Açafrão: mais do que um tempero

A Curcuma longa, conhecida popularmente por açafrão, açafrão da terra ou cúrcuma tem seus benefícios atribuídos ao seu principal componente que é a curcumina.

É um tempero muito utilizado na culinária indiana, rico em vitamina C, ferro, vitaminas do complexo B, potássio e fósforo.

O açafrão tem sabor bastante característico, mas sutil se usado em pequena quantidade. Tem cor amarela bem forte e característica desta especiaria, que chega até a tingir mãos e utensílios quando usamos na forma fresca “in natura”.

Muitos estudos têm sido publicados sobre  seu “poder”: 

Anti-inflamatório, anticancerígeno, antisséptico e antioxidante – que ajudaria a combater os efeitos nocivos do excesso de radicais livres no organismo.

Curcumina

A curcumina, substância encontrada no pó amarelo-alaranjado extraído da raiz da curcuma ou açafrão-da-índia (Curcuma longa), aparentemente,  poderia ajudar a combater vários tipos de doenças, o mal de Parkinson e o de Alzheimer e até mesmo retardar o envelhecimento.

Usada há 3 milênios por algumas culturas orientais, apenas nos últimos anos passou a ser investigada pela ciência ocidental, com resultados surpreendentes em alguns casos e alarmantes em outros.

Pesquisas brasileiras

Estudos conduzidos na Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto (USP-RP) indicam que em dosagem baixa a curcumina previne danos no material genético das células provocados por compostos tóxicos. Em teores elevados, porém, a curcumina pode até matá-las.

Corante rotineiro na indústria alimentícia, ela está presente em diversos produtos, de biscoitos a sorvetes, de sopas a margarinas. Também é a base de condimentos como o curry.

Na Índia, as pessoas chegam a consumir ao redor de 2 gramas de curcumina por dia. Nos países ocidentais, onde a quantidade nos alimentos é bem menor, a expectativa de que a curcumina possa melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças a transformou num suplemento alimentar.

Mas alguns pesquisadores alertam: vale a pena levar em conta um velho ditado segundo o qual a diferença entre o remédio e o veneno está na dose – uma adaptação do que teria escrito no século XVI o médico, botânico e alquimista suíço Paracelso (1493-1541).

É basicamente isso que vêm sugerindo as pesquisas realizadas pelo grupo de Lusânia Maria Greggi Antunes, pesquisadora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP em Ribeirão Preto. “Foi muito divulgado no final do ano passado, até em programas de TV, que a curcumina teria um efeito protetor contra o câncer e só foi dito que quanto maior o consumo, maior a proteção”, afirma Lusânia. “Mas a gente sabe, pelos dados disponíveis, que não é bem assim.”

O interesse inicial do grupo de Ribeirão era estudar o potencial antimutagênico da curcumina, ou seja, sua capacidade de diminuir danos e alterações no material genético (DNA) das células. “Começamos nossos estudos tentando observar redução de danos na estrutura dos cromossomos e depois na sequência do próprio DNA”, conta a pesquisadora.

Os testes foram feitos tanto com células (in vitro) como em animais (in vivo) para verificar se a curcumina, com atividade antioxidante já demonstrada, também evitaria mutações no material genético celular.

Essas pesquisas iniciaram-se há mais de 10 anos formam um corpo que justifica o alerta. Nos primeiros testes, o grupo usou uma cultura de células de ovário de hâmster chinês, escolhidas pelos cromossomos grandes.

Depois de tratar as células com o quimioterápico bleomicina, de conhecido poder mutagênico e usado contra leucemia, e com radiação, também capaz de induzir danos no material genético, os pesquisadores aplicaram em três grupos de células concentrações diferentes de curcumina. A expectativa era de que a substância encontrada na curcuma reduzisse as alterações nos cromossomos.

Mas aí veio a surpresa. As doses menores (2,5 e 5 microgramas de curcumina por mililitro) produziram um efeito antimutagênico, enquanto a dosagem mais alta, 10 microgramas por mililitro, provocou a reação contrária: mais mutações do que as observadas nas células não tratadas com curcumina.

Concluiu-se que nem sempre a curcumina produz efeitos benéficos. Uma quantidade grande demais pode ter um efeito oposto ao de concentrações menores. É o remédio se transformando em veneno.

Neuroproteção

Mais recentemente, alguns trabalhos começaram a sugerir que a curcumina, além de suas propriedades antioxidantes – reduz a formação de radicais livres prejudiciais às células –, também poderia apresentar um efeito neuroprotetor, o que a tornaria uma potencial candidata a combater doenças neurológicas hoje “incuráveis”, como Parkinson ou Alzheimer.

O farmacêutico Leonardo Mendonça, do grupo de Lusânia, também colocou essa assertiva à prova, com um estudo in vitro feito com células de rato denominadas PC12, originárias da glândula adrenal e precursoras de neurônios.

Estudo com células ovarianas

Para induzir os danos às células, os pesquisadores usaram cisplatina, um quimioterápico agressivo, em diferentes concentrações. Como nos estudos com as células de ovário, usaram doses variadas da curcumina para avaliar um possível efeito protetor.

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Os resultados foram basicamente os mesmos: nas concentrações menores, a curcumina ajudou a proteger as células da ação deletéria da quimioterapia. Mas, nas doses mais altas, o efeito se inverteu e os danos foram ainda maiores que os observados entre as células tratadas com cisplatina, mas não com curcumina.

A essa altura, estava  mais claro que o efeito da curcumina nem sempre era protetor. Mas por quê? Aparentemente, após uma determinada dose, a substância passava a contribuir para a formação de radicais livres, em vez de impedi-la.

O mecanismo molecular exato ligado a esse efeito, porém, ainda está longe de ser esclarecido. E o mais intrigante é que os experimentos da equipe de Lusiânia com ratos não permitiram verificar as mesmas propriedades nocivas vistas nos estudos com células em cultura.

Possíveis razões

Parecem ser duas as razões para o fato de os estudos in vivo não mostrarem os mesmos efeitos danosos dos testes in vitro. A primeira é que a chamada biodisponibilidade da curcumina, a capacidade de o organismo a absorver, é bastante baixa. Isso significa que as doses administradas pelo grupo de Lusânia aos animais podem ter sido baixas demais para provocar algum efeito deletério.

Metabolizada no intestino e no fígado

A segunda razão é que no organismo a curcumina é metabolizada no intestino, antes mesmo de entrar na corrente sanguínea, e depois novamente no fígado, o que terminaria por protegê-lo de uma eventual dose excessiva dessa substância.

Ante essas dúvidas, a equipe volta à bancada com o objetivo de criar um modelo in vitro que esteja mais próximo do que se vê in vivo. “Estamos começando o estudo com células que conseguem fazer essa metabolização e que devem permitir comparar melhor os resultados [in vitro com os in vivo]”, explica Lusânia.

Caso esse esforço seja bem-sucedido, deve se tornar possível começar a especular sobre qual seria a dosagem máxima segura para ingestão oral por seres humanos.

Medida certa

Hoje os estudos só são capazes de mostrar que, depois de uma determinada quantidade, a curcumina faz mal. Mas, como quase todos os testes foram in vitro, não permitem calcular a dosagem ameaçadora para um organismo. Isso porque a ingestão de alguns gramas de curcumina resulta em concentrações muito baixas no sangue, medidas em nanogramas, bem menos do que a quantidade a que as células são submetidas em laboratório.

O grupo também pretende investigar quais genes a curcumina ativa e desativa dentro das células, numa tentativa de elucidar o mecanismo molecular por trás de efeitos tão diversos.

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Tumores de próstata e de bexiga

Se por um lado a questão da dosagem e a da toxicidade preocupam, por outro, alguns estudos, feitos por brasileiros inclusive, mostram resultados animadores do uso da curcumina contra certos tipos de câncer.

O grupo do urologista Miguel Srougi, da Faculdade de Medicina da USP, tem trabalhado com a perspectiva de usar a curcumina contra tumores de próstata e de bexiga.

Nas culturas de células em laboratório, eles observaram um efeito impressionante: a curcumina levou as células dos tumores ao suicídio – acionou a apoptose, a morte celular autoinduzida. O resultado é particularmente surpreendente se levarmos em consideração o fato de que os tumores em geral são formados por células que sofreram mutações e se recusam a morrer, multiplicando-se intensamente.

Ação localizada

No estudo do câncer de bexiga, a equipe de São Paulo foi mais longe: realizou uma série de experimentos in vivo, com camundongos. Os testes mostraram um efeito localizado contra as células cancerosas, sem danos colaterais nos animais.

“Está nos planos fazermos no futuro próximo testes clínicos com a curcumina contra o câncer de bexiga, possivelmente para ser usada como segunda linha de tratamento”, explica Kátia Leite, pesquisadora do grupo de Srougi.

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A vantagem no caso dos tumores de bexiga é a facilidade de aplicação direta da curcumina. É possível injetá-la diretamente na bexiga, via uretra, de forma que as concentrações que chegam ao tumor são suficientes para afetá-lo. Quando a administração é por via oral, isso se torna mais difícil, em razão da pouca capacidade de absorção do organismo.

Essa constatação ajuda a explicar por que muitos pesquisadores  dizem que as pessoas não deveriam se animar muito em incluir curcumina na dieta por seus potenciais efeitos medicinais.

Mas, de novo, nem mesmo como medicamento, com uso específico e dosagem controlada, a curcumina é a solução para todos os males. Um estudo realizado pelo americano Mark Miller, da Universidade Wake Forest, e apresentado em novembro de 2009 em um congresso em Ouro Preto, interior de Minas Gerais, mostrou que, em testes contra câncer de pulmão feitos com camundongos transgênicos, a curcumina agravou o problema, em vez de combatê-lo.

O desafio agora é decifrar precisamente como a curcumina age no organismo, para compreender como ela pode, em alguns casos, fazer bem, e em outros, mal. “Ainda estamos muito longe de entender os mecanismos exatos de ação da curcumina”, explica Kátia. “Por isso mesmo ainda precisamos de muitas outras pesquisas.”

Resumo de algumas pesquisas internacionais recentes

Curcumin as a potential protective compound against cardiac diseases. Jiang, ShuaiHan, JingLi, TianXin, ZhenlongMa, ZhiqiangDi, WenchengHu, WeiGong, BingDi, ShouyinWang, DongjinYang, YangPharmacol Res; 119: 373-383, 2017 May.

A curcumina, que foi usada pela primeira vez há 3000 anos como agente anti-inflamatório, é um conhecido composto bioativo derivado do ingrediente ativo da açafrão (Curcuma longa). Pesquisas anteriores demonstraram que a curcumina possui imenso potencial terapêutico em diversas doenças através de caminhos antioxidantes, anti-apoptóticos e anti-inflamatórios. As doenças cardíacas são a principal causa de mortalidade em todo o mundo e causam danos consideráveis aos seres humanos. Numerosos estudos sugeriram que a curcumina exerce um papel protetor no corpo humano, enquanto suas ações em doenças cardíacas permanecem difíceis e pouco compreendidas. Com base na evidência atual, primeiro damos uma breve introdução de doenças cardíacas e curcumina, especialmente no que diz respeito aos efeitos da curcumina no desenvolvimento do coração embrionário. Em segundo lugar, analisamos os papéis básicos da curcumina em caminhos que estão desregulados em doenças cardíacas, incluindo estresse oxidativo, apoptose e inflamação. Em terceiro lugar, serão discutidas ações de curcumina em diferentes doenças cardíacas, assim como os ensaios clínicos relevantes. Eventualmente, gostaríamos de discutir as opiniões controversas existentes e fornecer uma análise detalhada seguida dos obstáculos restantes, avanços e perspectivas adicionais da aplicação clínica da curcumina. A informação compilada aqui pode servir como uma referência abrangente dos efeitos protetores da curcumina no coração, o que é significativo para a pesquisa e o design de análogos de curcumina como opções terapêuticas para doenças cardíacas.

Efficacy of Curcuma for Treatment of Osteoarthritis. Perkins, KimberlySahy, WilliamBeckett, Robert DJ Evid Based Complementary Altern Med; 22(1): 156-165, 2017 Jan.

O objetivo desta revisão é identificar, resumir e avaliar ensaios clínicos para determinar a eficácia da curcuma no tratamento da osteoartrite. Uma pesquisa de literatura para estudos intervencionistas avaliando a eficácia de curcuma foi realizada, resultando em 8 ensaios clínicos. Estudos investigaram o efeito de curcuma na dor, rigidez e funcionalidade em pacientes com osteoartrite do joelho. Os produtos contendo Curcuma demonstraram consistentemente melhora estatisticamente significante em pontos finais relacionados à osteoartrite em comparação com o placebo, com uma exceção. Quando comparados com o controle ativo, os produtos contendo curcuma eram semelhantes aos antiinflamatórios não esteróides e potencialmente à glucosamina. Embora as diferenças estatísticas significativas nos resultados tenham sido relatadas na maioria dos estudos, a pequena magnitude do efeito e a presença das principais limitações do estudo dificultam a aplicação desses resultados. Mais estudos rigorosos são necessários antes de recomendar curcuma como uma terapia alternativa eficaz para a osteoartrite do joelho.

Protective mechanism of turmeric (Curcuma longa) on carbofuran-induced hematological and hepatic toxicities in a rat model. Hossen, Md SakibTanvir, E MPrince, Maruf BillahPaul, SudipSaha, MoumoniAli, Md YousufGan, Siew HuaKhalil, Md IbrahimKarim, Nurul.  Pharm Biol; 55(1): 1937-1945, 2017 Dec.

A cúrcuma (Curcuma longa L. [Zingiberaceae]) é utilizada no tratamento de uma variedade de condições, incluindo toxicidade induzida por pesticidas. OBJETIVO: O estudo relata as propriedades antioxidantes e os efeitos protetores do açafrão contra a toxicidade induzida por carbofurano (CF) em ratos. MATERIAIS E MÉTODOS: O potencial antioxidante foi determinado pelo uso de atividade de eliminação de radicais livres e valores de potência antioxidante redutora férrica. Os ratos Wistar machos foram divididos aleatoriamente em quatro grupos, designados como controle, açafrão (100 mg / kg / dia), CF (1 mg / kg / dia) e açafrão (100 mg / kg / dia) + CF (1 mg / kg / Dia) tratamentos. Todas as doses foram administradas por via oral durante 28 dias consecutivos. As atividades biológicas do açafrão e CF foram determinadas pelo uso de vários métodos bioquímicos padrão. RESULTADOS: A cúrcuma contém altas concentrações de polifenóis (8,97 ± 0,15 g GAEs), flavonóides (5,46 ± 0,29 g CEs), ácido ascórbico (0,06 ± 0,00 mg AEs) e valor de FRAP (1972,66 ± 104,78 μM de Fe) por 100 g de amostra. A administração oral de FC causou alterações significativas em alguns índices sanguíneos, como volume corpuscular médio, hemoglobina corpuscular, glóbulos brancos, largura de distribuição de plaquetas e lesões hepáticas severas induzidas associadas ao estresse oxidativo, como observado pela peroxidação lipídica significativamente maior (LPO) em comparação com o controle, enquanto as atividades de enzimas antioxidantes celulares (incluindo superóxido dismutase e glutationa peroxidase) foram significativamente suprimidas no tecido do fígado. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: A suplementação de cúrcuma poderia proteger contra perturbações hematológicas induzidas por FC e lesões hepáticas em ratos, de forma plausível pela elevação da regulação de enzimas antioxidantes e pela inibição de LPO para conferir o efeito protetor.

Curcuminoid Demethylation as an Alternative Metabolism by Human Intestinal Microbiota. Burapan, SupawadeeKim, MihyangHan, JaehongJ Agric Food Chem; 65(16): 3305-3310, 2017 Apr 26.

Curcumin e outros curcuminoids de Curcuma longa são compostos bioativos importantes que exibem várias atividades farmacológicas. Além do metabolismo redutor conhecido de curcuminoides, uma biotransformação alternativa de curcuminoides por microbiota de intestino humano é aqui relatada. Uma mistura de curcuminoide, composta de curcumina (1), demetoxcurcobrina (2) e bisdemetoxcurcobrina (3), foi metabolizada pela bactéria intestinal humana Blautia sp. MRG-PMF1. 1 e 2 foram convertidos em novos metabolitos pela reação de clivagem do metil aril éter. Dois metabolitos, demethylcurcumin (4) e bisdemethylcurcumin (5), foram produzidos sequencialmente a partir de 1, e a demethyldemethoxycurcumin (6) foi produzida a partir de 2. Até agora, a redução sequencial da estrutura heptadienona dos curcuminoides foi o único metabolismo conhecido que ocorreu no ser humano intestino. Neste estudo, descobriu-se um novo metabolismo intestinal de curcuminoides. A desmetilação de curcuminoides produziu três novos metabólitos colônicos que já eram conhecidos como análogos promissores de curcumina sintética. Os resultados poderiam explicar os efeitos benéficos observados do açafrão.

Pharmacological Effects of Active Components of Chinese Herbal Medicine in the Treatment of Alzheimer’s Disease: A Review. Wang, Zhi-YongLiu, Jian-GangLi, HaoYang, Hui-MingAm J Chin Med; 44(8): 1525-1541, 2016.

A doença de Alzheimer (DA), o transtorno neurodegenerativo mais comum associado à demência, não só diminui severamente a qualidade de vida de suas vítimas, mas também traz um pesado fardo econômico para a família e a sociedade. Infelizmente, poucas drogas químicas projetadas para aplicações clínicas atingiram o efeito preventivo ou terapêutico esperado até agora e, combinadas com seus efeitos colaterais significativos, existe, portanto, uma necessidade urgente de novas estratégias serem desenvolvidas para o tratamento com DA. A Medicina Tradicional Chinesa acumulou muitas experiências no tratamento da demência durante milhares de anos de prática; Estudos farmacológicos modernos confirmaram os efeitos terapêuticos de muitos componentes ativos derivados de ervas medicinais chinesas (CHM). Ginsenoside Rg1, extraído de Radix Ginseng, exerce um efeito de inibidor de [Fórmula: ver texto] – de forma a diminuir a agregação [Fórmula: ver texto]. Também pode inibir a apoptose das células neuronais. Tanshinone IIA, extraído de Radix Salviae miltiorrhizae e baicalin, extraído de Radix Scutellariae [Fórmula: ver texto] pode inibir a lesão pelo estresse oxidativo em células neuronais. Icariin, extraído de Epimedium brevicornum, pode diminuir os níveis A [Fórmula: ver texto] e a hiperfosforilação da proteína tau, e também pode inibir o estresse oxidativo e a apoptose. A Huperzina A, extraída de Huperzia serrata, exerce um efeito inibidor da colinesterase. Evodiamina, extraída de Fructus Evodiae e curcumina, extraída de Rhizoma Curcumae Longae, exercem ações anti-inflamatórias. A curcumina pode atuar em A [Fórmula: veja texto] e tau também. Devido às vantagens dos efeitos multi-alvo e menos efeitos colaterais, a medicina chinesa é mais apropriada para o uso a longo prazo. Nesta revisão, são discutidos os efeitos farmacológicos de componentes ativos comumente usados derivados de ervas medicinais chinesas no tratamento da DA.

Fontes:

http://revistapesquisa.fapesp.br/2010/02/03/o-veneno-do-rem%C3%A9dio/

http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/blog/nutricao-pratica/post/acafrao-uma-especiaria-preciosa.html

 O projeto
Neurotoxicidade induzida pelo quimioterápico cisplatina: possíveis efeitos citoprotetores dos antioxidantes da dieta curcumina e coenzima Q10 (nº 2008/53947-7);

Modalidade
Auxílio Regular a Projeto de Pesquisa; Coordenadora Lusânia Maria Greggi Antunes – USP-RP; Investimento R$ 117.914,06

Artigos científicos

MENDONÇA, L.M. et alEvaluation of the cytotoxicity and genotoxicity of curcumin in PC12 cellsMutation Research. v. 675, p. 29-34. 2009.
LEITE, K.R.M. et al. Effects of curcumin in an orthotopic murine bladder tumor modelInternational Brazilian Journal of Urology. v. 35, p. 599-607. Set./Out. 2009.