A pele é o órgão que protege o organismo contra ações mecânicas, térmicas e químicas, além de agentes agressores infecciosos e tóxicos.
Acne
A comunicação do meio externo com o interno envolvido pela pele é mediada por numerosos receptores sensoriais que se encontram na superfície cutânea.
Ectoderma
O sistema nervoso e a epiderme (pele) têm a mesma origem. Desenvolvem-se a partir do ectoderma.
A vulnerabilidade da pele humana depende do estágio de maturidade em que ela se encontra: no embrião, no recém-nascido prematuro, no recém-nascido a termo, no lactente, na criança maior ou no adolescente.
Sexta semana de gravidez
Pesquisas têm evidenciado as mudanças que ocorrem na embriogênese com a formação da pele em torno da 6ª semana de gestação, contribuindo para o esclarecimento de várias doenças genéticas que a acometem.
Importantes estudos evidenciaram a idade em que a pele infantil é mais vulnerável, especialmente se considerarmos a diferença em relação à sensibilidade da pele, nas suas várias fases evolutivas, em relação à pele do adulto.
Os sinais cutâneos podem se constituir em um método não-invasivo para o diagnóstico de muitas malformações que acometem o feto: genodermatoses e alterações cutâneas causadas por uso de substâncias tóxicas pelas gestantes.
Quanto menor a idade gestacional, maior é a imaturidade da barreira cutânea, resultando em maior permeabilidade e maior risco de absorção de substâncias que se tornam tóxicas.
A idade do paciente é de extrema importância, pois existem doenças de pele com maior incidência em determinados grupos etários.
A pele do recém-nascido prematuro e a termo, do lactente, do escolar e do adolescente possuem menor ou maior barreira funcional dependendo do grau de maturidade do estrato córneo.
https://www.sbp.com.br/publicacoes/cientificas/consenso-de-cuidado-com-a-pele-do-recem-nascido/
A pele do bebê: 5 problemas mais comuns
O Departamento de dermatologia do Centro Pediátrico Johns Hopkins, nos Estados Unidos, publicou um alerta para acalmar os pais e evitar que eles saíam de casa durante a madrugada e exponham o bebê a outros riscos.
Pediatras brasileiros observam o mesmo tipo de comportamento entre os pais daqui.
Mas, na maioria dos casos, dá para esperar para ligar para o pediatra no dia seguinte e os cuidados podem ser feitos em casa com tranquilidade.
Resumidamente, veja como lidar com as doenças de pele mais comuns.
Brotoeja (miliária)
Nos bebês, as glândulas sudoríparas ainda não estão completamente desenvolvidas.
Por isso, principalmente nos dias de muito calor, nas áreas de maior transpiração, como o pescoço, as axilas e as dobrinhas do corpo, podem surgir pequenas bolinhas vermelhas ou esbranquiçadas, que podem causar irritação e coceira.
Como tratar
O melhor a fazer é dar banhos frequentes com água morna durante o dia e vestir roupas de algodão frescas no seu bebê para facilitar a transpiração.
Dá para prevenir?
A prevenção e o tratamento são iguais. Então, nos dias quentes, antes mesmo que as bolinhas vermelhas apareçam, dê vários banhos e coloque roupas bem fresquinhas.
Caspa ou dermatite seborreica
São pequenos flocos brancos e oleosos que surgem no couro cabeludo e outras partes do corpo, como atrás da orelha, por exemplo, nos bebês de até seis meses.
Isso acontece porque nessa fase o bebê ainda acumula alguns hormônios da mãe, como a progesterona, que estimula a produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas.
Aos poucos, enquanto o hormônio é eliminado, elas tendem a diminuir.
Como tratar
Amoleça as crostinhas com água morna durante o banho ou use óleos naturais próprias para a criança. Se não melhorar com o tempo, solicite o parecer do pediatra ou dermatologista.
Dá para prevenir?
Não.
Hemangioma
São manchas vermelhas com tamanhos variados causadas pela malformação dos vasos da pele.
Podem ser planas ou formar um pequeno relevo.
A cor pode ir do rosa-claro ao vinho.
Como tratar
A maioria das manchas é benigna e desaparece durante os primeiros anos. Mas é sempre importante mostrar ao pediatra e, se for necessário, levar o bebê ao dermatologista. Alguns casos exigem tratamento específico com medicamentos tópicos ou por via oral.
Dá para prevenir?
Não.
Dermatite atópica
Também conhecida como eczema, a dermatite é hereditária. Causa muita coceira e deixa a pele do bebê seca.
Em alguns casos, ela pode até rachar e sangrar. As áreas mais afetadas são as mãos, os cotovelos e os joelhos.
Em geral, tende a melhorar até a puberdade. Mas até lá, o bebê pode apresentar momentos de melhora e piora.
Como tratar
Assim que perceber o problema, leve o bebê ao pediatra. O tratamento é feito, normalmente, à base de corticoides.
Dá para prevenir?
Não (hereditário).
Assaduras ou dermatite de fralda
Deixar o bebê muito tempo com a fralda suja, higienização inadequada ou quando ele tem uma urina muito ácida provocam aquela vermelhidão entre as dobras da região da genitália e ao redor, característica das assaduras.
Em alguns casos, a pele fica inflamada e causa ardência, irritação e coceira.
Como tratar
Não tem jeito melhor do que manter seu filho sempre limpo. Por isso, evite deixá-lo muito tempo com a fralda suja. Limpe com água e sabão neutro, que retira também o suor da pele.
Se possível, deixe seu bebê sem fralda por alguns minutos antes de colocar uma nova. E use pomadas anti-assaduras para prevenir e tratar o problema.
Dá para prevenir?
Assim como a brotoeja, a prevenção e o tratamento são iguais.
http://revistacrescer.globo.com/Bebes/Cuidados-com-o-recem-nascido/noticia/2013/04/pele-do-bebe-5-problemas-mais-comuns.html