16 formas de enxaqueca

AS 16 FORMAS DE ENXAQUECA E SEUS SINTOMAS EM COMUM

Ela pode ser episódica ou crônica, como no caso das pessoas que têm crises por mais de 15 dias num mês, conforme descreve a Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Mas o fato é que as 16 formas de apresentação da enxaqueca partilham sintomas em comum.

São eles que possibilitam o diagnóstico do problema e o diferenciam de outros tipos de cefaleia, como a tensional (ou “tipo tensão”), que atinge 97% das pessoas em algum momento da vida.

Entretanto, não bastassem a dor e os sintomas sistêmicos, algumas crises vêm acompanhadas de sinais neurológicos chamados auras, que se manifestam de diferentes formas. Dentre as mais comuns estão a visual, a sensitiva e a disfásica.

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Repentinas, elas normalmente antecedem as crises e duram de alguns minutos até uma hora. A boa notícia é que as sensações, embora perturbadoras, são completamente reversíveis.

Tipos de aura

A aura visual, segundo João José Carvalho, caracteriza-se pelo aparecimento de pontos brilhantes ou escuros em meio a um “borramento” da visão. Geralmente, ela evolui por um intervalo de 10 a 15 minutos e, quando desaparece, vem a dor de cabeça.

Já a aura sensitiva se manifesta por formigamentos que começam na mão e sobem pelo braço até chegarem ao rosto.

O tipo disfásico, por sua vez, deixa o indivíduo com dificuldades de se expressar, atingindo inclusive a capacidade de articulação da fala.Enxaqueca_600X700

“Essas são as mais comuns, mas temos também a motora (hemiplégica), a do tronco cerebral, que pode vir com tontura, e a aura retiniana, que pode deixar o indivíduo sem enxergar metade do campo visual”, cita o neurologista, acrescentando que, apesar das diferentes formas, a enxaqueca sem aura corresponde a 80% dos casos.tirando-dvidas-sobre-a-dor-de-cabea-27-638

Outras doenças?

E, sabendo que a dor não é um processo normal, é até comum pensar que o desconforto geralmente sinaliza que algo mais no organismo não vai bem.

Quando se trata de uma cefaleia como a enxaqueca, então, as especulações – e preocupações – propagadas pelo senso comum só aumentam. Será que as crises indicam uma doença associada? Na maioria dos casos, não.

“Se um paciente me diz que está com dor de cabeça, ele está me dizendo que o alarme da cabeça dele está tocando.

Quando esse alarme toca, há duas situações: pode ter algo na cabeça fazendo-o disparar – essa dor de cabeça é chamada de secundária e esse ‘algo’ pode ser uma meningite ou um tumor cerebral, por exemplo – ou, na verdade, pode ser uma dor primária, como a enxaqueca, ou seja, uma desregulação do mecanismo cerebral de controle da dor”.20130830105754910286u

Cefaleia primária

De fato, quase sempre não há nada a ser “investigado”. O médico, que é especialista em dor pela Academia Brasileira de Neurologia, aponta que, de cada 100 pacientes que chegam a uma emergência, 90% recebem diagnóstico de algum tipo de cefaleia primária.

Nos atendimentos realizados em consultórios, segundo ele, esse porcentual chega a 98%. Para identificá-las, é suficiente conhecer a história do paciente e realizar o diagnóstico clínico.

Alimentos enxaquecaExames complementares como tomografias e ressonâncias são necessários apenas numa minoria de casos.

Fatores de alarme

Mas em que situações uma dor de cabeça merece atenção redobrada? O próprio corpo dá os sinais, por meio dos fatores de alarme. Quando a crise surge com uma mudança de postura, é relacionada com esforço ou exercício físico, chega ao pico em menos de um minuto ou, ainda, é refratária ao tratamento, uma avaliação médica precoce é essencial.

“Se um paciente me diz: ‘Doutor, eu tenho dor de cabeça há muitos anos, mas de um tempo para cá mudou’, ele deve ser avaliado. Se for na emergência, com uma tomografia.

No consultório, com uma ressonância magnética.

Vale ressaltar, porém, que não há indicação de eletroencefalograma ou mapeamento cerebral na abordagem de pacientes com enxaqueca”, afirma o médico.

Quando a crise se confunde com o AVC

Para as pessoas que têm enxaqueca, sobretudo com aura (sintoma neurológico que se manifesta de diferentes formas e pode ocorrer antes e, às vezes, durante uma crise de cefaleia), um episódio pode ser confundido com uma das doenças que mais levam ao óbito no mundo atualmente: o Acidente Vascular Cerebral.

A dúvida acontece porque, no caso da aura hemiplégica, o enxaquecoso começa, repentinamente, a sentir fraqueza em um dos lados do corpo, que chega a ficar paralisado.

A sensação permanece, em média, por cerca de 30 minutos, seguida por uma forte dor de cabeça.

O problema é que, ao contrário de outros tipos de auras que duram, no máximo, uma hora, a hemiplégica, em alguns casos, pode ser sentida por até um dia, o que confunde mais ainda.

“Essas pessoas devem procurar imediatamente, de qualquer modo e sob qualquer circunstância, um hospital para serem adequadamente avaliadas e tratadas”, recomenda o médico neurologista João José Carvalho.enxaqueca_link

Como um fator de risco

Adicionalmente, diversos estudos comprovam que a enxaqueca, sobretudo a do tipo com aura, figura hoje como fator de risco para a doença vascular cerebral.

Desse modo, os enxaquecosos com mais de 40 anos devem adotar um controle mais rigoroso dos já conhecidos fatores de risco para o AVC, tais como: a hipertensão arterial, o colesterol elevado, o sedentarismo e o diabetes, além do tabagismo e do uso abusivo de álcool.

“O controle desses fatores de risco deve ser mais enfático, porque esse tipo de cefaleia já é, por si só, um fator de risco para a doença vascular. Se você o soma a outros preditivos, obviamente terá um risco aumentado de sofrer um AVC”, reforça o médico.

Atenção, mulheres

Por isso, para as mulheres que têm crises de enxaqueca com aura, há, ainda, uma outra recomendação: não usar anticoncepcionais combinados.

Ele explica que existem dois tipos dessa classe de medicamentos: os que são à base de progesterona e os combinados, compostos também por um outro hormônio, o estrógeno.

O alerta está no fato de que o estrógeno presente nos anticoncepcionais combinados possui uma ação pró-trombótica, que facilita a formação de trombos. “Assim, se você toma uma medicação que facilita a formação de coágulos e tem predisposição para a doença vascular, isso não é bom”, explica. A indicação, portanto, é que as mulheres – mais acometidas pela enxaqueca com aura – conversem com o ginecologista sobre a possibilidade de usar anticoncepcionais à base de progesterona.

SAIBA MAISinfograficos-enxaqueca

Quando devo me preocupar e buscar ajuda médica imediata?

  • Quando identificar como sendo a primeira ou a pior dor de cabeça que já teve até então. Atenção especial se o início do processo doloroso for súbito, como uma explosão. Isso pode indicar um aneurisma cerebral;
  • Quando é uma dor de cabeça iniciada após os 50 anos de idade, ou seja, quando trata-se de uma pessoa que nunca mencionou uma dor e começou a queixar-se. Neste caso, é preciso avaliar bem, pois pode tratar-se de uma arterite temporal;
  • Quando o indivíduo relatar uma dor de cabeça que se tornou cada vez mais intensa e frequente. Uma avaliação minuciosa é necessária, pois pode ser um tumor;
  • Quando a dor de cabeça atinge pacientes com diagnóstico de câncer ou de Aids;
  • Quando a dor de cabeça ocorre em pessoas que apresentam uma má alteração no exame neurológico. Caso: o exame neurológico era normal e, após a dor de cabeça, o exame apresentou uma alteração;
  • Quando o paciente apresenta dor de cabeça associada a febre ou sinais de irritação meníngea;
  • Quando a dor afeta pacientes com traumatismo craniano;
  • Quando a pessoa apresenta mudanças nas características da dor ou crises persistentemente de um só lado da cabeça.
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Disponível: http://abneuro.org.br/clippings/detalhes/111/as-16-formas-de-enxaqueca-e-seus-sintomas-em-comum

Mortes de crianças por acidentes com eletricidade aumentam mais de 50% no Brasil

32 crianças de até 5 anos morreram por causa de choques elétricos no país em 2015

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A curiosidade indiscriminada das crianças pode levá-las a algumas situações perigosas principalmente perto de objetos relacionados à eletricidade como fios, cabos e tomadas.

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Em 2015, 32 crianças brasileiras de 0 a 5 anos foram vítimas fatais de acidentes envolvendo eletricidade, de acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel).segurana-no-lar-5-728

O número representa um aumento de mais de 50% em relação a 2014, quando 20 mortes por choque elétrico nessa faixa etária foram registradas.

No geral, porém, os acidentes fatais ligados a eletricidade diminuíram. Em 2014, foram 627 e em 2015, 590, o que ressalta a necessidade de voltar a atenção para a prevenção com as crianças.

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Perigo dentro de casa

Dos 32 acidentes fatais com crianças de até 5 anos, 28 aconteceram no ambiente doméstico e apenas 4 na rua, com a criança entrando em contato com fio partido ou poste energizado.

Dentro de casa, os maiores perigos são tomadas sem proteção, fios desencapados e benjamins (Ts).

Para o engenheiro eletricista Hilton Moreno, consultor do Programa Casa Segura e do Procobre, uma das melhores maneiras de proteger os pequenos contra choques elétricos é explicar a eles sobre os riscos da eletricidade e garantir que a casa seja um ambiente seguro.

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“Os pais devem estar atentos para não colocar coisas atraentes para crianças, como cestas de brinquedos, perto de tomadas”, afirma. “Além disso, vale comprar aqueles protetores de plástico e instalar um DR, Dispositivo Diferencial Residual, no quadro de eletricidade”.

O DR é um dispositivo de instalação obrigatório, segundo normas da ABNT, que desliga a energia em 20 milissegundos quando é detectada uma corrente de fuga à terra, uma espécie de “vazamento” da corrente elétrica.

Dessa maneira, é possível evitar que a tomada dê choques elétricos capazes de provocar paralisia ou queimaduras.df1764c19c284b3b47de3e3f5adb16dc

Cuidado com os fios

Os pais também devem ficar atentos aos fios, pois, além de apresentarem perigo de enforcamento, podem dar choques. “Quando o fio fica exposto, como no caso de uma extensão, ou gambiarra, ele vai se desgastando com o tempo”, explica Hilton.

“É como um cano de água que vai ficando cheio de furinhos, só que, em vez de escapar água, escapa eletricidade. Por isso, é sempre importante manter os fios fora do alcance de crianças, que podem até mordê-los”.

Outra recomendação de Hilton é tirar da tomada todos os aparelhos eletrônicos em caso de tempestade, já que eles podem sofrer sobrecarga.

Riscos de explosão e incêndio

Dependendo da descarga elétrica, os objetos podem até explodir e provocar incêndios, que também são causa de fatalidades. Em 2015, 174 incêndios domésticos relacionados a eletricidade (curto circuito, aquecimento dos fios, etc) foram registrados e fizeram 31 vítimas fatais, de acordo com dados da Abracopel.

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Benjamim

Nos incêndios domésticos, o benjamim é um dos principais vilões. Ele permite que vários aparelhos funcionem na mesma tomada, mas pode aquecer a ponto de iniciar um incêndio quando utilizado de forma incorreta.

De acordo com o engenheiro eletricista, os benjamins foram feitos para serem usados em eletrônicos, nunca em eletrodomésticos como o chuveiro, a geladeira e o fogão, que têm uma grande demanda de energia.

“Uma boa maneira de perceber se o benjamim não está sobrecarregado é colocar a mão sobre ele quando os aparelhos estiverem em funcionamento”, afirma Hilton. “Se você conseguir ficar com a mão ali por um período indeterminado, tudo bem. Agora, se estiver tão quente a ponto de você só conseguir mantê-la por alguns instantes, é sinal de sobrecarga, e os aparelhos devem ser desligados imediatamente”.

Primeiros socorros

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Se mesmo depois de tomar todas as precauções, algum membro da família tomar um choque, a primeira providência é correr até o quadro geral e desligar a energia da casa.

Se não for possível, interrompa o contato da vítima com a corrente elétrica usando algum material isolante como um pedaço de pau ou um chinelo de borracha.
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O pediatra Renato Mikio Moriya, membro do Departamento Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria, ressalta que a primeira atitude deve ser ligar para um serviço de emergência, mas, enquanto ele não chega, existem alguns primeiros socorros que podem ser executados.

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“Se você perceber que alguma parte do corpo da vítima tem queimaduras resfrie somente com água fria abundante e panos molhados”, afirma.

Caso a pessoa esteja inconsciente, aproxime o ouvido da sua boca e observe o movimento do tórax. Verifique também se ela teve parada cardíaca, sentindo a pulsação nos punhos, pescoço ou virilha.

Ressuscitação cardiopulmonar

Nos casos, em que não há pulso, se possível, faça manobras de ressuscitação cardiopulmonar, compostas por ciclos de 30 compressões cardíacas e duas respirações, até a chegada do socorro.

http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Seguranca/noticia/2016/03/mortes-de-criancas-por-acidentes-com-eletricidade-aumentam-mais-de-50-no-brasil.html

Desenvolvimento infantil: compreender é fundamental

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Entendendo o desenvolvimento da criança

Autora: Rosa Resegue
Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo, membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Introdução: Compreender a importância do desenvolvimento da criança nos nossos dias significa explorar o próprio papel que a criança assume na nossa sociedade. 

1. O que é desenvolvimento? 

O desenvolvimento pode ser definido como o processo de construção da identidade humana.

Essa definição leva-nos a concluir que o desenvolvimento inicia-se no momento da concepção e não se detém até a morte do indivíduo. 

2. Nas publicações sobre o assunto, é comum encontrarmos termos como “desenvolvimento afetivo”, “desenvolvimento motor”, “desenvolvimento de linguagem”. Por que essas subdivisões? 

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Para que os fenômenos fossem melhor conhecidos foram subdivididos e cada especialidade encarregou-se de entender as partes do dado fenômeno nos mínimos detalhes.

Se por um lado, esse processo foi bom, pois permitiu um enorme avanço nos conhecimentos, por outro, acarretou o fracionamento da pessoa que deixou de ser vista como um ser integral, para ser conhecido por seus setores, órgãos e, muitas vezes, por suas doenças. 

3. O que significam essas subdivisões? 

O desenvolvimento é comumente subdividido em vários setores ou domínios, como: 

• Desenvolvimento motor  

Ø motor grosso – define as atividades dos grandes músculos do corpo e relaciona-se com as funções de sustentação da cabeça, sentar, andar, correr. experiencias

Ø motor fino – define as atividades relacionadas aos movimentos de preensão e relaciona-se com as etapas do movimento de pinça. A aquisição da pinça foi um grande marco para nossa espécie, pois foi a partir dela que o ser humano começou a utilizar ferramentas como a caneta, pincel e outros tipos de ferramentas.

• Desenvolvimento da linguagem; Desenvol. da linguagem

• Desenvolvimento cognitivo – relaciona-se às funções ditas mentais superiores como a memória, associação, raciocínio dedutivo, capacidade de planejamento e simbolização, dentre outras. 

• Desenvolvimento da subjetividade; 

• Desenvolvimento social: 

• Desenvolvimento perceptivo. 


4. Existe alguma dessas funções que é mais importante do que a outra? 

Embora cada uma delas siga uma certa seqüência na construção de habilidades específicas, essas funções são completamente interdependentes.

No entanto, na nossa opinião, o grande eixo integrador de todas elas está no desenvolvimento da subjetividade. Através da construção da subjetividade, o desenvolvimento particulariza-se, torna-se único e irreproduzível. 

5. Como ocorre o processo de desenvolvimento? 

Esta é uma questão que sempre foi motivo de muita discussão. Duas questões quanto desse processo é biológico ou cultural? O que pode ser considerado universal em todas as crianças e o que pode ser considerado fruto do modo como as pessoas vivem? 

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6. Como explicar, então? 

Na atualidade, essa dualidade entre o biológico e o cultural tende a ser superada. O ser humano é um ser da cultura, um ser social e, portanto, seu processo de desenvolvimento está fortemente atrelado ao seu momento histórico e ao modo como as pessoas responsáveis pelo seu cuidado vivem e relacionam-se entre si.

Assim, a nossa espécie daria os limites das nossas possibilidades: não temos asas, enxergamos até uma determinada distância, ouvimos em determinadas frequências, mas é através da relação com o outro que nos transformamos em seres da cultura, assimilamos os conhecimentos do nosso tempo, tornamo-nos parte de uma determinada comunidade.

O processo biológico-maturacional predomina apenas nos primeiros anos de vida, mas mesmo nessa fase, esse processo só ocorrerá se houver uma relação significativa com outras pessoas. 

7. E onde entra a importância da mãe e das outras pessoas da família? 

Desde o momento da concepção a criança já ocupa um lugar no imaginário de sua família: é o mais velho, terá o nome do pai, será a minha princesa, enfim toda uma infinidade de possibilidades.

Para que ocorra o acontecer humano é necessário que a criança seja recebida e reconhecida por um outro. Desse modo, ela vai construindo a sua identidade através daquilo que percebe refletido nas pessoas que a rodeiam, particularmente daquelas responsáveis pelo seu cuidado. 

8. Quais são as experiências que o recém-nascido traz de sua vida intra-útero? 

Ao contrário do que se pensava antes, o recém-nascido já nasce com experiência de sua vida intra-útero.

A audição acontece a partir do quinto mês de gestação, sendo o feto capaz de escutar os ruídos provenientes do funcionamento do organismo materno, e pode se acalmar ao ouvir a reprodução ritmada dos batimentos cardíacos após o nascimento.

Fases de desenvolvimento do bebeA audição dos sons externos chega de forma muito atenuada, havendo maior nitidez para os sons graves.

O paladar encontra-se também desenvolvido, parecendo haver uma preferência para o gosto doce. O feto consegue perceber o contato através da parede abdominal, principalmente a partir do sétimo mês de vida intrauterina. 

9. Quais são as competências do recém-nascido? 

Sabe-se que o bebê tem percepções visuais desde o nascimento com uma nítida preferência pelo rosto humano. Durante o primeiro mês, a melhor distância dos alvos visuais é de 20 a 30 centímetros, exatamente a distância entre o rosto da criança e o da mãe na amamentação. 

Desde as primeiras horas de vida o recém-nascido é capaz de voltar os olhos na direção de um som com preferência pela voz humana, principalmente a da mãe. 

Recém- nascidos que nunca foram alimentados reagem diferentemente aos 4 sabores básicos, existindo uma preferência inicial por soluções doces. 

Bebês de uma semana conseguem perceber diferenças entre cheiros complexos, podendo distinguir o odor materno de outros cheiros. 

10. Muitas vezes as mães relatam que suas crianças apresentam comportamentos diferentes desde o nascimento. Esse comentário procede? 

Na verdade existem diferenças nítidas no comportamento dos bebês desde o nascimento. Recém-nascidos, diferentemente dos adultos, não possuem uma alternância nítida entre o sono e a vigília, oscilando entre diferentes estados que se sucedem rapidamente.

Entre esses, existe um estado mais propício para a interação caracterizado por um olhar vivo com a criança calma e ativa.

Ao nascimento, durante a primeira hora seguinte ao parto, o bebê mantém-se nesse estado. Nas 48 horas seguintes haverá um predomínio dos estados de sonolência, como se o recém-nascido estivesse se recuperando.

Posteriormente, haverá um aumento progressivo dos períodos de vigília. No entanto, existem diferenças marcantes entre os bebês.

Alguns mantêm-se muito pouco no estado de atenção passando muito rapidamente da sonolência para o choro excessivo, outros permanecem muito mais tempo atentos, permitindo uma interação tranquila com seus pais.desenvolvimento-infantil

Esses estados influenciam e são influenciados pelos cuidados recebidos, mas podem também, como decorrentes do temperamento da criança. 

Além disso, os bebês também variam muito, em relação ao seu grau de irritabilidade, atividade motora, preferência por outras relações sociais ou pela solidão.

No entanto características não são definitivas, é através de interação e das experiências vividas, o temperamento será modificado, neutralizado ou fortalecido durante o desenvolvimento da criança, num processo de interação entre biológico e cultural. 

11. Meu filho de cinco meses leva à boca tudo que consegue agarrar. Isso ocorre porque estão nascendo os dentinhos? 

Embora os dentes possam realmente estar nascendo nessa idade, o fato de a criança colocar as coisas na boca, geralmente não tem relação com esse processo. Trata-se muito mais de uma tentativa de pesquisar as características do objeto apreendido. É como se ela usasse a boca para perceber melhor esses objetos. 

12. Minha filha de sete meses estranha as pessoas que não são do seu convívio. Meus parentes dizem que ela está muito mimada. Como proceder? 

O estranhamento é uma reação normal das crianças nessa idade e pode manifestar-se através de uma grande gama de reações, que vão desde o simples abaixar dos olhos até o choro diante de pessoas não familiares à criança.

O estranhamento, desde que não seja tão acentuado a ponto de desestruturar a criança, é uma reação saudável, que indica que sua mãe e as outras pessoas de seu convívio tornaram-se objetos definitivos de seu amor. 

13. Minha pediatra disse-me que as crianças andam por volta de um ano de idade. Minha filha de 10 meses já está andando, posso deixar? 

Não há problema nenhum no fato da criança andar, sentar ou falar mais cedo. Por outro lado, não há, também, nenhuma correlação desses fatos com um maior grau de inteligência ou capacidade motora dessas crianças na vida adulta. Por outro lado, algumas crianças andam só após os 13 meses. 

14. A madrinha de meu filho deu-lhe um andador. Devo usa-lo? 

Não. Deve-se dar as oportunidades para que a criança experimente o mundo que a rodeia de forma segura. O andador é uma fonte constante de acidentes e, muitas vezes, o seu uso deixa as crianças inseguras ao tentarem ficar na posição ereta ou andarem sem o mesmo. O único andador que poderia ser utilizado seria aquele que as crianças empurram.Infantil2

15. Os brinquedos educativos são realmente melhores para as crianças? 

Para a criança, todo brinquedo é educativo. De uma forma geral, quanto mais inacabado é um brinquedo maiores possibilidades ele traz e, portanto, é mais atrativo para as crianças, que geralmente adoram os cacarecos deixados pela nossa cultura.

É como se elas reinventassem os objetos. Para a criança, brincar é tão importante quanto andar ou respirar. É brincando que a criança experimenta, modifica, simboliza e compreende o mundo que a rodeia. 

No entanto, as mudanças no modo de vida das pessoas fizeram com que, muitas vezes o brinquedo esteja sendo oferecido como substituto da presença do adulto ou simplesmente em resposta ao apelo consumista dos nossos dias. Nas classes sociais mais favorecidas, em muitas situações, as crianças logo cedo transformam-se em pequenos executivos com uma agenda lotada em que não há tempo para brincadeiras. Por outro lado, as crianças, por medo da violência, estão cada vez mais trancafiadas em casa tendo acesso ao mundo apenas pela televisão. Tanto numa como noutra situação, não está sendo permitido à criança experimentar a diversidade, não há tempo para que viva o seu tempo de criança. 

16. Meu filho não tem limites. Qual é a melhor maneira de discipliná-lo? 
Essa pergunta é cada vez mais freqüente para todos os profissionais que atuam com crianças. É como se as famílias atônitas com as mudanças da organização da sociedade não se sentissem mais capazes de impor autoridade aos seus filhos. O papel que esses profissionais devem assumir é o de devolver àqueles que cuidam da criança sua capacidade de encontrar o melhor caminho dentro das possibilidades de suas vidas. 

Excetuando-se o fato de não se permitir o uso da violência contra a criança, não existe uma maneira melhor ou ideal de discipliná-las.

Cada família encontrará essa resposta dentro dos seus princípios, costumes, do seu modo de vida.

Isso não quer dizer, entretanto, que não se deva colocar limites que são fundamentais para que ela crie uma imagem coerente de seu mundo e consiga viver de forma harmônica numa sociedade em que, mais cedo ou mais tarde, esses limites lhe serão impostos. 

17. Como fazer para estimular melhor as crianças? 

A estimulação tem aparecido como grande preocupação nos últimos anos, em parte em decorrência dos inúmeros conhecimentos sobre a plasticidade cerebral, conceito que define que durante toda a vida do indivíduo, mas principalmente nos primeiros anos, a função é capaz de retroagir sobre a anatomia. Parte dessa resposta está nas palavras do poeta Drummond: 

“Como fazer feliz meu filho? 
Não há receitas para tal. 
Todo o saber, todo o meu brilho
De vaidoso intelectual… 

Eis que acode meu coração
E oferece, como uma flor, 
A doçura desta lição
Dar a meu filho o meu amor.” 

Além das palavras do poeta, as crianças do nosso tempo precisam ter o direito de ir e vir, o direito a conviver com a diversidade, enfim o direito às mesmas oportunidades.

Dores abdominais (de repetição) em escolares

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A dor abdominal é um problema comum em escolares.

O que é D.A.R.?

Presença de, pelo menos, três episódios de dor suficientemente fortes para interferir nas atividades habituais da criança por um período mínimo de três meses.

Aproximadamente 10% dos escolares apresentam episódios de dores abdominais recorrentes (DAR).

Principais causas

Várias causas orgânicas estão relacionadas à dor abdominal, sendo que, em muitos casos, a fisiopatologia é relacionada a processos infecciosos (por exemplo, infecção do trato urinário), inflamatórios (doença de Crohn) ou distensão/obstrução de vísceras ocas. Doenças parasitárias e constipação também devem ser consideradas.tabela-268-1

Por que “funcional”?

Muitas doenças podem causar DAR. Na prática clínica, a maioria das crianças e adolescentes não tem evidência de doença e apresenta o que se chama “dor abdominal funcional”.

A dor abdominal funcional é a maior causa de dor abdominal crônica na infância e adolescência.

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De acordo com os critérios de Roma III para dor abdominal, os distúrbios gastrintestinais funcionais requerem sintomas por (pelo menos) dois meses, sem a presença de sinais de alarme, assim como exame físico normal e pesquisa de sangue oculto negativa.

“Mecanismos” (Fisiopatologia)

A fisiopatologia envolve uma interação entre os fatores regulatórios dos sistemas entérico e nervoso central e pode estar associada à hiperalgesia visceral, redução do limiar da dor, dor referida após a distensão retal, ou a um relaxamento inadequado gástrico pós-prandial.

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DGIF

Pacientes com distúrbios gastrintestinais funcionais (DGIF) podem apresentar sintomas semelhantes, porém com diferentes causas. Desta forma, o manejo deverá ser individualizado de acordo com o comportamento da criança e da família, assim como dos gatilhos e sintomas envolvidos.

A dor é real!

O esclarecimento à família de que a dor é real e que tem afetado as atividades da criança é fundamental, além de enfatizar que esta pode ser desencadeada por fatores ambientais e psicossociais.

Faz-se necessário investir em modificações comportamentais, com a finalidade de aumentar a tolerância da dor, reduzir a ansiedade e adquirir habilidade em enfrentar a dor através de técnicas de relaxamento e distração.

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Melhores resultados com a terapia cognitiva comportamental

Alguns estudos randomizados comprovam que a terapia cognitiva comportamental foi mais efetiva do que a terapia médica convencional em reduzir a frequência e a intensidade da dor.

A identificação do gatilho da dor poderá auxiliar o manejo terapêutico.

Dieta adianta?

Rotineiramente, não há evidências que suportem a efetividade da dieta restritiva em pacientes portadores de DGIF, exceto quando ocorre uma correlação de sintomas com a ingesta de alimentos específicos.467--fodmap

Neste caso, a eliminação deste alimento por um tempo delimitado deverá ser efetuada.

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A dieta de restrição pode resultar em deficiências nutricionais importantes, com impacto no crescimento e desenvolvimento destes pacientes.

Principais gatilhos alimentares que detonam o quadro

Os principais gatilhos dietéticos incluem: lactose, frutas cítricas, glúten, alimentos gordurosos, bebidas gaseificadas ou cafeinadas, sorbitol e alimentos produtores de gás.List-of-High-FODMAP-Foods-Coconuts-Kettlebells

Este último grupo envolve os FODMAPs, ou seja, carboidratos de cadeia curta (oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e poliois), que são pouco absorvíveis pelo trato gastrintestinal e rapidamente fermentados pelas bactérias do cólon, com consequente produção de gás, aumento da osmolaridade, distensão e dor abdominal.

Há alguma evidência de que uma dieta pobre em FODMAPs pode ser útil em adultos portadores de síndrome do intestino irritável.

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Entretanto, apesar de promissores, os estudos em crianças e adolescentes não são suficientes para que esta dieta seja recomendada.

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Probióticos

Os probióticos podem ser úteis no manejo combinado da dor abdominal funcional, mas seu mecanismo de ação não é claro. Acredita-se que podem diminuir os sintomas gastrintestinais através da restauração do equilíbrio da microbiota intestinal, do reforço da barreira mucosa intestinal ou pela alteração da resposta inflamatória local.

Ação semelhante também é encontrada com a suplementação de fibras solúveis em água.

Revisões da literatura atual evidenciam que os probióticos reduzem a dor e o score de severidade de sintomas comparados com placebo em crianças e adultos portadores de síndrome do intestino irritável.

Objetivo do tratamento

O objetivo do tratamento da dor abdominal funcional da criança e do adolescente é permitir o retorno de suas atividades normais mais que a completa eliminação da dor.

O modelo de cuidado no contexto biopsicossocial é o mais efetivo.

As crianças que desenvolverem qualquer sinal de alarme devem ser submetidas à investigação de doenças orgânicas.dor+abdominal1

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Atenção especial deve ser dada às adolescentes com dores abdominais agudas, mesmo não sendo o objetivo desta comunicação:

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Passos importantes

Finalmente, alguns passos são úteis para o adequado manuseio das dores recorrentes abdominais:

  1. Explicação para a família, de forma cuidadosa, sobre os conceitos e as razões por trás das investigações. Após a exclusão das causas orgânicas, reassegure ao paciente e à família que não há uma doença séria presente.
  2. Identificação dos sinais de alerta.
  3. Postura de evitar “rótulos psicológicos”, a não ser que as evidências mostrem a presença de psicopatologia.
  4. Permissão (e encorajamento) para a realização das atividades normais.
  5. Atenção para a retirada das atividades. Caso ocorra a interrupção das atividades normais por iniciativa da própria criança, deve-se considerar o encaminhamento psicológico.
  6. Estabelecimento de um acompanhamento regular com retornos periódicos para controle dos sintomas.
  7. Disponibilidade para examinar a criança caso ocorram mudanças no padrão da dor ou no caso de pais muito ansiosos.
  8. Cuidado com a resposta ao placebo.
  9. Evite o diagnóstico imediato baseado em resposta terapêutica.
  10. Abertura para pedidos de segunda opinião.

OBS.: massas intra e retroperitoniais precisam ser investigadas.

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Critérios diagnósticos para dispepsia funcional

Devem ser incluídas as seguintes características:dispep_q1

  1. Dor recorrente ou desconforto no abdome superior (acima do umbigo).
  2. Dor não aliviada pela defecação ou dor associada com uma mudança na frequência de evacuações ou forma das fezes.
  3. Ausência de evidência de um processo inflamatório, anatômico, metabólico ou neoplásico que explique a dor.tumores_t2

Critérios diagnósticos para a síndrome do intestino irritável*

Devem ser incluídas as seguintes características:SII_roma3

  1. Desconforto abdominal (uma sensação desconfortável não descrita como a dor) ou dor associada com dois ou mais dos seguintes casos em pelo menos 25% do tempo:
  2. a) Melhora com a defecação;
  3. b) Início associado com uma mudança na frequência das fezes, e
  4. c) Início associado com alteração na aparência das fezes
  5. Ausência de evidência de um processo inflamatório, anatômico, metabólico ou neoplásico.

* Critérios presentes uma vez por semana por, no mínimo, dois meses antes do diagnóstico,

Critérios diagnósticos para a enxaqueca abdominal †

Devem ser incluídas as seguintes características:

  1. Episódios paroxísticos de dor aguda intensa periumbilical com duração de uma hora ou mais.
  1. Dor intercalada por períodos de saúde com duração usual de semanas a meses.
  2. Dor que interfere nas atividades normais.
  3. Dor associada a 2 ou mais dos seguintes sintomas: anorexia, náuseas, vômitos, dor de cabeça, fotofobia ou palidez.
  1. Ausência de evidência de um processo inflamatório, anatômico, metabólico ou neoplásico.

 Critérios diagnósticos para dor abdominal funcional na infância

Devem ser incluídas as seguintes características:

  1. Dor episódica ou dor abdominal contínua.
  2. Ausência de critérios para outros distúrbios gastrintestinais funcionais.
  3. Ausência de evidências de processo inflamatório, anatômico, metabólico ou neoplásico.

 Deve ser incluída a dor abdominal funcional na infância em pelo menos 25% do tempo e um ou mais dos seguintes:

  1. Perda de funcionamento diário.
  2. Sintomas somáticos adicionais como dor de cabeça, dores nos membros ou dificuldade em dormir.

 Critérios diagnósticos para aerofagia

Devem ser incluídos pelo menos dois dos seguintes:

  1. Ato de engolir ar.
  2. Distensão abdominal devido ao ar intraluminal.
  3. Arrotos repetitivos e/ou aumento de flatos.

Saiba mais:

http://pediatrics.aappublications.org/content/115/3/812.full.pdf+htmlhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4356930/pdf/WJG-21-3072.pdf

Referências Bibliográficas:

1- American Academy of Pediatrics Subcommittee on Chronic Abdominal Pain. Chronic abdominal pain in children. Pediatrics 2005;115:312.
2- Banez GA. Chronic abdominal pain in children: what to do following the medical evaluation. Curr Opin Pediatr 2008; 20:571.
3- Wright NJ, Hammond PJ, Curry JI. Chronic abdominal pain in children: help in spotting the organic diagnosis. Arch Dis Child Educ Pract Ed 2013; 98:321.
4- Biesiekierski JR et al. Gluten Causes Gastrointestinal Symptoms in Subjects Without Celiac Disease: A Double-Blind Randomized Placebo-Controlled Trial. Am J Gastroenterol 2011; 508-14.
5- Biesiekierski JR et al. No effects of gluten in patients with self-reported non-celiac gluten sensitivity after dietary reduction of fermentable, poorly absorbed, short-chain carbohydrates. Am J Gastroenterol 2013;145(2):320-8.
6- Shepherd SJ et al. Short-Chain Carbohydrates and Functional Gastrointestinal Disorders. Am J Gastroenterol 2013; 108:707–17.
7- Chumpitazi BP et al. Gut microbiota influences low fermentable substrate diet efficacy in children with irritable bowel syndrome. Gut Microbes. 2014 Mar 1; 5(2): 165–75 .
8- Korterink JJ et al. Probiotics for childhood functional gastrointestinal disorders: a systematic review and meta-analysis. Acta Paediatr 2014 April;365-72.
9- Chau K et al. Probiotics for infantile colic: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. J Pediatrics 2015;166:74-8.
10- Sung V et al. Probiotics to Prevent or Treat Excessive Infant Crying Systematic Review and Meta-analysis. JAMA Pediatr. 2013;167(12):1150-7.
11- Didari T et al. Effectiveness of probiotics in irritable bowel syndrome: Updated systematic review with meta-analysis. World J Gastroenterol. 2015 Mar 14; 21(10): 3072–84.
12- Rutten JMTM et al. Pharmacologic Treatment in Pediatric Functional Abdominal Pain Disorders: A Systematic Review. J Pediatrics 2015;424-31.
13- Rutten JMT et al. Gut-directed hypnotherapy for functional abdominal pain or irritable bowel syndrome in children: a systematic review. Arch Dis Child 2013;98:252-7.
14- Rutten JMTM et al.Nonpharmacologic Treatment of Functional Abdominal Pain Disorders: A Systematic Review. Pediatrics 2015, vol135;522-53.

Dra. Adriana Domingues Graziano – Gastroenterologia

https://www.nestlenutrition.com.br/comentarios-dos-especialistas/detalhe/dra-adriana-domingues-graziano/2015/08/06/disturbios-gastrointestinais-funcionais

Hiperidrose (suor excessivo)

O QUE É?

É uma condição que provoca suor excessivo. As pessoas podem transpirar mesmo em repouso.

A sudorese é uma condição normal do nosso corpo e ajuda a manter a temperatura.

É normal suar quando está calor, ou durante a prática de atividades físicas, ou em certas situações específicas, como momentos de raiva, nervosismo ou medo.

Porém, a sudorese excessiva ocorre mesmo sem a presença de qualquer desses fatores.

Isso porque as glândulas sudoríparas são hiperfuncionantes.

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Causas

A hiperidrose pode decorrer de diferentes causas, como fatores emocionais, hereditários ou doenças.

Diferentes regiões do corpo podem ser acometidas pela hiperidrose: axilas, palma das mãos, rosto, cabeça, sola dos pés e virilha.

Quando há transpiração extrema, esta pode ser embaraçosa, desconfortável, indutora de ansiedade e se tornar incapacitante.

Pode perturbar todos os aspectos da vida de uma pessoa, desde a escolha da carreira e atividades recreativas até relacionamentos, bem-estar emocional e autoimagem.

SINTOMAS

O principal sintoma da hiperidrose é o suor excessivo, seja em todo o corpo, sejam em áreas localizadas, como axilas, mãos, pés ou rosto.

DIAGNÓSTICO

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Há dois tipos de hiperidrose, primária focal e secundária generalizada.

Hiperidrose focal

A hiperidrose focal aparece na infância ou adolescência, geralmente, nas mãos, pés, axilas, cabeça, ou rosto. As pessoas não suam quando dormem, ou em repouso.

Normalmente há mais pessoas na mesma família com o mesmo problema.

A hiperidrose primária focal afeta de 2 a 3% da população, no entanto, menos de 40% dos pacientes com essa condição consultam um médico.

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Hiperidrose secundária

O outro tipo é a hiperidrose secundária generalizada. Este tipo de transpiração excessiva é causado por uma condição médica, ou é efeito colateral de uma medicação.

Ao contrário da hiperidrose focal primária, as pessoas com hiperidrose secundária suam em todas as áreas do corpo ou em áreas incomuns.20150616094818816060o

Durante o sono

Outra diferença fundamental entre os dois tipos de hiperidrose é que pessoas com hiperidrose generalizada secundária podem transpirar excessivamente durante o sono.axilar

A hiperidrose secundária costuma começar na fase adulta, mas pode acometer adolescentes. O tratamento deste tipo de sudorese envolve primeiro determinar a causa da condição.

Testes 

Há dois testes para se descobrir o tamanho da hiperidrose.

O teste de amido-iodo, que consiste em uma aplicação de uma solução de iodo para a área suada e, após secagem, o amido é aspergido sobre a zona.

A combinação amido e iodo com o suor deixa a região cor azul escuro.

O outro método é o do papel de teste. Um papel especial é colocado sobre a área afetada para absorver o suor, e depois é pesado​​. Quanto mais peso tiver, mais suor se acumulou.

TRATAMENTO

Veja alguns tratamentos disponíveis e que devem ser analisados e prescritos por um médico.

  • Antitranspirantes:sudorese excessiva pode ser controlada com fortes antitranspirantes.
  • Medicamentos: drogas anticolinérgicas ajudam a impedir a estimulação das glândulas sudoríparas, mas, embora eficazes para alguns pacientes, é pouco receitado. Os efeitos colaterais incluem boca seca, tonturas e problemas com a micção. Os beta-bloqueadores ou benzodiazepínicos pode ajudar a reduzir a transpiração relacionada ao estresse.
  • 20120127125723999331iIontoforese:Este procedimento usa eletricidade para “desligar” temporariamente a glândula do suor e é mais eficaz para a transpiração das mãos e dos pés. As mãos e os pés são colocados em água e, em seguida, liga-se uma leve corrente elétrica. Esta é gradualmente aumentada até que o paciente sente uma sensação de formigamento. A terapia dura entre 10 e 20 minutos, e requer várias sessões. Os efeitos colaterais, embora raro, incluem bolhas e rachaduras da pele.
  • Toxina botulínica tipo A: A toxina botulínica purificada pode ser injetada na axila, nas mãos ou nos pés para bloquear temporariamente os nervos que estimulam a sudorese.05t1
  • Simpatectomia torácica endoscópica (STE): em casos graves, pode-se recomendar um procedimento cirúrgico, que é minimamente invasivo. Isso ocorre quando outros tratamentos falharam.
    Este procedimento desliga o sinal que diz ao corpo para suar excessivamente, normalmente realizado em pacientes cujas palmas das mãos suam excessivamente.
  • Também pode ser usado para tratar a extrema transpiração do rosto. STE não funciona igualmente bem para quem tem sudorese excessiva nas axilas. A principal complicação é começar a suar em outras áreas do corpo, onde isso não ocorria anteriormente.

http://www.sbd.org.br/doencas/hiperidrose/

Sonolência em adolescentes

Fatores que influenciam na sonolência excessiva diurna em adolescentes

 Artigo original publicado no Jornal de Pediatria. Autores: Thiago de Souza Vilela, Lia Rita Azeredo Bittencourt, Sergio Tufik e Gustavo Antonio Moreira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Resumo

 Objetivo

A privação de sono na adolescência é um importante problema de saúde na atualidade e só tende a se agravar com o aumento do estresse, da rotina extenuante e do advento de novos aparelhos tecnológicos que parecem refletir negativamente no início do sono em adolescentes.

O estudo objetiva avaliar a frequência da sonolência excessiva e quais fatores podem estar associados a ela nessa população.national_sleep_foundation

Métodos

O estudo transversal avaliou 531 adolescentes de 10 a 18 anos em duas escolas de ensino tabela_idade_sonoprivado e uma de ensino público e aplicou para cada adolescente cinco questionários: Cleveland Adolescent Sleepiness Questionnaire; Sleep Disturbance Scale for Children; Critério de Classificação Econômica Brasil; Questionário Geral de Saúde e Maturação Sexual; Questionário de Atividade Física.

Fizeram‐se comparações entre as escolas e entre grupos com e sem sonolência por meio de correlação linear e regressão logística.

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Resultados

Observou‐se privação de sono em 39% dos adolescentes, débito de sono maior para escolares do ensino privado (p<0,001) e correlação positiva entre idade e débito do sono (p<0,001; r=0,337).

Na regressão logística, apontaram‐se como fatores para pior grau de sonolência maior faixa etária dos escolares (p=0,002; RP: 1,21 [IC: 1,07‐1,36]) e maior escore na variável hiperidrose do sono do questionário de distúrbios do sono (p=0,02; RP: 1,16 [IC: 1,02‐1,32]).

Conclusões

O déficit de sono é uma realidade na população estudada e apresenta‐se pior em escolares do ensino privado.

A privação de sono está relacionada com a maior faixa etária dos adolescentes e a possível presença de distúrbios do sono, como a hiperidrose do sono.

A vacina da gripe pode causar algum efeito colateral?

Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe – que também vai proteger contra a influenza A (H1N1) – gripe suína. H3N2 e influenza B.

A vacina pode causar algum efeito colateral?

De acordo com o Ministério da Saúde, as vacinas têm um perfil de segurança excelente e são bem toleradas. Mas, em alguns casos podem ocorrer manifestações de dor no local da injeção ou endurecimento e surgimento de nódulo macio.

Esses abscessos, geralmente, encontram-se associados à infecção secundária ou erros de técnica de aplicação.

Pessoas que não tiveram contato anterior com os antígenos – substâncias que provocam a formação de anticorpos específicos – podem apresentar mal-estar, mialgia (dor muscular) ou febre entre 6 e 12 horas após a vacinação.

Todas estas ocorrências costumam ser benignas autolimitadas e tendem a ser resolvidas em 48 horas.

Nada que se assemelhe aos sinais e sintomas causados pela gripe.

A vacina contra a gripe é segura?

Sim. Apesar de muitos boatos de que a vacina provocaria a doença, isso é um mito, já que ela  é feita apenas com partículas virais, depois que o vírus foi morto e fragmentado. Não há nada vivo dentro da vacina que seja capaz de se multiplicar e levar à gripe. Por isso, até as grávidas podem receber a imunização com segurança.

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A quem se destina a campanha de vacinação?

O público-alvo desta campanha contra influenza são idosos (com mais de 60 anos), gestantes (em todos os períodos da gestação), crianças entre seis meses e cinco anos de idade, profissionais de saúde, indígenas e a população prisional.

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IMPORTANTE: Mães, pais e responsáveis, devem ficar atentos. As crianças que serão vacinadas pela primeira vez, deverão tomar duas doses da vacina, com intervalo de 30 dias. Aquelas que já receberam uma ou duas doses no ano passado deverão receber apenas uma dose este ano.

Os demais grupos (idosos, grávidas, indígenas e profissionais da saúde) deverão tomar dose única.

Outras pessoas, não pertencentes ao público-alvo, poderão se vacinar?vacinacaogripe_0

A vacina influenza também é ofertada para pessoas com situações clínicas especiais, como:

HIV/aids;

Transplantados de órgãos sólidos e medula óssea;

Doadores de órgãos sólidos e medula óssea devidamente cadastrados nos programas de doação;

Imunodeficiências congênitas;

Imunodepressão devido a câncer ou imunossupressão terapêutica;

Comunicantes domiciliares de imunodeprimidos;

Cardiopatias crônicas;

Pneumopatias crônicas;

Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;

Diabetes mellitus;NOTICIA-2

Fibrose cística;

Trissomias;

Implante de cóclea;

Doenças neurológicas crônicas incapacitantes;

Usuários crônicos de ácido acetilsalicílico;

Nefropatia crônica/síndrome nefrótica;

Asma;

Hepatopatias crônicas.

IMPORTANTE: A vacinação do grupo acima citado ocorre mediante a indicação e prescrição médica nos Centros de Referencias de Imunobiológicos Especiais (CRIE).

Há alguma contraindicação?

A vacina não é recomendável para quem tem alergia à proteína do ovo – usada na sua fabricação – ou para quem teve reações adversas a doses anteriores ou a um dos componentes da vacina. Nestas situações recomendamos avaliação do médico assistente para mais orientações.

Vou ficar gripado (a) após me vacinar?

Não. A vacina contra a influenza (gripe) é inativada, contendo vírus mortos, fracionados ou em subunidades não podendo, portanto, causar gripe. Quadros respiratórios simultâneos podem ocorrer sem relação causa-efeito com a vacina.

topo-vacina-1Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito?

Em adultos saudáveis, a detecção de anticorpos protetores se dá entre 2 a 3 semanas, após a vacinação e apresenta, geralmente, duração de 6 a 12 meses. O pico máximo de anticorpos ocorre após 4 a 6 semanas.

A vacina contra gripe imuniza contra resfriado?

O resfriado é diferente de gripe. A vacina não imuniza contra o resfriado, que é causado por outros vírus.

A vacina contra a gripe tem o mesmo efeito que um antigripal?

Não, a vacina previne contra a gripe e o antigripal é um medicamento para o alívio sintomático da gripe, usado para reduzir os efeitos causados pela doença.

Por quanto tempo dura a imunização pós-vacina?

Dura de 6 a 12 meses.

Pessoas com doenças crônicas podem se vacinar?

Sim, mas em casos de doenças agudas e febris ou de pacientes com doenças neurológicas, é aconselhável a busca de avaliação médica antes de efetuar a vacinação.

É obrigatório apresentar a caderneta de vacinação?

Não é obrigatório apresentar a caderneta de vacinação, mas ela é necessária para atualização de outras vacinas do calendário de vacinação.

GRIPE cartaz 2012

Quem se vacinou no ano passado, precisa se vacinar de novo?

Sim, a imunidade dura após a vacina de 6 a 12 meses. A composição da vacina e produção é anual e pode mudar conforme os vírus que circularam no ano anterior.

http://www.canal.fiocruz.br/destaque/index.php?id=525

Como você pode dizer que não gosta de uma coisa que nunca provou? 

A teoria

A professora pergunta ao Pedrinho:

– Diga 3 coisas que comprovem que legumes e verduras são importantes para a saúde.

O menino responde:

– Minha mãe diz que são. A senhora e o livro também dizem a mesma coisa, professora!

A prática

Nem sempre a gente tem ideia do que servir para as crianças, não é verdade?

Quem tem filho “difícil para comer” entende bem.

As mães se desdobram, capricham e as crianças nem mexem no prato.

As criança escutam: “sua batata está assando”.  Quem sabe dá certo levar a receita ao pé da letra?

Receita prática, simples e rápida de batata assada.

Em quinze minutos as batatas ficam prontas.

O queijo gorgonzola utilizado no recheio pode ser substituído por qualquer outro que você preferir.

Vale a pena experimentar.

Ingredientes:
1 batata (média ou grande)
50 gramas de queijo gorgonzola
1 dente de alho amassado
1 fio de azeite.

Veja como a cozinheira fez:
“Lavei muito bem a batata. Fiz alguns furinhos na casca com a ponta de uma faca. É importante furar a casca para evitar que esta se rompa dentro do micro-ondas, provocando uma “explosão” da batata.

Levei ao micro-ondas em potência máxima por 4 minutos.

Usei uma batata média. Se você usar uma batata grande, pode ser que o tempo de cozimento seja um pouco maior: experimente deixar 5 minutos.

Retirei a batata do micro-ondas e cortei-a ao meio

Raspei a batata, retirando todo o “purê”, deixando mais ou menos meio centímetro de batata na casca (muito cuidado para não romper a casca).

Esfreguei o dente de alho nas batatas e reguei com um pouquinho de azeite. Reservei.
Amassei muito bem o queijo gorgonzola com a batata que retirei das cascas.

Coloquei novamente este purê dentro das cascas. Reguei com um pouquinho de azeite e levei ao forno convencional (utilizei o grill) para gratinar.

Se você não tiver o grill, não tem problema.

É só levar ao forno para dourar um pouquinho.

E servi.”

Bom-apetite!

Dica: Esta receita pode ser preparada com qualquer queijo, além do gorgonzola. Porém, como este queijo já é bem salgado, não precisa acrescentar mais sal. Se você for utilizar um queijo com pouco sal ou de sabor mais neutro, experimente aromatizar com algum tempero, como ervas frescas, manjericão, orégano, cebola, alho, etc. e corrija o sal, se necessário.

Esta e outras sugestões interessantes de pratos infantis estão disponíveis no endereço:  http://www.cozinhadamonica.com/

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Recomendação da ABO-Odontopediatria: dentifrício com 1000 ppm de flúor para todas as crianças

TODAS AS CRIANÇAS DEVEM USAR DENTIFRÍCIO FLUORETADO DE PELO MENOS 1000 PPM DIARIAMENTE: RECOMENDAÇÃO DA ABO-ODONTOPEDIATRIA

A Associação Brasileira de Odontopediatria, entidade formadora de opinião sobre a saúde bucal em crianças e adolescentes, procura basear suas diretrizes e recomendações nas melhores evidências científicas disponíveis.

Cárie: problema de saúde públicatextocremedental_juliana.lemes.maior

Apesar de todos os esforços, a cárie dentária permanece como um importante problema de saúde pública, e as evidências científicas disponíveis nesse momento indicam que um importante fator para sua prevenção é a utilização diária de dentifrício fluoretado com 1000 ppm de flúor desde a erupção do primeiro dente.

Não existe nenhuma outra intervenção que apresente os mesmos benefícios dessa simples medida domiciliar.trabalho-e-pesquisa-sobre-pasta-de-dentes-e-enxaguante-bucal-3-638

trabalho-e-pesquisa-sobre-pasta-de-dentes-e-enxaguante-bucal-5-638

Nova recomendação

A recomendação anterior de que crianças menores de 6 anos deveriam usar dentifrício fluoretado de baixa concentração ou mesmo sem flúor foi superada pelas inúmeras pesquisas que apresentam fortes evidências científicas do benefício da utilização de dentifrício com 1000 ppm de Flúor.12479306_463524617172536_763542921_n

Evite a fluorose

Cuidados simples são efetivos para diminuir o risco da fluorose dentária.

O mais importante é controlar a quantidade utilizada do dentifrício (o ideal é apenas uma lambuzadela na escova) e, para as crianças menores, saber que a responsabilidade e o cuidado com a quantidade é sempre dos pais e/ou cuidadores.

Para todas as criançasabrasivos

Considerando esses aspectos, a abo-odontopediatria defende o uso de dentifrício fluoretado com 1000 ppm para TODAS as crianças, independentemente da idade.

Para oferecer a melhor evidência cientifica no tratamento odontopediátrico, a abo-odontopediatria mantém em constantemente atualização seu manual de referência para procedimentos clínicos.

pasta2-300x197 Essa publicação é uma boa fonte de atualização aos clínicos e segue todo rigor de uma analise critica e aprofundada da literatura cientifica disponível. As mais recentes recomendações para o uso de dentifrício fluoretado e as estratégias para controle da cárie e da fluorose dentária podem ser facilmente encontradas nessa publicação.pasta

A ciência traz novos conceitos

Além disso, frente ao amplo acesso à informação científica atual é inconcebível que conceitos ultrapassados sejam veiculados à população. Também não é aceitável que essa evidência construída com base em inúmeros estudos e, portanto, generalizável para a população, seja substituído por experiências e/ou práticas individuais observadas em clínicas isoladas ou mesmo em casos da própria família.pastas recomendadas

A ciência existe para que seus resultados sejam de fato postos em prática.

“Por fim, reafirmamos que a abo-odontopediatria indica para todas as crianças o uso diário de dentifrício fluoretado com 1000 ppm de flúor.”

http://abodontopediatria.org.br/site/?p=619

8 lugares mais infectados no shopping

1 – Pia do banheiro

A área mais suja em um banheiro, ao contrário do que muita gente pensa, não é o vaso sanitário, e sim a pia, segundo especialistas.

Para se proteger, lave bem as mãos depois de usar um banheiro público, ensaboando bastante e enxaguando em seguida.

Use um papel toalha para fechar a torneira ou abrir a porta e, caso o papel esteja em falta, desinfete a mão com álcool.

2 – Mesas da praça de alimentação

Ainda que a mesa pareça limpinha, ela pode ser um foco de bactérias como a Escherichia coli se não for lavada regularmente.

Para se proteger, os especialistas indicam que as pessoas levem lenços umedecidos na bolsa, especialmente os que contêm álcool em sua composição, para que elas mesmas possam fazer a higienização do ambiente antes de começar a comer.

3 – Corrimão da escada rolante

Nos testes feitos pelos especialistas foram encontrados, além da bactéria E.coli, urina, muco, fezes e sangue neste local.

“E onde há muco, você pode também encontrar o vírus da gripe”, disse um  infectologista. Proteja-se evitando tocar nessa superfície e, se o fizer, desinfete a mão em seguida

4 – Teclado do caixa eletrônico

Depois de testarem 38 teclados em diversas cidades, os especialistas concluíram que existem, em média, 1200 germes neste local.

A pior tecla, no entanto, é o “Enter”, porque todo mundo é obrigado a pressioná-la ao fazer uma operação bancária. Além de lavar bem as mãos depois de utilizar estas máquinas, é importante evitar tocar a boca ou no nariz durante o processo.

5 – Lojas de brinquedos

As lojas de brinquedos concentram muitas bactérias pelo fato de que as crianças brincam com os itens da prateleira, os colocam na boca, se esfregam neles e, depois, os devolvem.

Por isso, proteja seu filho – antes de presenteá-lo com uma novidade, desinfete o brinquedo com álcool.

6 – Provadores

Esses locais também estão no foco dos especialistas, porque depois que as pessoas provam as roupas, a células da pele acumulam-se nas peças, servindo como alimento para as bactérias se multiplicarem.

Para se proteger, somente experimente roupas íntimas com proteção, lave as peças antes de usar e evite a prática se estiver com algum corte no corpo.

7 – Lojas de eletrônicos

Milhares de pessoas não resistem às novidades tecnológicas como smartphones ou tablets de última geração, mas muita gente se esquece que estes objetos são tocados o dia todo e, dificilmente, são desinfetados.

De acordo com os especialistas, ficou comprovado que os vírus se espalham facilmente nas superfícies de vidro. Sendo assim, o ideal é limpar os aparelhos antes de testá-los nas lojas.

8 – Lojas com amostras de maquiagem

Um estudo constatou que entre 67% e 100% das amostras de maquiagem estavam contaminadas com bactérias, incluindo estafilococos, estreptococos e E. coli.

Para não contrair doenças, evite o contato com amostras na boca, olhos ou rosto e, se o fizer, desinfete com um lenço umedecido.

Fonte: Terra Saúde