para retirar piolhos e ninfas (piolhos em desenvolvimento).
  • Não entrar em contato com pessoas infestadas.
  • Não usar de forma coletiva: travesseiros, pentes e os demais objetos supracitados.parasita-piolho-3-728

Como tratar?

No tratamento da pediculose são utilizados, em geral, os mesmos medicamentos tópicos usados na escabiose (“sarna”).

É fundamental o tratamento dos familiares ou comunicantes do doente. Raramente é necessário o corte de cabelos de crianças acometidas.

Ao contrário do que muita gente pensa, a membrana que protege o ovo do piolho é super-resistente, feita de quitina, uma substância que compõe o esqueleto externo (exoesqueleto) dos artrópodes.

Portanto, para retirar a lêndea é preciso escorregá-la até o fim do fio. Se você não eliminar os ovos, o animal vai continuar se proliferando.

Alguns autores recomendam que a aplicação de uma solução de dimeticona (a 4%), repetida após uma semana, tem resultados superiores aos encontrados com permetrina (1%). Vide artigos abaixo.

Secador de cabelo

O secador de cabelo, usado com os fios secos, é uma arma importante para combater o piolho.

Usado da maneira correta, ele pode deixar a região com até 56 graus e matar o bicho pelo excesso de calor.

Avisar à escola

Além disso, uma das atitudes mais importantes para o tratamento é informar o colégio do seu filho que ele está com piolho. As escolas já estão acostumadas com esse tipo de aviso e devem manter sigilo sobre a criança, mas com certeza vão avisar os outros alunos por meio de uma circular ou um recado na agenda, para os pais tomarem alguns cuidados.

Esse tipo de comunicado é importante, porque ajuda a tratar o piolho assim que ele aparecer. Se você recebeu um aviso da escola dizendo que a cabeça do seu filho está infestada por esses insetos, faça uma conferência regularmente.

O combate comunitário é defendido pelos profissionais de saúde.tratar-piolhos-500x400

  • Passar frequentemente o pente fino, no mínimo uma vez ao dia.
  • Para cabelos crespos ou ondulados, use antes um creme rinse ou creme para pentear.
  • Quando estiver passando o pente fino, utilize sempre um pano (se possível, branco) evitando assim que os piolhos caiam na roupa.
  • Os piolhos, lêndeas e ninfas que caírem no pano, devem ser deixados em vinagre diluído em água por um período de 30 minutos, para que sejam mortos.

Retirar todas as lêndeas de acordo com os seguintes passos:

  1. Molhar um pedaço de algodão em vinagre (diluído em água na proporção de 1:1)
  2. Selecionar 3 ou 4 fios de cabelo que estejam com lêndeas;
  3. Com ajuda do algodão embebido em vinagre diluído, envolver os fios de cabelo (3 ou 4 no máximo) pressionando-os entre os dedos;
  4. Puxar lentamente no sentido da base do cabelo para a ponta e com a outra mão, segurar a base do cabelo para não machucar a criança;
  5. Trocar sempre que necessário o algodão, desprezando-o em um frasco com vinagre diluído em água para matar as lêndeas.

Ferver os objetos pessoais, tais como: pente, boné, lençol e roupas.

Nunca usar querosene, Neocid ou qualquer outro inseticida, pois são perigosos e tóxicos ao ser humano.

http://www.fiocruz.br/bibmang/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=90&sid=106

http://www.sbd.org.br/doencas/pediculose-piolho/

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/02/piolhos-e-lendeas-nao-tem-relacao-com-falta-de-higiene-dos-cabelos.html

tipos-de-piolho-com-logo-tt-width-641-height-329-bgcolor-FFFFFF

Mitos e verdades sobre a infestação de piolhos

1. Piolho se alimenta com sujeira?

R.: Não. Piolho se nutre de sangue, não da sujeira do cabelo.

2. Por que adultos não pegam piolho?

R.: Pegam sim, mas o contato entre as cabeças de crianças é maior, facilitando o contágio.

3. Piolho transmite doenças?

R.: Não. Mas feridas na cabeça causadas pela coceira podem acarretar infecções.

4. Piolho entra em cabelo com química de alisamento ou tintura?

R.: Sim.

5. Chapinha ou secador quente matam o piolho?

R.: Não, só estouram os ovos e aumentam a infestação.

6. Vinagre, cachaça e outras químicas do tipo matam o piolho?

R.: Não há nada na literatura científica que comprove a cachaça, já o vinagre é aliado das mães por facilitar a retirada das lêndeas.

7. Crianças alérgicas têm mais piolho?

R.: Não há nada comprovado, mas alérgicos suam mais no couro cabeludo, e parasitas adoram ambientes quentes.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/conheca-mitos-verdades-sobre-infestacao-de-piolhos-8357285#ixzz4B2MKNki4

info_piolho_05_02

Artigo 1:
Burgess IF, Brunton ER, Burgess NA. Single application of 4% dimeticone liquid gel versus two applications of 1% permethrin creme rinse for treatment of head louse infestation: a randomised controlled trial. BMC Dermatol 2013; 13:5.

Commentary

Head lice’s impact far exceeds its importance as a physical health problem. Although itch, papular erythema, and cervical adenopathy may occur in some patients, perhaps the more significant health impact of pediculosis is on mental health and not necessarily of the pediatric host.1

Feelings about head lice are universally negative ranging from mild displeasure on finding the insects to severe anxiety and even depression. Many negative issues associated with treatment have been identified, including the time treatment takes with no guarantee of cure.2

Insecticide resistance has made control more difficult at the individual and populations levels. Many pediculicides have to be combined with removal of lice by combing to achieve acceptable results. The introduction in 2007 of the dimeticones chemicals that kill climbers and eggs by physical means, heralded a new era in treatment of pediculosis. The study by Burgess et al will be welcome news to parents and guardians of primary school children, the main group that acquires pediculosis. It demonstrates that a topical gel treatment containing 4% high molecular weight dimeticone applied once for 15 minutes and washed off is effective in treating pediculosis in the UK. The UK is a tough testing ground for pediculicides because efficacy always seems decreased there compared with other countries.3

The final efficacy of 70% is not spectacular, it is good for the UK. Dimeticone was compared with a well-established two treatment regime of 1% permethrin, known “on the street” to be ineffective, in spite of well-documented resistance increasing in prevalence and intensity, it is still the insecticide recommended by many health authorities and systematic reviews. The final efficacy of permethrin was appalling at 15%. This prompted Burgess et al to ask why permethrin has not been removed from the market. Regulatory authorities face a conundrum: there are many head lice products and studies on efficacy are few. Furthermore, the prevalence of insecticide resistance varies with location, and even within a country, so multiple suitably-powered studies in different locations would be required. How can an authority de-register one product with demonstrated low efficacy when there are no current data on competing products? There is no agreement on which level of efficacy should trigger de-registration. An argument also could be made that resistance testing of lice in cases of pediculosis (a lice insecticidogram) is now needed to enable selection of the appropriate product.

The ineffectiveness of permethrin, based on suitable local evidence, should be widely publicized. Health authorities should change the recommended pediculicide from permethrin to the dimeticones, as has occurred in some jurisdictions in Australia. Burgess et al are to be congratulated, both for a well-conducted study that offers some relief for parents battling pediculosis and for raising the issue that health authorities need to promote decreased use of ineffective pediculicides. In practice, the most effective agents of change may be commercial watchdogs (more than health authorities) with an interest in combating misleading product claims.

Conclusions

The study showed one 15-minute application of 4% dimeticone liquid gel was superior to two applications of1% permethrin crème rinse. The low efficacy of permethrin suggests it should be withdrawn.

Tentativa de tradução:

Conclusões

O estudo demonstrou que uma aplicação de 15 minutos de gel de dimeticona líquido a 4% foi superior a duas aplicações de 1% de creme rinse com permetrina. A baixa eficácia da permetrina sugere que ela deveria ser retirada do mercado.

Referências

  1. Parison, J.C., Speare, R., and Canyon, D.V. Head lice: the feelings people have.Int J Dermatol.2013;52: 169–171
  2. Parison, J., Speare, R., and Canyon, D.V.Uncovering family experiences with head lice: the difficulties of eradication. Open Dermatology J. 2008; 2: 9–17
  3. Kurt, O., Balcioglu, J.C., Burgess, I.F., Limoncu, M.E., Girginkardesler, N., Tabak, T. et al.Treatment of head lice with dimeticone 4% lotion: comparison of two formulations in a randomised trial in rural Turkey. BMC Public Health. 2009; 9: 441novaescola226-bastapiolho
Artigo 2:

Balcioglu IC; Karakus M; Arserim SK; Limoncu ME; Töz S; Bastemur S; Öncel K; Özbel Y. Comparing the Efficacy of Commercially Available Insecticide and Dimeticone based Solutions on Head Lice, Pediculus capitis: in vitro Trials. Turkiye Parazitol Derg; 39(4): 305-9, 2015 Dec.

OBJECTIVE: Head lice infestation is a public health and social problem for almost all countries worldwide. For its treatment, insecticide and dimeticone-based solutions are currently available in the markets in many countries. We aimed to compare the efficacy of commercially available anti-head lice shampoos containing insecticide and physically effective products with different percentages of dimeticone using an in vitro technique. METHODS: Head lice specimens were collected from primary school children using special plastic and metal combs. Anti-head lice products were commercially purchased and used directly. The specimens were placed one by one in 5-cm Petri dishes containing a slightly wet filter paper and were kept in a plastic cage at 28±2°C and 50%±20% relative humidity. A standardized protocol was used for testing all the products, and mortality data were obtained after 24 h. Two control tests were performed with each batch of trials. For each product and control, 10-20 head lice specimens were used, and the results were statistically analyzed. RESULTS: Our study demonstrated that among all the tested products, two products containing mineral oils [5.5% dimeticone & silicone (patented product) and dimeticone (no percentage mentioned in the prospectus) & cyclopentasiloxane] were found to be more effective for killing head lice in vitro. CONCLUSION: Physically effective products can be repetitively used because they are non-toxic and resistance to them is not expected. To control the infestation at a public level, the use of these products needs to be encouraged with respect to their cost price.piolho (2)Artigo 3:

SPEARE, Richard. A single application of dimeticone is superior to two applications of permethrin in ridding head lice. James Cook University, Queensland, Australia. The Journal of Pediatrics. V.163, Issue 5, Pages, 1528–1532, November 2013

Recomendação da ABO-Odontopediatria: dentifrício com 1000 ppm de flúor para todas as crianças

TODAS AS CRIANÇAS DEVEM USAR DENTIFRÍCIO FLUORETADO DE PELO MENOS 1000 PPM DIARIAMENTE: RECOMENDAÇÃO DA ABO-ODONTOPEDIATRIA

A Associação Brasileira de Odontopediatria, entidade formadora de opinião sobre a saúde bucal em crianças e adolescentes, procura basear suas diretrizes e recomendações nas melhores evidências científicas disponíveis.

Cárie: problema de saúde públicatextocremedental_juliana.lemes.maior

Apesar de todos os esforços, a cárie dentária permanece como um importante problema de saúde pública, e as evidências científicas disponíveis nesse momento indicam que um importante fator para sua prevenção é a utilização diária de dentifrício fluoretado com 1000 ppm de flúor desde a erupção do primeiro dente.

Não existe nenhuma outra intervenção que apresente os mesmos benefícios dessa simples medida domiciliar.trabalho-e-pesquisa-sobre-pasta-de-dentes-e-enxaguante-bucal-3-638

trabalho-e-pesquisa-sobre-pasta-de-dentes-e-enxaguante-bucal-5-638

Nova recomendação

A recomendação anterior de que crianças menores de 6 anos deveriam usar dentifrício fluoretado de baixa concentração ou mesmo sem flúor foi superada pelas inúmeras pesquisas que apresentam fortes evidências científicas do benefício da utilização de dentifrício com 1000 ppm de Flúor.12479306_463524617172536_763542921_n

Evite a fluorose

Cuidados simples são efetivos para diminuir o risco da fluorose dentária.

O mais importante é controlar a quantidade utilizada do dentifrício (o ideal é apenas uma lambuzadela na escova) e, para as crianças menores, saber que a responsabilidade e o cuidado com a quantidade é sempre dos pais e/ou cuidadores.

Para todas as criançasabrasivos

Considerando esses aspectos, a abo-odontopediatria defende o uso de dentifrício fluoretado com 1000 ppm para TODAS as crianças, independentemente da idade.

Para oferecer a melhor evidência cientifica no tratamento odontopediátrico, a abo-odontopediatria mantém em constantemente atualização seu manual de referência para procedimentos clínicos.

pasta2-300x197 Essa publicação é uma boa fonte de atualização aos clínicos e segue todo rigor de uma analise critica e aprofundada da literatura cientifica disponível. As mais recentes recomendações para o uso de dentifrício fluoretado e as estratégias para controle da cárie e da fluorose dentária podem ser facilmente encontradas nessa publicação.pasta

A ciência traz novos conceitos

Além disso, frente ao amplo acesso à informação científica atual é inconcebível que conceitos ultrapassados sejam veiculados à população. Também não é aceitável que essa evidência construída com base em inúmeros estudos e, portanto, generalizável para a população, seja substituído por experiências e/ou práticas individuais observadas em clínicas isoladas ou mesmo em casos da própria família.pastas recomendadas

A ciência existe para que seus resultados sejam de fato postos em prática.

“Por fim, reafirmamos que a abo-odontopediatria indica para todas as crianças o uso diário de dentifrício fluoretado com 1000 ppm de flúor.”

http://abodontopediatria.org.br/site/?p=619

8 lugares mais infectados no shopping

1 – Pia do banheiro

A área mais suja em um banheiro, ao contrário do que muita gente pensa, não é o vaso sanitário, e sim a pia, segundo especialistas.

Para se proteger, lave bem as mãos depois de usar um banheiro público, ensaboando bastante e enxaguando em seguida.

Use um papel toalha para fechar a torneira ou abrir a porta e, caso o papel esteja em falta, desinfete a mão com álcool.

2 – Mesas da praça de alimentação

Ainda que a mesa pareça limpinha, ela pode ser um foco de bactérias como a Escherichia coli se não for lavada regularmente.

Para se proteger, os especialistas indicam que as pessoas levem lenços umedecidos na bolsa, especialmente os que contêm álcool em sua composição, para que elas mesmas possam fazer a higienização do ambiente antes de começar a comer.

3 – Corrimão da escada rolante

Nos testes feitos pelos especialistas foram encontrados, além da bactéria E.coli, urina, muco, fezes e sangue neste local.

“E onde há muco, você pode também encontrar o vírus da gripe”, disse um  infectologista. Proteja-se evitando tocar nessa superfície e, se o fizer, desinfete a mão em seguida

4 – Teclado do caixa eletrônico

Depois de testarem 38 teclados em diversas cidades, os especialistas concluíram que existem, em média, 1200 germes neste local.

A pior tecla, no entanto, é o “Enter”, porque todo mundo é obrigado a pressioná-la ao fazer uma operação bancária. Além de lavar bem as mãos depois de utilizar estas máquinas, é importante evitar tocar a boca ou no nariz durante o processo.

5 – Lojas de brinquedos

As lojas de brinquedos concentram muitas bactérias pelo fato de que as crianças brincam com os itens da prateleira, os colocam na boca, se esfregam neles e, depois, os devolvem.

Por isso, proteja seu filho – antes de presenteá-lo com uma novidade, desinfete o brinquedo com álcool.

6 – Provadores

Esses locais também estão no foco dos especialistas, porque depois que as pessoas provam as roupas, a células da pele acumulam-se nas peças, servindo como alimento para as bactérias se multiplicarem.

Para se proteger, somente experimente roupas íntimas com proteção, lave as peças antes de usar e evite a prática se estiver com algum corte no corpo.

7 – Lojas de eletrônicos

Milhares de pessoas não resistem às novidades tecnológicas como smartphones ou tablets de última geração, mas muita gente se esquece que estes objetos são tocados o dia todo e, dificilmente, são desinfetados.

De acordo com os especialistas, ficou comprovado que os vírus se espalham facilmente nas superfícies de vidro. Sendo assim, o ideal é limpar os aparelhos antes de testá-los nas lojas.

8 – Lojas com amostras de maquiagem

Um estudo constatou que entre 67% e 100% das amostras de maquiagem estavam contaminadas com bactérias, incluindo estafilococos, estreptococos e E. coli.

Para não contrair doenças, evite o contato com amostras na boca, olhos ou rosto e, se o fizer, desinfete com um lenço umedecido.

Fonte: Terra Saúde

Tossir com etiqueta (“cover your cough”)

Os pulmões possuem uma superfície que corresponde a cerca de 100m² no adulto. Ou seja, aproximadamente o tamanho de uma quadra de tênis.

Apesar de incômodo, a tosse é um importante aliado na proteção do organismo e um sinal de que algo não vai bem. No caso de um engasgo, por exemplo, ela é fundamental para “expelir o corpo estranho e evitar o sufocamento”.

A tosse também auxilia a detectar doenças que vão desde um resfriado, a problemas mais sérios como: gripe, pneumonia, asma, bronquite, tuberculose e câncer. Outra função é expelir a secreção respiratória (catarro), que pode conter micro-organismos (bactérias, vírus etc.).

Portanto, não se deve inibir a tosse, pois a secreção acumulada nas vias aéreas inferiores (pulmões) propicia a multiplicação de bactérias e aumenta os riscos de pneumonia.

Tosse com etiqueta

“Apesar de ser uma forma eficaz de eliminar secreções, a tosse também é um eficiente caminho de transmissão de doenças entre as pessoas”, avisa a Dra. Luci Corrêa, infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).

A maioria das doenças respiratórias pode ser transmitida por meio dela: seja resfriado comum, gripe ou outras doenças como pneumonia, sarampo, varicela, rubéola e tuberculose.

Daí a importância de tomar alguns cuidados ao tossir, uma atitude chamada por muitos especialistas de “tossir com etiqueta”.

O termo pode parecer estranho, mas assim como há a maneira correta de se comportar à mesa, há também o jeito certo de tossir. Não se trata apenas de uma questão de educação: tossir com etiqueta pode prevenir a disseminação de vírus como os da gripe e até evitar uma epidemia.

A recomendação não é apenas de especialistas, mas do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), uma organização americana de controle e prevenção de doenças, que criou a campanha Cover your Cough (“cubra sua tosse”).

As recomendações abaixo fazem parte da campanha Cover Your Cough . São atitudes simples e fáceis de tomar no dia a dia que podem evitar a disseminação de vírus, bactérias e a ocorrência de epidemias. Vale seguir esses conselhos.

  • Cubra a boca e o nariz com um lenço quando tossir ou espirrar.
  • Tussa ou espirre no seu antebraço, não em suas mãos, que são importantes veículos de contaminação.
  • Coloque o lenço usado no lixo.
  • Limpe as mãos depois de tossir ou espirrar. Lave-as com água e sabão e seque-as com papel toalha.

O que fazer quando estiver…cubra_sua_tosse_1254858778

Na rua

Cubra o nariz e a boca. Se não tiver lenço, procure um local para lavar as mãos. O ideal, nesse caso, é carregar o gel alcoólico na bolsa.

Na escola ou no trabalho

Em caso de doença febril com tosse, o melhor é evitar sair de casa, pois em escolas, creches ou no local de trabalho, o contato é bastante próximo. Mas se não for possível, respeite as regras de etiqueta da tosse.

À mesa

Quando a tosse aparecer, vire-se de lado, com a cabeça baixa e coloque o guardanapo à boca. Se a tosse continuar, levante-se e deixe a mesa. Procure beber água e espere a crise passar.

No cinema ou teatroProcure sentar nas poltronas laterais das fileiras. Quando tossir, abafe o som com um lenço ou saia da sala até que a crise passe.

Outros comentários interessantes:

SUPERPULMÃO

O pulmão é a superfície do corpo que tem maior contato com o meio externo. Para o ar que respiramos entrar em contato com o sangue levando oxigênio e trazendo gás carbônico, o pulmão possui uma superfície que no adulto corresponde a mais ou menos 100m², ou seja, aproximadamente o tamanho de uma quadra de tênis.

No caminho de ida, o ar é aquecido, umidificado e sofre um turbilhonamento cuja finalidade é fazer grudar nas paredes por onde passa as partículas que estiverem flutuando.

POEIRA

É por isso, por exemplo, que eliminamos poeira se assoarmos o nariz depois de andar por uma estrada empoeirada. Esse é um mecanismo de defesa que ajuda na limpeza dessas estruturas. Mesmo assim resíduos podem alcançar os brônquios e ficarão retidos nas paredes de suas bifurcações.

Embora sejam revestidos por cílios que, num movimento contínuo, empurram o muco para fora com a sujeira que nele aderiu, parte dela pode alcançar a área terminal do pulmão e comprometer seu funcionamento adequado. Essas partículas precisam sair de alguma forma.

REFLEXO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Para tanto, o pulmão se enche de ar. Um reflexo do sistema nervoso central fecha a epiglote e a musculatura toda se contrai para libertar o ar aprisionado. Isso gera uma pressão tão grande que, aberto o sistema, ele sai como um tiro e expulsa o que estiver lá dentro. Em termos gerais, é assim que funciona o mecanismo da tosse.

TOSSE PODE SER SINUSITE OU RGE

Normalmente, as pessoas associam a tosse ao pulmão, mas as duas causas mais frequentes desses episódios são o refluxo gastroesofágico (RGE) e a sinusite que nada têm a ver com o pulmão.

Muitos pacientes procuram os consultórios de pneumologia desanimados, porque já tiraram radiografias, tomaram xaropes e antibióticos e não melhoraram da tosse. Nesses casos, a causa do problema pode não estar no aparelho respiratório e, sim, no aparelho digestivo.

O refluxo gastroesofágico é provocado por dois fatores: o aumento da produção de ácido pelo estômago e pela incapacidade do cárdia (ou junção gastroesofágica) de fechar direito permitindo a volta do conteúdo do estômago para o esôfago.CoverCough

O estômago é revestido de tal forma que resiste à presença dessa acidez, mas no esôfago ela provoca uma reação inflamatória que por si só é capaz de ativar o reflexo da tosse. Agora, se esse ácido subir até as vias aéreas superiores, for aspirado e cair no pulmão, mesmo que esteja livre de bactérias, causa uma pneumonia extremamente grave, a pneumonia aspirativa, que também ativa o reflexo de tosse.

Para entender como é possível o ácido estomacal alcançar os pulmões, basta lembrar que todo sistema respiratório está submetido a uma pressão negativa e será aspirado tudo que vier de fora. Como muitas vezes o conteúdo do estômago sobe até a boca, é aspirado também.

MICROASPIRAÇÕES

Não precisa haver grande quantidade. Microaspirações são suficientes para desencadear a doença e o reflexo de tosse. O refluxo gastroesofágico é responsável por mais ou menos um terço dos casos de tosse crônica, principalmente da tosse seca.

TRATAMENTO DA TOSSE

 Drauzio – Vamos falar um pouco do tratamento da tosse. Você disse que dispomos de medicamentos para inibir a tosse, os xaropes. Você prescreve xaropes?

 Daniel Deheinzelin – Muito pouco. O xarope tem muito poucas indicações. O mecanismo fundamental para tratamento da tosse é a hidratação do muco. Quanto mais fácil for eliminá-lo, mais depressa a tosse vai desaparecer.

 Drauzio – Quer dizer que água é o melhor remédio para a tosse?Daniel Deheinzelin – Água é sempre o melhor remédio. Na verdade, existem diferentes tipos de xarope. Os mucolíticos, que tornam o muco mais fluido, têm eficiência muito pequena. Os broncodilatadores são mais eficientes para alguns casos de tosse, pois ajudam a abrir os brônquios para eliminar o muco acumulado. O terceiro tipo contém drogas que agem no sistema nervoso central e inibem o reflexo da tosse. São xaropes com base de codeína, normalmente derivados de morfina. Esses de fato funcionam, mas tratam da consequência e não da causa da tosse. Por isso, indico pouco o uso de xaropes.images

 Drauzio – E os tratamentos alternativos funcionam? Muita gente usa própolis, por exemplo, para diminuir as crises.

Daniel Deheinzelin – Não conheço estudos que demonstrem com solidez que esses medicamentos funcionem, mas há pacientes que dizem melhorar quando fazem uso deles.

 Drauzio – Algumas pessoas esfregam pomadas no peito quando estão com tosse. O calor local é anti-inflamatório?

Daniel Deheinzelin – Em geral, o que costuma acontecer é mais ou menos o seguinte: a pessoa pega uma tosse seca e passa uma pomada no peito. Esses produtos são extremamente irritantes, aumentam a produção de muco e a tosse que era seca vira produtiva. Daí, a pessoa acha que o fato de estar eliminando muco é sinal de melhora, o que é um engano. Ela só irritou mais as vias aéreas e mudou a característica da tosse.

 ORIENTAÇÕES PRÁTICAS

Drauzio – Além do tratamento especifico para a tosse, que medidas práticas você sugere aos pacientes?

Daniel Deheinzelin – Primeiro, é importante beber muita água. Segundo, observar se existe algum ambiente da casa onde a tosse fica mais intensa, porque existem processos alérgicos, principalmente a asma, que são desencadeados por fungos, mofo ou poeira, por exemplo. Notar se isso acontece ajuda não só no resultado do tratamento como a descobrir a causa do problema. Essas são orientações básicas para o paciente. Quanto ao médico, ele deve levantar a história o mais completa possível do paciente e procurar a causa para o aparecimento da tosse.

 Drauzio – Você manda tomar chá quente?

Daniel Deheinzelin – Só se a pessoa notar que alivia. Não é obrigatório. O importante é beber água.

 Drauzio – Fazer inalação ajuda a melhorar a tosse?Van-Gogh-Cover-Your-Cough-Poster-main

Daniel Deheinzelin – A inalação representa outra forma de fazer chegar líquido aos pulmões. Ela melhora a tosse, porque umidifica o muco e facilita sua eliminação. Feita com um broncodilatador, ajuda a abrir os brônquios. No entanto, pode-se dizer que o resultado de fazer inalação com água fervendo ou beber muita água é mais ou menos o mesmo.

 Drauzio – Tomar banho bem quente e aspirar o vapor d’água têm resultado semelhante?

Daniel Deheinzelin – O resultado será o mesmo da inalação se a pessoa aspirar bem o vapor durante o banho. Isso faz chegar líquido dentro das vias aéreas, o que ajuda a soltar o muco.

 Drauzio – Como mensagem final, poderíamos dizer que quem tem tosse deve hidratar-se bastante?

Daniel Deheinzelin – Essa é a primeira mensagem. A outra é que fundamental identificar a causa de qualquer tosse que dure mais de 10 ou 15 dias. Em geral, as pessoas acham que estão tossindo por causa de resfriado ou gripe. Nem sempre isso está certo. Tosse por tempo prolongado exige atendimento médico para diagnóstico. Terceira e última mensagem: mais da metade dos casos de tosse acontecem fora do pulmão e são provocados pelo refluxo gastroesofágico ou por sinusite, entre outras causas. Esses fatores desencadeantes não podem ser desprezados nem esquecidos no diagnóstico e para o tratamento.

Finalmente, o Ministério da Saúde explica:cubra_sua_tosse_1254858778 2

O que é resfriado?

O resfriado também é uma doença respiratória frequentemente confundida com a gripe, mas é causado por vírus diferentes. Os vírus mais comuns associados ao resfriado são os rinovírus, os vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório (RSV), que geralmente acometem mais crianças.

Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com da gripe, são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias. Os sintomas incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de febre é menos comum e, quando presente, é em temperaturas baixas.

As medidas preventivas utilizadas para evitar a gripe, como a etiqueta respiratória, também devem ser adotadas para prevenir os resfriados.

Outra doença que também tem sintomas parecidos e que pode ser confundida com a gripe é a rinite alérgica. Os principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta. A rinite alérgica não é uma doença transmissível e sim crônica, provocada pelo contato com agentes alergênicos (substâncias que causam alergia), como poeira, pelos de animais, poluição, mofo e alguns alimentos.

Como se prevenir?

Para redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente às de grande infectividade, como vírus Influenza, orienta-se que sejam adotadas medidas gerais de prevenção, tais como:

  1. – Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
  2. – Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  3. – Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  4. – Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  5. – Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  6. – Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  7. – Manter os ambientes bem ventilados;
  8. – Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.

FROM CDC, U.S.A.:keep-calm-and-cover-your-cough

Stop the spread of germs that can make you and others sick!

Influenza (flu) and other serious respiratory illnesses like respiratory syncytial virus (RSV), whooping cough, and severe acute respiratory syndrome (SARS) are spread by cough, sneezing, or unclean hands.

To help stop the spread of germs,

  • Cover your mouth and nose with a tissue when you cough or sneeze.
  • Put your used tissue in the waste basket.
  • If you don’t have a tissue, cough or sneeze into your upper sleeve or elbow, not your hands.
  • You may be asked to put on a facemask to protect others.
  • Wash your hands often with soap and warm water for 20 seconds.
  • If soap and water are not available, use an alcohol-based hand rub.

Referências:

http://drauziovarella.com.br/saude_suplementar/entrevistas-videos-saude_suplementar/tosse-2/

http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/perguntas-e-respostas-influenza

http://www.cdc.gov/flu/protect/covercough.htm

http://www.einstein.br/einstein-saude/proteja-se/Paginas/tossir-com-etiqueta-faz-bem-a-saude.aspx

Influenza em 2016: vacinas, creches e gestantes

Nenhum de nós está livre de adquirir as formas mais graves da gripe, especialmente a causada pelo vírus Influenza A (H1N1) que este ano chegou mais cedo.

  1. Quais vacinas existem contra a gripe 2016?

Há duas vacinas disponíveis: a trivalente e a tetravalente (ou quadrivalente). São os seguintes os vírus nelas contidos:

Trivalente: A (H1N1); A (H3N2); Influenza B (subtipo Brisbane)

Tetra ou Quadrivalente: A (H1N1); A (H3N2); 2 vírus Influenza B (subtipos Brisbane e Phuket)

Observe que o A (H1N1) está presente nas duas.

  1. Quem deve vacinar?

A vacina está indicada para todas as pessoas, exceto para bebês com menos de 6 meses de idade.

Mas atenção: dependendo do fabricante da vacina, um dos tipos da tetravalente só pode ser aplicado em crianças maiores de 3 anos de idade.

A trivalente pode ser dada para todos acima de 6 meses. Crianças de 6 meses a 1 ano tem que tomar duas doses com intervalo de 1 mês (entre elas).

  1. A vacina da rede pública é a mesma da rede particular?

Quem determina a composição necessária dos vírus contidos na vacina é a OMS (Organização Mundial da Saúde) que se baseia na maior circulação observada de vírus no Hemisfério Norte no ano anterior.

Em novembro de 2015, a Anvisa endossou a orientação da OMS e a vacina trivalente 2016, que contem os vírus determinados pela OMS, está sendo produzida pelo Instituto Butantan de São Paulo.

Importante: todas estas vacinas – da rede pública ou privada, trivalente ou tetravalente – devem proteger eficazmente contra os vírus da gripe de 2016.

  1. Quem tomou a trivalente pode tomar a tetravalente?

Pode, se quiser. Recebe proteção a mais contra um subtipo do vírus Influenza B. Mas deve guardar um intervalo de 1 mês entre as duas doses.

  1. Quem tomou a vacina em 2015 precisa tomar em 2016?

Sim, pois a vacina tem validade de 1 ano. Além disso, os vírus foram modificados de acordo com a sua maior incidência.

  1. E quem tomou a vacina de 2015 este ano, deve tomar também a de 2016?

As duas vacinas (2015 e 2016) conferem proteção contra os vírus A (H1N1) e A (H3N2). Para estes vírus as duas protegem. Porém, a diferença está no influenza B. Portanto, é aconselhável, SIM, tomar a vacina de 2016. Lembrando que deve haver um intervalo de 1 mês entre as duas aplicações.

7. Quem pode receber gratuitamente a vacina na rede pública?

Dia 04/04: começa a vacinação gratuita dos profissionais de saúde.

Dia 11/04: podem ser vacinadas as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas.

Dia 30/04: além dos grupos anteriores, podem receber a vacina puérperas de até 45 dias, detentos, funcionários da rede prisional e indígenas.o-que-e-o-h1n1

8. Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito?
Uma média de 2 a 3 semanas.

9.  Quem está com febre pode tomar a vacina? E quem está tomando antibiótico?

Recomenda-se que as pessoas com febre aguardem a resolução do processo para receber a vacina. Quem está tomando antibiótico deve conversar com seu médico e seguir as orientações específicas para cada um.gripe

10. Quais as contraindicações para a vacina?

As pessoas com alergia comprovada e importante ao ovo não devem receber a vacina. Quem está com imunodepressão, natural ou medicamentosa, deve receber orientações específicas do próprio médico.

11. Vacina da gripe causa gripe?
NÃO. A vacina é composta por fragmentos dos vírus ou por vírus mortos e por isso não dá gripe. Ocorre que como a vacina é aplicada numa época em que há muitos vírus circulando, as pessoas ficam mesmo mais gripadas. Mas certamente por outros vírus que não os contidos na vacina.

12.  Quais os principais efeitos colaterais da vacina?

Essa vacina em geral não dá sintomas de desconforto depois. As reações são bastante individuais. Algumas pessoas podem apresentar febre, mal estar e um pouco de dor no local da aplicação.

13. Quais são as contraindicações para a vacina?

De acordo com o Portal da Saúde, pessoas com alergia comprovada e importante ao ovo não devem receber a vacina. Quem está com imunodepressão, natural ou medicamentosa, deve receber orientações específicas do próprio médico.

14. Quais outros cuidados que podemos tomar para evitar a gripe?
Nunca é demais lembrar:0902

  1. Lave as mãos com frequência. Superfícies como maçanetas de porta, por exemplo, podem estar contaminadas e as mãos levam os vírus para as mucosas da boca ou dos olhos da pessoa susceptível. Gripe passa, sim, pelas mãos.
  2. Ventile os ambientes. Se estiver em transporte público, ônibus, trem ou metrô, abra as janelas. Vale mais sentir frio do que pegar gripe. Lave as mãos assim que chegar em casa.
  3.  Evite coçar os olhos ou colocar as mãos na boca. Lave as mãos com frequência.
  4. Quando tossir, tape a boca com o antebraço e não com as mãos. Lave as mãos com frequência.
  5. Tome mais água que o habitual, coma saudável, durma bem e pratique esportes! Mais importante: lave sempre as mãos!

http://g1.globo.com/bemestar/blog/doutora-ana-responde/post/vacina-da-gripe-2016-esclareca-suas-duvidas.html

ministerio-da-saude

Saiba mais:

Influenza, comumente conhecida como gripe, é uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada.

Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas, que são predominantemente sistêmicos, incluindo febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios com tosse seca, dor de garganta e coriza.

A infecção geralmente dura 1 (uma) semana e com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias, sendo a febre o mais importante.

Os vírus influenza são transmitidos facilmente por aerossóis produzidos por pessoas infectadas ao tossir ou espirrar.

Existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias.

O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Os vírus influenza A são ainda classificados em subtipos de acordo com as proteínas de superfície, hemaglutinina (HA ou H) e neuraminidase (NA ou N). Dentre os subtipos de vírus influenza A, os subtipos A(H1N1) e A(H3N2) circulam atualmente em humanos. Alguns vírus influenza A de origem aviária também podem infectar humanos causando doença grave, como no caso do A (H7N9).

Algumas pessoas, como idosos, crianças novas, gestantes e pessoas com alguma comorbidade possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza.

A vacinação é a intervenção mais importante na redução do impacto da influenza.

Indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem:

– Evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas);

– Restringir ambiente de trabalho para evitar disseminação;

– Evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados;

– Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;GRIPE-A-PANFLETO-OFICIAL-1

* O serviço de saúde deve ser procurado imediatamente caso apresente algum desses sintomas: dificuldade para respirar, lábios com coloração azulada ou roxeada, dor ou pressão abdominal ou no peito, tontura ou vertigem, vomito persistente, convulsão.

Cuidados em Creches:

– A aglomeração de crianças em creches facilita a transmissão de influenza entre crianças susceptíveis. A melhor maneira de proteger as crianças contra influenza sazonal e potenciais complicações graves é a vacinação anual contra influenza. A vacinação contra influenza é recomendado a partir de 6 meses até 5 anos.

– Além da adoção das medidas gerais de prevenção e etiqueta respiratória, os cuidadores e crianças lotadas em creches, devem realizar a higienização dos brinquedos com água e sabão quando estiverem sujos. Deve-se utilizar lenço descartável para limpeza das secreções nasais e orais das crianças. No caso de utilização de lenço ou fralda de pano, estes devem ser trocados diariamente. Deve-se lavar as mãos após contato com secreções nasais e orais das crianças, principalmente, quando a criança estiver com suspeita de síndrome gripal.

– Cuidadores devem observar se há crianças com tosse, febre e dor de garganta, Os cuidadores devem informar aos pais quando a criança apresentar os sintomas de síndrome gripal e notificar a secretaria municipal de saúde, caso observem um aumento do número de crianças doentes com síndrome gripal ou com absenteísmo pela mesma causa na creche;

– O contato da criança doente com as outras deve ser evitado. Recomenda-se que a criança doente fique em casa, a fim de evitar transmissão da doença.

– Recomenda-se que a criança doente permaneça em casa por pelo menos 24 horas após o desaparecimento, sem utilização de medicamento, da febre.

Cuidados com gestantes; puérperas e recém-nascidos

Influenza causa mais doença grave em gestantes que em mulheres não grávidas. Mudanças no sistema imunológico, circulatório e pulmonar durante a gravidez faz com que as gestantes sejam mais propensas a complicações graves por influenza, assim como hospitalização, e óbito.

As gestantes com influenza também tem maiores riscos de complicações da gravidez, incluindo parto prematuro.

A vacinação contra influenza durante a gravidez protege a gestante, o feto e até o bebê recém-nascido até os 6 meses.

As gestantes devem buscar o serviço de saúde, caso apresente sintomas de Síndrome Gripal;

– Durante internação e trabalho de parto, se a mulher estiver com diagnóstico de Influenza, deve-se priorizar o isolamento;

– Se a mãe estiver doente, deve realizar medidas preventivas e de etiqueta respiratória, como a constante lavagem das mãos, principalmente para evitar transmissão para o recém-nascido;

– A parturiente deve evitar tossir ou espirrar próximo ao bebê. O bebê pode ficar em isolamento com a mãe (evitando-se berçários).

Aspectos clínicosflu-respiratory

Influenza sazonal

Clinicamente, a doença inicia-se com a instalação abrupta de febre alta, em geral acima de 38°C, seguida de mialgia, dor de garganta, prostração, cefaleia e tosse seca. A febre é, sem dúvida, o sintoma mais importante e perdura em torno de 3 dias. Os sintomas sistêmicos são muito intensos nos primeiros dias da doença.

Com a sua progressão, os sintomas respiratórios tornam-se mais evidentes e mantêm-se em geral por 3 a 4 dias, após o desaparecimento da febre.images

É comum a queixa de garganta seca, rouquidão, tosse seca e queimação retroesternal ao tossir, bem como pele quente e úmida, olhos hiperemiados e lacrimejantes. Há hiperemia das mucosas, com aumento de secreção nasal hialina.

O quadro clínico em adultos sadios pode variar de intensidade. Nas crianças, a temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais. Quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais, também podem fazer parte da apresentação clínica em crianças.PMC2811908_cc8183-1

Os idosos quase sempre se apresentam febris, às vezes sem outros sintomas, mas em geral a temperatura não atinge níveis tão altos. As situações reconhecidamente de risco incluem doença pulmonar crônica (asma e doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC), cardiopatias (insuficiência cardíaca crônica), doença metabólica crônica (diabetes, por exemplo), imunodeficiência ou imunodepressão, gravidez, doença crônica renal e hemoglobinopatias.As complicações são mais comuns em idosos e indivíduos vulneráveis. As mais frequentes são as pneumonias bacterianas secundárias, sendo geralmente provocadas pelos seguintes agentes: Streptococcus pneumoniae,Staphylococcus ssp. E Haemophillus influenzae.

PNEUMONIA VIRAL1806-3713-jbpneu-39-03-0323-gf01

Uma complicação incomum, e muito grave, é a pneumonia viral primária pelo vírus da influenza. Nos imunocomprometidos, o quadro clínico é geralmente mais arrastado e, muitas vezes, mais grave. Gestantes com quadro de influenza no segundo ou terceiro trimestre da gravidez estão mais propensas à internação hospitalar.

REYE EM CRIANÇAS

Dentre as complicações não pulmonares em crianças, destaca-se a síndrome de Reye, que também está associada aos quadros de varicela (catapora). Esta síndrome caracteriza-se por encefalopatia e degeneração gordurosa do fígado, após o uso do ácido acetil salicílico, na vigência de um desses quadros virais. Recomenda-se, portanto, que não sejam utilizados medicamentos do tipo ácido acetil salicílico, em crianças com síndrome gripal ou varicela.

Outras complicações incluem miosite, miocardite, pericardite, síndrome do choque tóxico, síndrome de Guillain-Barré e, mais raramente, encefalite e mielite transversa.

 Aspectos laboratoriais

No Brasil, a rede de laboratórios de referência para vírus respiratórios é composta de três (03) laboratórios credenciados junto à OMS como centros de referência para influenza (NIC – Nacional Influenza Center), os quais fazem parte da rede global de vigilância da influenza. Entre estes laboratórios há um laboratório de referência nacional, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e dois laboratórios de referência regional: o Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, e o Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém.

MAIORES REFERÊNCIAS NO BRASIL

Os Laboratórios de Referência para vírus respiratórios são responsáveis por realizar a identificação dos tipos e subtipos de vírus influenza e outros vírus respiratórios em circulação nos diversos estados e estabelecer a sua relação com os padrões regionais e mundiais.

Também são responsabilidades dos laboratórios de referência, descrever as características antigênicas e genéticas dos vírus influenza circulantes, monitorar a resistência aos antivirais dos vírus circulantes na comunidade e em meio hospitalar, identificar precocemente novos tipos, subtipos, variantes ou recombinantes de vírus influenza, identificar outros vírus respiratórios associados aos casos analisados no contexto da vigilância da Síndrome Gripal (SG) ou de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), gerar informações epidemiológicas e filogenéticas das amostras virais circulantes no Brasil e prover isolados virais sazonais representativos para envio ao Centro Colaborador da OMS das Américas para analises genéticas e antigênicas avançadas, com o intuito de fornecer dados que irão subsidiar a recomendação anual da OMS para composição das vacinas contra influenza.

As informações sobre Diagnóstico Laboratorial estão disponíveis no Guia de Vigilância Epidemiológica da SVS/MS.

Tratamento

O Protocolo de Tratamento para Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) do Ministério da Saúde- MS, atualizado em 2013 junto com as sociedades médicas, indica, além do tratamento sintomático e hidratação, o uso do antiviral a todos os casos de SRAG e SG que tenham fator de risco para complicações, independentemente da situação vacinal.

Tal indicação fundamenta-se no benefício que a terapêutica precoce proporciona na redução da duração dos sintomas e, principalmente, na redução da ocorrência de complicações da infecção por este vírus.

SUSCEPTIBILIDADE

Testes laboratoriais indicam que a maioria dos vírus influenza sazonal é susceptível aos inibidores de neuraminidase (fosfato de oseltamivir ou zanamivir), mas resistente a antivirais da família das adamantanas. Assim, amantadina e rimantadina não são recomendadas para o tratamento de infecções por influenza sazonal.

O tratamento com antiviral inibidor de neuraminidase é recomendado o mais precocemente possível para casos prováveis ou confirmados de influenza sazonal com SRAG e SG que tenham fator de risco para complicações, independentemente da situação vacinal, mesmo que transcorrido 48 horas do surgimento dos sintomas.

Gestantes possuem um alto risco de desenvolver complicações por infeção com o vírus influenza. Para gestantes com suspeita ou confirmação de infecção por influenza sazonal é recomendado o tratamento antiviral. A gravidez não deve ser considerada contraindicação para o uso de oseltamivir ou zanamivir.ABAAABqL0AF-1

A duração do tratamento com os antivirais é de 5 dias, podendo este ser estendido no caso de pacientes hospitalizados em estado grave ou imunossuprimidos. A dosagem de antiviral é baseada na faixa etária:

Tratamento – Posologia e Administração

ANTIVIRAL FAIXA ETÁRIA POSOLOGIA
Fosfato de Oseltamivir

(Tamiflu®)

Adulto 75 mg, VO, 12/12h, 5 dias
Criança maior de 1 ano

de idade

< 15 kg 30 mg, VO, 12/12h, 5 dias
> 15 kg a 23 kg 45 mg, VO, 12/12h, 5 dias
> 23 kg a 40 kg 60 mg, VO, 12/12h, 5 dias
> 40 kg 75 mg, VO, 12/12h, 5 dias
Criança maior de 1 ano

de idade

< 3 meses 12 mg, VO, 12/12h, 5 dias
3 a 5 meses 20 mg, VO, 12/12h, 5 dias
6 a 11 meses 25 mg, VO, 12/12h, 5 dias
Zanamivir

(Relenza®)

Adulto 10 mg: duas inalações de 5 mg, 12/12h, 5 dias
Criança > 7 anos 10 mg: duas inalações de 5 mg, 12/12h, 5 dias

Fonte: GSK/Roche e CDC

OBS: A indicação de Zanamivir somente está autorizada em casos de impossibilidade Clínica da manutenção do uso do fosfato de oseltamivir (Tamiflu®).

O Zanamivir é contraindicado em menores de cinco anos para tratamento ou para quimioprofilaxia e para todo paciente com doenças básicas das vias respiratórias (ex.: asma ou doenças pulmonares obstrutivas crônicas) pelo risco de broncoespasmo grave.

O Zanamivir não pode ser administrado em paciente em ventilação mecânica porque esta medicação pode obstruir os circuitos do ventilador.Gripe-H1N11

O Ministério da Saúde considera fatores de risco para complicação, com indicação de tratamento:

  • Grávidas em qualquer idade gestacional;
  • Puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal);
  • Adultos ≥ 60 anos;
  • Crianças < 2 anos;
  • População indígena;
  • Pneumopatias (incluindo asma); Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica); Nefropatias; Hepatopatias;
  • Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme);
  • Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus descompensado);
  • Transtornos neurológicos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares);
  • Imunossupressão (incluindo medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana);
  • Obesidade (Índice de Massa Corporal – IMC ≥ 40 em adultos);
  • Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado com ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye).assinatura_email
    O que é Influenza Sazonal?

A Influenza, também conhecida como Gripe, é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação é as pneumonias, que são responsáveis por um grande número de internações hospitalares no país.


Qual o microrganismo envolvido?

  • É o vírus Influenza. Existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.
  • Os vírus influenza A são ainda classificados em subtipos de acordo com as proteínas de superfície, hemaglutinina (HA ou H) e neuraminidase (NA ou N). Dentre os subtipos de vírus influenza A, os subtipos A(H1N1) e A(H3N2) circulam atualmente em humanos. Alguns vírus influenza A de origem aviária também podem infectar humanos causando doença grave, como no caso do A (H7N9).0912861

Quais os sintomas?

A Gripe, ou Influenza sazonal, inicia-se em geral com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca.

A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar. Devido aos sintomas em comum, pode ser confundida com outras viroses respiratórias causadoras de resfriado.g_cdgraficogripe-a

Como se transmite?

A Influenza pode ser transmitida de forma direta por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao tossir ou ao falar, ou por meio indireto pelas mãos, que após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o vírus diretamente para a boca, nariz e olhos. A transmissão direta do vírus influenza de aves e suínos para o homem, pode ocorrer.

Como tratar?

O tratamento dos sintomas da influenza sem complicações deve ser realizado com, medicação sintomática, hidratação, antitérmico, alimentação leve e repouso. Nos casos com complicações graves, são necessárias medidas de suporte intensivo.

Atualmente, existem medicamentos antivirais (fosfato de oseltamivir e zanamivir) para o tratamento que devem ser prescritos pelos profissionais médicos a todos os pacientes que apresentem condições e fatores de risco para complicações por influenza (gripe) e aos casos em que a doença já se agravou (mais detalhes no Protocolo de Tratamento da Influenza ). Uma das principais complicações da influenza são as infecções bacterianas secundárias, principalmente as pneumonias. Em caso de complicações, o tratamento será específico. É fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde, para que haja identificação precoce de risco para agravamento da doença.

  • O que é resfriado?Gripe1O resfriado também é uma doença respiratória frequentemente confundida com a gripe, mas é causado por vírus diferentes. Os vírus mais comuns associados ao resfriado são os rinovírus, os vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório (RSV), que geralmente acometem mais crianças.
  • Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com da gripe, são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias. Os sintomas incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de febre é menos comum e, quando presente, é em temperaturas baixas.gripe e resfriado
  • As medidas preventivas utilizadas para evitar a gripe, como a etiqueta respiratória, também devem ser adotadas para prevenir os resfriados.
  • Outra doença que também tem sintomas parecidos e que pode ser confundida com a gripe é a rinite alérgica. Os principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta.
  • A rinite alérgica não é uma doença transmissível e sim crônica, provocada pelo contato com agentes alergênicos (substâncias que causam alergia), como poeira, pelos de animais, poluição, mofo e alguns alimentos.


Como se prevenir?

Para redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente às de grande infectividade, como vírus Influenza, orienta-se que sejam adotadas medidas gerais de prevenção, tais como:

  • Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;00061388
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou
    garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde:

boletim-epid-influenza-se12-2016

Diarreia dos viajantes (atenção especial)

17164973_vbb16

Diarreia dos viajantes
Fernando SV Martins, Luciana GF Pedro & Terezinha Marta PP Castiñeiras

A diarreia é o principal problema de saúde durante viagens, afetando de 10 a 50% dos viajantes.mapa-paises-diarreia

O termo diarreia dos viajantes define um grupo de doenças que é resultante da ingestão de água e alimentos contaminados por agentes infecciosos e que tem a diarreia como manifestação principal.

Em geral, a diarreia dos viajantes tem duração de dois a três dias, mas pode causar desconforto e impedir a realização de atividades importantes.

Pode ainda evoluir com complicações como a desidratação, o que é mais comum em crianças pequenas, idosos e portadores de doenças crônicas.

Transmissão

Os agentes infecciosos (bactérias, vírus, helmintos e protozoários) são a principal causa de diarreia e intoxicações alimentares em viajantes.

A maioria dos agentes infecciosos pode ser adquirida através de transmissão fecal-oral, resultante da contaminação da água e de alimentos por dejetos, direta ou indiretamente.

Nos alimentos, a contaminação pode ocorrer antes, durante ou após o preparo.

O armazenamento incorreto de alimentos ou insumos em temperaturas inadequadas (entre 5 e 60 °C) por um período longo de tempo (horas) facilita a multiplicação de agentes infecciosos.

INFECÇÃO ALIMENTAR

A diarreia dos viajantes, em geral, é uma infecção alimentar, ou seja, ocorre após a ingestão de água ou de alimentos contaminados por um agente infeccioso, que pode multiplicar-se no trato digestivo humano.

O agente infeccioso pode causar diarreia por ser invasivo (como a Salmonella spp.) ou, não sendo invasivo (como a Escherichia coli produtora de toxinas), por ser capaz de produzir enterotoxinas, após multiplicar-se no interior do organismo humano.

As intoxicações alimentares resultam da ingestão de toxinas que causam vômitos (principalmente) e diarreia e que são produzidas antes da ingestão dos alimentos (toxinas pré-formadas) por agentes infeccioso (como o Staphylococcus aureus).

As intoxicações alimentares são eventos frequentes também em países desenvolvidos e por terem mecanismos de transmissão e medidas de proteção semelhantes, são relacionadas à diarreia dos viajantes.

A frequência de cada agente infeccioso como causa de diarreia dos viajantes e de intoxicações alimentares pode variar de acordo com países e regiões visitadas.

BACTÉRIAS: PRINCIPAIS CAUSAS

As bactérias são a principal causa de diarreia dos viajantes e, dependendo do local de destino, a Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC – produtora de toxinas) pode ser responsável por 25-50% dos casos, seguida em frequência por espécies de Shigella, Salmonella e Campylobacter.

Os vírus (adenovírus, astrovírus, rotavírus e calicivírus) podem ser causa importante diarreia em pessoas que viajam e surtos em navios causados por Norovírus (um dos calicivírus) são relativamente comuns.

Os parasitas intestinais (Giardia lamblia, Entamoeba histolytica, Cryptosporidium parvum e Cyclospora cayetanensis) geralmente são os responsáveis pelas diarreias mais prolongadas, algumas vezes com duração superior a 14 dias.

INTOXICAÇÕES

As principais causas de intoxicações alimentares são as enterotoxinas produzidas pelo Staphylococcus aureus (toxina emética – causadora de enjoo e vômitos) e Bacillus cereus (toxina emética e toxina diarreica), bactérias que podem contaminar os alimentos antes, durante ou depois da preparação.

A influência do consumo de bebidas alcoólica, do stress e da mudança na dieta como causa de diarreia ainda não está claramente definida. Provavelmente esses fatores são responsáveis por uma parcela dos casos leves que evoluem sem febre ou comprometimento significativo da saúde.

RISCOS

O risco da diarreia dos viajantes e de intoxicações alimentares existe em qualquer país do mundo e é consideravelmente maior durante o verão.

A diarreia dos viajantes acomete cerca de 10% (países
desenvolvidos) a 50% (países em desenvolvimento) das pessoas que viajam.

Ainda que, geralmente, seja de curta duração (dois a três dias), pode levar à total incapacidade de realizar atividades programadas. Considerando a frequência da doença, a interrupção das atividades, em determinadas circunstâncias, pode causar enormes transtornos e, adicionalmente, ter impacto financeiro significativo.

Para pessoas que viajam por motivo de trabalho, militares em missões e atletas em competição, a incapacidade de realizar adequadamente atividades programadas pode resultar em prejuízos significativos e potencialmente irreparáveis.

Os hábitos alimentares do viajante, da população local e a estação do ano (ex.: verão) são fatores de risco importantes.

O consumo de alimentos preparados por vendedores ambulantes ou de alimentos crus (como frutos do mar) constituem fatores de risco elevado.

A alimentação compartilhada, feita com outras pessoas em um mesmo recipiente, ou a ingestão de alimentos com o auxílio das mãos, comum em muitos países, aumenta o risco de aquisição de agentes infecciosos.

O desenvolvimento das manifestações depende de fatores como a quantidade de micro-organismos ingeridos (inóluco), a virulência dos agentes infeciosos e os mecanismos individuais de defesa.

Para algumas bactérias, como a Escherichia coli enterotoxigênica, é necessária a ingestão de um grande número de micro-organismos  – cerca de 106 micro-organismos para provocar diarreia, o que ocorre com maior facilidade em regiões com infraestrutura de saneamento básico precária.

Para outras bactérias, como a Shigella, um pequeno inóculo (menos de 200 micro-organismos) é capaz de desencadear diarreia, o que pode resultar em aumento da incidência de contaminação dos alimentos e da água através de manipulação inadequada ou por insetos (moscas, baratas), mesmo em locais com saneamento básico adequado.

IMUNIDADE

As pessoas com comprometimento dos mecanismos de defesa, como ocorre nos extremos de idade (crianças e idosos), quando existe diminuição da acidez gástrica, nos gastrectomizados, nas doenças crônicas intestinais e nas imunodeficiências, têm um risco maior de desenvolver diarreia dos viajantes.

Os viajantes que são portadores de insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva, diabetes insulinodependente, ou de doenças inflamatórias intestinais são particularmente susceptíveis à variação da quantidade de água e sais minerais no organismo, e estão sob risco de descompensar a doença de base em razão da diarreia.

Em viajantes, a diarreia pode ser uma consequência de doenças infecciosas mais graves e potencialmente fatais, como as formas graves de cólera (que deve ser sempre investigada quando a diarreia é profusa), a febre tifóide e a malária (ambas cursam com febre).

MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

O risco de diarreia dos viajantes e de intoxicações alimentares pode ser significativamente reduzido por meio da adoção sistemática de medidas de proteção contra doenças transmitidas por água e alimentos.

A seleção de alimentos seguros e o consumo de água tratada são essenciais, ainda que não sejam tarefas simples por envolverem mudanças individuais de percepção de riscos, atitudes e hábitos.

Em geral, a aparência, o cheiro e o sabor dos alimentos não ficam alterados pela contaminação com os agentes infecciosos. Para reduzir os riscos, o viajante deve alimentar-se em locais que tenham condições higiênicas adequadas e observar cuidados adicionais na seleção de alimentos.

MAIOR RISCO

Os alimentos de maior risco são aqueles mal cozidos ou crus, como as saladas, os frutos do mar, os preparados com ovos (como maionese, molhos, sobremesas tipo mousse), leite e derivados não pasteurizados (queijos, iogurtes, cremes), sucos, sorvetes e bebidas (batidas, caipirinhas) que contenham água não tratada ou gelo.

O consumo de alimentos expostos (como em buffets) à temperatura ambiente por períodos prolongados (horas) implica em risco elevado de adoecimento.

Em razão disto, deve ser preferido o consumo de alimentos bem cozidos ou fervidos, preparados na hora do consumo e servidos ainda quentes (“saindo fumaça”). No entanto, não devem ser consumidos alguns alimentos que são “preparados na hora” (como hambúrgueres e sanduíches) quando não houver segurança de que os produtos necessários foram armazenados em locais e temperaturas adequadas.

TOXINAS

Neste sentido, deve ser considerado que o aquecimento dos alimentos posterior à preparação pode inativar a toxina diarreica, porém não destrói as toxinas eméticas que causam as intoxicações alimentares.

Em qualquer país do mundo, a alimentação com vendedores ambulantes deve ser evitada, por constituir um risco elevado para a aquisição de doenças.

Em áreas que não possuem infraestrutura de saneamento básico adequada, a água para consumo deve ser tratada pelo próprio viajante.

O tratamento químico da água a ser utilizada como bebida ou no preparo de alimentos pode ser feito com compostos halogenados (cloro ou iodo). O cloro e o iodo são capazes de eliminar a maioria dos agentes infecciosos e têm eficácia semelhante, quando utilizados nas concentrações e por períodos de tempo adequados.

CUIDADOS COM O IODO

No entanto, os oocistos do Cryptosporidium parvum (que pode causar diarreia em imunodeficientes) são resistentes a ambos. Além disto, deve ser considerado que o iodo ingerido com a água pode “interferir no funcionamento da tireoide”, quando utilizado por longo período ou em indivíduos predispostos.

Os compostos iodados estão absolutamente contraindicados em gestantes e em pessoas portadoras de doenças tireoidianas.

FILTROS PORTÁTEIS

Os filtros portáteis podem ser úteis no tratamento da água para consumo e quando têm diâmetro dos poros entre 0,1 a 1 µm, removem a maioria de bactérias, helmintos e protozoários, mas não eliminam os vírus de forma efetiva.

Em razão disso, o viajante deve utilizar filtros impregnados previamente com compostos halogenados ou, alternativamente, utilizar cloro (ou iodo) após a filtração.

É importante verificar as instruções do fabricante quanto ao número de vezes em que é possível a utilização segura do filtro.

PREVENIR COM ANTIBIÓTICOS?

Não se recomenda a utilização sistemática de antibióticos profiláticos (preventivos) para a diarreia dos viajantes. Além do alto custo, os antibióticos podem causar efeitos adversos importantes, como fotosensibilidade (aumento da sensibilidade da pele ao sol), reações alérgicas, alteração da microbiota intestinal (colonização por bactérias resistentes, aumento do risco de febre tifóide), desenvolvimento de infecções fúngicas como candidose vaginal e risco de colite (inflamação do intestino) causada por Clostridium difficile.

Também não se recomenda o uso, como rotina, do subsalicilato de bismuto, uma vez que a posologia (quatro doses por dia) é pouco conveniente e existe o risco de toxicidade associada ao salicilato.

A utilidade do uso de probióticos (como o Lactobacillus) para a evitar a diarreia dos viajantes não está claramente definida.

Não existem vacinas disponíveis contra todos os agentes infecciosos que causam a diarreia dos viajantes.

A E. coli enterotoxigênica (ETEC) pode produzir dois tipos de toxinas, isoladamente ou em associação. Uma das toxinas é sensível ao calor (toxina termolábil) e a outra é resistente (toxina termoestável).

A vacina oral contra a cólera, que contém a subunidade B da toxina colérica recombinante, pode ter algum efeito protetor cruzado contra a diarreia dos viajantes, exclusivamente quando esta é causada pela Escherichia coli produtora da toxina sensível ao calor, uma vez que a subunidade B e a toxina termolábil são semelhantes.

O efeito protetor cruzado pode variar de lugar para lugar, de acordo com a freqüência da E. coli produdora de toxina termolábil como causa da diarreia dos viajantes.

Nestas circunstâncias, a eficácia da vacina oral contra a cólera, quando se considera todas as causas de diarreia dos viajantes, é limitada.

Em razão disto, não se recomenda a utilização desta vacina quando risco a ser considerado é exclusivamente a diarreia dos viajantes, exceto em situações de risco individual elevado de aquisição da doença (como diminuição da acidez gástrica) ou em pessoas nas quais as consequências podem ser muito graves, tais como: insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva, diabetes insulinodependente, doenças inflamatórias intestinais etc

MANIFESTAÇÕES

A diarreia do viajante se manifesta com aumento do número de evacuações (três ou mais episódios em 24 horas) associado ao amolecimento das fezes (líquidas ou pastosas).

Em mais de 90% dos casos é de curta duração (dois a três dias) e, geralmente, é causada por bactérias.

A diarreia pode estar acompanhada de dor abdominal tipo cólica, naúseas, vômitos e, em alguns casos, de febre.

A ocorrência de vômitos pode levar ao aumento da perda de líquidos e diminuir a capacidade do indivíduo de ingerir soluções orais para reidratação, contribuindo consideravelmente para a desidratação.

A presença de febre, de sangue ou pus nas fezes pode ser indício de diarreia invasiva e indica que o viajante deve ser avaliado por um médico o mais rápido possível.

Em 5 a 10% dos casos, a diarreia do viajante pode persistir por mais de 14 dias e, em 1 a 3% por mais de quatro semanas.

Além disto, em 4 a 10% da pessoas, a diarreia dos viajantes pode desencadear a síndrome do cólon irritável, especialmente quando causada por bactérias invasivas que provocam colite inflamatória, como Campylobacter, Salmonella, Shigella e Escherichia coli O157.

A síndrome do cólon irritável pós-infecciosa é caracterizada pela persistência, intermitente ou contínua, de alterações intestinais (diarreia ou, menos frequentemente, constipação e cólica abdominal) após um episódio de diarreia infecciosa.

As intoxicações alimentares causadas por toxinas pré-formadas têm um período de incubação muito curto, que pode variar de trinta minutos a até oito horas.

As manifestações clínicas predominantes são os vômitos. Mas algumas pessoas podem evoluir com diarreia e, mais raramente, com febre.

A aquisição da doença resulta do consumo de alimentos que antes, durante ou depois de preparados foram contaminados com bactérias (Staphylococcus aureus, Bacillus cereus) que podem se multiplicar e produzir enterotoxinas que causam vômitos e diarreia.

A maioria dos casos de cólera apresenta-se como uma diarreia leve ou moderada, que é indistinguível clinicamente e tem o mesmo tratamento básico (hidratação oral) dos casos comuns de diarreia do viajante.

No entanto, em todos os casos que evoluem com diarreia profusa, a possibilidade de cólera deve ser excluída, uma vez que em algumas pessoas (menos de 10%), a doença pode evoluir de forma mais grave, com início súbito de uma diarreia aquosa profusa, geralmente sem muco, pus ou sangue e, com frequência, acompanhada de vômitos, que rapidamente leva à desidratação e pode ser fatal.

A febre tifóide é uma doença de evolução relativamente lenta. A febre, que inicialmente é baixa, torna-se progressivamente mais alta e ocorre alteração do trânsito intestinal, manifestada por diarreia ou constipação intestinal (“prisão de ventre”).

A hipótese de malária deve ser sempre investigada todas as pessoas que tenham sido expostas ao risco de infecção – comumente viagem a uma área de transmissão – e apresente qualquer tipo de febre, associada ou não à diarreia.

TRATAMENTO

O tratamento básico da diarreia do viajante e das intoxicações alimentares consiste em reidratação, que deve ser iniciada o mais precocemente possível.

Em casos leves, a reidratação pode ser feita por via oral, preferentemente com uma solução reidratante contendo eletrólitos (sais) e glicose, em concentrações adequadas (sais de reidratação oral).

A solução de reidratação oral deve ser preparada imediatamente antes do consumo e o conteúdo de um envelope deve ser dissolvido em um litro de água fervida, após o resfriamento.

A solução não pode ser fervida depois de preparada, mas pode ser conservada em geladeira por até 24 horas. Pode ser ingerida de acordo com a aceitação, com frequência e volume proporcionais à intensidade da diarreia.

Deve ser alternada com outros líquidos (água, chá, sopa). A alimentação deve ser reiniciada após três a quatro horas de aceitação adequada da reidratação oral e, nos lactentes, o aleitamento materno deve ser mantido desde o início.

CRIANÇAS

c4
Em crianças, deve se iniciar a hidratação imediatamente e evitar alguns medicamentos contra vômitos, uma vez que podem ocasionar intoxicação, com diminuição do nível de consciência e movimentos involuntários, dificultando a ingestão da solução oral de reidratação.como-fazer-soro-caseiro

Além disso, a medicação é geralmente desnecessária, uma vez que os vômitos tendem a cessar com o início da reidratação.

A utilização de qualquer medicamento deve ser feita exclusivamente com orientação médica.

O uso de medicamentos como antibióticos ou antiparasitários, após avaliação médica, pode estar indicado (ou não) em casos de diarreia que evoluem com febre, presença de sangue ou pus e nas que se manifestam por um período de tempo prolongado.

Os antibióticos não estão indicados nos casos de intoxicações alimentares, uma vez que não atuam contra as toxinas pré-formadas.

A utilização de agentes que reduzem a motilidade intestinal (difenoxilato, loperamida) para tratamento sintomático da diarreia do viajante não é recomendada e está associada à possibilidade do desenvolvimento de megacolon tóxico (dilatação aguda, total ou parcial do intestino grosso, potencialmente fatal).

Medicamentos que atuam reduzindo a secreção de líquido da mucosa intestinal (como o subsalicilato de bismuto) têm início de ação lento, posologia pouco conveniente (quatro doses por dia), risco de toxicidade associada ao salicilato e, adicionalmente, podem interferir na absorção de antibióticos (como a doxiciclina).

Os casos mais graves devem ser hospitalizados para hidratação venosa até a melhora das condições clínicas da pessoa e, tão logo quanto possível, a reidratação oral deve ser feita simultaneamente.

Nas diarreias mais acentuadas (nas quais a cólera deve ser excluída) ou mais prolongadas (duração maior que três dias), nas que evoluem com presença de sangue ou pus ou com febre (quando deve ser feito o diagnóstico diferencial com febre tifóide e malária) um Serviço de Saúde deve ser procurado o mais rápido possível.

Autores

Fernando SV Martins, Luciana GF Pedro & Terezinha Marta PP Castiñeiras

Centro de Informação em Saúde para Viajantes da UFRJ

http://www.cives.ufrj.br/informacao/dv/dv-iv.html

Câncer de mama e antitranspirantes (segundo o INCA)

cancer-de-mama1
Nas prateleiras, o que não falta é novidade: tem produto que clareia as axilas, evita manchas nas roupas, protege por até 72 horas, hidrata a pele, bloqueia o suor em momentos estressantes.

O que diz o INCA (Instituto Nacional do Câncer):

Utilização de antitranspirantes e o câncer de mama
Antiperspirantes ou antitranspirantes são produtos que inibem ou diminuem a transpiração. A diferença entre desodorante e antitranspirante é que o primeiro serve para remover o odor das axilas, enquanto o segundo é responsável por reduzir a quantidade de suor produzido.

Grande parte dos antitranspirantes funciona também como desodorante, porém a maioria dos desodorantes não atua como antitranspirante.

Os antitranspirantes possuem em sua composição sais de alumínio e derivados. Por este motivo, algumas pessoas questionam se estes compostos em contato com o corpo propiciariam o desenvolvimento de câncer de mama.

Outra associação refere-se ao fato de que a maior incidência da doença ocorre no quadrante superior da área do peito, local utilizado para aplicação do produto, onde estão localizados os nódulos linfáticos.autoexame

No entanto, sabe-se que a maior incidência de câncer nesse quadrante é percebida, uma vez que nele se encontra a maior quantidade de tecido mamário, o que aumenta as chances para o desenvolvimento da doença.

Segundo parecer técnico divulgado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não existe até o momento dados significativos na literatura científica que relacionem os sais de alumínio presentes na fórmula dos antitranspirantes com a incidência de câncer de mama.

Em janeiro de 2004, foi publicado na revista Journal of Applied Toxicology um artigo assinado por pesquisadores da University of Reading, na Grã-Bretanha (GB), demonstrando a presença de altas concentrações de parabenos em tecidos retirados de tumores mamários de mulheres que usavam este tipo de desodorante.

No entanto, no editorial da mesma revista, há um outro artigo de pesquisadores do Departamento de Toxicologia do Laboratório Covance (GB) questionando o desenho do Estudo, a inferência dos resultados tendo em vista que o número de amostras de tecido coletado de tumores mamários foi pequeno (n=20).

Questionou-se também a toxicidade desses compostos e a limitação de dados sobre exposição humana disponíveis na literatura.cartaz-cancer-mama

Tomando-se como referência o parecer da American Cancer Society sobre este assunto, é possível que alguns antiperspirantes possam irritar a pele e que não é raro o desenvolvimento de uma infecção chamada hidradenite supurativa, que se inicia na glândula sudorípara na axila ou região inguinal.

Esta infecção pode levar à bacteremia (bactérias na corrente sanguínea = sepse) e choque se não tratado adequadamente. A depilação com lâmina pode agravar uma infecção axilar.

Entre os inúmeros estudos epidemiológicos que descrevem os fatores de risco associados ao desenvolvimento de câncer de mama este parece ser o primeiro que estabelece que o uso de antiperspirante aumenta o risco para câncer de mama.

Portanto, deve-se considerar que ainda não há estudos suficientes nem conclusivos que comprovem a associação positiva entre a exposição a parabenos e a presença de danos no DNA que poderiam levar ao câncer.

Os principais fatores de risco para câncer de mama são o histórico familiar, obesidade, alimentação inadequada, tabagismo e faixa etária elevada.cancer-mama-outubro-rosa

A ação mais efetiva que as mulheres podem adotar para se protegerem é submeterem-se anualmente ao exame clínico, fazer mamografia periodicamente.

cancer-mama12

Embora não previna do câncer de mama, a adoção dessas práticas certamente aumentará as chances de detectá-lo precocemente, quando é mais facilmente tratado.

​​ http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=23

 Saiba mais:

As opções são realmente eficientes? Elas podem fazer mal à saúde?

  1. Afinal, existe diferença entre desodorante e antitranspirante?

Resposta: sim.20140903-154354-56634072

Além de perfumar as axilas, os desodorantes contêm ingredientes, como o triclosan, capazes de eliminar bactérias que habitam a pele e provocam o mau odor. No entanto, eles não impedem a transpiração.

“ – Já os antitranspirantes carregam ativos, como o cloridrato de alumínio, que inibem ou reduzem a liberação do suor”, explica Sara Bentler Vanzin, farmacêutica de São Paulo.  Esse tipo de produto também possui ação desodorante, pois traz fragrância na composição e acaba com as bactérias responsáveis pelo cheiro ruim.

  1. Isso significa que é melhor investir num antitranspirante?

Resposta: depende.

Depende da necessidade de cada um. Quem não transpira muito e só deseja disfarçar o odor das axilas pode usar um desodorante. Para as pessoas que “suam demais”, o antitranspirante pode ser melhor.

  1. Como são denominados os produtos que oferecem proteção prolongada de até 72 horas?

Resposta: antitranspirantes

Como apresentam uma concentração maior de cloridrato de alumínio na formulação, os antitranspirantes conseguem bloquear a saída do suor por mais tempo – 24, 48 ou 72 h. São indicados para quem transpira excessivamente ou para a prática de exercícios físicos. Naturalmente, ninguém deve ficar tanto tempo sem tomar banho. Na realidade, o período de duração descrito na embalagem funciona como parâmetro de seu poder de proteção. Ou seja, quanto maior a duração, mais protegido contra o suor você deve estar.

  1. Qual é o modo certo de aplicar?

Resposta: na pele limpa e seca

“O ideal é passar uma vez por dia na pele limpa e seca”, recomenda o dermatologista mineiro Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira e da Sociedade Americana de Dermatologia.

Diferentemente do que muita gente pensa, reaplicar o produto na hora do almoço, por exemplo, não aumenta sua eficácia – sem falar que as axilas já não ficam tão “perfumadas” como da primeira vez. Também se deve evitar o uso do desodorante antes de dormir para não ficar exposto à ação prolongada do alumínio contido na formulação.

  1. É verdade que o alumínio presente nos antitranspirantes faz mal à saúde?

Resposta: depende

Embora o ativo seja considerado seguro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pesquisas recentes indicam que, quando utilizado em excesso e por um longo período, o alumínio pode favorecer o surgimento do câncer de mama. Pois, como a pele é permeável, ela absorve essa substância.

“No entanto, são necessários mais estudos para comprovar essa relação”, ressalta a Dra. Sara Vanzin. Vale lembrar ainda que os ingredientes podem causar alergias – se as axilas coçarem, ficarem avermelhadas e/ou com pequenas feridas, a saída é suspender o uso do antitranspirante e apostar num produto hipoalergênico ou específico para peles sensíveis.

  1. Dá para pedir emprestado?

Resposta: depende

Se for roll-on, de jeito nenhum! Isso porque o aplicador entra em contato direto com a pele e, portanto, pode contaminar o produto. Também é recomendado não compartilhar os cremes, pois o ato de colocar os dedos dentro da embalagem provoca alterações na fórmula. O melhor é usar uma espátula para evitar contato direto com o produto. No caso do spray, que deve ser aplicado a 15 cm das axilas, a princípio, não há problema.

  1. Como escolher um formato de desodorante?12250950

Resposta: depende

“Pessoas idosas, de pele seca ou sensível devem investir nas versões roll-on ou creme, por serem mais hidratantes”, sugere Abdo Salomão Jr. Nesse caso, o ideal seria optar por produtos livres de álcool, já que o ativo pode causar ardência, principalmente quando utilizado após a depilação.

Quem sofre com o excesso de pelos ou tem foliculite deve preferir as versões aerossol ou spray com álcool na fórmula. O único inconveniente é que pode provocar manchas escuras nas axilas caso elas sejam expostas ao sol. Nessas situações, o melhor escolher aqueles produtos isentos de álcool.

  1. Desodorantes provocam escurecimento das axilas?

Resposta: depende.

Na maioria das pessoas não. Mas quem tem alergia ao álcool ou depila as axilas com frequência, por exemplo, pode apresentar alterações no tom da pele. Existem vários desodorantes à venda no mercado que prometem clarear a região – eles contêm ativos, como a arbutina, capazes de promover esse efeito.

  1. Há roupas que fazem a gente suar mais que outras?

Resposta: sim.

Peças de tecido sintético, apertadas e escuras favorecem a transpiração, pois abafam as axilas, o que colabora para o aumento das bactérias e, consequentemente, do mau cheiro. Em contrapartida, roupas claras e de algodão permitem à pele respirar mais.

  1. Dá para evitar manchas nas roupas?

Resposta: sim.

É importante deixar o desodorante secar bem antes de vestir a blusa (ou camisa) e lavá-la o mais rápido possível, para que os ativos do produto não penetrem demais nas fibras do tecido. No mercado, já existem opções que evitam manchas amarelas ou esbranquiçadas em roupas pretas e brancas e o desbotamento das coloridas.

  1. Os desodorantes deixam de fazer efeito com o uso contínuo?

Resposta: não. Pois agem somente na superfície da pele.cancer-mama-2

  1. Eles fazem os pelos crescerem mais rápido?

Resposta: não. Faltam evidências científicas nesse sentido.

  1. Os sem perfume são mais “fraquinhos”?

Resposta: não. Eles são tão eficazes quanto os com fragrância, mas têm um potencial alergênico menor, já que não carregam essência nas fórmulas.

  1. O que há de novo no mundo dos desodorantes?

Resposta: há novas fórmulas

Além de combater o suor provocado pelo aumento de temperatura, elas inibem a transpiração causada por “momentos estressantes”. Existem também novas versões em bastão, que formam uma barreira bem espessa sobre as glândulas sudoríparas, minimizando ao máximo o suor.

  1. Qual a idade recomendada para começar o uso do desodorante?

Resposta: na adolescência

O recomendado é a partir da puberdade, quando começam a surgir pelos nas axilas e as glândulas sudoríparas apócrinas, localizadas principalmente embaixo dos braços e nas regiões genitais, tornam-se ativas.

Fonte: http://www.amaissaude.com.br/saude-e-lazer/revista/materias/Pages/guia-pratico-do-desodorante.aspx

Cuidados com as unhas

As unhas dos bebês, principalmente as dos recém-nascidos, são molinhas.

Entretanto, podem arranhar e cortá-los inclusive no rosto.323812GG

Com o passar das semanas elas se tornam mais duras. Pode parecer fácil, mas é uma tarefa que exige alguns cuidados para evitar o corte da pele dos dedos.

A primeira dica é que o procedimento seja feito por duas pessoas – uma segura o bebê e outra corta as unhas.

O melhor momento pode ser quando o bebê estiver dormindo. Jamais se deve tentar retirar a pelinha com os dentes. E “assoprar” não corta unha, por incrível que pareça para alguns (queridos) avós.

Existem nas lojas especializadas tesouras de ponta redonda ou cortadores retos.

O principal é que se preste bastante atenção e se separe bem a unha da ponta do dedo. Um jeito bom de segurar a mão do bebê é deixar que ele agarre o dedo polegar da pessoa que está segurando.

Quem vai cortar segura um a um, cuidadosamente, o dedinho (da unha a ser cortada).

Deve-se cortar em linha reta, para tentar evitar o “encravamento da unha”, principalmente, as unhas dos dedos do pé. Alguns bebês já nascem com as unhas encravadas.

Mesmo com pequena inflamação dos cantinhos, deve-se ter paciência e deixar a unha crescer.

Excepcionalmente, pode ser necessário aplicar um medicamento apropriado com prescrição médica.

Saiba mais sobre suas unhas

Cuidados com as unhas

O uso ininterrupto de esmalte causa ressecamento e enfraquecimento das unhas. Deve haver um descanso entre a utilização do produto.

Às fãs das unhas pintadas, um aviso: deixe-as sem esmalte uma semana por mês, no mínimo. Durante o intervalo, aplicar hidratantes próprios para evitar o ressecamento.

Conheça seu aparelho ungueal (suas unhas)formatos-de-unhas

O aparelho ungueal, também conhecido como unhas, é formado pela lâmina ungueal, leito ungueal, matriz e tecidos periungueais. Localiza-se na região dorsal da extremidade dos dedos das mãos e dos pés.

Sua principal função é proteger as extremidades dos dedos de traumatismos. Também tem a função de defesa, apreensão de objetos e pode revelar doenças sistêmicas.

Cutículaunhas-corte-e1449748697258

Estrutura epitelial córnea que margeia toda da lâmina ungueal, exceto a borda livre distal, a cutícula não deve ser removida. Sua função principal é ser uma barreira para substâncias e microrganismos que possam penetrar e atingir a matriz ungueal.

Higiene e cuidado

As unhas devem ser aparadas, limpas e mantidas preferencialmente no formato oval.

No mercado de cosméticos há inúmeros produtos destinados às unhas, como esmaltes, brilhos, bases, hidratantes, fortificantes etc. Alguns, no entanto, podem provocar alergia.620x900_calocuticulaunha

Procure usar somente produtos devidamente registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Em caso de dermatite de contato ou outras complicações, interrompa o uso e procure um dermatologista.

Lixa

O hábito de lixar a parte de cima da unha pode ser prejudicial, pois retira camadas de queratina e deixa as unhas mais frágeis e finas.

Acetona

O uso de acetona pode tornar as unhas mais frágeis, ressecadas e quebradiças. Se, no salão de beleza, a profissional fizer a sugestão, recuse. Prefira os removedores de esmalte que não contêm acetonas.

O removedor de esmaltes é considerado a “evolução da acetona”. Não é um produto tão forte, não possui acetona na fórmula e não costuma causar alergias e ressecamentos.

Outra opção são os lenços umedecidos. Embora sejam mais oleosos do que os removedores de esmalte, você só vai precisar lavar as mãos após a aplicação.

A recomendação é dar um intervalo mínimo de 24 horas entre a retirada e a reaplicação de esmalte. Isso vai fazer bem para a suas unhas.

Manicure

Muitos problemas nas unhas, aliás, são causados por procedimentos de manicure ou higiene feitos incorretamente. Os profissionais que cuidam das unhas deveriam ser treinados por dermatologistas, para realizar seu trabalho com maior assertividade e evitar problemas futuros em seus clientes.

Fonte: Portal da Sociedade Brasileira de Dermatologia

http://www.sbd.org.br/cuidados/cuidados-com-as-unhas/

Onicocriptose (unha encravada)

A onicocriptose, ou unha encravada, atinge mais a faixa etária entre 10 e 30 anos. Na maioria, as vítimas são os homens.

Cortar a unha de forma incorreta e anormalidades na forma da unha favorecem o “encravamento” Sapatos apertados e meias sintéticas também podem predispor.

Uma complicação da unha encravada é o surgimento do granuloma piogênico, popularmente conhecido como “carne esponjosa”. Além da dor, essa lesão sangra facilmente. Deve ser tratada por médico. Alguns dermatologistas fazem aplicações de ácidos fortes na lesão ou crioterapia e antibioticoterapia tópica domiciliar.

Para tratar os casos mais simples, lichagem e aplicação de chumaços de algodão podem resolver. O tempo do tratamento é o grande inconveniente, muitos pacientes desistem por causa do tempo longo de tratamento.

A técnica do grampo é bastante usada, consiste em fixar um grampo metálico e ajusta-lo de modo a ajustar a lâmina ungueal ao tamanho do grampo. Durante alguns meses faz-se o ajuste até que se obtenha o aplainamento da unha.

A desvantagem da técnica é a dificuldade de usar calçados fechados e meias por causa da elevação do grampo. A técnica tem o mesmo princípio dos aparelhos dentários.

Deve-se evitar retirar a unha por completo, pois pode encravar novamente quando crescer. O tratamento cirúrgico visa desobstruir a passagem da unha, retirando até a matriz da unha o canto da mesma que encrava, que pode então crescer livremente.

Fonte: Portal da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Saiba mais:

Queratina

A pele que se acumula nas unhas e “vira cutícula” é feita de queratina, uma proteína muito resistente que funciona como uma barreira de proteção em todo o corpo. As células que produzem queratina ficam na camada córnea, a mais superficial da pele e a que mais descama.

Tempo de renovação

Para renovar as unhas das mãos, leva-se cerca de 3 meses, contra 8 meses do dedão. A pele costuma ser renovada por inteiro em 30 dias e os cabelos duram até 5 anos.

Manter a cutícula

O ideal é não retirar a cutícula, apenas empurrá-la, já que a região fica muito próxima da parte viva da unha, onde uma inflamação pode ocorrer facilmente. No salão de beleza, as manicures e pedicures devem esterilizar os equipamentos em autoclave.

Mãos x Pés

As unhas das mãos crescem mais que as dos pés porque não há barreiras que as impeçam de nascer – como os sapatos fazem com os pés.

Descanso semanal

As unhas também precisam “respirar”: a recomendação é de que fiquem pelo menos um dia na semana livres de esmaltes ou bases.

Herança “maldita”

Quem tem familiares com histórico de unha encravada deve ficar atento, pois o problema costuma ser hereditário e aparecer logo nos primeiros anos de vida.

O que mais sofre é o dedão, geralmente pressionado pelo dedo do lado. Nesse pequeno espaço, a queratina acaba crescendo embaixo da unha.

Não adianta se desesperar. Cortar essa unha em casa e “de qualquer maneira” pode ser perigoso e desencadear uma infecção.

Calos

Já os calos são uma manifestação do organismo onde existem atrito e pressão local, o que pode ser causado por um calçado apertado ou “bico fino”.

Várias camadas de queratina se acumulam na região, como forma de proteção. Mas, quando endurecem, viram calo – que não deve ser raspado nem lixado sem orientação profissional.

Em algumas pessoas mais sensíveis, não adianta trocar de sapato nem usar um número maior: é preciso usar um modelo ortopédico, mais flexível e que provoque menos atrito com o pé. Casos mais graves demandam uma ida regular (mensal, por exemplo) ao podólogo.

Limpeza especial

Lavar bem os pés – no meio dos dedos e ao redor das unhas – é extremamente importante para evitar problemas. Pessoas obesas, idosas, diabéticas e com dificuldade de locomoção podem usar uma banqueta de plástico no banheiro para fazer essa higiene corretamente.

As unhas também podem ser limpas com uma escova (ex. de dentes) macia. Depois do banho, deve-se hidratar os pés com creme.

Fonte:

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/07/cortar-unhas-retas-nao-tirar-cuticula-e-usar-sapato-folgado-evita-problemas.html

Doe leite materno! Por quanto tempo e como conservar?

ORDENHA OU EXPRESSÃO MANUAL DO LEITE

O processo manual é o método mais útil para a retirada do leite do peito.doacao_vidros_leite_02

Está indicado para aliviar mamas muito cheias, manter a produção de leite quando o bebê não suga bem, aumentar o volume de leite, guardar leite para oferecer ao bebê mais tarde na ausência da mãe e, também, para doar a um banco de leite.amamentacao

Para realizar ordenha manual e guardar o leite, a mãe deve seguir os seguintes passos:

Preparo do frasco para guardar o leite

  1. Escolha um frasco de vidro incolor com tampa plástica, de maionese ou café em pó, por exemplo.
  2. Retire o rótulo e o papel de dentro da tampa.
  3. Lave bem com água sabão e depois ferva a tampa e o frasco por 15 minutos, contando o tempo a partir do início da fervura.doacao-leite-materno-destaque
  4. Escorra o frasco e a tampa sobre um pano limpo até secar.
  5. Depois, feche bem o frasco sem tocar com a mão na parte interna da tampa.
  6. O ideal é deixar vários frascos secos preparados, mas no momento da coleta você precisa identificar o frasco com seu nome, data e hora da coleta.cartaz_smam_2009

Higiene pessoal antes de iniciar a coleta

  1. Retire anéis, aliança, pulseiras e relógio.
  2. Coloque uma touca ou um lenço no cabelo e amarre uma tolha/lenço/pano/máscara na boca.
  3. Lave as mãos e os braços até o cotovelo com bastante água limpa e sabão.
  4. Lave as mamas apenas com água limpa.
  5. Seque as mãos e as mamas com toalha/pano limpo ou papel toalha, evitando deixar resíduo de papel.

Local adequado para retirar o leite

  • Escolha um lugar confortável, limpo e tranquilo.
  • Forre uma mesa com pano limpo para colocar o frasco e a tampa.
  • Evite conversar durante a retirada do leite, para evitar contaminar o leite com a saliva.

COMO FAZER PARA RETIRAR O LEITE

  1. Massageie as mamas com a ponta dos dedos, fazendo movimentos circulares no sentido da parte escura (aréola) para o corpo.
  2. Coloque o polegar acima da linha onde acaba a aréola e os dedos indicador e médio abaixo da aréola.
  3. Firme os dedos e empurre para trás em direção ao corpo.
  4. Aperte o polegar contra os outros dedos até sair o leite. Não deslize os dedos sobre a pele.
  5. Pressione e solte, pressione e solte muitas vezes. A manobra não deve doer se a técnica estiver correta.
  6. No começo o leite pode não fluir, mas depois de pressionar algumas vezes, o leite começa a sair com mais facilidade.Armazenando-o-seu-leite-materno
  7. Despreze os primeiros jatos ou gotas.
  8. Em seguida, abra o frasco e coloque a tampa sobre a mesa forrada com um pano limpo, com a abertura para cima.
  9. Colha o leite no frasco, colocando-o debaixo da aréola.
  10. Mude a posição dos dedos ao redor da aréola para esvaziar todas as áreas.
  11. Alterne a mama quando o fluxo de leite diminuir e repita a massagem e o ciclo várias vezes.
  12. Lembre-se que ordenhar leite do peito adequadamente leva mais ou menos 20 a 30 minutos, em cada mama, especialmente nos primeiros dias.
  13. A retirada do leite pode ser feita ao mesmo tempo nas duas mamas.
  14. Após terminar a coleta, feche bem o frasco.

COMO CONSERVAR O LEITE ORDENHADO

  • Após a coleta, guarde imediatamente o frasco na geladeira, no congelador ou freezer, em posição vertical.
  • Se o frasco não ficar cheio você pode completá-lo em outra coleta (no mesmo dia), deixando sempre um espaço de dois dedos entre a boca do frasco e o leite. No outro dia, comece com outro frasco.
  • Leite cru (não pasteurizado) pode ser conservado em geladeira por até 12 horas, e no freezer ou congelador por até 15 dias.amamentacao

COMO OFERECER O LEITE ORDENHADO À CRIANÇA

  1. O leite deve ser oferecido, de preferência, utilizando-se copo, xícara ou colher.
  2. Para alimentar o bebê com leite ordenhado congelado, esse deve ser descongelado em banho-maria.
  3. Amorne o leite em banho-maria (água quente em fogo desligado) agitando o frasco lentamente para misturar bem o leite até que não reste nenhuma pedra de gelo.
  4. Para manter seus fatores de proteção, o leite materno não deve ser fervido e nem aquecido em micro-ondas.
  5. Amorne apenas a quantidade de leite que o bebê for utilizar. O leite morno que sobrar deve ser desprezado.
  6. O restante de leite descongelado e não aquecido poderá ser guardado na primeira prateleira da geladeira e utilizado no prazo de até 12 horas após o descongelamento.

ad_ms_aleit_202x266_apoio

COMO PREVENIR PROBLEMAS NA AMAMENTAÇÃO

Certos cuidados na amamentação podem prevenir problemas como rachaduras no bico do peito, seios empedrados e outros.

Por isso é importante:

  1. O bebê pegar corretamente a mama.
  2. Lavar os mamilos apenas com água, não usar sabonetes, cremes ou pomadas.
  3. Não é necessário lavar os mamilos sempre que o bebê for mamar.
  4. Retirar um pouco do leite para amaciar a aréola (parte escura do peito) antes da mamada se a mama estiver muito cheia e endurecida.
  5. Conversar com outras mulheres (amigas, vizinhas, parentes, etc.) que amamentaram bem e durante bastante tempo seus bebês.

DIFICULDADES NA AMAMENTAÇÃO

  • As rachaduras podem ser sinal de que é preciso melhorar o jeito do bebê pegar o peito.
  • Se o peito rachar, a mãe pode passar seu leite na rachadura.
  • Se não houver melhora, é bom procurar ajuda com seu médico assistente ou no serviço de saúde.af_banner_b_visualizar02082010

Mamas empedradas

  1. Quando isso acontece, é preciso esvaziar bem as mamas.
  2. A mãe não deve deixar de amamentar; ao contrário, deve amamentar com frequência, sem horários fixos, inclusive à noite.
  3. É importante retirar um pouco de leite antes da mamada para amolecer a mama e facilitar para o bebê pegar o peito.
  4. Se houver piora, a mãe deve procurar ajuda.

Pouco leite

  • Para manter uma boa quantidade de leite, é importante que a mãe amamente com frequência.
  • A sucção é o maior estímulo à produção do leite: quanto mais o bebê suga mais leite a mãe produz
  • É importante, também, dar tempo ao bebê para que ele esvazie bem o peito em cada mamada.
  • Se o bebê dorme bem e está ganhando peso, o leite não está sendo pouco.
  • Se a mãe achar que está com pouco leite, deve procurar orientação com seu médico ou no serviço de saúde.

Leite fraco

Não existe leite fraco! Todo leite materno é forte e bom. A cor do leite pode variar, mas ele nunca é fraco.

Nem todo choro do bebê é de fome. A criança chora quando quer aconchego ou sente algum desconforto. Sabendo disso, não deixe que ideias falsas atrapalhem a amamentação.

É importante acreditar que a mãe é capaz de alimentar o filho nos primeiros seis meses só com o seu leite.Aleitamento-Materno-Ministério-da-Saúde-2-400x400

DOE LEITE MATERNO:

  • Banco de Leite da UFF – Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), Niterói, Rio de Janeiro:
  • Interessadas em agendar uma visita podem entrar em contato com o telefone (21) 2629-9234 ou enviar um e-mail para bancodeleite@huap.uff.br.
  • Quem preferir visitar pessoalmente, o endereço do BLH do Huap é Avenida Marquês do Paraná, 303, térreo, Centro, Niterói.
  • http://globotv.globo.com/rede-globo/rjtv-1a-edicao/v/banco-de-leite-materno-de-niteroi-procura-doadoras/4106009/

Banho do bebê: momento especial (atualização)

O banho é um momento especial para pais e filhos. O bebê, quando está na água morninha, relembra as sensações de conforto e proteção vividas no útero.

Para os pais também é uma ótima oportunidade para fortalecer o vínculo com o bebê, acariciando a pele dele, e transformando a higiene diária num gesto de carinho e cuidados realmente efetivos.

O sabonete deve ter ou ser:

  1. testado e aprovado por dermatologistas
  2. pH neutro ou próximo ao fisiológico da pele, entre 5 e 6, para não agredi-la;
  3. possuir umectantes ou emolientes na formulação para, além de limpar, iniciar a hidratação;
  4. ser aprovado em testes clínicos contra irritação ocular;
  5. manter-se estável química e fisicamente.

NO BANHO, SÓ ÁGUA BASTA PARA LIMPAR O BEBÊ

Errado

Essa questão já foi polêmica. Hoje existe um consenso científico sobre o tema. “Está provado que a água elimina apenas 65% da sujidade do corpo”, afirma Mario Cezar Pires, dermatologista e Chefe do Setor de Diagnóstico e Terapêutica do Serviço de Dermatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

A água é capaz de remover somente as impurezas hidrossolúveis. Quanto às lipossolúveis, precisam do sabonete para serem eliminadas. Além disso, não há garantia de que sem um sabonete restos fecais e restos de alimentos, por exemplo, sejam extraídos da pele.

SABONETE INFANTIL NÃO AGRIDE A PELE DO BEBÊ

Correto

Assim como a medicina, as indústrias da higiene também evoluíram, encontrando formulações mais suaves, seguras e eficazes para a pele do bebê.

Pesquisas e investimentos tecnológicos nos permitiram desenvolver itens com grau máximo de segurança. Isso significa que quando alcançamos margem confiável de toxidade para um produto, aumentamos esse nível em 100 vezes se ele for destinado ao bebê.

BEBÊS PODEM USAR XAMPU E CONDICIONADOR

Correto

O couro cabeludo e o cabelo do bebê retêm suor, células mortas, sebinhos, poluição, ácaros etc. Se o bebê for carequinha, o sabonete infantil pode higienizar essa área. Já se o pequeno tiver cabelo, xampu e condicionador são os mais adequados para uma limpeza completa, que irá facilitar o ato de pentear, evitando inclusive que os fios embaracem. Além disso, xampu e condicionador deixam um cheirinho agradável de banho na criança.

PLANTÃO DE DÚVIDAS

  • Meu bebê parece sempre tão limpinho. O sabonete é realmente necessário?
  • Se pudéssemos colocar uma lente de aumento na pele do bebê encontraríamos células mortas, suor, poluição, bactérias, ácaros entre outros microorganismos. Por ter um metabolismo acelerado, o bebê pode até descamar e transpirar mais do que o adulto. Portanto, o banho é necessário assim como o uso do sabonete, que elimina resíduos que não se desfazem em água.
  • Por que o bebê não pode usar os mesmos produtos que os pais no banho?
  • Quando um item de higiene para adultos é usado no bebê é muito possível que a pele dele seja desestabilizada, havendo alteração do pH e consequentemente, menor defesa com relação aos fatores externos. Isso deixa o pequeno mais suscetível às doenças de pele. O mérito dos produtos elaborados para bebê é justamente limpar sem retirar a defesa natural do tecido infantil que é naturalmente mais desprotegido.

Fonte: Publicações do I Painel Latino-Americano de Cuidados com a Pele Infantil, fascículos de 1 a 6, realizado em São Paulo, em novembro de 2010, em parceria de Johnson & Johnson com a Sociedade Brasileira de Pediatria, e entrevistas exclusivas com Dr. Mario Cezar Pires, dermatologista que participou do Painel, mestre e doutor em Clínica Médica e Chefe do Setor de Diagnóstico e Terapêutica do Serviço de Dermatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e diretor da gerência de formação e aprimoramento do Hospital Padre Bento, e com Nilo Cobeiros, diretor científico de Pesquisas e Desenvolvimento da Johnson & Johnson do Brasil. Disponível em: http://www.johnsonsbaby.com.br/pele-do-bebe/um-banho-de-atualiza%C3%A7%C3%A3o