Rótulos de alimentos: atenção!

Corante 1

Dados recentes do Ministério da Saúde demonstram que 70% das pessoas consultam os rótulos dos alimentos no momento da compra. Porém, mais da metade não entende o significado correto das informações.

O objetivo maior é estimular que você e a sua família interpretem de forma correta as informações disponibilizadas nos rótulos dos alimentos e saibamos mais sobre o que comemos.

Os dois pontos mais analisados na rotulagem pelos consumidores são: tabela nutricional e alegações de saúde contidas nos rótulos.

O que significam os itens da Tabela Nutricional dos rótulos?

Valor energético: é a energia produzida pelo nosso corpo proveniente dos carboidratos, proteínas e gorduras totais;

Carboidratos: são os componentes dos alimentos cuja principal função é fornecer energia para as células do corpo, principalmente do cérebro;

Proteínas: são componentes dos alimentos necessários para a construção e manutenção dos nossos órgãos e tecidos;

Gorduras totais: são as principais fontes de energia do corpo. Ajudam na absorção das vitaminas A, D, E e K (lipossolúveis). As gorduras totais referem-se à soma de todos os tipos de gorduras, tanto de origem animal quanto de origem vegetal;

– gorduras saturadas: tipo de gordura presente em alimentos de origem animal. O consumo desse tipo de gordura deve ser moderado porque, quando consumido em grandes quantidades, pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças do coração;

– gorduras trans (ou ácidos graxos trans): gorduras encontradas em grandes quantidades nos alimentos industrializados. O consumo desse tipo de gordura deve ser muito reduzido, considerando que pode ser prejudicial ao organismo (não necessita dela) Quando consumida em grande quantidade pode aumentar os riscos de desenvolvimento de doenças do coração entre outras;

Fibra alimentar: está presente em alimentos de origem vegetal. A ingestão de fibras auxilia no funcionamento do intestino;

Sódio: presente no sal de cozinha e nos alimentos industrializados. Deve ser consumido com moderação (no máximo, em pessoas saudáveis: 5g por dia), uma vez que o seu consumo em excesso pode levar ao aumento da pressão arterial.

Vitaminas: são indispensáveis ao bom funcionamento do organismo, por isso são chamadas de substâncias reguladoras. A falta na alimentação (ou sua quantidade insuficiente) pode nos levar a adoecer. Vegetais, como verduras e frutas são ótimas fontes de vitaminas.

Alegação de saúde nos rótulos: atenção às informações nutricionais, tais como: “baixo teor de gordura”, “baixo teor de sódio”, “fonte de fibras”, “livre de gordura trans”, etc. Essas alegações são utilizadas para apresentar os produtos como contendo propriedades benéficas adicionais de nutrição.

As informações nas embalagens dos alimentos são regulamentadas pela legislação, devem ser honestas e fundamentadas com provas científicas.

Curiosidade:

Ao consultar a lista de ingredientes de um determinado alimento saiba que eles estão em ordem de quantidade. Por exemplo, o primeiro ingrediente citado da lista é aquele que possui maior quantidade quando comparado com os demais ingredientes.

Os corantes podem causar alergia (urticária), asma (bronquite), problemas neurológicos, gastrointestinais e até choque anafilático.

Na hora da refeição todos gostam de uma comida gostosa, bonita e colorida. Nem tudo o que salta aos olhos faz bem para a saúde, principalmente o colorido “demais”.

É preciso ter cuidado, pois para chamar a atenção do consumidor, as indústrias usam corantes que deixam os alimentos mais bonitos de se ver, alguns desses corantes são extraídos até de insetos.

Alimentos e bebidas que vendem mais nem sempre são os mais saudáveis. Isso porque, na hora de comprar, o consumidor leva em conta a aparência do produto. “Se estiver feio, eu não vou levar”, revela um jovem.

E para realçar o visual das mercadorias, as indústrias de alimentos investem nos corantes. “Parece que é mais gostoso. Dá essa impressão”, aponta uma senhora.

Um supermercado chegou a oferecer salsicha sem corante, mas não conseguiu vender nenhuma. É visível a diferença de cor entre a que tem e a que não tem corante. “O produto fica com uma apresentação feia sem o corante, e o consumidor acaba não comprando”, afirma o gerente do supermercado Roberto Dias.

Para colorir os produtos, as indústrias utilizam até insetos. A cochonilha, uma praga das lavouras, vira corante natural para iogurtes. “Apesar de ele ser retirado de um inseto, ele é um corante puro, não acarreta risco ao seu uso e tem uma característica bastante importante. Ele é um corante bastante estável, diferente de vários outros corantes naturais que se degradam rapidamente”, diz o químico Paulo Carvalho, do Instituto de Tecnologia de Alimentos.

E os corantes artificiais também costumam passar despercebidos. Não é para menos. Nas embalagens, as letras são bem pequenas. “Eu tenho aqui o vermelho, que ele coloca vermelho 40. Então, ele é bem artificial. Como é que o leigo vai poder identificar esse tipo de corante, se é o melhor para o filho dela, para ela consumir”, afirma a nutricionista Roseli Rossi.

Os produtos que mais tem corantes artificiais são justamente aqueles muito consumidos pelas crianças: balas, doces refrigerantes. E os pais devem estar atentos, porque os corantes podem provocar problemas de saúde.

“Bronquite, problemas neurológicos, como déficit de atenção nas crianças, depressão, problemas de hiperatividade, distúrbios gástricos até chegar, inclusive, a um choque anafilático. O melhor mesmo seria a gente ir para a feira, comprar frutas, que sairiam muito mais barato e fazer o nosso próprio suco em casa que, com certeza, iríamos consumir muito mais vitaminas, minerais, deixando de consumir todas essas substâncias tóxicas que o nosso organismo não foi preparado para absorver, metabolizar e aproveitar”, diz a nutricionista Roseli Rossi.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/11/corantes-utilizados-nos-alimentos-podem-ser-um-risco-para-saude.html

 

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