O hipotireoidismo é uma disfunção na tireoide (glândula que regula importantes órgãos do organismo).
Caracteriza-se pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).
É mais comum em mulheres, mas pode acometer qualquer pessoa, independente de gênero ou idade, até mesmo recém-nascidos – o chamado hipotireoidismo congênito.
A seguir 13 informações simples sobre o que é importante saber sobre hipotireoidismo:
1. Em recém-nascidos, o hipotireoidismo pode ser diagnosticado através da triagem neonatal, pelo “Teste do Pezinho”.
2. O Teste do Pezinho deve ser feito, preferencialmente, entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê.
Em caso de resposta positiva ao hipotireoidismo congênito, o tratamento precisa ser iniciado imediatamente, sob rigoroso controle médico, para evitar suas consequências, entre elas o retardo mental. Assim, o bebê poderá ficar curado e ter uma vida normal.
3. Cerca de um a cada 4 mil recém-nascidos apresenta hipotireoidismo congênito.
4. Em adultos, na maioria das vezes, o hipotireoidismo é causado por uma inflamação denominada Tireoidite de Hashimoto.
5. O tratamento do hipotireoidismo é feito com o uso diário de levotiroxina, na quantidade prescrita pelo médico.
Os comprimidos são produzidos em microgramas, variando de 25 a 200 mcg, e não em miligramas (mg) como a maioria dos medicamentos. Por isso, a levotiroxina não deve ser manipulada, pois há maior risco de erro (dosagem, biodisponibilidade etc.).
6. Para reproduzir o funcionamento normal da tireoide, a levotiroxina deve ser tomada todos os dias, em jejum (no mínimo meia hora antes do café da manhã), para que a ingestão de alimentos não diminua a sua absorção pelo intestino.
Outros medicamentos devem ser ingeridos pelo menos uma hora após a levotiroxina, para não atrapalhar a absorção da mesma.
7. Se estiver utilizando a medicação regularmente, e dessa forma mantendo os níveis de TSH dentro dos valores normais, quem tem hipotireoidismo pode levar uma vida saudável, feliz e completamente normal.
8. Se o hipotireoidismo não for corretamente tratado, pode acarretar alterações das condições físicas e mentais, além de elevar os níveis de colesterol, que aumentam os riscos de problemas cardiovasculares, entre outros.
9. Depressão, desaceleração dos batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, falhas de memória, cansaço excessivo, dores musculares, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso e aumento de colesterol no sangue estão entre os sintomas do hipotireoidismo.
10. Não se deve confundir hipotireoidismo com hipertireoidismo, pois as disfunções são praticamente opostas. Enquanto no “hipo” existe a diminuição da produção de hormônios, no “hiper“, há o aumento.
11. Existem casos de hipotireoidismo subclínico, o que torna ainda mais importante a rotina de consultar seu médico assistente.
12. Saiba um pouco mais sobre o hipotireoidismo.
http://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-hipotireoidismo/
13. Exames de imagem da tireoide podem ser carcinogênicos?
Orientações: Tireoide, Mamografia e Raio-x
Atualmente circula na internet um vídeo associando o aumento do câncer de tireoide em mulheres aos exames de mamografias e raios-x dentários, além de questionar a não utilização de protetores nesses casos.
Devido à repercussão do assunto, o Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) esclareceu a questão:
Não há comprovação científica que demonstre relação entre os dois exames e o crescimento do câncer de tireoide.
Os endocrinologistas afirmam que, embora alguns estudos tenham sugerido um risco maior de desenvolvimento de câncer de tireoide em pacientes submetidos a tomografias, a mamografias e até mesmo a RX dentários, ainda não existe comprovação de causa-efeito, ou seja, não se pode afirmar que a exposição à radiação ionizante foi a causa de câncer de tireoide em qualquer paciente que tenha sido submetido a tais procedimentos radiológicos.
No entanto, precauções, incluindo o uso de protetores cervicais e a indicação médica e odontológica criteriosa, podem ser tomadas, especialmente em crianças, que são mais suscetíveis ao efeito da radiação ionizante.
A indicação do uso de protetores é de competência do médico radiologista.
A SBEM reitera a posição do Colégio Brasileiro de Radiologia, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia de “não recomendar o uso do protetor de tireoide em exames de mamografia”.
http://www.tireoide.org.br/orientacao-tireoide-mamografia-e-raio-x/