Uso inadequado de anticoncepcionais e tratamento hormonal estão entre as principais causas
A doença, que entre janeiro e julho deste ano foi responsável por 65.316 internações no País, ocorre pela formação de coágulos nas veias dos membros inferiores (pernas), conhecida como trombose venosa profunda, e no coração, podendo causar “fibrilação atrial” entre outros problemas.
Consequências
A trombose pode ter como consequência inchaço, feridas e infecções crônicas no membro afetado.
Pode ainda causar a embolia pulmonar, que ocorre quando o coágulo (ou trombo) se desprende das paredes das veias e é levado pela corrente sanguínea até se alojar nos vasos do pulmão.
Ações de prevenção
Nos últimos dois anos, o número de casos diminuiu no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, em 2015, foram registradas 113.817 internações causadas por trombose; em 2014, foram 122.096.
A redução está associada às ações de prevenção.
Esquema de desenvolvimento de trombose venosa profunda usando os seguintes passos: 1. Fluxo sanguíneo normal em uma veia; 2. Acúmulo de fibrina em uma veia; 3. Células sanguíneas e plaquetas sanguíneas formando um trombo; 4. Desenvolvimento final do trombo obstruindo o fluxo sanguíneo; e 5. Formas de êmbolos (embolia) do trombo (tromboembolia)
Causas
O uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal está entre as principais causas do problema.
O angiologista Eduardo Darold explica que é preciso verificar se a mulher tem alguma tendência a desenvolver trombose antes de fazer uso do remédio.
“O fato é que os contraceptivos orais afetam o sistema circulatório da mulher, aumentando a dilatação dos vasos e a viscosidade do sangue.
Como resultado, é possível que se formem coágulos nas veias profundas, localizadas no interior dos músculos.
É mais comum que isso ocorra nas pernas, mas é também possível que o problema surja nos pulmões e até no cérebro, onde pode haver um acidente vascular cerebral.”
Principais fatores de risco
Tabagismo, presença de varizes, idade avançada, pacientes com insuficiência cardíaca, tumores malignos, obesidade, distúrbios de hipercoagulabilidade hereditários ou adquiridos e história prévia de trombose venosa estão entre os fatores de risco.
Grávidas e pessoas com imobilização prolongada (paralisias, infarto agudo do miocárdio, viagens aéreas longas) também são estão mais suscetíveis à trombose.
Sintomas
A trombose venosa profunda pode ser absolutamente assintomática.
Quando presentes, os principais sintomas são: dor, calor, vermelhidão e rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo.
Prevenção
Praticar exercícios físicos regularmente, evitar o consumo de álcool, evitar o tabagismo e manter uma dieta equilibrada estão as principais maneiras de prevenir a trombose.
Veja as 10 dicas.
http://www.brasil.gov.br/saude/2016/09/saiba-como-evitar-a-trombose