HPV: vacina é ampliada para meninos de 11 a 15 anos (incompletos)

A imunização, que já é destinada às meninas, pode prevenir os cânceres do colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe, refletindo diretamente na redução dos casos de HPV, bem como nas mortes provocadas pelo vírus.

O Ministério da Saúde reuniu algumas informações para responder os principais questionamentos e como explicar a importância da vacinação: 

1.  Qual é o público-alvo de vacinação contra HPV definido pelo Ministério da Saúde?

  • Meninos:  a vacina HPV será disponibilizada para a faixa etária de 11 a 15 anos (incompletos), considerando o intervalo de seis meses entre as doses. Mas, até 2020, a faixa etária masculina será ampliada gradativamente para meninos a partir de nove anos de idade.
  • Meninos e homens vivendo com HIV/Aids: todos os homens vivendo com HIV/Aids, entre nove e 26 anos, deverão receber a vacina, sendo o esquema de 3 doses (0, 2 e 6 meses). Nesses casos, é necessária a prescrição médica.

 2. Qual é o número de doses que os meninos terão de tomar?

Para os meninos, está disponível a vacina HPV quadrivalente, em 2 doses. A primeira dose deve ser tomada entre 11 e 15 anos. A segunda, 6 meses depois.

Já para os meninos e homens vivendo com HIV/Aids é diferente. Estão disponíveis 3 doses, com intervalo de 2 e 6 meses.

3. A vacina é por via oral ou é injeção?

O procedimento é realizado via intramuscular, ou seja, injeção de apenas 0,5 ml em cada dose.

4. Quem já teve diagnóstico de HPV pode vacinar?

Pode. Desde que esteja na faixa etária estipulada. Existem estudos com evidências promissoras de que a vacina previne a reinfecção ou a reativação da doença.

5. Por que a vacina HPV não é introduzida para todas as faixas etárias no País?

A vacina é potencialmente mais eficaz para adolescentes vacinados antes do seu primeiro contato sexual, uma vez que a contaminação por HPV ocorre juntamente ao início da atividade sexual.

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6. A proteção dura a vida toda?

Até o momento, sabe-se com convicção que a vacina pode proteger por 9 anos. Mas a imunidade relacionada à vacina ainda não foi determinada, principalmente pelo pouco tempo em que é comercializada no mundo (desde 2007).

Ainda é preciso aguardar o resultado de estudos em andamento para fornecer mais dados sobre a duração da proteção e necessidade de doses de reforço.

7. A vacina HPV pode ser administrada concomitantemente com outra vacina?

A vacina HPV quadrivalente pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação (PNI), sem interferências na resposta de anticorpos a qualquer uma das vacinas. Quando a vacinação simultânea for necessária, devem ser utilizadas agulhas, seringas e regiões anatômicas distintas.

8. A vacina HPV provoca algum efeito colateral?
A vacina contra o HPV é uma vacina segura e recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Já é utilizada como estratégia de saúde pública em quase 100 países que realizaram a aplicação de mais de 175 milhões de doses desde 2006, sem registros de evidências que pudessem pôr em dúvida a segurança dessa imunização.

Os eventos adversos mais comuns relacionados à vacina HPV são os mesmos relacionados às outras vacinas, como reações locais (dor, inchaço, e vermelhidão), dor de cabeça e febre, em menor incidência. Eventualmente, podem ocorrer desmaios, formigamento nas pernas, fatos que podem ser observados ao se aplicar medicações injetáveis em adolescentes e não relacionado especificamente à vacina HPV, mas ao medo de tomar injeção.

9. O que fazer se sentir alguns desses sintomas após ser vacinado?

Recomenda-se que a pessoa permaneça sentada por 15 a 20 minutos, imediatamente após receber a vacina sem fazer esforços para prevenir possíveis reações.

No caso da aparição de sintomas, durante os dias posteriores ao da vacinação, recomenda-se procurar uma unidade de saúde mais próxima ou o médico assistente.

10. Em quais situações a vacina contra o HPV não deve ser administrada em meninos/homens?

A vacina HPV é contraindicada e, portanto, não deve ser administrada em meninos/homens com:

  • hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos excipientes da vacina;
  • história de hipersensibilidade imediata grave à levedura; ou que desenvolveram sintomas indicativos de hipersensibilidade grave após receber uma dose da vacina HPV;

 Fonte: http://www.brasil.gov.br/saude/2017/01/tire-duvidas-sobre-a-vacinacao-contra-o-hpv-para-meninos

Mais informações do Ministério da Saúde (junho/2017):

  • A partir de agora, a vacina contra HPV passa a ser ofertada para os meninos de 11 até 15 anos incompletos (14 anos, 11 meses e 29 dias). Até o ano passado, era feita apenas em meninas.
  • Com a inclusão desse público, equivalente a 3,3 milhões de adolescentes, a meta para 2017 é vacinar 80% dos 7,1 milhões de meninos de 11 a 15 anos e 4,3 milhões de meninas de 9 a 15 anos.
  • Também terão direito a vacina, a partir de agora, homens e mulheres transplantados e oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia. Além disso, cerca 200 mil crianças e jovens, de ambos os sexos, de 9 a 26 anos vivendo com HIV/aids, também podem se vacinar contra HPV.
  • Para conscientizar os meninos na busca da vacina, o Ministério da Saúde planeja, para o próximo mês de julho, período de férias escolares, campanha direcionada a este público, com o intuito de aumentar a cobertura nessa população. Além disso, a vacina de HPV também fará parte do elenco de vacinas a serem ofertadas na Campanha de Multivacinação que acontecerá no período de 11 a 22 de setembro. O Dia D da campanha de vacinação será dia 16 de setembro.

ESQUEMA VACINAL – Meninos e meninas devem tomar duas doses da vacina HPV, com intervalo de seis meses entre elas. Para as pessoas que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.

  • A vacina disponibilizada no SUS é a quadrivalente e já é ofertada, desde 2014, para as meninas. Confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal.
  • Para os meninos, a estratégia tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. A definição da faixa etária para a vacinação visa proteger meninos e meninas antes do início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus. Vale ressaltar que os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos de câncer anal e orofaringe são atribuíveis à infecção pelo HPV.
  • Nas meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus. O HPV é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.
  • PESQUISAS – Estudos internacionais recentes apontam o impacto da vacinação na redução da infecção pelo HPV. Pesquisa realizada nos Estados Unidos, onde há vacinação desde 2006, apontou redução de 88% da infecção oral por HPV. Outro estudo, realizado com homens de 18 a70 anos do Brasil, México e Estados Unidos, aponta que os brasileiros têm mais infecção por HPV que os mexicanos e norte americanos (Brasil 72%, México 62% e USA 61%) e que a incidência de câncer do pênis no país é 3 vezes maior do que a dos norte-americanos.

http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/28769-vacina-de-hpv-e-ampliada-para-meninos-de-11-a-15-anos-incompletos-2