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Segurança

Interações medicamentosas

Riscos de se medicar sem orientação

Se um médico lhe perguntar se você está fazendo uso de algum medicamento, não se esqueça de relatar o uso de chás, pomadas ou até mesmo um comprimido habitual para dor de cabeça, com o objetivo de prevenir um evento ao qual geralmente não se dá muita atenção: a interação medicamentosa.

Informar se utiliza remédios naturais

Ela acontece quando os efeitos de um remédio são alterados pela presença de outro, bem como pela mistura com fitoterápicos (os chamados remédios naturais), alimentos, bebidas ou algum agente ambiental.

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30 mil intoxicações por ano

O Sistema Nacional de Informações Tóxico-farmacológicas (Sinitox/Fiocruz) registrou cerca de 30 mil casos de intoxicação por uso de medicamentos em apenas um ano.

Embora não seja possível afirmar quais deles ocorreram por interação medicamentosa, em três circunstâncias específicas a possibilidade é maior: pelo uso terapêutico errado, pela prescrição médica incorreta e por automedicação.

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“Às vezes a pessoa está fazendo uso de determinado medicamento e não informa isso ao médico, durante a consulta. Em outras, o próprio médico desconhece o potencial de interação dos remédios.

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E há ainda os casos em que o paciente usa medicamentos que tem em casa, seguindo palpites de amigos ou parentes, sem ter noção se eles podem realmente ser misturados”, descreve a coordenadora do Sinitox, Rosany Bochner.

Embora nem toda interação medicamentosa seja ruim, é preciso estar atento aos riscos de reunir, sem intenção prévia, dois ou mais efeitos terapêuticos.

Consequências

As consequências variam de dores pelo corpo, sangramentos e até problemas cardíacos, podendo ser fatal. No artigo Interações medicamentosas: uma contribuição para o uso racional de imunossupressores sintéticos e biológicos, disponível na base Scielo, os autores apontam duas questões que reforçam a necessidade de atenção ao assunto.

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Desconhecimento

A primeira delas é que a incidência de reações adversas causadas por interações medicamentosas não é totalmente conhecida, especialmente devido à dificuldade de sistematizar, num amplo banco de dados, os números e os tipos de pacientes aos quais foram e são prescritas as combinações com potencial para problemas.

Informação

E a segunda é que “não é possível distinguir claramente quem irá ou não experimentar uma interação medicamentosa adversa”. Alguns cuidados, contudo, reduzem sensivelmente as surpresas indesejáveis. O primeiro deles é optar pela informação.

 Ler a bula?

Seja pelo tamanho ou pela linguagem, ninguém nega: ler a bula é uma tarefa difícil. Mas ela contém informações úteis a respeito do medicamento a ser administrado, inclusive se ele pode (ou não) ser consumido junto a outros remédios, com água ou outros líquidos, em jejum ou alimentado etc.

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Desde 2009 a Anvisa determinou que devem existir três tipos de bula: a do profissional de saúde, a do usuário (de linguagem mais simples e no formato de perguntas e respostas) e a bula em formato especial (destinada aos portadores de deficiência visual, e que deve ser solicitada no estabelecimento, caso a caso).

Quando a dispensação se dá em farmácias comerciais, a bula que vem dentro da caixa do medicamento já é a do paciente. E, quando o medicamento é disponibilizado na rede pública de saúde, podendo vir fracionado, o cidadão pode solicitar a bula impressa. É obrigação do serviço de saúde fornecê-la.

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Bulário eletrônico

No site da Anvisa existe o Bulário Eletrônico, onde uma busca simples — até pelo nome comercial do medicamento — já aponta as bulas disponíveis. Uma impressora que funcione e um profissional consciente podem estimular a maior busca por informação.

É o que defende o farmacêutico do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) José Liporage: “Em muitas unidades assistenciais os profissionais não entregam as bulas.

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Em alguns casos, porque acreditam que, assim, estão evitando que o cidadão comercialize o medicamento que recebeu no Sistema Único de Saúde. Em outros, porque fazem questão de controlar a informação sobre o remédio, de manter o seu poder como profissional.”

Saber o que pode acontecer

Além de informar, a bula é importante porque pode ser um mecanismo de proteção do cidadão. “Ela é extensa justamente porque precisa orientar sobre todas as possibilidades de ocorrência daquele medicamento, além das interações.

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Ela precisa dizer o que pode acontecer ao paciente. Se alguém ingere um remédio que causa determinado efeito que não foi previsto nem na bula, o paciente pode recorrer judicialmente, exigindo reparação”, diz Liporage.

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Mas nem sempre vai estar escrito neste documento a expressão “interação medicamentosa”. Na maioria das vezes a informação será algo do tipo “este medicamento não pode ser usado em tais situações”, lembra o farmacêutico.

Automedicação

Profissionais de diferentes unidades da Fiocruz têm um relato em comum: um dos maiores geradores de interação medicamentosa é a prática da automedicação.

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O Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para Farmacêuticos (ICTQ) realizou uma pesquisa que revela este cenário: 76,4% da população brasileira faz uso de medicamentos a partir da indicação de familiares, amigos, colegas e vizinhos.

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São pessoas que consomem qualquer tipo de remédio quando necessitam e dispõem, inclusive aumentando suas dosagens a fim de obter um efeito mais acelerado.

Um estudo foi realizado em 12 capitais brasileiras e a cidade do Rio de Janeiro ficou acima da média nacional, com 91% de sua população se automedicando.

Medicamentos: usar racionalmente

“Sempre alertamos para a necessidade do uso racional de medicamentos.

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As pessoas não fazem ideia dos riscos que estão correndo ao tomar esses fármacos aleatoriamente, por conta própria”.38519488-92f7-4f3f-9813-b61a2604fee2_ZoomCultura popular

Em nossa cultura um medicamento se tornou tão usual quando uma blusa, uma calça ou qualquer coisa já naturalizada no cotidiano. As famílias estocam medicamentos, não têm muito cuidado com o prazo de validade, fazem combinações baseadas em efeitos ocorridos com terceiros, enfim, agem de forma muito arriscada. E sequer têm noção desse risco”, alerta Rosany.

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Para discutir a prática da automedicação é preciso, contudo, discutir também o acesso aos medicamentos e aos serviços de saúde, lembra Liporage. “Mesmo com todo o avanço do SUS, ainda temos uma grande dificuldade de garantir o direito à saúde.

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Temos uma parcela muito significativa da população que se automedica especialmente porque a farmácia comercial é sua porta de entrada ao acesso.

E esse processo não vem com o suporte de informação necessário para garantir a segurança do uso do medicamento.”

Na farmácia comercial o profissional que pode assegurar todas as informações com relação à interação medicamentosa é o farmacêutico.

No SUS, a luta é para que esse profissional seja parte de uma equipe multiprofissional, trabalhando desde a Atenção Básica, onde a orientação farmacêutica será parte fundamental do atendimento ao paciente. “Evitar a interação medicamentosa começa no atendimento, que deveria ser multiprofissional em todos os serviços.

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Cuidado com o cuidador

No primeiro contato do paciente com o medicamento, ele deveria receber uma atenção especial sobre como administrá-lo. Quando a pessoa é adulta e a consulta é para si, já há essa necessidade. Mas, quando é uma cuidadora, sua responsabilidade duplica. Quando se trata de um medicamento que deve ser manipulado, o processo se torna ainda mais complexo”, aponta Liporage.

Quadro 2

http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/interacao-medicamentosa-entenda-os-riscos-de-medicar-se-sem-orientacao

http://www.cff.org.br/pagina.php?id=530&titulo=Intera%C3%A7%C3%A3o+Medicamentosa

Saiba mais:

A maioria dos medicamentos tem a capacidade de interagir entre si quando associados, com ou sem repercussão clínica de relevância, e esse aspecto deve ser levado em consideração no momento da prescrição.

Monoterapia (apenas um medicamento)

Por isso, sempre que possível, deve-se preconizar a monoterapia. Contudo, existem tratamentos que necessitam da associação medicamentosa para: potencializar os efeitos terapêuticos, diminuir efeitos colaterais, diminuir doses terapêuticas, prevenir resistência, obter ações múltiplas e amplas, e proporcionar maior comodidade para o paciente. Porém, muitas associações ocorrem inadvertidamente.

Interações

As interações medicamentosas são consideradas como um evento clínico detectável, mensurável, quantitativo ou qualitativo, em que há alteração dos efeitos de um fármaco, pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico do ambiente, sendo consideradas interações que ocorrem in vivo.

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Mudança de rumo

Este fato se traduz modificando o rumo esperado da terapêutica. Ainda, interações que ocorrem antes da administração dos fármacos no organismo, quando se misturam dois ou mais destes numa mesma seringa, recipiente ou equipo, também são consideradas interações medicamentosas, conhecidas como interações farmacêuticas, ou incompatibilidades de medicamentos, ou interações in vitro.

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 Eventos adversos

Os eventos adversos são definidos como sendo qualquer ocorrência médica desfavorável, que pode ocorrer durante o tratamento com um medicamento, mas que não possui, necessariamente, relação causal com esse tratamento e compreendem situações que podem ser evitadas ou não.

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IMP

A interação medicamentosa potencial (IMP) define a possibilidade de ocorrência da interação entre dois fármacos ou entre um fármaco e um nutriente. Quando a interação ocorre, esta passa a ser definida como interação medicamentosa real (IMR).

As IMP são um grave problema de saúde pública, pois podem estar relacionadas com o aumento dos gastos médicos e do tempo de hospitalização. Estima-se que 68 a 70% das IMP identificadas demandam cuidados médicos, e aproximadamente 2% delas colocam em risco a vida do paciente.

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Uso restrito e reserva terapêutica

Várias medidas têm sido propostas com a finalidade de diminuir o uso irracional de antimicrobianos, entre as quais as justificativas de prescrição de medicamentos considerados de reserva terapêutica ou de uso restrito.

A justificativa por escrito para o uso de agentes antimicrobianos considerados de uso restrito, normalmente os mais novos, mais onerosos, de maior espectro de ação e potencial de indução de resistência é um método efetivo para melhorar o uso destas drogas. A requisição exige que o prescritor explique ou justifique racionalmente sua conduta.

Histórico de cardiopatia ou diabetes: mais atenção.

Os antecedentes pessoais mais frequentes encontrados por alguns autores são: cardiovasculares (66%) e diabetes mellitus (25%).

As medicações mais prescritas relacionadas às interações moderadas e leves em uma Emergência foram: fenitoína, omeprazol, captopril, heparina sódica, claritromicina e dipirona sódica.

Essas interações podem causar deterioração clínica do paciente, exigir tratamento adicional, aumentar o período de internação ou trazer algum desconforto para o paciente.

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Tramadol X Metoclopramida

A interação entre tramadol e metoclopramida foi a mais frequente (30%) dentre as interações graves. A análise realizada pelo banco de dados Drugs.com revela essa combinação como altamente letal, podendo levar o paciente ao óbito, dependendo de sua dosagem.

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Crises convulsivas

O risco de convulsões aumenta durante a administração concomitante de tramadol e outras medicações, como inibidores seletivos da recaptação da serotonina, inibidores da monoamina oxidase, neurolépticos centrais estimulantes do sistema nervoso e opiodes, entre outros.

Esses agentes são frequentemente epileptogênicos individualmente e podem ter efeitos aditivos quando combinados.

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Outras interações importantes

Além da interação com metoclopramida, o tramadol apresentou potencial de interação com outros medicamentos, como antibacterianos e medicamentos que agem no sistema nervoso central, como amitriptilina, fluoxetina e morfina.

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Omeprazol X Fenitoína

No caso das interações moderadas, o uso de omeprazol com fenitoína foi o mais encontrado (10,6%) e, apesar de indicações distintas, essas medicações possuem efeitos antagonistas. Dados semelhantes foram encontrados em estudo que evidenciou essa interação em 29,3% dos achados.

O omeprazol pode aumentar as concentrações séricas de fenitoína e seu risco de toxicidade, inibindo a ação do metabolismo hepático e a excreção dessa medicação. Além disso, ele pode interagir de modo semelhante com outras hidantoínas, sendo que doses >40mg/dia desse medicamento são mais suscetíveis a causar interação potencial.

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A utilização concomitante desses medicamentos requer acompanhamento laboratorial para efeitos colaterais da fenitoína, além da necessidade de se observar sinais e sintomas de possível toxicidade da mesma, como sonolência, distúrbios visuais, alteração do estado mental, convulsões, náuseas e ataxia.

A coadministração de omeprazol pode resultar, também, em aumento da concentração da claritromicina plasmática. Esse aumento pode ser devido ao efeito do omeprazol no pH gástrico.

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É preocupante, ainda, a presença de mais de uma interação medicamentosa na mesma prescrição, sendo preciso investigação, mesmo que não ocorra manifestação clínica imediata, uma vez que a suspeita inicial permite que a equipe de saúde esteja preparada para a ocorrência de reações farmacodinâmicas e farmacocinéticas indesejáveis.

Interação medicamentosa na emergência Manual de Interações Antibióticos UFMT REV-Interacoes-medicamentosas-envolvendo-antimicrobianos uso_racional_medicamentos_temas_selecionados

  • OKUNO, Meiry Fernanda Pinto; CINTRA, Raíssa Silveira; VANCINI-CAMPANHARO, Cássia Regina  and  BATISTA, Ruth Ester Assayag. Interação medicamentosa no serviço de emergência. Einstein (São Paulo) [online]. 2013, vol.11, n.4 [cited  2016-07-09], pp.462-466. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-45082013000400010&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1679-4508.  http://dx.doi.org/10.1590/S1679-45082013000400010.

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Medicamentos na creche e na escola

A administração de medicamentos em creches e escolas merece uma atenção especial.

Sem uso criterioso, há riscos para a saúde da criança.

É comum o uso de remédios, especialmente nas instituições de Educação Infantil (creches e pré-escolas), onde as crianças permanecem por muitas horas.

Pode haver interferência nas atividades pedagógicas, além de potencialmente colocar em risco a integridade das crianças. Por isso, há escolas que não administram medicamentos (se for o caso, a criança falta às aulas durante o tratamento), enquanto outras permitem, com muitas restrições.

Nas situações em que o estudante precisa ser medicado, embora esteja em bom estado geral, apto para as atividades pedagógicas e para o aprendizado, é razoável que receba a medicação na própria escola.

No entanto, o uso de medicamentos deve ser restrito às situações em que é indispensável e cercado de cuidados, a fim de evitar erros e inadequações que podem ter consequências sérias para a saúde.

Em geral as creches adotam agendas para anotações diárias, onde a família registra a medicação a ser dada.

A análise dessas anotações revela muitos enganos (doses e intervalos errados, concentração da substância ativa diferente em relação à prescrita e até via de administração incorreta).

É comum o envio de remédios pelos responsáveis sem prescrição médica.

O pediatra pode contribuir bastante para corrigir tais situações, orientando as famílias a adotarem algumas atitudes, por exemplo:

  • Encaminhar sempre a receita médica para conferência, junto à anotação na agenda da criança (ou outra forma de comunicação), a fim de evitar enganos;
  • Administrar na escola o menor número de doses possível, somente quando for imprescindível, a fim de diminuir os riscos de enganos, atrasos e esquecimentos, em função de grande número de doses a serem dadas na rotina da instituição.
  • Adicionalmente, consegue-se menos interferência e prejuízo nas atividades pedagógicas;
  • Enviar os medicamentos nas embalagens originais, identificados com o nome da criança e, é claro, dentro do prazo de validade;
  • Aceitar que muitas escolas podem considerar inviável interromper suas atividades para administrar remédios em intervalos muito curtos (de duas em duas horas, por exemplo) ou que demandem muito tempo e complexidade (como nebulizações);
  • Manter contato com a equipe escolar para os esclarecimentos que forem necessários.
  • Nos casos de medicamentos de uso contínuo, é importante a conversa entre pediatra, escola e família, de modo a encontrar a alternativa mais segura para garantir o tratamento sem prejuízo das atividades escolares.

Já os adolescentes, no exercício de sua autonomia, podem se responsabilizar por sua medicação.

Situações especiais devem ser discutidas com a comunidade escolar, com o objetivo de se estabelecerem acordos que atendam da melhor forma os interesses dos estudantes.

O uso criterioso de medicamentos na escola visa a minimizar os efeitos da automedicação e diminuir interferências com as atividades pedagógicas, além de promover educação em saúde no âmbito escolar, controlando o uso abusivo de medicamentos pelos jovens.

Referências bibliográficas

Plantas ornamentais tóxicas

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Muitas plantas ornamentais são tóxicas e podem ser encontradas em jardins, quintais, parques, vasos, praças e terrenos baldios.
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Algumas dessas plantas são bastante conhecidas e bonitas. Mas quando colocadas na boca ou manipuladas podem causar graves intoxicações, principalmente em crianças.

As principais e mais conhecidas espécies dessas plantas são:

Família: Araceae
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Nome científico: Dieffenbachia picta Schott.Plantas-Comigo-e1431722169570

Nome popular: aninga-do-Pará.

Tinhorão

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Nome científico: Caladium bicolor Vent.
Nome popular: tajá, taiá, caládio.

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Nome científico: Colocasia antiquorum Schott.
Nome popular: cocó, taió, tajá.

Copo-de-leite

zantedeschia_aethiopicaNome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng.
Nome popular: copo-de-leite.

Partes tóxicas: todas as partes da planta.

Sintomatologia: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia. O contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.

Família: Euphorbiaceae
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Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd.
Nome popular: rabo-de-arara, papagaio.

Coroa-de-Cristo

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Nome científico: Euphorbia milli L.
Nome popular: coroa-de-cristo.

Avelós

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Nome científico: Euphorbia tirucalli L.
Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-dodiabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião.

Partes tóxicas: todas as partes da planta.

Sintomatologia: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema (inchaço) das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia.

Mandioca-brava

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Nome científico: Manihot utilissima Pohl. (Manihot esculenta Cranz).
Nome popular: mandioca, maniva.

Partes tóxicas: raiz e folhas.

Sintomatologia: a ingestão pode causar cansaço, falta de ar, fraqueza, taquicardia, taquipneia, acidose metabólica, agitação, confusão mental, convulsão, coma e óbito.

Mamona

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Nome científico: Ricinus communis L.
Nome popular: carrapateira, mamoneira, palma-de-cristo, carrapato.

Partes tóxicas: sementes.

Sintomatologia: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves pode ocorre convulsões, coma e óbito.

Família: Meliaceae
Cinamomo

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Nome científico: Melia azedarach L.
Nome popular: jasmim-de-caiena, jasmim-de-cachorro, jasmim-de-soldado, árvore-santa, loureiro-grego, lírio-da-índia, Santa Bárbara.

Partes tóxicas: frutos e chá das folhas.

Sintomatologia: a ingestão pode causar aumento da salivação, áuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia intensa; em casos graves pode ocorrer depressão do  sistema nervoso central.

Família: Anacardiaceae
Aroeira

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Nome científico: Litharae brasiliens March
Nome popular: pau-de-bugre, coração-de-bugre, aroeirinha preta, aroeira-do-mato, aroeira-brava.

Partes tóxicas: todas as partes da planta.

Sintomatologia: o contato ou, possivelmente, a proximidade provoca reação dérmica local (bolhas, vermelhidão e coceira), que persiste por vários dias; a ingestão pode provocar manifestações gastrointestinais.

Família: Solanaceae
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Nome científico: Datura suaveolens L.
Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba.

Partes tóxicas: todas as partes da planta.

Sintomatologia: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, hipertemia; nos casos mais graves pode levar à morte.

Família: Urticaceae
Urtiga

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Nome científico: Fleurya aestuans L.
Nome popular: urtiga-brava, urtigão, cansanção.

Partes tóxicas: pelos do caule e folhas.

Sintomatologia: o contato causa dor imediata devido ao efeito irritativo, com inflamação, vermelhidão cutânea, bolhas e coceira.

Família: Apocynaceae
Espirradeira

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Nome científico: Nerium oleander L.
Nome popular: oleandro, louro rosa.

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Nome científico: Thevetia peruviana Schum.
Nome popular: jorro-jorro, bolsa-de-pastor.

Partes tóxicas: todas as partes da planta.

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Sintomatologia: a ingestão ou contato com o látex pode causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia, tonturas
e distúrbios cardíacos que podem levar a morte.

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Existem outras plantas tóxicas no Brasil além das listadas nesta publicação.

Medidas Preventivas
  • Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças.
  • Conheça as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores pelo nome e características.
  • Ensine as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc).
  • Não prepare remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação médica.
  • Não coma folhas e raízes desconhecidas. Lembre-se que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.
  • Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando irritação na pele, principalmente nos olhos; evite deixar os galhos em qualquer local onde possam vir a ser manuseados por crianças; quando estiver lidando com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade.
  • Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e guarde a planta para identificação.
Bibliografia

SINITOX/CICT/FIOCRUZ; CIT/PA – Belém; CIAVE/BA – Salvador; CCI/SP – São Paulo; CCI/SP – Campinas; CIAVE/MT – Cuiabá; CIT/RS – Porto Alegre. Plantas Tóxicas no Brasil. Julho, 2001 (cartaz e folder).

http://www.fiocruz.br/sinitox/

Mortes de crianças por acidentes com eletricidade aumentam mais de 50% no Brasil

32 crianças de até 5 anos morreram por causa de choques elétricos no país em 2015

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A curiosidade indiscriminada das crianças pode levá-las a algumas situações perigosas principalmente perto de objetos relacionados à eletricidade como fios, cabos e tomadas.

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Em 2015, 32 crianças brasileiras de 0 a 5 anos foram vítimas fatais de acidentes envolvendo eletricidade, de acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel).segurana-no-lar-5-728

O número representa um aumento de mais de 50% em relação a 2014, quando 20 mortes por choque elétrico nessa faixa etária foram registradas.

No geral, porém, os acidentes fatais ligados a eletricidade diminuíram. Em 2014, foram 627 e em 2015, 590, o que ressalta a necessidade de voltar a atenção para a prevenção com as crianças.

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Perigo dentro de casa

Dos 32 acidentes fatais com crianças de até 5 anos, 28 aconteceram no ambiente doméstico e apenas 4 na rua, com a criança entrando em contato com fio partido ou poste energizado.

Dentro de casa, os maiores perigos são tomadas sem proteção, fios desencapados e benjamins (Ts).

Para o engenheiro eletricista Hilton Moreno, consultor do Programa Casa Segura e do Procobre, uma das melhores maneiras de proteger os pequenos contra choques elétricos é explicar a eles sobre os riscos da eletricidade e garantir que a casa seja um ambiente seguro.

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“Os pais devem estar atentos para não colocar coisas atraentes para crianças, como cestas de brinquedos, perto de tomadas”, afirma. “Além disso, vale comprar aqueles protetores de plástico e instalar um DR, Dispositivo Diferencial Residual, no quadro de eletricidade”.

O DR é um dispositivo de instalação obrigatório, segundo normas da ABNT, que desliga a energia em 20 milissegundos quando é detectada uma corrente de fuga à terra, uma espécie de “vazamento” da corrente elétrica.

Dessa maneira, é possível evitar que a tomada dê choques elétricos capazes de provocar paralisia ou queimaduras.df1764c19c284b3b47de3e3f5adb16dc

Cuidado com os fios

Os pais também devem ficar atentos aos fios, pois, além de apresentarem perigo de enforcamento, podem dar choques. “Quando o fio fica exposto, como no caso de uma extensão, ou gambiarra, ele vai se desgastando com o tempo”, explica Hilton.

“É como um cano de água que vai ficando cheio de furinhos, só que, em vez de escapar água, escapa eletricidade. Por isso, é sempre importante manter os fios fora do alcance de crianças, que podem até mordê-los”.

Outra recomendação de Hilton é tirar da tomada todos os aparelhos eletrônicos em caso de tempestade, já que eles podem sofrer sobrecarga.

Riscos de explosão e incêndio

Dependendo da descarga elétrica, os objetos podem até explodir e provocar incêndios, que também são causa de fatalidades. Em 2015, 174 incêndios domésticos relacionados a eletricidade (curto circuito, aquecimento dos fios, etc) foram registrados e fizeram 31 vítimas fatais, de acordo com dados da Abracopel.

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Nos incêndios domésticos, o benjamim é um dos principais vilões. Ele permite que vários aparelhos funcionem na mesma tomada, mas pode aquecer a ponto de iniciar um incêndio quando utilizado de forma incorreta.

De acordo com o engenheiro eletricista, os benjamins foram feitos para serem usados em eletrônicos, nunca em eletrodomésticos como o chuveiro, a geladeira e o fogão, que têm uma grande demanda de energia.

“Uma boa maneira de perceber se o benjamim não está sobrecarregado é colocar a mão sobre ele quando os aparelhos estiverem em funcionamento”, afirma Hilton. “Se você conseguir ficar com a mão ali por um período indeterminado, tudo bem. Agora, se estiver tão quente a ponto de você só conseguir mantê-la por alguns instantes, é sinal de sobrecarga, e os aparelhos devem ser desligados imediatamente”.

Primeiros socorros

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Se mesmo depois de tomar todas as precauções, algum membro da família tomar um choque, a primeira providência é correr até o quadro geral e desligar a energia da casa.

Se não for possível, interrompa o contato da vítima com a corrente elétrica usando algum material isolante como um pedaço de pau ou um chinelo de borracha.
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O pediatra Renato Mikio Moriya, membro do Departamento Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria, ressalta que a primeira atitude deve ser ligar para um serviço de emergência, mas, enquanto ele não chega, existem alguns primeiros socorros que podem ser executados.

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“Se você perceber que alguma parte do corpo da vítima tem queimaduras resfrie somente com água fria abundante e panos molhados”, afirma.

Caso a pessoa esteja inconsciente, aproxime o ouvido da sua boca e observe o movimento do tórax. Verifique também se ela teve parada cardíaca, sentindo a pulsação nos punhos, pescoço ou virilha.

Ressuscitação cardiopulmonar

Nos casos, em que não há pulso, se possível, faça manobras de ressuscitação cardiopulmonar, compostas por ciclos de 30 compressões cardíacas e duas respirações, até a chegada do socorro.

http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Seguranca/noticia/2016/03/mortes-de-criancas-por-acidentes-com-eletricidade-aumentam-mais-de-50-no-brasil.html

Crianças em elevadores

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2. Observe bem antes de entrar. Por falha mecânica, as portas exteriores podem abrir sem que a cabine esteja corretamente parada no andar.

3. Os adultos devem entrar sempre antes das crianças.

 Menores de 10 anos

4. Crianças com idade inferior a 10 anos só devem utilizar o elevador acompanhadas pelos seus responsáveis.

5. Não entre no elevador enquanto houver pessoas saindo.

6. Não force as portas, deixe que abram e fechem naturalmente.

7. Não ande num elevador com excesso de carga. Veja qual o limite máximo de peso definido pelo fabricante.

Quando estiver “muito cheio”, evite entrar.

 Peça ajuda e mantenha a calma

8. Deixe as portas sempre livres. Se o elevador parar entre dois andares, mantenha a calma. Toque o sinal de alarme. Peça ajuda.

Entre em contato com a empresa que faz a manutenção do equipamento (identificada em placa dentro da cabine) ou ligue para os bombeiros.

9. Aguarde o socorro, não force as portas nem tente sair por conta própria.

Se a porta abrir quando a cabine estiver parada entre dois andares não tente sair pela abertura, sem ter a certeza de que um técnico a estabilizou.

O elevador pode voltar a funcionar no momento em que tentar sair.

10. Algumas pessoas têm medo de acidentes e possuem fobia de elevador. No entanto, é possível prevenir a maioria dos acidentes, seguindo a orientação de técnicos especializados.

 Oficiais do Corpo de Bombeiros alertam

11. O Corpo de Bombeiros ensina como agir em caso de pane, quando o elevador trava e para, por exemplo. Oficiais alertam que muita gente morreu porque confiou no zelador (ou no porteiro do prédio), que usou uma chave de fenda e abriu a porta. As pessoas tentam, desesperadamente, sair pela metade aberta da porta do elevador. Este se movimenta e a pessoa é “cortada ao meio”.

 O que fazer?

O procedimento correto é o seguinte:

1. Aperte o botão de alarme.

2. Sente-se num canto. Em caso de descontrole emocional, abaixe a cabeça, feche os olhos e aguarde o socorro com a maior calma possível.

É apenas uma questão de tempo. Procure se lembrar de que você está trocando tempo ou afobação por segurança.

3. Lembre-se também que o elevador tem freios, suportes, ganchos que oferecem proteção e que jamais um elevador cai “sem mais nem menos”.

4. Mesmo com calor, existe ar suficiente dentro dele. Há circulação de ar e um grupo de pessoas pode ficar ali por algumas horas sem problemas.

5. Não aceite ajuda de curiosos e nem saia com o elevador aberto pela metade!

Ele poderá subir ou descer, repentinamente.

6. Assim que chegar, o bombeiro vai desligar a chave geral (da “casa de máquinas”) e testar, com um aparelho, se o elevador está mesmo parado e totalmente inoperante.

7. Então, ele avisará a outro bombeiro (via rádio, por ex.), para que faça o procedimento junto à porta do elevador e este irá subir ou descer, completando o ciclo e parando no ponto seguro.

8. IMPORTANTE: em caso de incêndio, JAMAIS entre no elevador. Faça uso das escadas para sair imediatamente do prédio.

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Notícia 1

Transporte seguro de crianças em automóveis: evite mortes e multas

Transporte seguro de crianças como passageiras de automóveis

Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria

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Os assentos de segurança específicos para o transporte de crianças em automóveis existem e têm características adequadas às diversas fases do crescimento, desde o nascimento até o momento em que o adolescente atinge 1,45m de altura, quando pode utilizar o cinto de segurança.

Desde a alta da maternidade, o bebê recém-nascido deve ser transportado em assento de segurança apropriado, no banco traseiro do veículo, virado de costas para a direção do deslocamento do veículo, como consta da nossa legislação.

Cadeirinha

Vigora no Brasil a Resolução Nº 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), segundo a qual, para transitar em veículos automotores, menores de dez anos devem ser transportados nos bancos traseiros, usando individualmente um dispositivo de retenção apropriado para as sua idade.

A desobediência a essa resolução configura infração gravíssima, com multa e retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.Contran-prorroga-fiscalização-da-cadeirinha-no-transporte-de-crianças-em-veículos-escolares-para-2017

Os modelos de assentos devem ser certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), seguindo a Norma Técnica NBR 14.400, que obriga os fabricantes a cumprirem as especificações de segurança. Até a presente data (outubro de 2011) foram certificados 289 modelos de assentos pelo Inmetro. Para mais informações, acesse o site do Inmetro: http://www.inmetro.gov.br/prodcert/produtos/busca.asp, no item: classe de produto, selecione “dispositivo de retenção para crianças” e a seguir em “buscar” e abre-se o menu completo dos modelos certificados até o momento, entre nacionais e importados. Capturar6

Entretanto, embora a legislação brasileira tenha significado um grande avanço, infelizmente está desatualizada em relação às melhores evidências científicas, que contraindicam a migração do bebê-conforto para a cadeirinha antes de cerca de dois anos de idade; desta para o assento de elevação antes dos 18 kg de peso, o que pode ser até os sete anos de idade; assim como o cinto de segurança antes da criança ter 1,45m de estatura, o que ocorre entre nove e treze anos. Assim, cabe aos pais certificarem-se de que seus filhos utilizem os equipamentos mais seguros e adequados, independentemente da lei.índice

Como não existem marcas de assento de segurança que sejam por consenso as mais seguras ou o melhores, o ideal é aquele que melhor se adapta no banco traseiro do carro e que seja utilizado corretamente a cada transporte. Preço, modelo e marca não deve influenciar na escolha do assento, que deve, antes de tudo, ser testado no carro, sua instalação feita de acordo com as especificações dos fabricantes do veículo e do próprio assento.

Os modelos de assentos infantis estarão indicados conforme a fase do crescimento (peso e/ou altura) da criança:

1º modelo: Assento infantil tipo bebê-conforto1 Modelo 120515122324auto1

Deve ser usado desde o nascimento até que a criança tenha dois anos de idade ou que tenha ultrapassado o limite máximo de peso ou altura permitido pelo fabricante do assento. Deve ser instalado de costas para o painel do veículo, preferentemente no meio do banco de trás, preso pelo cinto de segurança de três pontos.

As faixas do cinto de segurança desse modelo de assento (de cinco pontos) devem passar pelos ombros e entre as pernas da criança e ficar presas na estrutura do assento. Estes modelos podem ter um acessório que firma o pescoço do bebê.

2º modelo: Assento tipo cadeirinha voltada para frente2 Modelo 120515122347auto2

Toda criança com mais de dois anos de idade ou que tenha ultrapassado o limite máximo de peso ou altura permitido para o seu assento tipo bebê-conforto deve usar a cadeirinha dotada de cinto de segurança próprio, pelo maior tempo possível, até atingir o limite máximo de peso ou altura permitido pelo fabricante. Vários modelos de cadeirinha de segurança acomodam crianças pesando até 30 a 36 kg, isto é, ao longo de toda a idade escolar. O menor limite máximo de peso nas cadeirinhas de segurança disponíveis é 18 kg, que as crianças podem atingir entre três e sete anos de idade.

3º modelo: Assento de elevação ou “booster”3 Modelo 120515122359auto3

Toda criança cujo peso ou estatura tenha ultrapassado o limite máximo permitido para a cadeirinha de segurança deve usar um assento de elevação, até atingir a estatura de 1,45m (o que pode ocorrer entre nove e treze anos de idade) e que o cinto de segurança do veículo adapte-se com perfeição, a porção subabdominal passando pela pelve, a porção do ombro passando pelo meio do ombro e do tórax e os pés encostando no assoalho. O assento elevador deve ser colocado no banco de trás, posicionado nas laterais, local este que promove segurança à parte superior do tronco e à cabeça. No assento elevador, a criança ficará sempre contida pelo cinto de três pontos do carro, a faixa transversal passando pelo meio do ombro e a subabdominal pelas saliências ósseas do quadril. Se o carro somente tiver cintos subabdominais no banco traseiro, não deve ser usado um assento de elevação.

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Recomendações:

Todas as crianças devem viajar sempre no banco traseiro até os treze anos de idade, para sua maior segurança, ainda que a legislação brasileira o permita a partir dos dez anos. Maiores de treze anos e com mais de 1,45m poderão sentar no banco da frente, como passageiros, no momento que conseguirem encostar os dois pés totalmente no chão do veículo, utilizando o cinto de três pontos de maneira correta.

Consultar sempre o manual que vem com a cadeirinha, para aprender como instalar cada modelo de forma correta.

A cadeirinha deverá estar presa ao banco pelo cinto de segurança do veículo. Para testar sua efetiva fixação, dobre uma perna e apoie o joelho em seu assento e puxe com força. Revise periodicamente para observar afrouxamento ou desconexão do equipamento.

O modelo escolhido deve ter norma técnica do país de origem e ser certificado pelo Inmetro, deve se adaptar de forma correta no banco do carro e ser confeccionado de material resistente e durável.

O tecido que reveste o assento deve ser resistente e macio, além de não esquentar com facilidade.

A partir do momento que a cadeirinha ficar pequena para a criança, ou sua cabeça ultrapassar o limite superior da cadeira, um novo modelo deve ser adquirido.

A criança nunca deve utilizar a faixa transversal atrás dos braços ou colocá-la nas costas, já que o uso exclusivo da faixa abdominal não garante a proteção do tronco.

Pais que dão o exemplo, ao obedecer às regras de trânsito, ao utilizar SEMPRE o cinto de segurança e ao adotar uma atitude firme para com seus dependentes, com a utilização correta dos assentos desde seu nascimento, terão a garantia de um transporte seguro e eficiente, além do respeito de seus filhos.

http://www.conversandocomopediatra.com.br/website/paginas/materias_gerais/materias_gerais.php?id=100&content=detalhe

Saiba mais: American Academy of Pediatrics. Car Safety Seats: A Guide for Families 2011.
http://www.healthychildren.org/English/safety-prevention/on-the-go/pages/Car-Safety-Seats-Information-for-Families-09.aspx

Impressionante: os pais são bons, bem informados e não se perdoam pelo “segundo” em que a criança ficou sozinha.

Por favor, não podemos facilitar NEM “UM SEGUNDO”.

Manter o filho seguro dentro de um veículo é uma das principais tarefas que os pais têm no dia a dia.

Todo ano, milhares de crianças morrem ou sofrem lesões graves em acidentes automobilísticos.

O uso adequado dos dispositivos de segurança para crianças pode ajudar a mantê-las seguras.

Existe, entretanto, uma grande variedade de dispositivos e é comum os pais terem muitas dúvidas sobre como utilizá-los.

A escolha do tipo de assento para o seu filho depende de uma série de fatores que incluem a idade, o tamanho e o tipo de veículo.

Para facilitar a compreensão, a tabela abaixo apresenta, em linhas gerais, como escolher o assento adequado, os vários tipos e a faixa etária para cada um deles.

Idade Tipos de Assento Orientações Gerais
Lactentes até 1 ano Bebê conforto ou assento infantil conversível para carros que permite uma fixação de modo que a criança fique olhando para a traseira do veículo Todos os lactentes menores de 1 ano ou que tenham menos de 10kg devem ser posicionados olhando para a traseira do carro.
Lactentes entre 1 e 2 anos e pré-escolares até 7 anos Assento infantil conversível para carros que permite posicionar a criança olhando para a traseira ou a frente do veículo Crianças acima de 1 ano ou acima de 10kg podem ser posicionadas olhando para a frente do carro. É recomendável, entretanto, que a criança seja mantida olhando para a traseira o máximo de tempo possível.
Escolares Assento de apoio Assentos de apoio são utilizados para escolares que já não cabem nos assentos infantis. As crianças devem utilizar o assento de apoio até que o cinto de segurança do carro se adapte corretamente ao seu corpo. Isso habitualmente acontece quando a criança atinge a estatura de 1,2m ou está entre 8 e 12 anos.
Crianças Maiores Cinto de segurança Crianças que ultrapassaram a necessidade do assento de apoio devem sempre usar o cinto de segurança. As crianças devem ser mantidas no banco de trás do veículo até os 13 anos.

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Bebê Conforto

  • São pequenos, geralmente tem uma alça para transporte e podem fazer parte do carrinho do bebê
  • São usados por crianças até 10 a 15 kg dependendo do modelo
  • Existem modelos que possuem uma base que pode permanecer no veículo. O bebê conforto é encaixado ou retirado da base.

Assentos infantis conversíveis

  • Podem ser usados para posicionar a criança olhando para a traseira ou a frente do veículo. Isto significa que este assento tem uma vida útil maior. São mais estruturados que o bebê conforto, mas não dispõem de alças de transporte ou base separada.
  • Tem maiores limites de peso e estatura para que as crianças sejam posicionadas voltadas para a traseira do veículo sendo, portanto úteis para bebês maiores.
  • Existem vários tipos e modelos de assentos com diferentes tiras de fixação do bebê.

Assento de apoio

  • Utilizados para adaptar a criança na altura correta do cinto de segurança do carro.

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http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI8031-15566,00.html

Segurança em casa: dicas de especialistas para evitar os acidentes domésticos mais comuns

Princípios gerais para todos os ambientes:

  • Proteger janelas com grade de proteção.
  • Trocar urgentemente vidros quebrados ou rachados.
  • Cuidado com piso molhado, escorregadio, quebrados ou soltos.
  • Tapetes antiderrapantes ou fixados no chão, sem bordas reviradas.
  • As tomadas elétricas devem ter proteção.
  • Não pode haver fios elétricos com revestimento descascado ou rachado.
  • Os fios dos aparelhos eletroeletrônicos devem possuir dimensões apenas suficientes para alcançar as tomadas e ser de difícil acesso.
  • Nunca ligar dois ou mais aparelhos numa mesma tomada.
  • Os acessos à escada e à cozinha devem, preferencialmente, ser protegidos com portões.
  • A chave elétrica geral deve estar em local de difícil acesso, mas deve ser facilmente manejada.
  • Os sacos plásticos não podem ser acessíveis às crianças.
  • Nunca manter móvel (mesa, cadeira, sofá, banco) embaixo da janela.
  • Todos os produtos tóxicos (medicamentos, produtos de limpeza, tintas, detergentes) devem ser guardados nos recipientes originais, em armários trancados.
  • Evitar objetos com partes pequenas (menores de 2 cm de diâmetro), brinquedos, balões, sacos plásticos, que podem constituir risco de sufocação.
  • Se possível, não manter armas de fogo em casa. Caso seja extremamente necessário, guardar em local de difícil acesso e trancado a chave.
  • Prepare-se para agir rapidamente e saber o que fazer em caso de acidente.
  • Caso seja possível, ter um extintor de incêndio sempre pronto para uso e em local acessível.
  • Aconselha-se que as escadas possuam corrimão, piso antiderrapante e sejam bem iluminadas. Se possível, destacar com fitas ou cor diferente as bordas dos degraus. Além disso, deve ser bem nivelada e não pode possuir vãos.
  • Evitar sempre o uso de extensões e benjamins.
  • Tenha os números dos telefones do SAMU (192) e do CIT (0800-721-3000) anotados em lugares de fácil acesso.

 Cozinha

  • Ter, se possível, gavetas com travas para guardar facas, produtos de limpeza e outros materiais.
  • Guardar facas com corte virado para baixo.
  • Panelas no fogão, nas bocas de trás e cabo virado para dentro do fogão.
  • Fogão firmemente preso e em posição estável.
  • Prateleiras altas com produtos de limpeza, inseticidas.
  • Separação de produtos gerais e alimentos, verificando sempre a data de vencimento antes do uso.
  • Mesa com toalha sem sobras nas pontas.
  • Botijão de gás fora da cozinha.
  • Não deixar fósforos, isqueiros e acendedores.

 Quarto das crianças

 Guardar brinquedos em caixas ou local que possa ser fechado

  • Não deixar objetos espalhados no chão
  • Não manter móveis perto da janela
  • Preferir camas a beliches. Caso seja necessária a utilização da última, deve ter grade de proteção.
  • Evitar brinquedos e enfeites que possam desprender pequenas peças ou que sejam frágeis
  • Verificar estabilidade da cama e dos móveis, periodicamente.

Quarto de bebê

  • Berços com espaço pequeno entre as grades, de forma a não possibilitar a passagem da cabeça, braços ou pés do bebê.
  • Não deixar almofadas, brinquedos ou outros objetos dentro do berço.images6
  • Verificar estabilidade do berço e dos móveis, regularmente.
  • Tomar cuidado com os objetos ao redor do berço e verificar se não há possibilidade de o bebê alcançá-lo.

Prevenção

Amamentação e uso de medicamentos

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É muito frequente o uso de medicamentos e outras substâncias por mulheres que estão amamentando. A maioria é compatível com a amamentação; poucos são os fármacos formalmente contraindicados e alguns requerem cautela ao serem prescritos durante a amamentação, devido aos riscos de efeitos adversos nos lactentes e/ou na lactação.

No entanto, com frequência, profissionais de saúde recomendam a interrupção do aleitamento materno quando as mães são medicadas, muitas vezes porque desconhecem o grau de segurança do uso das diversas drogas (também referidas como medicamentos ou fármacos) durante o período de lactação.

Por isso, cabe ao profissional de saúde, antes de tomar qualquer decisão, buscar informações atualizadas para avaliar adequadamente os riscos e os benefícios do uso de uma determinada droga em uma mulher que está amamentando.

Visando auxiliar os profissionais de saúde nas suas avaliações quanto ao uso de drogas durante a amamentação, o Ministério da Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), disponibiliza um Manual (veja abaixo) contendo informações básicas sobre o uso de drogas durante o período da lactação.

O aleitamento materno é uma prática de fundamental importância para a mãe, a criança e a sociedade em geral, que deve ser sempre incentivada e protegida, salvo em algumas situações excepcionais. Assim, não se justifica, na maioria das vezes, a interrupção da amamentação quando a nutriz necessitar algum tipo de tratamento farmacológico, impedindo desnecessariamente que mãe e criança usufruam dos benefícios do aleitamento materno.

A indicação criteriosa do tratamento materno e a seleção cuidadosa dos medicamentos geralmente permitem que a amamentação continue sem interrupção e com segurança.

GALACTAGOGOS

Galactagogas são substâncias que auxiliam o início e a manutenção da produção adequada de leite. Os fármacos galactagogos atuam como antagonista dopaminérgico, reduzindo a ação inibitória da dopamina sobre a secreção de prolactina.

O uso de galactagogos deve ser reservado para situações em que foram descartadas as causas tratáveis de hipogalactia (p.ex. hipotireoidismo materno ou uso de medicamentos) e, principalmente, após avaliação da técnica de amamentação e de medidas que sabidamente aumentam a produção de leite, tais como maior frequência das mamadas e esvaziamento adequado das mamas.

Cabe ressaltar que a estimulação mecânica da região aréolo-mamilar pela sucção do lactente e a ordenha do leite são os estímulos mais importantes para a manutenção da lactação. Tais estímulos promovem a secreção de prolactina pela hipófise anterior e de ocitocina pela hipófise posterior.

Dentre as substâncias que induzem, mantêm e aumentam a produção de leite, domperidona e metoclopramida são as mais indicadas. Não há evidências científicas de que alimentos ou plantas possuam propriedades galactagogas.

A segurança do uso dos antagonistas dopaminérgicos como galactogogos não foi adequadamente estudada, mas eles oferecem risco potencial para as mães e para os lactentes. Estes devem ser observados para efeitos adversos como sonolência, déficit de sucção, irritabilidade e desconforto abdominal. Há risco de depressão materna após uso prolongado de metoclopramida.

A domperidona apresenta menor lipossolubilidade e maior peso molecular que a metoclopramida, o que reduz sua penetração no sistema nervoso central e no compartimento lácteo.

Acredita-se que os galactagogos possam trazer algum benefício nas seguintes situações:

Indução da lactação em mulheres que não estavam grávidas como em mães adotivas ou que aguardam seus filhos nascerem de uma barriga de aluguel.

Relactação, que é o reestabelecimento da lactação após o desmame.

Aumento do suprimento insuficiente de leite decorrente de separação mãe-filho por doença materna ou do lactente, como em mães de recém-nascidos pré-termo em unidades de terapia intensiva neonatais.

Princípios básicos para a prescrição de galactagogos:

  • Antes de utilizar qualquer substância na tentativa de aumentar o suprimento de leite, avaliar com cuidado as técnicas de amamentação e o volume de leite materno.
  • Informar a nutriz sobre a eficácia, a segurança e o tempo de uso do galactagogo.
  • Avaliar as contraindicações do medicamento e informar à nutriz os possíveis efeitos adversos.
  • Observar o aumento ou não do volume de leite materno e o ganho ponderal do lactente.
  • Acompanhar a mãe e o lactente, observando a ocorrência de efeitos adversos.
  • A metoclopramida não deve ser utilizada por período maior que três semanas.
  1. INIBIDORES DA LACTAÇÃO

Algumas drogas são bem conhecidas por reduzirem a produção de leite. Como o crescimento do lactente está diretamente relacionado à síntese e ingestão do leite materno, o uso de qualquer uma dessas drogas pode representar risco de déficit ponderal, principalmente durante o período pós-parto imediato, época mais sensível para a supressão da lactação. Caso o uso de alguma dessas drogas seja inevitável, o profissional de saúde deve retardar ao máximo sua introdução (semanas ou meses) e prescrevê-la pelo menor tempo possível, além de monitorar o ganho ponderal do lactente.

As drogas com risco de redução da produção láctea são:

  • Álcool
  • Bromocriptina
  • Bupropiona
  • Cabergolina
  • Ergometrina
  • Ergotamina
  • Estrogênios, como o etinilestradiol
  • Levodopa
  • Lisurida
  • Modafinila
  • Nicotina
  • Pseudoefedrina
  • Testosterona

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Veja a íntegra do livro do Ministério da Saúde no endereço:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/amamentacao_drogas.pdf

Animais domésticos: cuidados especiais e riscos

Durante a evolução alguns predadores e presas na cadeia alimentar transformaram-se em “utilitários” e, ao serem domesticados, estabeleceu-se um vínculo de afeto, tornando-se animais de estimação.

Além da questão do companheirismo, atualmente estes animais têm sido auxiliares em processos terapêuticos em hospitais e instituições afins. Sabe-se que a posse responsável de um animal de estimação, desde que em harmonia e consenso familiar, pode ser positiva para a criança no plano afetivo.

Entre outros fatores, ajuda a desenvolver hábitos de responsabilidade para com o outro, pode tornar-se um facilitador para informações sobre sexo; ajuda a entender a normalidade das necessidades fisiológicas (urinar e defecar) e acaba sendo um assunto em comum para conversas de pais e filhos, além de preparar a criança a lidar com a morte.

Embora existam várias razões que justifiquem a aquisição de um animal de estimação, não se deve esquecer de que se trata de um animal irracional domesticado, podendo levar a riscos de mordedura, doenças, lesões e (em alguns casos raros) à morte. Além da lesão própria da mordedura ou arranhadura há o risco de infecções graves, pois a boca do animal é altamente contaminada, assim como doenças transmissíveis por mamíferos como a hidrofobia (raiva).

Cães e gatos, animais mais populares, são também os principais agressores. Porém, a maioria dos animais domésticos pode apresentar riscos de mordedura. Alguns animais surgem “na moda”, como: iguanas, cobras, macacos e outros nomeados como “exóticos”, cujo comportamento ainda não é de todo conhecido.

Como toda lesão não intencional, a mordedura é passível de prevenção. Crianças gostam de brincadeiras com cães, que são considerados companheiros e amigos, mas, nessa convivência, é preciso conhecer as regras de segurança.

O que todos devemos saber:

Animais apresentam atitudes agressivas por medo ou defesa (território, dono, cria, alimento), portanto estas situações devem ser respeitadas.

Atitudes como não se aproximar de animais desconhecidos, não desafiar ou agredir os animais auxiliam na prevenção de lesões.

Outras medidas são importantes, como não tocar em animais sem a permissão do proprietário, além de respeitar e conhecer a natureza.
A mídia tem mostrado com frequência casos muito graves, inclusive fatais, de ataque por cães da raça Pitbull, mas não se deve desconhecer o risco de agressão por outras raças.

A grande maioria de mordidas em crianças é causada por animais da própria família ou de vizinhos, e as crianças são agredidas mais frequentemente do que os adultos.

Os ataques mais graves geralmente acontecem com crianças pequenas e, nessa situação, é grande o risco de mordida na cabeça, na face e no pescoço. Em crianças maiores, as lesões ocorrem habitualmente nos braços e nas pernas.

Principais medidas de segurança:

  • Se houver criança pequena em casa, os pais devem analisar bem antes de adquirir um cão, porque criança pequena nunca pode ficar sozinha perto de cão: é muito perigoso.
  • Observar o momento oportuno e seguro para adquirir um cão.
  • Antes de adquirir um cão, informar-se com um veterinário sobre as raças mais adequadas e mais mansas. Cães de raças reconhecidamente agressivas (Pitbull, Rottweiler, Pastor alemão, Doberman, etc.) não são recomendados.
  • Deve-se ter atenção aos cruzamentos porque podem gerar animais perigosos. Para crianças maiores, recomenda-se cão de raça dócil.
  • Observar bem o comportamento do cão antes de levá-lo para casa.
  • Cão de comportamento agressivo, independentemente da raça, não deve ficar em casa que tenha criança.
  • Cães castrados geralmente são menos agressivos.
  • O cão necessita de treinamento, socialização e educação, orientados por pessoa habilitada.
  • Nunca se deve estimular a agressividade do cão e, sim, comportamento submisso.
  • As brincadeiras entre crianças e cães devem ser supervisionadas por adultos.
  • Não se deve importunar o cão, principalmente durante a alimentação, o sono, se tiver filhote novo ou se estiver com aparência de doente.
  • Não se deve puxar as orelhas, as patas e o rabo; nunca colocar o dedo nos olhos do animal; não tomar brinquedo que esteja com o cão.
  • Não é recomendado beijar ou ficar com o rosto perto do animal.
  • Não tentar separar briga de cães; manter-se distante dos agressivos.
  • Manter as vacinas em dia, cuidar da higiene e da saúde do cão.
  • Orientar as crianças para não se aproximar ou brincar com animal estranho.
  • Deve-se combinar antecipadamente com as crianças que o cão não poderá dormir com elas nem fazer as refeições com a família.
  • Cão pequeno e de raça mansa não são garantia de que não morderá alguém.
  • As crianças precisam receber orientações sobre as maneiras adequadas para lidar com o animal, como não provocar ou machucar o cão. Se houver provocação ou agressão, mesmo o cão de raça dócil poderá morder.

Responsabilidades do proprietário: 

Ter controle sobre o animal e adestrá-lo corretamente.

Não estimular comportamento agressivo (principalmente se for cão).

Em caso de animal feroz providenciar placas de alerta com ilustração (nem todos são alfabetizados).

Conduzir o animal em locais públicos sempre com guia.

Oferecer assistência veterinária periódica.

Antes de adquirir um animal consultar veterinários, criadores e proprietários sobre as características e adaptação a rotina familiar.

Se o animal apresentar comportamento indesejado consultar um veterinário, nunca abandoná-lo em locais públicos.

São sinais sugestivos de ataque iminente por alguns mamíferos: pelo eriçado, dentes à mostra e rosnado, orelhas eretas e para frente, cauda elevada e reta e contato visual prolongado.

Ricardo Jukemura
Vera Lucia Venancio Gaspar

http://www.sbp.com.br/departamentos-cientificos/animais-domesticos/

http://www.rbmv.com.br/

Andador infantil: por que não?

Por que não usar andador infantil?

Autoras: Alice Hassano, Lívia Borgneth e Inês Seppi

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Antes de andar a criança precisa aprender a rolar, sentar, engatinhar para depois conseguir ficar de pé com apoio e, ai sim, começar a andar inicialmente com apoio para depois ser de forma livre.

Essas conquistas gradativas são importantes para o desenvolvimento e indispensáveis como etapas básicas para o alcance do andar.

Se interferirmos nessas etapas colocando o bebê no andador, estaremos atrasando o início da marcha da criança, isto é, o momento em que ela começa a andar sozinha.

Mesmo tendo adquirido a capacidade de ficar de pé, é preciso que o bebê vivencie o desequilíbrio para que aprenda a ter equilíbrio no andar, o que é dificultado com o uso do andador. Este, portanto, atrasa o desenvolvimento motor da criança, ao contrário do que algumas pessoas possam imaginar.

O andador não prejudica só o progresso físico do bebê, prejudica também o mental.

O bebê precisa conhecer o mundo começando pelas coisas e objetos que estão mais próximos dele – os deslocamentos, facilitados pelo andador antes do tempo, “desviam” a sua atenção constantemente fazendo com que não haja tempo suficiente para a aproximação necessária para poder tocá-los e manipulá-los e essa exploração é essencial para o bebê sentir a forma, o tamanho, textura, cor, peso e temperatura. Enquanto manuseia objetos e brinquedos, o bebê está desenvolvendo seu cérebro.

Outro grande problema do uso do andador é que há riscos de acidentes e traumatismos inclusive cranianos, segundo estatísticas de Serviços de Emergência Pediátrica.

http://www.soperj.org.br/download/curso_atencao_integral_2009.pdf