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Dieta sem glúten para todos?

Dieta livre de glúten. Bom para todos?

Posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Nutrição e Alimentação

A Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição levando em consideração dados da literatura científica pertinente e o documento a seguir, posiciona-se no sentido de que:

  • a dieta sem glúten deve ser instituída na vigência de doença celíaca, alergia ao trigo e de sensibilidade não celíaca ao glúten, desde que devidamente diagnosticadas;
  • a dieta sem glúten per se não pode ser considerada benéfica para indivíduos aparentemente saudáveis e que a falta de planejamento na sua instituição pode, ainda, potencialmente afetar a saúde do trato digestório.

DOENÇAS CRÔNICAS E ESTÉTICA

É provável que as maiores prevalências de obesidade, o estabelecimento de doenças crônicas não transmissíveis e a crescente preocupação com padrões estéticos rígidos sejam os principais responsáveis por esse novo boom e levem pessoas antes desinteressadas por assuntos relacionados à sua alimentação a se tornarem “especialistas” em estratégias que contribuam para a melhora da saúde e da aparência.

RISCOS DAS “DIETAS DA MODA”

Reconhece-se como muito salutar a busca por mais informações nessa área, uma vez que a promoção da saúde e a educação nutricional dependem da conscientização popular para serem eficazes.

No entanto, através da veiculação pela mídia não especializada, observa-se a propagação do que hoje se conhece por “dietas da moda”, as quais surgem com a premissa de promoverem a perda do peso e de melhorarem a saúde de forma generalista, sendo, todavia, pautadas em constatações empíricas ou em estudos recentes que por muitas vezes se mostram incompletos ou inconclusivos.

DOS CELÍACOS E ALÉRGICOS PARA TODOS
Nessa “onda” de dietas restritivas ou monótonas, observa-se a popularização de um padrão alimentar anteriormente adotado apenas por indivíduos portadores de doença celíaca (DC) ou de alergia ao trigo, caracterizado pela exclusão de alimentos contendo glúten da dieta (gluten free diet).

GENÉTICA
Pacientes celíacos apresentam uma alteração genética que resulta na inflamação intestinal quando do contato com peptídeos oriundos da digestão do glúten presente no trigo e em outros vegetais do mesmo gênero, como a cevada e o centeio.3e

GLIADINA

De forma simplificada, a gliadina resultante do metabolismo do glúten na luz intestinal é transportada até a lâmina própria do intestino delgado onde, após metabolização, poderá induzir resposta imunológica adaptativa e inata e posterior produção de moléculas que promoverão o estabelecimento da inflamação, responsável pela atrofia dos vilos e hiperplasia nas criptas intestinais.

A alteração morfológica da borda em escova leva à redução na capacidade absortiva e é comumente observada em doentes celíacos.

NCGS: O QUE É ISSO?

Além da DC, diversas evidências recentes sumarizadas em um artigo de revisão publicado na revista Clinical Nutrition comprovam a existência de uma alteração cunhada por especialistas na área como “sensibilidade não-celíaca ao glúten” (non-celiac gluten sensitivity – NCGS).

Diferentemente do que ocorre na doença celíaca, na NCGS o trato gastrointestinal e a permeabilidade da barreira intestinal são preservadas, as alterações histológicas dos vilos e das criptas não são intensas, havendo, todavia, o estabelecimento de inúmeros distúrbios para o paciente que mantém uma alimentação convencional, rica em glúten.

Ainda, observa-se infiltração de linfócitos mais branda e inflamação de menor grau no trato intestinal quando comparadas com o observado em indivíduos com DC.

A prevalência de NCGS é maior do que a de DC e a de alergia ao trigo, sendo frequentemente observada em pacientes com síndrome do intestino irritável e entre indivíduos acometidos por alterações alergênicas diversas.

DIAGNÓSTICO

Para o diagnóstico clínico, sintomas comuns a essa alteração – tais como cansaço, dores de cabeça, desconforto gastrointestinal, flatos e diarreia – devem ser abolidos quando o paciente suspende a ingestão de alimentos contendo glúten. Todavia, não há nenhum exame bioquímico eficaz para o diagnóstico preciso da condição.

TRATAMENTO: EXCLUSÃO DE ALIMENTOS

Independente da condição clínica apresentada, a terapia básica para indivíduos intolerantes ao glúten conta com a exclusão de alimentos que contenham cevada, centeio e farinha de trigo.vida_sem_gluten

Curiosamente, desde o ano de 2004, o mercado de produtos livres de glúten vem crescendo aproximadamente 30% ao ano, o que não se deve ao aumento da incidência de casos de intolerância ao glúten ou ao maior rigor no tratamento dos pacientes, mas sim ao aumento da demanda gerada pela adesão à dieta gluten free (GF) entre indivíduos não-celíacos e não diagnosticados com NCGS.

Segundo os próprios consumidores, a principal razão para a escolha de produtos GF é a crença de que estes seriam mais saudáveis que os comuns, auxiliando na perda de peso e na melhora de outras condições fisiopatológicas e de desconfortos gastrointestinais.

RISCOS DA DIETA POBRE EM GRÃOS
Apesar da sensível melhora na saúde de indivíduos com alterações relacionadas ao glúten, constata-se que não existem evidências suficientes para apoiar as crenças entre indivíduos que não são sensíveis a esse peptídeo.LACTOBACILOS12

Com relação à perda de peso excessivo, por exemplo, é difícil afirmar se até mesmo pacientes celíacos são beneficiados, uma vez que estudos mostram que indivíduos obesos acometidos de DC podem ter seu IMC aumentado e que a prevalência de obesidade entre crianças celíacas pode duplicar quando da adoção da dieta GF. Além disso, esse tipo de dieta é frequentemente pobre em grãos integrais e fibras, cujo consumo é inversamente relacionado ao IMC.

No que concerne à saúde gastrointestinal, um estudo experimental publicado em uma das mais respeitadas revistas da área demonstrou possíveis efeitos negativos da dieta GF sobre a flora intestinal de indivíduos saudáveis.

Por conta da exclusão de alimentos contendo trigo, no período de um mês houve redução significativa na proporção de bactérias benéficas que colonizam o intestino em relação de bactérias patogênicas nas fezes de 10 indivíduos adultos, fato provavelmente associado ao menor consumo de oligofrutose e inulina — frutanos do tipo inulina — os quais têm ação prebiótica e, desse modo, estimulam seletivamente o crescimento de determinadas espécies bacterianas consideradas benéficas (bifidogênicas) ao hospedeiro.

MENOR RISCO DE DOENÇAS MALIGNAS

Por conta do efeito prebiótico, pode-se ainda afirmar que o consumo de farinha de trigo integral por indivíduos não sensíveis ao glúten contribui para a redução do risco de câncer intestinal, de condições inflamatórias, de dislipidemias e de doenças cardiovasculares.

Cabe, no entanto, destacar que dietas GF podem ser saudáveis para o público em geral, caso tome-se o cuidado de serem selecionados outros cereais integrais, além de hortaliças e alimentos com baixa densidade energética. Entretanto, isto não implica na retirada do glúten ser a responsável por possíveis efeitos benéficos observados.

Finalmente, é possível afirmar novamente que a falta de evidências científicas sólidas faz com seja aceita a premissa de que a dieta GF não pode ser considerada benéfica para indivíduos aparentemente saudáveis e que a falta de planejamento na sua instituição pode, ainda, potencialmente afetar a saúde do trato digestório.


Adapt. de Lucas Carminatti Pantaleão

Nutricionista pela Universidade de São Paulo, Mestre em Nutrição Experimental e Membro do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.
Membro da Comissão de Comunicação da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição – SBAN.

REFERÊNCIAS

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Valletta E, Fornaro M, Cipolli M, Conte S, Bissolo F, Danchielli C. Celiacdisease and obesity: Need for nutritional follow-up after diagnosis.Eur J ClinNutr. 2010;64(11):1371-1372.

De Palma G, Nadal I, Collado MC, Sanz Y. Effects of a gluten-free dieton gut microbiota and immune function in healthy adult human subjects.Br J Nutr. 2009;102(8):1154-1160.

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Glenn A. Gaesser, Siddhartha S. Angadi. Gluten-Free Diet: Imprudent Dietary Advice for theGeneral Population?J AcadNutr Diet. 2012;112(9):1330-1331.

Castillo NE, Theethira TG, Leffler DA. The present and the future in the diagnosis and management of celiac disease.Gastroenterol Rep. 2014, 1–9.

Czaja-Bulsa G, Non coeliac gluten sensitivity: a new disease with gluten intolerance. Clinic Nutr.2014, http://dx.doi.org/10.1016/j.clnu.2014.08.012.

http://www.sban.org.br/publicacoes/posicionamentos/132/dieta-livre-de-gluten-bom-para-todos

ALIMENTAÇÃO DO ESCOLAR: “O QUE HÁ DE NOVO”?

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ALIMENTAÇÃO DO ESCOLAR

 Adapt. de Silvana Gomes Benzecry, Elza Daniel de Mello  e Maria Arlete Meil Schimith Escrivão, da Sociedade Brasileira de Pediatria.

A idade escolar é caracterizada por uma fase de transição entre a infância e a adolescência e compreende a faixa etária de 7 a 10 anos.
Esse é um período de intensa atividade física e ritmo de crescimento constante, com ganho mais acentuado de peso próximo ao início da adolescência.

TRANSFORMAÇÕES

Observa-se também crescente independência da criança, sendo o momento em que ela começa a formar novos laços sociais com indivíduos da mesma idade. Essas transformações, aliadas ao processo educacional, são determinantes para o aprendizado em todas as áreas e o estabelecimento de novos hábitos.

FAMÍLIA + ESCOLA

Além da grande importância da família, a escola passa a desempenhar papel de destaque na manutenção da saúde (física e psíquica) da criança. Durante a fase escolar, o ganho de peso é proporcionalmente maior que o crescimento estatural.

ATIVIDADES MAIS VIGOROSAS

As crianças se tornam mais fortes, mais rápidas e bem mais coordenadas. É importante o incentivo à prática de atividades físicas lúdicas, como as brincadeiras. Cerca de 10% das brincadeiras livres dos escolares nas áreas recreativas são atividades vigorosas, que envolvem lutas e perseguições, entre outras.27-01-Alimentacao-Escolar

A maioria dos dentes permanentes aparece nessa idade. Os dentes decíduos (“de leite”) começam a cair em torno dos 6 anos e são substituídos pelos permanentes, numa taxa de cerca de quatro dentes por ano, durante os cinco anos seguintes. Assim, são de fundamental importância uma dieta adequada e a correta higienização da boca.

Dependendo do padrão dietético e da atividade física, as crianças, nessa fase, podem aumentar o percentual de gordura corporal e, consequentemente, o risco para o desenvolvimento de obesidade.

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A qualidade e a quantidade da alimentação são determinantes para a manutenção da velocidade de crescimento, que deve ser constante e adequada para que o estirão da puberdade seja satisfatório.

NOVOS HÁBITOS ALIMENTARES (RISCOS)

Nesse período, a criança costuma modificar o seu hábito alimentar por influência do meio e pela maior capacidade cognitiva e autonomia. A criança na idade escolar deve receber adequada educação nutricional, para fazer a escolha correta dos alimentos e adquirir melhor qualidade de vida, e a escola pode contribuir sobremaneira nesse processo.cartilhaorganicosescola

Orientá-la quanto aos riscos que hábitos alimentares e estilo de vida inadequados pode representar à saúde é de fundamental importância. Alguns estudos têm mostrado que desordens do balanço energético são comuns nessa fase da vida, podendo haver excesso no consumo de alimentos calóricos e pouco nutritivos, além de incentivo negativo ou insuficiente para a realização de exercícios físicos.

MENOS ARROZ E FEIJÃO?

Os hábitos alimentares da família ainda continuam a exercer influência sobre as práticas alimentares dos escolares. Verificou-se redução no consumo de arroz, feijões, raízes e tubérculos, peixes e ovos e aumento no consumo de embutidos, refeições prontas e biscoitos.

Essas mudanças ocorridas no hábito alimentar da população brasileira contribuíram para o aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, como a obesidade e suas comorbidades.

O consumo de refrigerantes, sucos artificiais e bebidas à base de soja nos horários das refeições e dos lanches, em detrimento do consumo de leite e derivados, pode comprometer a ingestão de cálcio.

Além disso, os refrigerantes fosfatados (bebidas tipo cola) aumentam a excreção urinária de cálcio, elevando suas necessidades de ingestão e comprometendo a aquisição adequada da massa óssea.

Além da ingestão deficiente de cálcio, há também a baixa ingestão de vitamina D, ocasionada por falta de exposição solar e erro alimentar. Raros são os alimentos que contêm essa vitamina e, nos que a possuem, as quantidades são muito pequenas.

A deficiência de vitamina D e de cálcio está relacionada a retardo no crescimento, doenças autoimunes, câncer, fraturas e desenvolvimento de osteoporose na vida adulta.

Também deve ser destacado o consumo de alimentos ricos em gordura, sal e açúcar, tais como fast-foods, salgadinhos, bolachas, produtos panificados que contêm gorduras trans e saturadas, que aumentam o risco para as doenças cardiovasculares.

A adequação no consumo de sal, por meio da redução do sal de adição (5 porções/dia).

Redução dos enlatados, embutidos, salgadinhos e de condimentos industrializados, deve ser preconizada para diminuir o risco do desenvolvimento de hipertensão arterial sistêmica (“pressão alta”) no futuro.

Outro aspecto que merece ser ressaltado diz respeito aos transtornos alimentares, que já podem aparecer nessa fase. Se por um lado há a preocupação da comunidade científica e dos próprios pais com o desenvolvimento da obesidade, por outro lado, também se deve atentar para o fato de que a preocupação excessiva ou mal conduzida com o ganho de peso pode causar transtornos alimentares, como a bulimia e a anorexia.

A redução do nível da atividade física, decorrente do uso de computadores por períodos prolongados em âmbito doméstico e o tempo gasto com TV são fatores que contribuem para o aumento da prevalência de obesidade, nessa faixa etária.

A televisão, além de ser uma das causas mais importantes de sedentarismo, também propicia, por meio das propagandas veiculadas, o consumo de alimentos mais calóricos.

Os resultados de uma pesquisa financiada pelo Ministério da Saúde (MS) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na qual foram analisadas 4.108 horas de televisão, num total de 128.525 peças publicitárias, mostraram que 72% das propagandas eram de fast-foods, guloseimas, sorvetes, refrigerantes, sucos artificiais, salgadinhos de pacote, biscoitos doces e bolos.

Medidas educativas são necessárias para que as crianças aprendam a escolher alimentos mais saudáveis, prevenindo, dessa forma, o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis.

Recomendações Nutricionais

O cardápio deve respeitar os hábitos da família e as características regionais. O esquema alimentar deve ser composto por cinco a seis refeições diárias, incluindo-se: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche vespertino, jantar e lanche da noite.

Resumidamente, diretrizes gerais para a alimentação do escolar:

  1. Ingestão de alimentos para prover energia e nutrientes em quantidade e qualidade adequadas ao crescimento, ao desenvolvimento e à prática de atividades físicas.
  1. Alimentação variada, que inclua todos os grupos alimentares, conforme preconizado na pirâmide de alimentos, evitando-se o consumo de refrigerantes, balas e outras guloseimas.
  1. Priorizar o consumo de carboidratos complexos em detrimento dos simples (a ingestão de carboidrato simples deve ser inferior a 25% do valor energético total, enquanto o total de carboidrato ingerido deve ser de 50 a 55% do valor energético total).
  1. Consumo diário e variado de frutas, verduras e legumes (>5 porções/dia). Os sucos naturais, quando oferecidos, não devem ultrapassar a quantidade máxima de 240 ml/dia, sendo que uma porção de fruta equivale a aproximadamente 180 ml de suco.
  1. Consumo restrito de gorduras saturadas (30% do valor energético total)
  1. Estimular o consumo de peixes marinhos duas vezes por semana.
  2. Controle da ingestão de sal (< 6 g por dia) para prevenir a hipertensão arterial.
  1. Consumo apropriado de cálcio (cerca de 600 ml de leite/dia e/ou derivados) para formação adequada da massa óssea e prevenção da osteoporose na vida adulta.
  1. Orientar o escolar e sua família sobre a importância de ler e interpretar corretamente os rótulos de alimentos industrializados.
  1. Controlar o ganho excessivo de peso pela adequação da ingestão de alimentos ao gasto energético e pelo desenvolvimento de atividade física regular.

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  1. Evitar a substituição de refeições por lanches.
  1. Estimular a prática de atividade física (consultar o documento científico Atividade Física na Infância e Adolescência: Guia Prático, do Departamento Científico de Nutrologia da SBP, www.sbp.com.br).
  1. Reduzir o tempo gasto com atividades sedentárias (TV, videogame e computador). Limitar o tempo com essas atividades – no máximo, 2 horas/dia.
  1. Incentivar hábitos alimentares e estilo de vida adequados para toda a família.

Estimular a “autonomia orientada”: que a própria criança sirva seu prato com orientações adequadas das porções.

https://www.nestlenutrition.com.br/docs/default-source/Publica%C3%A7%C3%B5es-cient%C3%ADficas/pdf_manual_nutrologia_alimentacao.pdf?sfvrsn=0

Sinéquia vaginal (a “fimose feminina”)

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Sinéquia vaginal: a “fimose” das meninas

Como o nome já diz (do grego synechia, significa “aderência”), a sinéquia vaginal ocorre quando os pequenos lábios ficam aderidos, “grudados”.

IDADE

A sinéquia vaginal, também conhecida como fusão ou aderência dos pequenos lábios vaginais, acomete meninas de até 10 anos, sendo mais frequente até os 2 anos de idade.

CAUSA

A causa desta aderência ainda não é conhecida, mas está relacionada a baixa produção de um hormônio chamado estrogênio, pois a sua falta determina uma maior vulnerabilidade a má cicatrização da região.

Ainda podem ser destacadas como causas secundárias as infecções crônicas por higiene inadequada, traumas leves na região ou dermatites causadas pela fralda ou pela calcinha, o que pode determinar pequenas feridas locais e favorecer a aderência.

Outra causa está associada às características anatômicas locais. Os pequenos lábios das meninas são internos, diferentemente dos das mulheres adultas, mais exteriorizados. Esta característica também facilitaria a sinéquia vaginal.

CONSEQUÊNCIAS

A aderência pode levar a infecções e retenção de urina causando dor, mau cheiro, corrimento e irritação da pele da genitália da criança. Em casos mais específicos podem ocorrer infecções urinárias de repetição, sendo o diagnóstico precoce de grande importância.

Os pais normalmente têm dificuldade para identificar o problema, porque o tamanho da sinéquia vaginal é variável. Geralmente o diagnóstico é feito pelo pediatra da criança no exame clínico inicial ou mais tardiamente.

O tratamento é simples, mas será efetivo se as orientações médicas forem seguidas rigorosamente. Costumam ser indicados cremes à base do hormônio estrogênio, que ajudam a desprender os lábios vaginais. A pomada deve ser usada com supervisão médica, pois o hor­mônio pode se absorvido e, em doses ou períodos maiores do que os recomendados, pode gerar uma pseudopuberdade precoce, caracterizada por pigmentação e aparecimento de pelos na genitália.

TRATAMENTO CIRÚRGICO

A cirurgia, indicada com cautela e após avaliação ginecológica, é necessária apenas nos casos de aderências muito acentuadas. Na maioria dos casos a cirurgia não é indicada, pois o trauma cirúrgico pode criar uma nova sinéquia vaginal, cicatricial, mais grossa e fibrosa.

http://www.vidadegestanteemae.com.br/sinequia-vaginal-sera-que-sua-filha-tem/

Saiba mais:

A fusão labial (FL) consiste na aderência dos bordos internos dos pequenos lábios sobre o introito vaginal, formando-se na linha mediana uma membrana translúcida que obstrui parcial ou completamente o canal vaginal.

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Geralmente assintomática, a FL é habitualmente constatada durante a higiene íntima dos genitais da criança ou durante a consulta de pediatria.

Algumas manifestações clínicas podem estar presentes, nomeadamente diiculdade na micção e retenção de urina na vagina causando vulvovaginites de repetição, cistites, pielonefrites, pseudoincontinência urinária, disúria e prurido.

BENIGNIDADE

A FL é uma situação clínica adquirida, benigna, que se observa com alguma frequência em ambulatório pediátrico e que provoca ansiedade nos pais ao constatarem a alteração da normal anatomia vulvar.ginecologia-infanto-puberal-6-638

Embora seja uma entidade comum, nem sempre é reconhecida, e alguns casos são referenciados como suspeitas de diagnósticos de agenesia vaginal ou até de abuso sexual.

Existem outras denominações para esta alteração clínica tais como adesão, coalescência e aglutinação dos pequenos lábios, sinéquias vulvares ou fusão vulvar.

EPIDEMIOLOGIA

A FL é uma condição clínica comum ocorrendo em 0,6%-5% das meninas pré-púberes, apresentando um pico de incidência entre os 12-24 meses de idade

A maioria dos casos de FL é assintomática, podendo passar despercebidos à observação dos pais ou dos médicos quando das consultas de pediatria.

Fimose: quando operar?

Fimose (grego φῑμός, “mordaça”) é uma condição em que, no pênis humano, o prepúcio não pode ser completamente retraído para expor totalmente a glande.

A dificuldade em expor a glande ocorre quando o prepúcio possui um anel muito estreito, ou seja, a abertura do prepúcio é muito pequena para que se possa expor a glande. O problema pode ser de origem congênita ou adquirida.

O que é fimose?fimose

É quando se torna difícil ou impossível exibir a glande (cabeça) do pênis, devido a uma alteração na camada de pele que a cobre (chamada de prepúcio).  É justamente esta camada de pele que provoca um estreitamento da passagem da glande, caraterizando a fimose.

É normal o bebê do sexo masculino nascer com uma camada de pele grudada à glande, pois ela serve de proteção natural. É a chamada fimose fisiológica, que acomete aproximadamente 90% dos meninos recém-nascidos, regredindo após um período de tempo.

A intervenção cirúrgica deve ocorrer após os cinco ou sete anos de idade, em média caso o tratamento com pomada não tenha o resultado esperado.

Associações muito comuns com a fimose são as assaduras. Elas acarretam em cicatrizes que, por sua vez, encolhem a pele, tornando a abertura do prepúcio mais estreita. Nessa situação, como em todos os momentos de dúvida, procure um pediatra para indicar a melhor opção de tratamento.

O que se observa em um paciente com fimose?tm_t2

Na presença de fimose, podemos observar uma secreção esbranquiçada, chamada de esmegma, que possui mau cheiro e é formada por bactérias e fungos.

O quadro pode causar dificuldades para urinar, infecções e inflamações no pênis (as balano-postites), infecções urinárias e parafimose, que é quando o prepúcio não retorna a sua posição normal, causando inchaço e dor.

O que fazer?

Se o descolamento do prepúcio não acontecer de forma natural e se confirmar a fimose, o pediatra poderá recomendar cirurgia ou, antes disso, o uso diário de pomadas que pode ser utilizada, em média, a partir dos 12 meses de idade.

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Chamada de circuncisão ou postectomia, a cirurgia para retirada do excesso de pele, dura em média uma hora e o paciente é hospitalizado em sistema de day clinic, ou seja, recebe alta no mesmo dia de sua internação, salvo raríssimas exceções.

Porém, apesar de rápida, pode ocorrer sangramento, dor e inchaço. Ela é recomendada para ser realizada antes da adolescência devido às ereções que ocorrem com frequência nesta fase, deixando a recuperação mais dolorosa. Em crianças e adolescentes a anestesia é geral e a recuperação total da cirurgia ocorre, em média, em até uma semana. O retorno às aulas de Educação Física, futebol e lutas é que deve ser postergado, a fim de evitar lesões no local operado.

Precauções

Massagens e outros movimentos podem ocasionar lesões e outros problemas. Não realize procedimentos sem a orientação de um médico.

Assaduras ou dermatites de fraldas

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As chamadas “dermatites de fraldas” são outro problema que pode causar assaduras e, com isso, um possível encolhimento da pele, dificultando a exposição da glande. As dermatites são irritações, alergias, provocadas pelo contato de fezes e urina com a pele.

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Para preveni-las, basta não deixar o bebê com a fralda por muito tempo, trocando-a com frequência além de, após a higienização, passar pomadas que protegem a pele sensível da criança.

Ao menor sinal de inflamação ou infecção na cabeça do pênis, procure um médico.

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É necessário realizar uma limpeza repleta de atenção e cuidados, com água e sabonete neutro, para manter o pênis livre de infecções.

Como o excesso de pele atrapalha a higiene local, ele se torna mal cheiroso e propício ao surgimento de bactérias.

Em bebês, é fundamental que os pais realizem essa limpeza, sem efetuar massagens não recomendadas pelo médico.Capturar

Tratamento

Os tratamentos podem ser o uso de pomada ou circuncisão, que é a intervenção cirúrgica. O médico pode recomendar o uso de uma pomada para reverter o problema como primeira opção de tratamento e somente ele poderá indicar qual tratamento é adequado, após avaliar o caso.

Riscos

A fimose é associada às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Além disso,  é considerada um fator de risco para o surgimento do câncer de pênis, principalmente por causa da falta de higiene dificultada pelo acúmulo de pele e pela presença de secreção, o esmegma.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2009 surgiram 4637 novos casos de tumor peniano, sendo a maioria na Região Norte e Nordeste. A falta de higiene é um dos principais fatores para que isso ocorra.

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O excesso de pele que caracteriza a fimose, por dificultar uma higiene mais completa do pênis, acaba aumentando a probabilidade de se desenvolver uma infecção. E a urinária é uma delas.

A infecção urinária é causada por germes que penetram pela uretra (que é o canal que conduz a urina do pênis até a bexiga – no caso dos meninos) e chegam até a bexiga. Há ainda o risco desta infecção se deslocar para os rins, causando uma infecção ainda mais severa.

Entre as crianças, a infecção urinária é a segunda mais comum, principalmente entre os bebês- por causa do uso de fraldas. Por isso, não é demais repetir: realizar a troca das fraldas é uma forma de prevenir a contaminação por germes e bactérias presentes nas fezes e na urina.

Sintomas

Se a urina apresentar cor escura e cheiro forte, o jovem tiver febre (embora algumas vezes isso não ocorra) e sentir dor ou ardência ao urinar, além de incômodo na região da bexiga – como se quisesse esvaziá-la mesmo após já ter feito isso-, procure um médico imediatamente.

Dicas para prevenir infecções urinárias

Além de beber muito líquido, faz-se necessário ter a higiene da área genital sempre em dia.

Após o ato sexual, urine e limpe bem o pênis com água e sabão neutro.

Importante usar roupa íntima limpa, trocando-a diariamente.

É importante tratar a infecção urinária logo que seus sintomas aparecem, pois ela pode levar ao desenvolvimento de hipertensão arterial crônica – a famosa pressão alta – e insuficiência renal, que é a incapacidade dos rins de filtrar o sangue.

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O que é balanopostite?

Balanopostite é uma infecção bacteriana ou fúngica num paciente em geral com fimose acentuada. Nos casos mais graves o prepúcio fica avermelhado, quente e mesmo com secreção purulento amarelada. Os meninos sentem muita dor para urinar e acabam promovendo uma retenção urinária voluntária, ou seja, prendem a micção para não sentir dor. Muitas vezes é necessário o uso de pomadas e antibióticos, além de cuidados locais.

O que é balanite xerótica obliterante?ins_0a75bb1453ba38917bbb40e75ba08725

Trata-se de doença da camada mais profunda da pele prepucial, conhecida como derme, que se apresenta com edema, espessamento e com infiltração de linfócitos. O prepúcio distal forma uma área cicatricial esbranquiçada e é vista mais em crianças na puberdade, excepcionalmente antes dos 5 anos de idade. O tratamento é sempre cirúrgico.

O que é parafimose?fimose_infantil

A parafimose é uma situação clínica decorrente de uma fimose parcial, na qual a extremidade do prepúcio forma um anel endurecido e pouco elástico, mas o suficiente para a sua retração e exposição da glande. No entanto, a pele apresenta dificuldade de retornar à sua condição original, ficando quase como uma “gravata apertada” circularmente no corpo do pênis. A conseqüência deste fato é que o crescente inchaço da glande piora o aperto do anel de prepúcio agravando a dor do paciente. Muitos casos se resolvem então apenas com cirurgia de emergência.

http://fimose.com.br/

Mais alguns comentários da urologia pediátrica, disponíveis em: http://www.uroped.com.br/tiraduv/fimose.htm

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A – Por que algumas crianças com fimose necessitam
de tratamento cirúrgico?

  1. Permitir a higiene adequada do pênis.
  2. Permitir no futuro um relacionamento sexual satisfatório.
  3. Evitar ou corrigir a PARAFIMOSE (quando o orifício de abertura do prepúcio, por ser muito estreito, fica preso logo abaixo da glande, com dor, inchaço imediato e dificuldade de urinar.
  4. Diminuir o risco de balanopostites (infeções do prepúcio e glande), infeções urinárias, doenças venéreas e do câncer no pênis.
  5. Diminuir o risco de câncer de colo de útero na sua futura esposa.

Observações:

  1. A fimose não impede, nem prejudica o crescimento do pênis, portanto a cirurgia (postectomia) não vai ajudar o crescimento do mesmo.
  2. Estima-se que cerca de 20% dos meninos não circuncidados podem ter indicações cirúrgicas.

B. Então não se devem fazer “exercícios ou massagens”
para ajudar a “abrir” o anel da pele (prepúcio)?

Não, pois podem ocorrer microtraumatismos com dor, inflamação local e até sangramentos, e a cicatrização pode levar a um estreitamento da abertura no prepúcio.

Os exercícios ao causarem dor e desconforto também criam na criança o medo de que alguém mexa nos seus genitais.

Esse medo interfere na higiene peniana, e ao não se realizar uma boa higiene podem ocorrer as postites (inflamações ou infeções do prepúcio), que são outra causa da fimose. Esse medo também dificulta a aceitação da cirurgia, dos cuidados pós-operatórios, e interfere na aceitação da sua sexualidade.20151103101528586646u

C – Qual a idade ideal para cirurgia da fimose?

Nos casos não complicados aguarda-se até ao redor dos 7 – 10 anos de idade, por 3 motivos entre outros:

  1. Nesse período pode ocorrer o descolamento normal do prepúcio, a cura, não necessitando mais da cirurgia.
  2. Até os 5 – 6 anos o menino realiza sua identificação sexual, chamada Fase Fálica, já entende a necessidade da cirurgia e não corre o risco de achar que foi cortado um pedaço do seu pênis (Síndrome da Castração)
  3. Antes da adolescência, quando as ereções mais frequentes tornam o pós-operatório mais doloroso e aumentam o risco das complicações.
D – A anestesia não pode ser local?

Na infância e mesmo na adolescência, prefere-se a anestesia geral, geralmente precedido pelo uso de um sedativo e de um analgésico, pois:

  • Evita que o paciente assista, participe e se assuste durante o ato cirúrgico.
  • Evita a dor das “picadas” de agulhas e introdução do anestésico local.
  • Permite que o paciente permaneça quieto, sem se movimentar durante a cirurgia.
  • O paciente não se lembrará de nada que ocorre na sala de cirurgia.

E – Como os pais podem preparar seu filho para a cirurgia ?

Em primeiro lugar os pais devem receber do cirurgião pediátrico orientações que lhes permitam conhecer como será realizada a cirurgia, para que eles se sintam seguros e possam transmitir esta segurança para seu filho.

Além disso, é importante não esconder do paciente o que será realizado, mas sem entrar em detalhes que ele não possa compreender e que possam assustá-lo. Ex.: a palavra “cortar”.

Demonstrar amor, segurança, e levá-lo, se possível, a conhecer o local onde será realizada a cirurgia também auxilia no preparo pré-operatório.

Influenza em 2016: vacinas, creches e gestantes

Nenhum de nós está livre de adquirir as formas mais graves da gripe, especialmente a causada pelo vírus Influenza A (H1N1) que este ano chegou mais cedo.

  1. Quais vacinas existem contra a gripe 2016?

Há duas vacinas disponíveis: a trivalente e a tetravalente (ou quadrivalente). São os seguintes os vírus nelas contidos:

Trivalente: A (H1N1); A (H3N2); Influenza B (subtipo Brisbane)

Tetra ou Quadrivalente: A (H1N1); A (H3N2); 2 vírus Influenza B (subtipos Brisbane e Phuket)

Observe que o A (H1N1) está presente nas duas.

  1. Quem deve vacinar?

A vacina está indicada para todas as pessoas, exceto para bebês com menos de 6 meses de idade.

Mas atenção: dependendo do fabricante da vacina, um dos tipos da tetravalente só pode ser aplicado em crianças maiores de 3 anos de idade.

A trivalente pode ser dada para todos acima de 6 meses. Crianças de 6 meses a 1 ano tem que tomar duas doses com intervalo de 1 mês (entre elas).

  1. A vacina da rede pública é a mesma da rede particular?

Quem determina a composição necessária dos vírus contidos na vacina é a OMS (Organização Mundial da Saúde) que se baseia na maior circulação observada de vírus no Hemisfério Norte no ano anterior.

Em novembro de 2015, a Anvisa endossou a orientação da OMS e a vacina trivalente 2016, que contem os vírus determinados pela OMS, está sendo produzida pelo Instituto Butantan de São Paulo.

Importante: todas estas vacinas – da rede pública ou privada, trivalente ou tetravalente – devem proteger eficazmente contra os vírus da gripe de 2016.

  1. Quem tomou a trivalente pode tomar a tetravalente?

Pode, se quiser. Recebe proteção a mais contra um subtipo do vírus Influenza B. Mas deve guardar um intervalo de 1 mês entre as duas doses.

  1. Quem tomou a vacina em 2015 precisa tomar em 2016?

Sim, pois a vacina tem validade de 1 ano. Além disso, os vírus foram modificados de acordo com a sua maior incidência.

  1. E quem tomou a vacina de 2015 este ano, deve tomar também a de 2016?

As duas vacinas (2015 e 2016) conferem proteção contra os vírus A (H1N1) e A (H3N2). Para estes vírus as duas protegem. Porém, a diferença está no influenza B. Portanto, é aconselhável, SIM, tomar a vacina de 2016. Lembrando que deve haver um intervalo de 1 mês entre as duas aplicações.

7. Quem pode receber gratuitamente a vacina na rede pública?

Dia 04/04: começa a vacinação gratuita dos profissionais de saúde.

Dia 11/04: podem ser vacinadas as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas.

Dia 30/04: além dos grupos anteriores, podem receber a vacina puérperas de até 45 dias, detentos, funcionários da rede prisional e indígenas.o-que-e-o-h1n1

8. Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito?
Uma média de 2 a 3 semanas.

9.  Quem está com febre pode tomar a vacina? E quem está tomando antibiótico?

Recomenda-se que as pessoas com febre aguardem a resolução do processo para receber a vacina. Quem está tomando antibiótico deve conversar com seu médico e seguir as orientações específicas para cada um.gripe

10. Quais as contraindicações para a vacina?

As pessoas com alergia comprovada e importante ao ovo não devem receber a vacina. Quem está com imunodepressão, natural ou medicamentosa, deve receber orientações específicas do próprio médico.

11. Vacina da gripe causa gripe?
NÃO. A vacina é composta por fragmentos dos vírus ou por vírus mortos e por isso não dá gripe. Ocorre que como a vacina é aplicada numa época em que há muitos vírus circulando, as pessoas ficam mesmo mais gripadas. Mas certamente por outros vírus que não os contidos na vacina.

12.  Quais os principais efeitos colaterais da vacina?

Essa vacina em geral não dá sintomas de desconforto depois. As reações são bastante individuais. Algumas pessoas podem apresentar febre, mal estar e um pouco de dor no local da aplicação.

13. Quais são as contraindicações para a vacina?

De acordo com o Portal da Saúde, pessoas com alergia comprovada e importante ao ovo não devem receber a vacina. Quem está com imunodepressão, natural ou medicamentosa, deve receber orientações específicas do próprio médico.

14. Quais outros cuidados que podemos tomar para evitar a gripe?
Nunca é demais lembrar:0902

  1. Lave as mãos com frequência. Superfícies como maçanetas de porta, por exemplo, podem estar contaminadas e as mãos levam os vírus para as mucosas da boca ou dos olhos da pessoa susceptível. Gripe passa, sim, pelas mãos.
  2. Ventile os ambientes. Se estiver em transporte público, ônibus, trem ou metrô, abra as janelas. Vale mais sentir frio do que pegar gripe. Lave as mãos assim que chegar em casa.
  3.  Evite coçar os olhos ou colocar as mãos na boca. Lave as mãos com frequência.
  4. Quando tossir, tape a boca com o antebraço e não com as mãos. Lave as mãos com frequência.
  5. Tome mais água que o habitual, coma saudável, durma bem e pratique esportes! Mais importante: lave sempre as mãos!

http://g1.globo.com/bemestar/blog/doutora-ana-responde/post/vacina-da-gripe-2016-esclareca-suas-duvidas.html

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Saiba mais:

Influenza, comumente conhecida como gripe, é uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada.

Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas, que são predominantemente sistêmicos, incluindo febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios com tosse seca, dor de garganta e coriza.

A infecção geralmente dura 1 (uma) semana e com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias, sendo a febre o mais importante.

Os vírus influenza são transmitidos facilmente por aerossóis produzidos por pessoas infectadas ao tossir ou espirrar.

Existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias.

O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Os vírus influenza A são ainda classificados em subtipos de acordo com as proteínas de superfície, hemaglutinina (HA ou H) e neuraminidase (NA ou N). Dentre os subtipos de vírus influenza A, os subtipos A(H1N1) e A(H3N2) circulam atualmente em humanos. Alguns vírus influenza A de origem aviária também podem infectar humanos causando doença grave, como no caso do A (H7N9).

Algumas pessoas, como idosos, crianças novas, gestantes e pessoas com alguma comorbidade possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza.

A vacinação é a intervenção mais importante na redução do impacto da influenza.

Indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem:

– Evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas);

– Restringir ambiente de trabalho para evitar disseminação;

– Evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados;

– Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;GRIPE-A-PANFLETO-OFICIAL-1

* O serviço de saúde deve ser procurado imediatamente caso apresente algum desses sintomas: dificuldade para respirar, lábios com coloração azulada ou roxeada, dor ou pressão abdominal ou no peito, tontura ou vertigem, vomito persistente, convulsão.

Cuidados em Creches:

– A aglomeração de crianças em creches facilita a transmissão de influenza entre crianças susceptíveis. A melhor maneira de proteger as crianças contra influenza sazonal e potenciais complicações graves é a vacinação anual contra influenza. A vacinação contra influenza é recomendado a partir de 6 meses até 5 anos.

– Além da adoção das medidas gerais de prevenção e etiqueta respiratória, os cuidadores e crianças lotadas em creches, devem realizar a higienização dos brinquedos com água e sabão quando estiverem sujos. Deve-se utilizar lenço descartável para limpeza das secreções nasais e orais das crianças. No caso de utilização de lenço ou fralda de pano, estes devem ser trocados diariamente. Deve-se lavar as mãos após contato com secreções nasais e orais das crianças, principalmente, quando a criança estiver com suspeita de síndrome gripal.

– Cuidadores devem observar se há crianças com tosse, febre e dor de garganta, Os cuidadores devem informar aos pais quando a criança apresentar os sintomas de síndrome gripal e notificar a secretaria municipal de saúde, caso observem um aumento do número de crianças doentes com síndrome gripal ou com absenteísmo pela mesma causa na creche;

– O contato da criança doente com as outras deve ser evitado. Recomenda-se que a criança doente fique em casa, a fim de evitar transmissão da doença.

– Recomenda-se que a criança doente permaneça em casa por pelo menos 24 horas após o desaparecimento, sem utilização de medicamento, da febre.

Cuidados com gestantes; puérperas e recém-nascidos

Influenza causa mais doença grave em gestantes que em mulheres não grávidas. Mudanças no sistema imunológico, circulatório e pulmonar durante a gravidez faz com que as gestantes sejam mais propensas a complicações graves por influenza, assim como hospitalização, e óbito.

As gestantes com influenza também tem maiores riscos de complicações da gravidez, incluindo parto prematuro.

A vacinação contra influenza durante a gravidez protege a gestante, o feto e até o bebê recém-nascido até os 6 meses.

As gestantes devem buscar o serviço de saúde, caso apresente sintomas de Síndrome Gripal;

– Durante internação e trabalho de parto, se a mulher estiver com diagnóstico de Influenza, deve-se priorizar o isolamento;

– Se a mãe estiver doente, deve realizar medidas preventivas e de etiqueta respiratória, como a constante lavagem das mãos, principalmente para evitar transmissão para o recém-nascido;

– A parturiente deve evitar tossir ou espirrar próximo ao bebê. O bebê pode ficar em isolamento com a mãe (evitando-se berçários).

Aspectos clínicosflu-respiratory

Influenza sazonal

Clinicamente, a doença inicia-se com a instalação abrupta de febre alta, em geral acima de 38°C, seguida de mialgia, dor de garganta, prostração, cefaleia e tosse seca. A febre é, sem dúvida, o sintoma mais importante e perdura em torno de 3 dias. Os sintomas sistêmicos são muito intensos nos primeiros dias da doença.

Com a sua progressão, os sintomas respiratórios tornam-se mais evidentes e mantêm-se em geral por 3 a 4 dias, após o desaparecimento da febre.images

É comum a queixa de garganta seca, rouquidão, tosse seca e queimação retroesternal ao tossir, bem como pele quente e úmida, olhos hiperemiados e lacrimejantes. Há hiperemia das mucosas, com aumento de secreção nasal hialina.

O quadro clínico em adultos sadios pode variar de intensidade. Nas crianças, a temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais. Quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais, também podem fazer parte da apresentação clínica em crianças.PMC2811908_cc8183-1

Os idosos quase sempre se apresentam febris, às vezes sem outros sintomas, mas em geral a temperatura não atinge níveis tão altos. As situações reconhecidamente de risco incluem doença pulmonar crônica (asma e doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC), cardiopatias (insuficiência cardíaca crônica), doença metabólica crônica (diabetes, por exemplo), imunodeficiência ou imunodepressão, gravidez, doença crônica renal e hemoglobinopatias.As complicações são mais comuns em idosos e indivíduos vulneráveis. As mais frequentes são as pneumonias bacterianas secundárias, sendo geralmente provocadas pelos seguintes agentes: Streptococcus pneumoniae,Staphylococcus ssp. E Haemophillus influenzae.

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Uma complicação incomum, e muito grave, é a pneumonia viral primária pelo vírus da influenza. Nos imunocomprometidos, o quadro clínico é geralmente mais arrastado e, muitas vezes, mais grave. Gestantes com quadro de influenza no segundo ou terceiro trimestre da gravidez estão mais propensas à internação hospitalar.

REYE EM CRIANÇAS

Dentre as complicações não pulmonares em crianças, destaca-se a síndrome de Reye, que também está associada aos quadros de varicela (catapora). Esta síndrome caracteriza-se por encefalopatia e degeneração gordurosa do fígado, após o uso do ácido acetil salicílico, na vigência de um desses quadros virais. Recomenda-se, portanto, que não sejam utilizados medicamentos do tipo ácido acetil salicílico, em crianças com síndrome gripal ou varicela.

Outras complicações incluem miosite, miocardite, pericardite, síndrome do choque tóxico, síndrome de Guillain-Barré e, mais raramente, encefalite e mielite transversa.

 Aspectos laboratoriais

No Brasil, a rede de laboratórios de referência para vírus respiratórios é composta de três (03) laboratórios credenciados junto à OMS como centros de referência para influenza (NIC – Nacional Influenza Center), os quais fazem parte da rede global de vigilância da influenza. Entre estes laboratórios há um laboratório de referência nacional, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e dois laboratórios de referência regional: o Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, e o Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém.

MAIORES REFERÊNCIAS NO BRASIL

Os Laboratórios de Referência para vírus respiratórios são responsáveis por realizar a identificação dos tipos e subtipos de vírus influenza e outros vírus respiratórios em circulação nos diversos estados e estabelecer a sua relação com os padrões regionais e mundiais.

Também são responsabilidades dos laboratórios de referência, descrever as características antigênicas e genéticas dos vírus influenza circulantes, monitorar a resistência aos antivirais dos vírus circulantes na comunidade e em meio hospitalar, identificar precocemente novos tipos, subtipos, variantes ou recombinantes de vírus influenza, identificar outros vírus respiratórios associados aos casos analisados no contexto da vigilância da Síndrome Gripal (SG) ou de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), gerar informações epidemiológicas e filogenéticas das amostras virais circulantes no Brasil e prover isolados virais sazonais representativos para envio ao Centro Colaborador da OMS das Américas para analises genéticas e antigênicas avançadas, com o intuito de fornecer dados que irão subsidiar a recomendação anual da OMS para composição das vacinas contra influenza.

As informações sobre Diagnóstico Laboratorial estão disponíveis no Guia de Vigilância Epidemiológica da SVS/MS.

Tratamento

O Protocolo de Tratamento para Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) do Ministério da Saúde- MS, atualizado em 2013 junto com as sociedades médicas, indica, além do tratamento sintomático e hidratação, o uso do antiviral a todos os casos de SRAG e SG que tenham fator de risco para complicações, independentemente da situação vacinal.

Tal indicação fundamenta-se no benefício que a terapêutica precoce proporciona na redução da duração dos sintomas e, principalmente, na redução da ocorrência de complicações da infecção por este vírus.

SUSCEPTIBILIDADE

Testes laboratoriais indicam que a maioria dos vírus influenza sazonal é susceptível aos inibidores de neuraminidase (fosfato de oseltamivir ou zanamivir), mas resistente a antivirais da família das adamantanas. Assim, amantadina e rimantadina não são recomendadas para o tratamento de infecções por influenza sazonal.

O tratamento com antiviral inibidor de neuraminidase é recomendado o mais precocemente possível para casos prováveis ou confirmados de influenza sazonal com SRAG e SG que tenham fator de risco para complicações, independentemente da situação vacinal, mesmo que transcorrido 48 horas do surgimento dos sintomas.

Gestantes possuem um alto risco de desenvolver complicações por infeção com o vírus influenza. Para gestantes com suspeita ou confirmação de infecção por influenza sazonal é recomendado o tratamento antiviral. A gravidez não deve ser considerada contraindicação para o uso de oseltamivir ou zanamivir.ABAAABqL0AF-1

A duração do tratamento com os antivirais é de 5 dias, podendo este ser estendido no caso de pacientes hospitalizados em estado grave ou imunossuprimidos. A dosagem de antiviral é baseada na faixa etária:

Tratamento – Posologia e Administração

ANTIVIRAL FAIXA ETÁRIA POSOLOGIA
Fosfato de Oseltamivir

(Tamiflu®)

Adulto 75 mg, VO, 12/12h, 5 dias
Criança maior de 1 ano

de idade

< 15 kg 30 mg, VO, 12/12h, 5 dias
> 15 kg a 23 kg 45 mg, VO, 12/12h, 5 dias
> 23 kg a 40 kg 60 mg, VO, 12/12h, 5 dias
> 40 kg 75 mg, VO, 12/12h, 5 dias
Criança maior de 1 ano

de idade

< 3 meses 12 mg, VO, 12/12h, 5 dias
3 a 5 meses 20 mg, VO, 12/12h, 5 dias
6 a 11 meses 25 mg, VO, 12/12h, 5 dias
Zanamivir

(Relenza®)

Adulto 10 mg: duas inalações de 5 mg, 12/12h, 5 dias
Criança > 7 anos 10 mg: duas inalações de 5 mg, 12/12h, 5 dias

Fonte: GSK/Roche e CDC

OBS: A indicação de Zanamivir somente está autorizada em casos de impossibilidade Clínica da manutenção do uso do fosfato de oseltamivir (Tamiflu®).

O Zanamivir é contraindicado em menores de cinco anos para tratamento ou para quimioprofilaxia e para todo paciente com doenças básicas das vias respiratórias (ex.: asma ou doenças pulmonares obstrutivas crônicas) pelo risco de broncoespasmo grave.

O Zanamivir não pode ser administrado em paciente em ventilação mecânica porque esta medicação pode obstruir os circuitos do ventilador.Gripe-H1N11

O Ministério da Saúde considera fatores de risco para complicação, com indicação de tratamento:

  • Grávidas em qualquer idade gestacional;
  • Puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal);
  • Adultos ≥ 60 anos;
  • Crianças < 2 anos;
  • População indígena;
  • Pneumopatias (incluindo asma); Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica); Nefropatias; Hepatopatias;
  • Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme);
  • Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus descompensado);
  • Transtornos neurológicos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares);
  • Imunossupressão (incluindo medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana);
  • Obesidade (Índice de Massa Corporal – IMC ≥ 40 em adultos);
  • Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado com ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye).assinatura_email
    O que é Influenza Sazonal?

A Influenza, também conhecida como Gripe, é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação é as pneumonias, que são responsáveis por um grande número de internações hospitalares no país.


Qual o microrganismo envolvido?

  • É o vírus Influenza. Existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.
  • Os vírus influenza A são ainda classificados em subtipos de acordo com as proteínas de superfície, hemaglutinina (HA ou H) e neuraminidase (NA ou N). Dentre os subtipos de vírus influenza A, os subtipos A(H1N1) e A(H3N2) circulam atualmente em humanos. Alguns vírus influenza A de origem aviária também podem infectar humanos causando doença grave, como no caso do A (H7N9).0912861

Quais os sintomas?

A Gripe, ou Influenza sazonal, inicia-se em geral com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca.

A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar. Devido aos sintomas em comum, pode ser confundida com outras viroses respiratórias causadoras de resfriado.g_cdgraficogripe-a

Como se transmite?

A Influenza pode ser transmitida de forma direta por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao tossir ou ao falar, ou por meio indireto pelas mãos, que após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o vírus diretamente para a boca, nariz e olhos. A transmissão direta do vírus influenza de aves e suínos para o homem, pode ocorrer.

Como tratar?

O tratamento dos sintomas da influenza sem complicações deve ser realizado com, medicação sintomática, hidratação, antitérmico, alimentação leve e repouso. Nos casos com complicações graves, são necessárias medidas de suporte intensivo.

Atualmente, existem medicamentos antivirais (fosfato de oseltamivir e zanamivir) para o tratamento que devem ser prescritos pelos profissionais médicos a todos os pacientes que apresentem condições e fatores de risco para complicações por influenza (gripe) e aos casos em que a doença já se agravou (mais detalhes no Protocolo de Tratamento da Influenza ). Uma das principais complicações da influenza são as infecções bacterianas secundárias, principalmente as pneumonias. Em caso de complicações, o tratamento será específico. É fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde, para que haja identificação precoce de risco para agravamento da doença.

  • O que é resfriado?Gripe1O resfriado também é uma doença respiratória frequentemente confundida com a gripe, mas é causado por vírus diferentes. Os vírus mais comuns associados ao resfriado são os rinovírus, os vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório (RSV), que geralmente acometem mais crianças.
  • Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com da gripe, são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias. Os sintomas incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de febre é menos comum e, quando presente, é em temperaturas baixas.gripe e resfriado
  • As medidas preventivas utilizadas para evitar a gripe, como a etiqueta respiratória, também devem ser adotadas para prevenir os resfriados.
  • Outra doença que também tem sintomas parecidos e que pode ser confundida com a gripe é a rinite alérgica. Os principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta.
  • A rinite alérgica não é uma doença transmissível e sim crônica, provocada pelo contato com agentes alergênicos (substâncias que causam alergia), como poeira, pelos de animais, poluição, mofo e alguns alimentos.


Como se prevenir?

Para redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente às de grande infectividade, como vírus Influenza, orienta-se que sejam adotadas medidas gerais de prevenção, tais como:

  • Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;00061388
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou
    garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde:

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Infecções de repetição na criança e os 10 sinais de alerta para imunodeficiência primária

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No sentido de chamar a atenção para as condições clínicas que merecem investigação, a “Jeffrey Modell Foundation” e a Cruz Vermelha Norte-Americana lançaram os “Dez sinais de alerta para Imunodeficiência Primária”, que indicam a investigação para imunodeficiência primária:

  1. Oito ou mais novas otites no período de um ano;
  2. Abscessos cutâneos recorrentes profundos ou em órgãos;
  3. Duas ou mais sinusites no período de um ano;
  4. Monilíase oral persistente ou cutânea em maiores de um ano de idade;saia_da_bolha
  5. Antibioticoterapia por dois ou mais meses com pouca eficácia;
  6. Necessidade de antibiótico endovenoso para eliminar infecções;
  7. Duas ou mais pneumonias no período de um ano;
  8. Duas ou mais infecções invasivas (sepse, meningite, osteomielite, celulite);
  9. Insuficiência de crescimento pôndero-estatural normal com alimentação adequada para idade;
  10. História familiar de imunodeficiência.

INFECÇÕES DE REPETIÇÃO NA CRIANÇA

Dra. Beatriz Tavares Costa Carvalho

Ao nascimento, o sistema imunológico encontra-se imaturo e o recém-nascido apresenta suscetibilidade aumentada para contrair infecções.

Com o amadurecimento do sistema imunológico o numero de infecções vai reduzindo, de forma que a partir dos 4 anos de idade o uso de antibióticos é bem mais restrito.

Entretanto, o pediatra deve estar sempre atento para aquelas crianças que estão sempre doentes necessitando uso frequente de antibióticos ou que contraiam infecção grave.

Alguns aspectos são importantes para o pediatra:

  1. Identificar se a criança apresenta alguma doença de base que justifique o quadro infeccioso, crescimento inadequado e história familiar com morte precoce na família e/ou consanguinidade.Cópia de imuno
  1. Dar atenção aos fatores de risco que contribuem para causar infecções respiratórias em crianças como frequentar creche e ter exposição à fumaça de cigarro e tentar removê-los.logo
  1. Identificar atopia. Os sintomas de rinite alérgica se confundem com viroses de repetição e crises de asma são muitas vezes equivocadamente diagnosticadas como broncopneumonias de repetição levando ao uso exagerado de antibióticos.cartaz01web

As Imunodeficiências Primárias (IDP) representam um grupo de cerca de 200 doenças em que o sistema imunológico tem algum comprometimento e por isso acarreta uma maior susceptibilidade a infecções e doenças autoimunes.

As manifestações clínicas mais frequentemente observadas nas IDP são infecções de repetição e/ou graves, às vezes causadas por micro-organismos oportunistas. Pacientes com IDP podem apresentar, também, reações adversas após administração de vacinas de microrganismos vivos, como a BCG.

Na dependência do setor do sistema imunológico acometido, haverá maior predisposição a infecções por determinados microrganismos.10-sinais-da-Imunodeficiencia-primaria

Infecções por bactérias extracelulares sugere deficiência do sistema humoral, de fagócitos e do sistema complemento.

Exames laboratoriais recomendados: hemograma, imunoglobulinas séricas e CH50. Avaliar também resposta a antígenos vacinais.

Infecções por oportunistas: pensar em defeitos da imunidade celular e solicitar a dosagem dos linfócitos T (CD3, CD4 e CD8), B (CD19) e células NK.SAUDE 1

Todos os valores dos exames devem ser comparados a padrões de normalidade por faixa etária. De forma que número de linfócitos em sangue periférico < 3.000/mm3 nos primeiros meses de vida é fortemente sugestivo de IDP enquanto que uma IgA não detectável é normal nessa idade.

Um diagnóstico precoce com tratamento adequado podem controlar as infecções ou mesmo levar a cura do paciente que poderá ter uma vida normal e produtiva.

IMPORTANTE:

O sistema imunológico normal possui duas ações de trabalho para manter a função normal do hospedeiro: a resposta imunológica inespecífica e a específica.

Qualquer desequilíbrio em alguma parte da resposta imunológica pode resultar em uma inabilidade de controlar a infecção com doença subjacente.GRÁFICO_MÃOS

As imunodeficiências incluem uma variedade de doenças que deixam os pacientes mais susceptíveis a infecções e são classificadas em primárias e secundárias. Imunodeficiência primária deve ser suspeitada em todo o paciente com infecções recorrentes inexplicadas, infecções oportunistas, infecções que não respondem à terapia e que apresentam déficit ponderoestatural.ivas

As imunodeficiências primárias incluem as doenças da imunidade humoral, os defeitos da célula T, os defeitos combinados da célula B e T, as doenças dos fagócitos e as deficiências do complemento.

ARTIGOS CIENTÍFICOS NA ÍNTEGRA:

v27n4a13Texto-Qd_Pensar-em-IDP-PortalSBP-Persio2014INFECÇÃO RESPIRATÓRIA_DE_REPETIÇÃO_COMO_ABORDARcriterios_infeccao_trato_respiratorio

Sites de referência: www.imunopediatria.org.br; www.info4pi.org; www.esid.org

Fonte: http://www.nestlenutrition.com.br/comentarios-dos-especialistas/detalhe/dra-beatriz-tavares-costa-carvalho/2015/04/23/infeccao-de-repeticao-na-crianca?utm_source=News_57&utm_medium=Pediatras&utm_content=Comentarios_do_Especialista&utm_campaign=Email_Mkt&__akacao=2369756&__akcnt=a0def971&__akvkey=893c&renewlogin

AUTISMO: dia mundial, sinais dos 2 aos 24 meses e vídeo interessante

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Apple divulga vídeo emocionante no Dia Mundial da Conscientização do Autismo

Criado em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial de Conscientização do Autismo é comemorado no dia 2 de Abril.

autismoNeste ano, a Apple resolveu aproveitar a data para publicar em seu canal dois vídeos que mostram como a tecnologia pode transformar a vida de pessoas com necessidades especiais. Para abordar o tema, a empresa escolheu Dillan Barmache como personagem central.

Dillan é um jovem autista não verbal de 16 anos, mas sua história pode ser contada por meio de suas próprias palavras graças ao auxílio de um iPad e um aplicativo de comunicação alternativa aumentada (CAA). O adolescente usa o tablet para se comunicar há cerca de três anos, e o produto já se tornou parte integrante da sua rotina. O iPad permite que Dillan converse com seus pais, amigos, família e professores. “Ouvir a voz de Dillan é incrível”, diz a mãe do jovem. “Ele é perspicaz, inteligente e criativo”.

MUITO INTERESSANTE

Nos vídeos divulgados pela Apple podemos ver como Dillan usa o gadget em sua casa, na escola e em vários contextos sociais para expressar seus pensamentos. A ação é muito interessante, uma vez que nos faz lembrar como é importante garantir que todos sejam ouvidos, independente de suas limitações.

Matéria completa:

http://canaltech.com.br/noticia/apple/apple-divulga-video-emocionante-no-dia-mundial-da-conscientizacao-do-autismo-61293/

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Autismo: os sinais dos 2 aos 24 meses que os pais precisam observar

A americana Temple Grandin, atualmente com 67 anos, é professora de ciências animais da Universidade do Estado do Colorado, nos Estados Unidos, e autora de vários livros sobre autismo.

O indiano Tito Mukhopadhyay, hoje com 26 anos, é autor de três livros de poesia, um deles escrito quando ele ainda era criança. Temple e Tito são dois ótimos retratos do que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA), distúrbio do neurodesenvolvimento que compromete a capacidade de a pessoa se relacionar com o mundo que a cerca.Infantil

Temple é uma autista altamente funcional, de uma inteligência bem acima da média, e nunca teve grandes dificuldades de se expressar. Os sintomas de Tito, por outro lado, são muito mais graves. Ele praticamente não fala, chegou a ser chamado de “retardado” e precisa de cuidados permanentes. Eles são totalmente diferentes. Assim é o TEA. Não há duas pessoas com o transtorno que sejam iguais.

DENOMINADOR COMUM

Os TEAs caracterizam-se por uma constelação de sintomas, mas há um denominador comum a eles: a dificuldade de interação social e de comunicação e a presença de comportamentos repetitivos e a necessidade de manter uma rotina.ciclo6_zpsda53416c

Desde as primeiras semanas de vida, os bebês, instintivamente, procuram por quem fala com eles e dão enorme atenção aos olhos da mãe e do pai.

INTERAÇÃO

Afinal, é por meio dessa interação social básica e primitiva que eles vão estabelecer laços com quem vai cuidar deles e garantir a sua sobrevivência. Crianças com autismo não conseguem se sociabilizar e, sem essa capacidade, acabam se isolando para viver não mais em um mundo em que as pessoas dão a tônica, mas em um mundo em que as coisas, os objetos, são os protagonistas.autismo (4)

“O TEA afeta o que chamamos de cérebro social, ou seja, por alguma razão as estruturas cerebrais envolvidas no processamento das informações relacionadas à comunicação e à interação social não funcionam bem”, explica Helena Brentani, professora-assistente do Departamento de Psiquiatria da USP. Ou seja, a criança tem dificuldade de compreender o mundo tal como ele é, pois este é dominado, justamente, pelas relações entre pessoas.

Para Jair Mari, coordenador do programa de pós-graduação do Departamento de Psiquiatria da Unifesp e diretor da ONG Autismo e Realidade, essa falta de atenção aos estímulos sociais pode explicar alguns dos comportamentos que ocorrem nos TEAs, como o interesse centrado em um determinado objeto ou tema.

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Esse talvez seja um dos grandes “nós” quando se fala do distúrbio. Como o diagnóstico é feito com base em uma lista de sintomas e sinais e no quanto eles comprometem a vida do portador (leia quadro “Atenção a Esses Sinais”), e sendo eles muitas vezes sutis, um grande número de crianças passa a vida lutando com as dificuldades que apresentam e nunca se descobrirão portadoras do transtorno.

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Por ser totalmente baseado na observação e no relato dos pais, o diagnóstico nem sempre é acertado na primeira tentativa, pois bater o martelo com base apenas na análise clínica exige profissionais especializados e bem treinados, algo em falta no Brasil.

Com isso, muitos pais são obrigados a fazer um périplo até chegar ao veredito. “A Nina nunca se desenvolveu como as outras crianças.

autismoazulDesde muito pequenininha ela não olhava no olho, não atendia pelo nome, não seguia movimentos, até que um dia fui chamada na escola com a notícia de que ela não fazia nenhuma atividade.

Eu não fazia ideia do que era autismo. Fui a diferentes médicos, de quem ouvi até que ela precisaria operar o cérebro. Foram dois meses de peregrinação até chegar ao diagnóstico”, conta Andrea Ribeiro, mãe de Nina, 6 anos.Transtorno do Espectro Autista TEA

INTERVENÇÃO PRECOCE: MAIS MENINOS DO QUE MENINAS

Embora muito se tenha avançado, as causas do TEA ainda são um grande mistério para a medicina. Não se sabe, por exemplo, porque o autismo é de três a quatro vezes mais frequente em meninos do que em meninas e porque uma em cada 88 crianças, aproximadamente, vai desenvolver a condição.

O que se sabe é que o autismo é um transtorno complexo – alguns portadores também têm epilepsia, outros, QI alto, enquanto outros tantos podem apresentar QI baixo -, com diferentes genes envolvidos em cada caso.AutismoHISTÓRIA FAMILIAR

“Até recentemente, imaginava-se que fatores genéticos seriam responsáveis por 90% das causas da doença. Estudos recentes mostraram que eles só conseguem explicar 50% da probabilidade de uma criança desenvolver o transtorno. De qualquer forma, o histórico familiar é muito importante”, diz Guilherme Polanczyk, professor de psiquiatria da infância e adolescência da USP.Info-autismo-03

Quer dizer, gêmeos idênticos possuem maiores possibilidades de desenvolver o distúrbio, enquanto o risco de pais cujo filho tem TEA terem outra criança com o mesmo problema são dez vezes maiores que de pais sem filhos com TEA.autismo-2

OUTROS FATORES

Fatores ambientais também cumprem o seu papel. “É provável que mais de um fator esteja envolvido no aumento do risco para o TEA, entre eles, baixo peso ao nascer, prematuridade e idade avançada do pai – por mutações que podem ocorrer nos espermatozóides”, explica o doutor Jair Mari.Espectro do Autismo

A boa notícia é que diversos estudos atestaram que, quanto mais cedo for feito o diagnóstico e mais precocemente o tratamento começar, maior chance a criança tem de conseguir se comunicar e se relacionar com o mundo que a cerca. “Existe o que se chama janela de oportunidade para a intervenção, um momento em que agir aumenta grandemente as chances de sucesso, devido ao próprio estágio do desenvolvimento do cérebro”, afirma a professora Helena.OLYMPUS DIGITAL CAMERA

ATENÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCE

Segundo Jair Mari, o objetivo dos estudos atuais é tentar avaliar, o mais cedo possível, quanto essas crianças se distanciam do desenvolvimento normal, para mapear como isso vai afetar sua adaptação social e, assim, buscar maneiras de reconstruí-las. Um dos modos mais promissores para o diagnóstico já nos primeiros meses de vida é um aparelho chamado eye-tracking.

“Como crianças com TEA não conseguem manter o contato visual, o eye-tracking, que rastreia o movimento dos olhos quando ela, por exemplo, vê um desenho ou um filme, poderá ser, no futuro, uma poderosa ferramenta para o diagnóstico precoce”, declara o professor Guilherme Polanczyk.autismo (3)

A MUDANÇA COMEÇA EM CASA

Atualmente, há quatro ou cinco tipos de intervenção que vêm mostrando bons resultados. “São modelos cujas evidências ajudam a dar suporte, entre eles a análise comportamental aplicada (ABA, da sigla em inglês), os modelos desenvolvimentistas, a intervenção híbrida, que mescla características dos dois primeiros e o TEACCH, aplicado pela Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos”, conta Fred Wolkmar, do Centro de Estudos da Criança da Universidade Yale e editor-chefe do Journal of Autism and Developmental Disorders.Autismo_2abril1

A forma de tratamento mais usada no Brasil é a ABA. “A ideia por trás da ABA é transformar comportamentos que no autista são estereotipados em comportamentos que sejam funcionais, quer dizer, que permitam à criança ‘funcionar’ no mundo que a cerca”, explica Antonio Celso Goyos, do Laboratório de Aprendizagem Humana Multimídia Interativa e Ensino Informatizado (LAHMIEI), do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos. De acordo com Goyos, é essencial que a criança faça, durante dois a três anos pós-diagnóstico, de 30 a 40 horas semanais para que os resultados sejam evidentes.

BARREIRAS DOS ADULTOSautismo-06

Trazer a criança a um mundo baseado na linguagem verbal e nas relações sociais não é tarefa fácil e depende, e muito, dos pais. “Muitas vezes são os próprios adultos que, por medo, colocam barreiras ao desenvolvimento da criança”, analisa a pedagoga Andréia de Fátima Silva, colaboradora do Programa de Transtornos do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (PROTEA).

Assim, parte do tratamento começa em casa. Com a devida orientação e treinamento, os pais podem (e devem) trabalhar para estabelecer uma correspondência com a criança, ainda que ela não esteja interagindo com eles plenamente.

DESENVOLVER TALENTOSmusica

O fato de uma criança ser portadora de TEA não significa, necessariamente, que ela não possa desenvolver talentos. “Não dá para saber como será o futuro dos nossos filhos. Todos nós temos fortalezas e fraquezas.

A criança com TEA só precisa trabalhar mais as suas fraquezas”, declara Helena Brentani. Como disse uma vez Temple Gradin, portadores de TEA têm uma perspectiva diferente do mundo. Pensam e encaram o mundo diferente, enfim. Mas o mundo precisa de todos os tipos de mente.

DESAFIO: INCLUSÃO NA ESCOLAcoral

A inclusão de uma criança autista na rede de ensino regular é fundamental para que ela desenvolva as suas capacidades e habilidades criativas e está na lei – mas a integração delas na escola ainda não é uma realidade.

Aos poucos, porém, esse cenário vem mudando. “O nosso grande desafio é fazer com que a escola se transforme em um espaço em que as diferenças sejam respeitadas. E isso se aplica a crianças com qualquer condição ou doença”, declara Andréia Silva.

FALTA CONHECIMENTO E SABEDORIA130402_autismo

Segundo a pedagoga, embora as escolas ainda sejam resistentes, os educadores hoje estão bem mais instrumentalizados para lidar com a questão. “O problema, mais do que qualquer coisa, é a falta de conhecimento sobre o assunto.

Um exemplo é achar que o cuidador de uma criança com TEA – muitas delas só conseguem frequentar a escola acompanhadas deles – é alguém que vai atrapalhar a aula, quando ele pode ser um facilitador de seu aprendizado.” Andrea Ribeiro, mãe de Nina, 6 anos, conta que sempre teve uma participação ativa na escola e que isso foi determinante para que professores, pais e alunos aceitassem a filha e suas limitações.sinais-autismo“Foi um aprendizado para mim e para a escola, que nunca havia recebido nenhuma criança autista antes. Tive de começar do zero. Como a Nina frequentava essa escola desde muito pequena, as outras crianças sempre foram muito solícitas, pois a conheciam desde pequenininha.

Aos poucos, nas reuniões de pais, fui ganhando o apoio de outros pais, que foram percebendo que a acompanhante da Nina não era um elemento perturbador da dinâmica da classe.

Minha filha hoje consegue acompanhar os coleguinhas até nas viagens – claro, é feita toda uma preparação para que ela não estranhe algo que não seja parte da rotina dela”, relata. De acordo com a pedagoga, há um movimento crescente entre os especialistas em TEA para gerar conhecimento nas escolas e capacitar os educadores a trabalhar com crianças com o distúrbio. “O que a gente deseja é que a escola, assim como a sociedade, tenha um olhar mais justo para as diferenças.”

ATENÇÃO AOS SINAISautismo (1)

Geralmente, uma criança com TEA recebe o diagnóstico quando tem entre 3 e 5 anos, período em que o comprometimento social acaba ficando mais evidente. Mas os pais podem ficar atentos a alguns sinais muito antes disso.

“Tudo indica que as anormalidades começam entre 6 e 12 meses. No início da vida das crianças com TEA, a interação social pode não estar totalmente reduzida, mas começa a cair após os 6 meses”, afirma o doutor Jair.

Se, por acaso, você observar um ou mais sinais, procure um psiquiatra ou um especialista em desenvolvimento infantil. Atenção para não entrar em pânico se constatar que seu filho apresenta alguma dessas manifestações, pois outros distúrbios do desenvolvimento e linguagem também compartilham alguns desses sintomas. A melhor orientação é, percebido um ou mais sinais, levar o seu filho a um especialista.

Entre 2 e 3 meses: não faz contato com os olhos.

6 meses: não sorri.

Cerca de 8 meses: não acompanha você com o olhar quando se afasta dele.

Cerca de 9 meses: não balbucia palavras. Não estende os braços quando a mãe entra no quarto.

Cerca de 1 ano: não procura por você quando o chama pelo nome, nem dá “tchauzinho”.

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Cerca de 1 ano e meio: ainda não pronunciou nenhuma palavra inteligível.

Cerca de 2 anos: ainda não elaborou nenhuma frase com começo meio e fim.

http://autismoerealidade.org/noticias/autismo-os-sinais-dos-2-aos-24-meses-que-os-pais-precisam-observar/

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Em anexo, a dissertação de Mestrado da Professora Dra. Adriana Rocha Brito, neuropediatra, uma das maiores autoridades em autismo, apresentada à Faculdade de Medicina da UFF.

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5 causas de choro em recém-nascidos

Uma das missões dos pais de bebês é decifrar o significado do choro. É fome? É frio? É manha?

O bebê recém-nascido aprende a se comunicar, entender o que quer e a demonstrar isso.

Para ajudar os pais que ainda têm dificuldade na hora de distinguir a razão do choro, a pediatra Ana Escobar explica que, quando as lágrimas são de dor, ele é mais contínuo, de maior intensidade. Já o de fome, apesar de estridente, vem acompanhado de alguns sinais do bebê, como colocar a mão na boca. Já o de manha é um choro irritado e entrecortado.

OUTROS TIPOS E  CAUSAS

Existem ainda outros tipos de choro, como o provocado por desconforto (molhado, sujo, com calor, frio), medo ou necessidade de contato.

Basta ter um pouquinho de tranquilidade para prestar atenção aos sinais que a criança dá. Mesmo pais de primeira viagem já costumam saber o que o bebê quer após a primeira semana do filho.

RECOMENDAÇÕES DA ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PEDIATRIA

Os bebês mal nascem e já precisam passar por uma série de situações desconfortáveis e, muitas vezes, até doloridas. Exames, vacinas, aspirações etc.

Quando há agravantes, como a prematuridade, por exemplo, alguns precisam ser entubados e submetidos a vários procedimentos que podem até parecer simples, mas, para quem acaba de chegar ao mundo, é assustador.

Para evitar ou minimizar a dor nos recém-nascidos, a Academia Americana de Pediatria (AAP) publicou, na última edição da publicação oficial Pediatrics, uma atualização das recomendações sobre a conduta médica com os bebês.

ATENÇÃO REDOBRADA

Como os bebês não falam e, é claro, não conseguem dizer o que estão sentindo, onde está doendo, nem pedir para o pediatra ir mais devagar, é necessário redobrar a atenção aos sinais de sofrimento e aumentar o uso de métodos que podem prevenir ou atenuar a dor.

“A prevenção da dor nos recém-nascidos deve ser uma meta de todos os pediatras e profissionais de saúde que trabalham com cuidados neonatais, não só porque é ético, mas também porque exposições repetidas à dor têm um potencial para consequências danosas”, diz o texto.

DOR PODE DEIXAR SEQUELAS

A dor pode ter consequências graves ao desenvolvimento

Essa preocupação com a dor já existia. Afinal, o papel do médico é cuidar do paciente e fazer com que ele se sinta bem, ainda que ele não saiba bem ao certo como se expressar. Inclusive, já havia uma série de recomendações da própria academia sobre isso.

No entanto, os especialistas acharam necessário reforçar e ampliar a lista de orientações. “As sequelas [por conta da dor nas primeiras horas e nos primeiros dias de vida do bebê] incluem instabilidade fisiológica, alteração no desenvolvimento cerebral e anormalidades no desenvolvimento neurológico, sensorial e nos sistemas de resposta ao estresse, que podem persistir por toda a infância”, explica o documento da AAP.

AS PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES

Há diferentes maneiras de amenizar a dor nos procedimentos pelos quais o bebê precisa passar no início da vida. De acordo com a publicação divulgada pela Pediatrics, muitas delas são pouco utilizadas.

Os métodos não-farmacológicos, ou seja, que não envolvem o uso de medicação ou de analgesia, são vários. Muitos deles são simples e estão ao alcance na maior parte das situações.

Nos casos em que isso é possível, amamentar o bebê enquanto o teste do pezinho é realizado ou quando é preciso retirar sangue para um exame, por exemplo, pode diminuir o estresse, o tempo que o bebê chora e evitar que a frequência cardíaca aumente tanto, por causa da tensão.

Outras atitudes, como segurar o bebê no colo, cantar, conversar com ele e olhar nos olhos, ainda que seja em ambientes e momentos que não permitam a presença dos pais, também são atitudes que ajudam muito. Eles também orientam uma avaliação rigorosa para saber quando vale a pena administrar remédios para aliviar a dor, considerando a eficácia do medicamento e a segurança da criança.

MAIS ESTUDOS

De acordo com a Academia Americana de Pediatria, faltam estudos sobre a prevenção e a diminuição da dor em bebês e essa é justamente outra recomendação dessa revisão.

Um dos itens pede que os especialistas conduzam mais pesquisas sobre os cuidados e também sobre as ferramentas e os métodos para medir a intensidade da dor nesses procedimentos.

Outro ponto importante que aparece no documento é que todas as instituições que tratem de recém-nascidos devem ter diretrizes básicas para prevenir e gerenciar o sofrimento dos pequenos pacientes nesses procedimentos de rotina. Na atualização, os especialistas afirmam ainda que é essencial que os pais também recebam orientações sobre como lidar com a dor da criança para dar continuidade aos cuidados em casa.

http://revistacrescer.globo.com/Bebes/Cuidados-com-o-recem-nascido/noticia/2016/02/recem-nascidos-o-que-fazer-para-evitar-dor-dos-bebes.html

http://revistacrescer.globo.com/Encontros-CRESCER-com-Dra-Ana/2014/noticia/2014/06/choro-primeira-forma-de-comunicacao-da-crianca.html

Como identificar os 5 choros mais comuns do seu filho

Fome: O bebê manda sinais chupando o dedo e abrindo e fechando as mãos. O choro é prolongado e vem acompanhado de mão na boca.

O que fazer: Alimente-o. Só assim ele deve parar de chorar.

Sono: O choro é alto e nervoso.

O que fazer: É preciso acalmá-lo. Abaixe as luzes, fique em um ambiente tranquilo e cante para seu filho enquanto o embala. Tenha paciência, porque pode demorar um pouco para ele parar de chorar.

Cólica: O bebê enruga a testa, seu abdome fica distendido e o choro é agudo e prolongado.

O que fazer: Faça massagens, esticando e encolhendo as pernas dele. Outra dica é mantê-lo o mais ereto possível enquanto mama, para não engolir ar. Ou, ainda, segurá-lo apoiado no seu braço dobrado, com a barriga virada para baixo, para que ele solte gases.

 Fralda suja: O bebê se retorce porque a pele fica irritada.

O que fazer: Troque a fralda e use uma pomada contra assaduras. Às vezes, vale deixá-lo por alguns minutos sem fralda para a pele “respirar”.

 Manha: Choro irritado.

O que fazer: A partir dos 9 meses, o bebê percebe que, ao chorar, consegue uma troca de fraldas, leite etc. Então, passa a usar o choro para conseguir outras coisas que deseja, manipulando os pais. Se você acha que aquilo que a criança pede é desnecessário, não dê só porque ela chorou. Se ele chorar e você ceder, vai confirmar que consegue o que quer pela birra.recem-nascido-chorando

http://revistacrescer.globo.com/Bebes/Rotina/noticia/2014/07/como-identificar-os-5-choros-mais-comuns-do-seu-filho.html

1 ano de brincadeiras

A criança inicia o desenvolvimento do seu psiquismo já na fase intrauterina, sendo capaz de sentir o que a mãe sente e continuar incorporando o clima afetivo do ambiente após o nascimento.

Portanto, um ambiente calmo tranquilo e seguro fará com que o bebê seja mais feliz.

A estimulação precoce é o conjunto de atividades que é aplicada de forma sistemática e sequencialmente desde o nascimento. Seu objetivo é desenvolver o cognitivo, físico e emocional do bebê, buscando evitar (na medida do possível) estados indesejados no seu desenvolvimento.

É necessário reconhecer e incentivar o potencial de cada criança e os desafios presentes e adequadas à idade para que as atividades reforcem a sua autoestima e a sua aprendizagem.

A estimulação precoce ajuda a melhorar o desenvolvimento motor, desenvolvimento cognitivo e emocional do bebê, mas também deve respeitar o desenvolvimento individual e a vontade de ser tratado. As atividades devem ser concebidas para fortalecer o vínculo emocional através de massagens e estímulos sensoriais, respeitando o desenvolvimento natural da criança e do instinto dos pais.

Mais tarde, devido ao início das atividades motoras, de concentração e de linguagem, mas também cuidando da iniciativa, independência e autoestima da criança durante todo o processo de aprendizagem.

Acariciar e conversar com o bebê na barriga, cantar para ele e “encher a casa de boa música” são estímulos muito importantes para a formação da criança.

Aos três meses de idade costumam aparecer a sua capacidade de brincar, entre outras condutas inteligentes do bebê. Seu primeiro brinquedo são as suas próprias mãozinhas. O bebê olha para as suas mãos, coloca-as na boca, descobre os dedinhos e fixa o seu olhar neles, observando os seus movimentos. Esse é o jogo mais remoto da criança.

Em seguida, ela consegue produzir alguns sons, o que lhe traz imenso prazer e alegria. Aparece também o que também chamamos de as primeiras tentativas do jogo de esconder – quando ela tenta cobrir o rostinho.

Entre os três e os oito meses, a criança desenvolve brincadeiras com o seu próprio corpo: vira-se, rola (atenção aos riscos de queda), mantém a cabeça em pé, estende a mão para pegar um objeto. Senta-se.

As pernas e os pés passam as fazer parte dos seus jogos corporais.

Nessa fase, os brinquedos prediletos são todos aqueles que estimulam os sentidos da criança: objetos coloridos, com textura e formas diferentes, móbiles, chocalhos, brinquedos flexíveis, coisas que se encaixam. Os chocalhos são importantes. A criança pode explorar seu barulho de todas as maneiras e tentar reproduzir os sons que ela escuta no ambiente.

CINCO MESES

Aos cinco meses de idade, a criança já aprendeu a brincar de esconde-esconde com um paninho e essa brincadeira é interessante, pois fará com que a criança perceba que a mãe some quando ela cobre o rosto e volta a aparecer quando ela o descobre. Sabe por que essa brincadeira é importante? Porque ajuda a criança a se separar da mãe.

Como assim?

Com oito meses, aparece a primeira angústia da criança: a angústia da separação. Ela chora quando está diante de estranhos e teme que a mãe desapareça. Brincando de esconde-esconde, ela aprende que a mãe some diante dos seus olhos, mas que volta. Assim, ela se acalma.

Por volta dos nove meses, ela já começa a brincar de teimar diante do “NÃO”. Olha para a mamãe e ri quando vai mexer em algo que sabe que a mamãe não gosta.

Com dez meses ela brinca com os seus genitais. Atenção com as tomadas e objetos potencialmente perigosos.

Até um ano, os melhores brinquedos são aqueles que estimulam os cinco sentidos: tato, paladar, olfato, visão e audição.

Os brinquedos que auxiliam do domínio dos movimentos também são ótimos: tambores, maracas, chocalhos, colheres, panelas com tampas, bichinhos de borracha e de pelúcia, móbiles, músicas, objetos sonoros e flexíveis, caixas, cubos de encaixe, bolas etc.

0 a 3 meses:

  • Agitar o chocalho movendo de lado a lado;
  • Jogue com seu bebê em seu colo saltando com ele;
  • Recostado em almofadas, coloque os brinquedos adequados para a sua idade e deixe-o se divertir.

4-8 meses:

  • Execute demonstrações de mãos, tocando e acariciando seus dedos.
  • Exercícios de incorporações: Deitado de costas, segure os seus pés com uma mão e com a outra agarre as mãos e comece a levantar.
  • Elevar o seu bebê segurando no espaço que fica entre as axilas e na cintura, para trabalhar os músculos do pescoço e lombares. Tentar manter a postura horizontal ajudará a se preparar para o momento de engatinhar.

9 -12 meses:

  • Ajude-o a dar passos para frente.
  • Estimule jogando. Você pode ajudar com música ao dar os passos.
  • É necessário exercitar as mãos. Dê seus objetos para estimular toque.

http://www.saudedicas.com.br/dicas/exercicios-de-estimulacao-infantil-2610791

Apgar: que número é esse?

12Virginia Apgar (Westfield, 7 de junho de 1909Nova Iorque, 7 de agosto de 1974) foi uma médica norte-americana que se especializou em anestesia. Foi uma líder em vários campos da anestesiologia e, efetivamente, foi a responsável pela criação do que viria a ser a neonatologia.

Para o público em geral, ela foi mais conhecida como a responsável pelo desenvolvimento do Índice de Apgar, um método de avaliação de saúde de recém-nascidos que reduziu drasticamente a mortalidade infantil em todo o mundo. Apgar não se casou e faleceu aos 65 anos no Columbia Presbyterian Medical Center.

A avaliação clínica do recém-nascido (RN) foi proposta por Virginia Apgar em 1953, tendo sido muito útil no julgamento da necessidade da ressuscitação do mesmo, quando aplicada com 1 minuto de vida e, novamente, com 5 minutos.

IDENTIFICA NECESSIDADE DE CUIDADOS ESPECIAIS

Por ser a única forma de avaliação em países em desenvolvimento, onde os exames laboratoriais podem não estar disponíveis, o baixo valor do escore de Apgar é útil para identificar as crianças que necessitam de cuidados adicionais, mesmo na ausência de dados laboratoriais.assistncia-de-enfermagem-ao-rn-10-638

Existe consenso de que um escore de Apgar de 7 a 10 significa uma criança sadia, que provavelmente não terá problemas futuros.

Quando < 7, é sinal de alerta para atenção especial. Há diferentes níveis de escore de Apgar baixo, de acordo com alterações fisiopatológicas.

Além disso, é parcialmente dependente da maturidade do concepto. As condições maternas também podem influir no escore, tais como medicações e, finalmente, as próprias condições do RN influem na avaliação como, por exemplo, malformações neuromusculares ou cerebrais e condições respiratórias.exame-do-recmnascido-8-638

Os escores de Apgar, peso ao nascer e idade gestacional são altamente associados à sobrevivência e, em combinação, são uma medida do bem-estar do RN, do sucesso da reanimação, do tamanho e da maturidade do RN.

No Brasil, nascem cerca de três milhões de crianças ao ano, das quais 98% em hospitais.

Sabe-se que a maioria delas nasce com boa vitalidade; entretanto, manobras de reanimação podem ser necessárias de maneira inesperada.

São essenciais o conhecimento e a habilidade em reanimação neonatal para todos os profissionais que atendem recém-nascidos (RN) em sala de parto, mesmo quando se esperam crianças hígidas sem hipóxia ou asfixia ao nascer.

O risco de haver necessidade de procedimentos de reanimação é maior quanto menor a idade gestacional e/ou o peso ao nascer.

Necessidade de reanimação ao nascimento:

  • Ventilação com pressão positiva: 1 em cada 10 RN.
  • Intubação e/ou massagem cardíaca: 1 em cada 100 RN.
  • Intubação, massagem e/ou medicações: 1 em cada 1.000 RN, desde que a ventilação seja aplicada adequadamente.Fatores de risco

Em RN prematuros:

Nascidos com menos de 1.500g: 2 em cada 3 RN.

Idade gestacional de 34 a 36 semanas: 2 em cada 10 RN.

O parto cesario, realizado entre 37 e 39 semanas de gestação, mesmo não havendo fatores de risco antenatais para asfixia, também eleva o risco de necessidade de ventilação do RN.

Assim, estima-se que no Brasil, a cada ano, 300.000 crianças requeiram ajuda para iniciar e manter a respiração ao nascer e cerca de 25.000 RN prematuros de muito baixo peso precisem de assistência ventilatória na sala de parto.

As práticas atuais de reanimação em sala de parto baseiam-se nas diretrizes publicadas pelo International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR) que são elaborados por especialistas de vários países, e pela Associação Americana de Cardiologia e Academia Americana de Pediatria, em 2010, e adotadas pela sociedade Brasileira de Pediatria em 2011.

Newborn and Mother in hospital

A cada cinco anos, após processo de revisão baseada nas melhores evidências científicas disponíveis, são elaborados consensos sobre os assuntos controversos e recomendações referentes a diversos aspectos da reanimação neonatal.