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Águas vivas (II): como tratar as lesões

Saiba como tratar lesões provocadas por águas-vivas e outros seres marinhos

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Além dos tradicionais conselhos sobre uso de protetor solar, ingestão de líquidos e cuidados com a correnteza, quem passa as férias na praia deve tomar cuidado para não esbarrar em criaturas venenosas.

Frequentadores do litoral vêm sendo surpreendidos por relatos de “queimaduras” provocadas por águas-vivas.

Mas esses não são os únicos seres que podem tirar a paz dos banhistas. Caravelas, moreias e ouriços-do-mar são outros possíveis causadores de lesões na pele e até problemas mais graves.

No caso da água-viva, cujo veneno costuma causar vergões na pele, a recomendação é resfriar o local com bolsas de gelo ou água do mar gelada para aliviar a dor e, depois, fazer uma compressa com vinagre, que ajuda a neutralizar as toxinas. ”

É importante não usar água doce, que pode agravar os sintomas”, alerta o dermatologista Vidal Haddad Jr., professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e colaborador do Instituto Butantan.

O dermatologista afirma que, em 90% dos casos, o contato com a água-viva provoca apenas dor temporária. Em algumas pessoas, no entanto, as proteínas presentes no veneno podem causar reações alérgicas, gerando sintomas como falta de ar. Crianças pequenas também podem ter problemas respiratórios graves.

 

Cnidários

Águas-vivas são invertebrados marinhos do grupo dos cnidários (parentes das anêmonas-do-mar e dos corais). A característica que diferencia esses animais de todos os outros é a presença de pequenas estruturas em suas células (chamadas de cnidas ou nematocistos). Estas estruturas funcionam como pequenas agulhas que podem injetar toxinas.

O veneno serve para paralisar as presas e, em alguns casos, como mecanismo de defesa. No Brasil, há diversas espécies de águas-vivas – aproximadamente 155, mas felizmente poucas delas causam acidentes graves, como explica o professor de zoologia André Morandini, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para ele, as ocorrências registradas no litoral de São Paulo são resultado da grande concentração de banhistas e, também, do aumento do número de certas espécies de águas-vivas. Os motivos do fenômeno ainda não são claros, mas acredita-se que estejam relacionados ao aquecimento global e à pesca excessiva em determinadas áreas. ”

O homem está causando grandes alterações na vida marinha e esses acontecimentos são apenas uma das consequências”, diz.

Além disso, Morandini explica que este é o período de reprodução desses seres, o que provoca um aumento natural do número de indivíduos: uma praia de um quilômetro pode ter, em média, 10 águas-vivas.

O professor também afirma que os ventos fortes no litoral vindos do mar aberto podem trazer caravelas às praias, tipos de água-viva que causam “queimaduras” bastante graves.

Conheça os seres marinhos que podem causar problemas aos banhistas ou a mergulhadores, especialmente no litoral de São Paulo:

Esponjas-do-mar – possuem estruturas semelhantes a agulhas minúsculas que penetram a pele com facilidade. O contato pode provocar irritação, vermelhidão, inchaço, coceira e dor. Em casos de reação alérgica, é preciso procurar o médico.

Caravelas – têm o corpo gelatinoso, de cor roxo-azulada, com uma parte semelhante a uma bexiga, visível acima da linha da água. Os tentáculos podem ter até 30 metros e são muito urticantes. Nos casos mais graves, provocam câimbras, náuseas, vômitos, desmaios, convulsões, arritmias cardíacas e problemas respiratórios. Em caso de contato, remova os tentáculos com luvas, pinças ou lâminas; não esfregue o ferimento; aplique compressas de água do mar gelada ou bolsas de gelo; utilize compressas de vinagre; não lave com água doce, nem use álcool ou urina; procure auxílio médico

Águas-vivas – são gelatinosas, com aspecto de guarda-chuva ou prato. Possuem tentáculos urticantes. Nadam na água, geralmente em grupo. A maioria é pequena e inofensiva. Podem causar desde dermatites discretas até lesões intensamente dolorosas e necrose da pele. Em geral, causam os mesmos problemas provocados por caravelas e o procedimento, em caso de lesão, é aplicar bolsas de gelo, vinagre e procurar auxílio médico. Assim como no caso da “queimadura” por caravela, a água doce pode agravar os sintomas.

Ouriços-do-mar – são animais de corpo mais ou menos esférico. Possuem espinhos abundantes, rígidos e quebradiços. São comuns sobre rochas, entre pedras ou em fundo arenoso e são responsáveis por cerca de 50% dos acidentes no litoral de SP. Os espinhos podem causar dor intensa, quando o espinho penetra fundo (geralmente no pé). Algumas espécies são venenosas e podem causar vermelhidão, inchaço e infecções secundárias. É importante procurar auxílio de profissionais de saúde para evitar infecções secundárias. Para aliviar a dor, faça banhos de água quente.

Moreias – embora pareçam cobras, são peixes pacíficos. Vivem em água rasas, em tocas e frestas nas rochas. Têm visão ruim e, por isso, podem confundir nossos dedos com comida. Em caso de mordida, lave com água e sabão. Comprima a região de sangramento com uma compressa e faça banhos de água quente no local por 30-90 minutos. Não use torniquete e procure auxílio médico.

 

Arraias – são peixes achatados, com nadadeiras largas e uma cauda comprida. Ficam enterrados em fundos arenosos ou lodosos. Costumam se aproximar da praia no verão. Algumas espécies possuem um ou mais ferrões na base da cauda, que podem ser introduzidos na vítima se ela se aproximar muito ou pisá-las. Mergulhe o ferimento em água quente por 30-90 minutos e procure imediatamente um médico.

Bagres – são peixes muito comuns em águas rasas, em fundos arenosos ou lodosos. Possuem dois pares de barbilhões ao redor da boca e 3 espinhos serrilhados nas nadadeiras dorsal e peitorais. A maioria dos acidentes ocorre em banhistas que pisam nos bagres pescados e devolvidos ao mar. O ferimento pode causar dor forte por cerca de seis horas e, em alguns casos, necrose da pele, febre e vômitos. Mergulhe o ferimento em água quente por 30-90 minutos e procure imediatamente um médico .

Mangangás ou peixes-escorpião – vivem em águas rasas, em fundos rochosos. Movimentam-se pouco e se camuflam, ficando parecidos com o local onde se encontram. Possuem espinhos nas nadadeiras com glândulas de veneno. Ao serem tocados podem causar ferimentos dolorosos. Mergulhe o ferimento em água quente por 30-90 minutos e procure imediatamente um médico.

 

Polvos – são moluscos muito ativos e inteligentes. Vivem em tocas entre as rochas e pedras. Possuem tentáculos com ventosas e um bico associado a glândulas salivares que contêm veneno. São raros os casos de bicada. Nesse caso, lave a região com água e sabão. Caso haja dor intensa, mergulhe o local em água quente por 30-90 minutos e procure um médico.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2008/01/08/ult4477u267.jhtm

Fonte: Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo (CEBIMar). Elaborado por Álvaro Esteves Migotto (CEBIMar/USP), Vidal Haddad Junior (Unesp) e Shirley Pacheco de Souza (Instituto Terra & Mar)

Águas vivas (I): como funcionam e atacam?

Perigo na praia: caravelas-portuguesas aparecem nas águas cariocas

ANA LUCIA VALINHO

Como se não bastassem os arrastões na areia, neste verão o carioca também tem com o que se preocupar quando está no mar.

A combinação água quente + ventos de sul e sudeste trouxe para as praias da Zona Sul a caravela-portuguesa, uma prima tóxica das águas-vivas.

“Elas são bastante perigosas. Se avistá-las, o ideal é sair de perto na mesma hora”, diz o oceanógrafo David Zee, da Uerj.

Como funciona a água-viva

Stephanie Watson

A água-viva é provavelmente uma das criaturas mais estranhas e misteriosas que se encontra.

Com seu corpo gelatinoso e seus tentáculos bamboleantes, ela se parece mais com algo de um filme de terror do que com um animal de verdade. Mas se conseguir deixar a estranheza de lado e o fato de que se você chegar muito perto de uma água-viva resultará em uma ardência terrível, irá descobrir que ela é muito fascinante.

A água-viva existe há mais de 650 milhões de anos e é representada por milhares de espécies diferentes, sendo que novas espécies são descobertas a todo o momento.

É importante aprender sobre esses misteriosos animais e descobrir o que fazer se você cruzar com um urticante tentáculo de água-viva.

As águas-vivas são animais marinhos, que variam de tamanho, podendo medir de menos de 2,5 cm a cerca de 2m, com tentáculos chegando até a 30,5 m de comprimento. Embora muitas sejam planctônicas, ou seja, sua locomoção depende da mercê das correntes ou é tão limitada que não podem vencê-las, algumas água-vivas conseguem nadar lançando um jato de água.

A água-viva faz parte do filo dos Cnidários, (da palavra grega “urtiga que queima”) e da classe dos Cifozoários (da palavra grega “xícara ou taça”, referindo-se ao formato do corpo da água-viva).

Todas as espécies dos cnidários têm uma boca no centro do corpo, e envolvida por tentáculos. Outros cnidários, parentes da água-viva incluem corais, anêmonas do mar e a caravela-portuguesa.

A água-viva é composta por cerca de 98% de água. Se ela encalhar na praia, praticamente irá desaparecer à medida que a água evaporar. A maioria é transparente e tem o formato de um sino. Seu corpo tem simetria radial, o que significa que os membros se estendem de um ponto central como os raios de uma roda.

Se você cortar uma água-viva pela metade em qualquer ponto, sempre terá partes iguais. Ela tem um corpo muito simples: não possui ossos, cérebro nem coração. Para ver a luz, detectar odores e se orientar, a água-viva tem nervos sensoriais rudimentares na base de seus tentáculos.

O corpo da água-viva geralmente é composto de seis partes básicas:

  • a epiderme, que protege os órgãos internos;
  • a gastroderme, que é a camada interna;
  • a mesogléia, ou parte gelatinosa intermediária, entre a epiderme e a gastroderme;
  • a cavidade gastrovascular, que funciona como um conjunto do esôfago, estômago e intestino, tudo em um só;
  • um orifício que funciona como boca e ânus;
  • tentáculos que formam a extremidade do corpo.

Uma água-viva adulta é uma medusa, que recebeu este nome por causa da criatura mitológica com cobras no lugar do cabelo, que poderia transformar os seres humanos em pedra com um simples olhar. Depois que o macho libera seu esperma na água por seu orifício, o esperma nada até o orifício da fêmea e fertiliza os óvulos.

Várias dezenas de larvas de água-viva podem ser concebidas de uma só vez. Finalmente, elas flutuam nas correntes e procuram uma superfície sólida para se fixarem, como uma rocha. Ao se fixarem, elas se tornam pólipos, cilindros ocos com uma boca e tentáculos na parte superior. Posteriormente, os pólipos se desenvolvem em uma água-viva jovem, chamada éfira. Depois de algumas semanas, a água-viva se desprende e se desenvolve, tornando-se uma medusa adulta. Uma medusa vive cerca de três a seis meses.

Quando a água-viva ataca!

Parece algo extraído do filme “Godzilla”: monstros marítimos gigantes invadiram os mares do Japão. Eles têm 1,82 m de comprimento e pesam até 225 kg. Eles causaram danos à indústria pesqueira nacional e infligiram algumas fisgadas mortais nos seres humanos. Eles foram responsáveis até pelo desligamento temporário de uma usina de energia nuclear depois que entraram no seu sistema de resfriamento. Essas criaturas eram águas-vivas, que os japoneses chamam de echizen kurage. Alguns especialistas atribuem o influxo de águas-vivas às chuvas pesadas na China, que direcionaram as criaturas marítimas para os mares do Japão. Felizmente, os japoneses encontraram uma utilização para as diversas águas-vivas enormes que capturaram: água-viva desidratada e salgada.

http://ciencia.hsw.uol.com.br/agua-viva.htm

Vinagre é utilizado nos primeiros socorros
Em caso de queimadura, o Corpo de Bombeiros orienta o banhista a procurar um posto de salva-vidas que irá amenizar o desconforto do veranista com vinagre.

Entretanto, o tenente Siqueira destacou que é importante que o turista previna o acidente perguntando para o bombeiro se naquele local e naquele horário estão acontecendo muitas queimaduras. Se a resposta for positiva, o ideal é evitar o banho de mar.

“Talvez seja interessante já levar um frasco com vinagre porque cerca de 98% das queimaduras são leves, em uma pequena parte do membro”, recomendou o tenente. De qualquer forma, é preciso comunicar o Corpo de Bombeiros sobre a ocorrência para o monitoramento dos casos.

Quando o veranista tiver uma grande parte do corpo queimada e a pessoa tiver tosse ou ânsia de vômito, por exemplo, é recomendado procurar uma unidade de saúde.

Praia ou piscina?

QUALIDADE DA ÁGUA DAS PRAIAS E SAÚDE PÚBLICA

Grande parte da população mundial vive em cidades próximas à costa e muitas das maiores cidades cresceram ao longo de estuários, baías e áreas costeiras. Essa proximidade do homem com o mar gerou interações antigas e importantes.

Os oceanos fornecem muitos benefícios aos seres humanos que vão desde a obtenção de alimentos e novas drogas para o tratamento de doenças, até as atividades de recreação.

À medida que o mar tornou-se cada vez mais importante do ponto de vista da obtenção de alimento e de lazer, a preocupação com a qualidade da água das praias também aumentou, tendo em vista que a urbanização e o consequente aumento populacional nas regiões costeiras geraram também um aumento na quantidade de esgoto e lixo doméstico produzidos.

Águas do mar que recebem esgotos domésticos sem tratamento carregam consigo uma variedade de micro-organismos causadores de doenças chamadas de doenças de veiculação hídrica. Estas podem ser transmitidas pela água e causadas por vírus (hepatite A e E, rotavirose, poliomielite, conjuntivite), bactérias (gastroenterite, cólera, febres tifóide e paratifoide), fungos (micoses superficiais) e protozoários (giardiase e criptosporidiose).

As doenças infecciosas veiculadas por águas marinhas contaminadas poderão se iniciar após o contato com o agente patogênico, através das vias de penetração: oral (boca), nasal (nariz), cutânea (pele) e ocular (olhos).

O uso de águas costeiras para várias atividades recreacionais, tais como: a natação, o mergulho, os esportes náuticos e a pesca atrai milhares de pessoas.  No Rio, na Baixada Santista e na Região dos Lagos (RJ), por exemplo, a população flutuante representa, em determinados períodos do ano mais que o dobro da população residente. Este aumento populacional resulta em um aumento na carga de esgotos domésticos que, mesmo servida pela rede coletora de esgotos, gera um remanescente significativo, que acaba sendo lançado em cursos de água e ao mar, alterando a qualidade da água das praias.

É cada vez maior a preocupação com a qualidade das águas das praias. Embora o lançamento de esgotos no mar seja o principal fator de contaminação das águas das praias, outros fatores como a existência de rios e córregos que recebem esgotos domésticos e deságuam nas praias, ligações clandestinas ou erradas à rede de esgotos, ligação do sistema de esgotos à rede de drenagem pluvial ou ligação do sistema coletor de águas pluviais à rede de esgotos também contribuem para poluição das praias.

As chuvas, de forma semelhante, influenciam muito a qualidade da água do mar uma vez que, o lixo, as fezes de animais e todos os detritos são levados com as águas da chuva, para córregos, galerias e canais de drenagem que atingem o mar.

A contaminação das praias pelos frequentadores e por animais também é fator importante nas condições sanitárias das praias, principalmente no que diz respeito às areias. A qualidade da água utilizada para atividades de recreação, nas quais as pessoas têm contato direto e prolongado com a água (contato primário), tais como mergulho e natação, é denominada balneabilidade.

As águas recreacionais podem ser doces (rios, represas, lagos), salobras (estuários) e salinas (mar). A avaliação da qualidade das águas recreacionais marinhas é realizada através da análise e monitoramento da presença de um ou mais microorganismos que, quando presentes no meio aquático, indicam a existência de contaminação fecal e a possível presença de patógenos – chamados, portanto indicadores.

Até pouco tempo, os micro-organismos indicadores de contaminação fecal mais utilizados para monitorar a qualidade de águas recreacionais marinhas eram os coliformes fecais (atualmente denominados termotolerantes).

No início da década de 80, a bactéria Escherichia coli passou a ser utilizada para esta finalidade. Esta bactéria é encontrada exclusivamente nas fezes de humanos e de animais homeotérmicos (mamíferos e aves), portanto sua presença na água do mar indica um elevado nível de contaminação fecal e a possibilidade da presença de micro-organismos patogênicos, colocando em risco a saúde dos banhistas.

Autora: Dra. Ana Julia Fernandes Cardoso de Oliveira, doutora em Oceanografia e docente e pesquisadora em Ecologia de micro-organismos em ambientes marinhos da Unesp.

Clique para acessar o %C3%81GUA%20E%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA_1.pdf

Saiba mais (trecho do parecer do Conselho Federal de Medicina, em 2015)

As chamadas doenças das águas recreacionais são causadas por germes disseminados pela deglutição, aspiração de névoas ou aerossóis ou pelo contato com águas contaminadas em piscinas, banheiras, parques aquáticos, áreas de desportos aquáticos, fontes interativas, spas, águas termais, lagos, rios e oceanos.

Essas doenças também podem ser provocadas por substâncias químicas presentes na água, ou por sua evaporação da água, que causam problemas na qualidade do ar em ambientes fechados. As doenças de águas recreacionais podem estar relacionadas a uma gama de infecções: gastrointestinais, cutâneas, otológicas, respiratórias, oculares, neurológicas e por traumatismos.

A mais comumente relatada é a diarreia. Doenças diarreicas passíveis de transmissão por essa via podem ser causadas por germes como Cryptosporidium, Giardia, Shiguella, Norovirus e E.Coli O157:H7.

Doenças cutâneas infecciosas de natureza bacteriana, viral ou fúngica são passíveis de serem devidamente diagnosticadas através de exame dermatológico e devem constituir impedimento à utilização de piscinas e outros locais de águas recreacionais.

A frequência do exame médico para indivíduos saudáveis deve ser trimestral. Os usuários devem ser orientados a se apresentarem em trajes de banho, sem esmalte; e com a recomendação de que mantenham atitude de bom senso, evitando o comparecimento a esse tipo de ambiente quando apresentarem doenças que possam comprometer a saúde dos demais usuários.

Os médicos responsáveis pelos exames dos usuários, em conjunto com os representantes dos clubes, associações e estabelecimentos privados e as autoridades sanitárias, deverão conscientizar as pessoas doentes, sobretudo aquelas com doenças diarreicas, para que evitem frequentar os banhos coletivos.

É conveniente ressaltar que o banho de chuveiro antes de entrar no local do banho coletivo, a existência dos chamados tanques lava-pés destinados à desinfecção dos pés dos banhistas, o tratamento adequado – com saneantes – das áreas destinadas aos chuveiros construídos – segundo as normas estabelecidas pela NBR 9818, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – são importantes medidas que devem também ser observadas pelo profissional médico, visando a prevenção das doenças já mencionadas.

http://www.portalmedico.org.br/pareceres/CFM/2015/2_2015.pdf (acesso em 08 ago. 2015).
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Câncer na infância

imageCâncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo.

As neoplasias mais frequentes na infância são as leucemias (glóbulos brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). Também acometem crianças o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, geralmente de localização abdominal), tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (tumor da retina/do olho), tumor germinativo (tumor das células que vão dar origem às gônadas), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).

O câncer na infância é uma doença rara. O percentual mediano dos tumores pediátricos encontrados nos registros de base populacional brasileiros situa-se próximo de 3%, o que permite o cálculo estimado de 10 mil casos por ano no Brasil (2012). Apesar disso, sua importância tem sido cada vez maior, já que em países desenvolvidos trata-se da primeira causa de morte por doença na infância.

Na infância, o câncer pode ser curável em 60 a 80% dos casos. Não somente pela utilização correta da quimioterapia, radioterapia e cirurgia associadas ou isoladamente, mas principalmente pelo diagnóstico em estágios precoces.

Enquanto no adulto a maioria das neoplasias malignas é de origem epitelial, com evolução lenta e muitas vezes passível de prevenção, na criança os tumores geralmente são de origem embrionária, com crescimento rápido.

Os tumores de pacientes pediátricos derivam principalmente do sistema hematopoiético/retículo endotelial (leucemias, linfomas), do sistema nervoso central e do tecido mesenquimal. A evolução rápida desses tumores reflete a importância do diagnóstico precoce com o objetivo de iniciar prontamente o tratamento mais eficaz e com menor risco de sequelas.

No Brasil, é frequente que o paciente mantenha as queixas por semanas ou meses, ou com agrave progressivamente o quadro até que seja feito o diagnóstico do câncer em estágio avançado.

Em Pediatria e Oncohematologia, os sinais e sintomas relativamente inespecíficos, que também aparecem em doenças muito mais frequentes, contribuem para o atraso diagnóstico. A persistência da queixa deve ser um sinal de alerta importante.
O câncer pode se manifestar basicamente de três maneiras: 1) sinais e sintomas inespecíficos; 2) sinais e sintomas relacionados à presença do tumor; 3) presença de massa tumoral (Quadro 1).

Sinais e sintomas inespecíficos

Comumente, os tumores pediátricos iniciam sua manifestação com sintomas inespecíficos, sem vestígio de sua localização, tais como febre baixa, perda de peso, dores articulares, adenomegalias (aumento de gânglios linfáticos ou “ínguas”), hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e do baço), cefaleia, ou seja, “aquela criança que deixa de ir bem”.

A associação de um ou mais desses sintomas ou sua persistência além do aceitável para uma hipótese diagnóstica mais simples são os primeiros sinais de alerta de que  pode se tratar de uma neoplasia ou alguma patologia grave, que merece melhor atenção e investigação mais aprofundada e rápida.

Quadro 1. Sinais e sintomas do câncer na infância
Sinais e sintomas inespecíficos ·         Febre baixa

·         Perda de peso

·         Dores articulares

·         Adenomegalias

·         Hepatoesplenomegalia

·         Cefaleia

·         “Criança que não vai bem”

Sinais relacionados ao tumor ·         Adenomegalia: gânglios múltiplos e coalescentes.

·         Dor abdominal: história e exame físico alterados.

·         Manifestações neurológicas: cefaleia, principalmente pela manhã.

·         Dor óssea que se mantém em repouso e à noite

Presença de massa tumoral

Sinais relacionados ao tumor

Adenomegalias

As adenomegalias são bastante frequentes na criança e, em geral, estão relacionadas a processos infecciosos sistêmicos ou localizados.

Ao se abordar uma criança ou adolescente com adenomegalias, é necessário além de uma história cuidadosa, um acurado exame físico em que todas as cadeias de gânglios são examinadas, além da procura de focos infecciosos localizados, tais como infecção dentária ou dentes mal conservados, infecção amigdaliana, cutânea, entre outros.

O aspecto do linfonodo deve ser avaliado com cuidado, pois linfonodomegalias reacionais podem acometer mais de um linfonodo da mesma cadeia ganglionar, mas não são aderidos entre si, nem com as estruturas vizinhas, enquanto gânglios neoplásicos tendem a ser múltiplos e coalescentes.

O acometimento de cadeias ganglionares pode ser observado em locais como: fossa supraclavicular, região cervical baixa, axilar, pré-auricular, epitrocleano e poplítea, merece investigação com exames de imagem e biópsia precoce, visando afastar doenças mais graves, como linfomas e tuberculose.

Os pacientes com adenomegalias generalizadas, com ou sem hepatoesplenomegalia, devem ser avaliados com atenção especial. Sintomas, como dores ósseas (compressão da região esternal, tibial), anemia, febre, petéquias ou equimoses devem ser obrigatoriamente investigados inicialmente com hemograma completo, RX de tórax e ultrassonografia de abdômen.

As alterações do hemograma em duas ou mais series (anemia, plaquetopenia, leucocitose ou leucopenia) indicam a necessidade de mielograma para se afastar a hipótese de leucemia.

A presença de alargamento mediastinal ou enfartamento ganglionar volumoso, abdominal leva á hipótese de linfoma, devendo ser realizado mielograma e, caso este seja normal, biópsia ganglionar precocemente.

Dor abdominal

A maioria dos tumores abdominais tem a dor como sintoma. Esta, no entanto, é talvez uma das queixas clínicas mais frequentes em Pediatria, relacionadas a distúrbios digestivos, verminoses e outras tantas causas não oncológicas.

Assim, uma criança com dor abdominal deve ser investigada por meio de uma história detalhada, pesquisando-se alteração do hábito intestinal, vômitos, alteração urinária, etc.

Além de um exame físico acuradíssimo, com palpação bimanual, visando verificar alterações da loja renal, palpação em decúbito lateral, presença de ascite, etc. Caso haja alguma alteração do exame físico, será necessária uma investigação por imagem.

A ultrassonografia facilmente realizada é de extrema valia para o diagnóstico de massas abdominais intra ou retroperitoneais. Feito o diagnóstico de massa abdominal ou retroperitonal, é obrigatório que rapidamente se descarte uma neoplasia maligna.

Manifestações neurológicas

Em relação a tumores do sistema nervoso central, é importante ter em mente que sinais de hipertensão intracraniana nem sempre surgem nas fases iniciais do quadro.

A cefaleia da hipertensão intracraniana pode ou não ser acompanhada de vômitos, mas frequentemente ocorre pela manhã, logo ao despertar, ao contrário da enxaqueca e dos distúrbios de acuidade visual que ocorrem durante o dia, após a escola ou alguma atividade. As manifestações neurológicas, tais como ataxia, estrabismo adquirido  e parapresias devem ser sempre valorizadas logo ao surgimento. Já a persistência de torcicolo, além de sua duração habitual em torno de 5 a 7 dias, implica a pesquisa de paralisia de nervos oculares e sinais de compressão medular alta.

Dor óssea

A dor óssea é uma queixa muito frequente, principalmente em membros inferiores, em geral relacionadas a trauma de esportes.

A dor traumática, ou após a prática esportiva, tende a melhorar em poucos dias com ou sem medicação. Já crianças ou adolescentes com neoplasia óssea ou infiltração leucêmica não apresentam qualquer melhora com o tempo, e investigando-se bem a queixa álgica, verifica-se que a dor se mantém mesmo à noite.

A presença de aumento de volume também é indicativo de investigação por imagem, onde se deve verificar a presença de reação periosteal, rarefação ou lise óssea, já que os quadros traumáticos tendem a acometer a articulação e, as neoplasias, o osso. É muito frequente confundir-se uma infiltração leucêmica com quadro reumático, pois ambas as patologias cursam com dores osteoarticulares e apresentam alteração das provas inflamatórias inespecíficas.

O uso de corticosteróides só deve ser feito após o diagnóstico preciso de uma patologia reumática e exclusão de uma possível leucemia, por meio de hemograma e mesmo mielograma, pois o uso desses medicamentos em uma criança leucêmica pode acarretar em controle transitório da leucemia e posterior recaída, reduzindo as chances de cura da paciente.

Presença de massa tumoral

A presença de uma massa ou nódulo em subcutâneo, tecido muscular e abdômen deve alertar o médico que pode se tratar de uma neoplasia, visto que são poucas as patologias que podem ser consideradas benignas, baseado apenas na sua aparência e localização.

A presença de uma lesão nodular que não evolui com processo inflamatório não regride ou que aumenta de volume em alguns dias, deve ser biopsiada ou ressecada, para que seja afastada a hipótese de uma neoplasia.

Populações de risco

O pediatra deve estar sempre atento também no acompanhamento de crianças portadoras de malformações e síndromes. Esses pacientes fazem parte de uma população de risco para o desenvolvimento de neoplasias. A síndrome de Down e leucemia, neurofibromatose e tumores de sistema nervoso central e/ou sarcomas são associações observadas com frequência.

Sinais e sintomas mais freqüentes

Manifestações Diagnóstico
Adenomegalias Linfonodos indolores, coalescentes, sem sinais flogísticos, uma ou mais cadeias envolvidas; localização de alto risco: supraclavicular e cervical baixa Linfomas
Leucemias

Moléstia de Hodgkin

Manifestações neurológicas Cefaléia matutina, vômitos recorrentes sem náusea, estrabismo adquirido, paralisia de pares craneanos; distúrbio de marcha, desequilíbrio. Tumor de SNC
Sinais hemorrágicos Sangramento gengival espontâneo, equimoses expontâneas fora de áreas de trauma (região pré-tibial, joelhos, cotovelos), petéquias Leucemias
Dor óssea Associada ou não a trauma que não melhora após alguns dias, dor em mais de um osso Leucemia

Neuroblastoma

Dor abdominal Dor abdominal prolongada ou recorrente sem patologia gastro-intestinal, aumento do volume abdominal Tumor Wilms
Neuroblastoma

Tumor Hepático

Nódulos em partes moles Nódulo ou massa subcutâneo ou muscular de crescimento progressivo sem sinais flogísticos e aderido aos planos profundos Sarcomas

 

Fontes: http://www.hospitalinfantilsabara.org.br/hospital-infantil/especialidades-em-pediatria/oncologia-pediatrica.php – Autores: Ethel Gorender, Renato Melaragno, Sidnei Epelman

http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131210152055bcped_12_01_04.pdf

Rótulos de alimentos: atenção!

Corante 1

Dados recentes do Ministério da Saúde demonstram que 70% das pessoas consultam os rótulos dos alimentos no momento da compra. Porém, mais da metade não entende o significado correto das informações.

O objetivo maior é estimular que você e a sua família interpretem de forma correta as informações disponibilizadas nos rótulos dos alimentos e saibamos mais sobre o que comemos.

Os dois pontos mais analisados na rotulagem pelos consumidores são: tabela nutricional e alegações de saúde contidas nos rótulos.

O que significam os itens da Tabela Nutricional dos rótulos?

Valor energético: é a energia produzida pelo nosso corpo proveniente dos carboidratos, proteínas e gorduras totais;

Carboidratos: são os componentes dos alimentos cuja principal função é fornecer energia para as células do corpo, principalmente do cérebro;

Proteínas: são componentes dos alimentos necessários para a construção e manutenção dos nossos órgãos e tecidos;

Gorduras totais: são as principais fontes de energia do corpo. Ajudam na absorção das vitaminas A, D, E e K (lipossolúveis). As gorduras totais referem-se à soma de todos os tipos de gorduras, tanto de origem animal quanto de origem vegetal;

– gorduras saturadas: tipo de gordura presente em alimentos de origem animal. O consumo desse tipo de gordura deve ser moderado porque, quando consumido em grandes quantidades, pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças do coração;

– gorduras trans (ou ácidos graxos trans): gorduras encontradas em grandes quantidades nos alimentos industrializados. O consumo desse tipo de gordura deve ser muito reduzido, considerando que pode ser prejudicial ao organismo (não necessita dela) Quando consumida em grande quantidade pode aumentar os riscos de desenvolvimento de doenças do coração entre outras;

Fibra alimentar: está presente em alimentos de origem vegetal. A ingestão de fibras auxilia no funcionamento do intestino;

Sódio: presente no sal de cozinha e nos alimentos industrializados. Deve ser consumido com moderação (no máximo, em pessoas saudáveis: 5g por dia), uma vez que o seu consumo em excesso pode levar ao aumento da pressão arterial.

Vitaminas: são indispensáveis ao bom funcionamento do organismo, por isso são chamadas de substâncias reguladoras. A falta na alimentação (ou sua quantidade insuficiente) pode nos levar a adoecer. Vegetais, como verduras e frutas são ótimas fontes de vitaminas.

Alegação de saúde nos rótulos: atenção às informações nutricionais, tais como: “baixo teor de gordura”, “baixo teor de sódio”, “fonte de fibras”, “livre de gordura trans”, etc. Essas alegações são utilizadas para apresentar os produtos como contendo propriedades benéficas adicionais de nutrição.

As informações nas embalagens dos alimentos são regulamentadas pela legislação, devem ser honestas e fundamentadas com provas científicas.

Curiosidade:

Ao consultar a lista de ingredientes de um determinado alimento saiba que eles estão em ordem de quantidade. Por exemplo, o primeiro ingrediente citado da lista é aquele que possui maior quantidade quando comparado com os demais ingredientes.

Os corantes podem causar alergia (urticária), asma (bronquite), problemas neurológicos, gastrointestinais e até choque anafilático.

Na hora da refeição todos gostam de uma comida gostosa, bonita e colorida. Nem tudo o que salta aos olhos faz bem para a saúde, principalmente o colorido “demais”.

É preciso ter cuidado, pois para chamar a atenção do consumidor, as indústrias usam corantes que deixam os alimentos mais bonitos de se ver, alguns desses corantes são extraídos até de insetos.

Alimentos e bebidas que vendem mais nem sempre são os mais saudáveis. Isso porque, na hora de comprar, o consumidor leva em conta a aparência do produto. “Se estiver feio, eu não vou levar”, revela um jovem.

E para realçar o visual das mercadorias, as indústrias de alimentos investem nos corantes. “Parece que é mais gostoso. Dá essa impressão”, aponta uma senhora.

Um supermercado chegou a oferecer salsicha sem corante, mas não conseguiu vender nenhuma. É visível a diferença de cor entre a que tem e a que não tem corante. “O produto fica com uma apresentação feia sem o corante, e o consumidor acaba não comprando”, afirma o gerente do supermercado Roberto Dias.

Para colorir os produtos, as indústrias utilizam até insetos. A cochonilha, uma praga das lavouras, vira corante natural para iogurtes. “Apesar de ele ser retirado de um inseto, ele é um corante puro, não acarreta risco ao seu uso e tem uma característica bastante importante. Ele é um corante bastante estável, diferente de vários outros corantes naturais que se degradam rapidamente”, diz o químico Paulo Carvalho, do Instituto de Tecnologia de Alimentos.

E os corantes artificiais também costumam passar despercebidos. Não é para menos. Nas embalagens, as letras são bem pequenas. “Eu tenho aqui o vermelho, que ele coloca vermelho 40. Então, ele é bem artificial. Como é que o leigo vai poder identificar esse tipo de corante, se é o melhor para o filho dela, para ela consumir”, afirma a nutricionista Roseli Rossi.

Os produtos que mais tem corantes artificiais são justamente aqueles muito consumidos pelas crianças: balas, doces refrigerantes. E os pais devem estar atentos, porque os corantes podem provocar problemas de saúde.

“Bronquite, problemas neurológicos, como déficit de atenção nas crianças, depressão, problemas de hiperatividade, distúrbios gástricos até chegar, inclusive, a um choque anafilático. O melhor mesmo seria a gente ir para a feira, comprar frutas, que sairiam muito mais barato e fazer o nosso próprio suco em casa que, com certeza, iríamos consumir muito mais vitaminas, minerais, deixando de consumir todas essas substâncias tóxicas que o nosso organismo não foi preparado para absorver, metabolizar e aproveitar”, diz a nutricionista Roseli Rossi.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/11/corantes-utilizados-nos-alimentos-podem-ser-um-risco-para-saude.html

 

Mulheres devem ficar alertas com uso de formol para alisar cabelos

Formol disfarçado ainda é usado em cosméticos

 

download (1)Pesquisa da Faculdade de Farmácia e do Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) indica que novos produtos aparentemente inofensivos usados como alisadores capilares liberam formol em estado gasoso e continuam trazendo risco à saúde, informou reportagem da revista Rede Câncer.

 

Foram realizados testes com marcas que prometem milagres para os cabelos, sem a utilização de formol — produto proibido desde 1989 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por causar sérios danos tanto ao usuário quanto ao profissional que o aplica.

 

A pesquisa identificou, no entanto, que alguns fabricantes acrescentam substâncias que, quando recebem o calor da prancha para alisar ou do secador, liberam o formaldeído, que é o formol na forma gasosa. De acordo com a professora Nancy dos Santos, que coordenou o estudo, a substância é a mesma, apenas o estado físico altera a nomenclatura.

 

O formol aparece disfarçado sob o selo de escova sem botox, também chamado de redutor de volumes, domador de cachos, alinhamento de fios e máscara hidratante, entre outros. A publicidade garante que a formulação é tão inofensiva que pode ser aplicada até em mulheres grávidas e crianças, sem risco, quando, pode provocar problemas imediatos, como coceira, irritação nos olhos, queimadura, inchaço, descamação e queda de cabelo.

 

Exposições sucessivas podem causar ainda boca amarga, dor de barriga, enjoo, vômito, desmaio e feridas na boca, narinas e olhos. Há ainda estudos segundo os quais a substância é cancerígena, estando associada a leucemias e, principalmente, ao câncer de nasofaringe.

 

Na reportagem da Rede Câncer, a epidemiologista Ubirani Otero, chefe da Unidade Técnica de Exposição Ocupacional, Ambiental e Câncer do Inca, explica que não existem níveis seguros de exposição ao formol e que a melhor forma de prevenção é evitar o contato.

 

No Brasil, a substância mais utilizada nas fórmulas desses tratamentos capilares é o ácido glioxílico. Se o consumidor encontrar produto contendo a substância com finalidade de alisamento deve denunciar à vigilância sanitária.

 

Os produtos liberados pela Anvisa com o propósito de alisar os cabelos são: ácido tioglicólico, hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido de cálcio, hidróxido de lítio e hidróxido de guanidina.
Breve histórico

 

É comum encontrar mulheres que fariam de tudo para deixarem os cabelos mais lisos. É aí que entra o perigo. Há cerca de dez anos, o formol, uma substância química que também serve para alisar os cabelos, começou a ser utilizado nos salões de beleza.

 

O formol é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma substância cancerígena para humanos, enquadrando-se no Grupo 1, ou seja, com fortes evidências de carcinogênese em humanos e em animais.

 

  1. Qual a concentração permitida para o formol utilizado como alisante capilar nos salões de beleza?

 

A legislação permite que os produtos cosméticos capilares contenham uma concentração de apenas 0,2% de formol como conservante, durante o processo de fabricação. Qualquer adição de formol em produtos já prontos não é permitida, acarretando riscos à saúde da população e constituindo-se em infração. Para atingir o efeito alisante, o formol deveria ser empregado em concentrações maiores, o que é totalmente vetado.

 

AGRAVANTE: A aplicação do formol conjugada ao uso de recursos térmicos promove a evaporação do produto, provocando irritações cutâneas, oculares e respiratórias.

 

Desde 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda do formol puro em todo o País. O que mais preocupa as autoridades sanitárias é que, mesmo com todo o tipo de alerta já lançado em relação aos riscos, a procura por esse tipo de alisamento milagroso ainda é grande.

O produto pode causar sérios danos à saúde e até levar à morte. A gerente-geral de Cosméticos da Anvisa, Josineire Sallum, faz um alerta aos consumidores:

 

“- Tem pessoas que não vão sentir nada por enquanto, mas daqui uns dez, quinze anos vão começar a aparecer os problemas mais graves que são feridas na boca, no nariz, e até o desenvolvimento de um câncer.”
Sallum ressalta que é crime adicionar formol ao produto já pronto para uso. Além disso, ela explica também que é importante observar o material que o cabeleireiro vai aplicar nos cabelos.

 

“- A primeira coisa que você tem de fazer é perguntar ao cabeleireiro o que ele vai usar no seu cabelo e ele tem a obrigação de não só dizer, mas como também mostrar o produto. Você pode se certificar disso se o produto realmente está regularizado, pedir para abrir o produto porque quando abre o produto, o cheiro é muito característico porque é muito forte”, completa.

 

Toxicidade

Devido a sua solubilidade em água, o formol é rapidamente absorvido no trato respiratório e gastrointestinal e metabolizado. Embora o formol ou metabólitos sejam capazes de penetrar na pele humana, a absorção dérmica é mais leve, porém podem induzir a dermatites de contato. Desta forma, o formol é tóxico se ingerido, inalado ou tiver contato com a pele, por via intravenosa, intraperitoneal ou subcutânea.

Efeitos do formol em humanos após exposições de curta duração

Média de concentração Tempo médio Efeitos à saúde população geral
0,8 – 1 ppm Exposições repetidas percepção olfativa
até 2 ppm Única ou repetida exposição irritante aos olhos, nariz e garganta
3 – 5 ppm 30 minutos lacrimação e intolerância por algumas pessoas
10 – 20 ppm Tempo não especificado dificuldade na respiração e forte lacrimação
25 – 50 ppm Tempo não especificado edema pulmonar, pneumonia, perigo de vida
50 – 100 ppm Tempo não especificado pode causar a morte

Fonte: Adaptado World Health Organization (1989); IARC (1995); WHO Regional Office for Europe (1987).

 

Sintomas frequentes em caso de intoxicação:

Inalação: fortes dores de cabeça, tosse, falta de ar, vertigem, dificuldade para respirar e edema pulmonar.  Pode causar ainda irritação nos olhos, nariz, mucosas e trato respiratório superior. Em altas concentrações pode causar bronquite, pneumonia ou laringite.
Ingestão: causa imediata e intensa dor na boca e faringe; dores abdominais com náuseas, vômito e possível perda de consciência.  Também podem ser observados sintomas como proteinúria, acidose, hematemesis, hematúria, anúria, vertigem, coma e morte por falência respiratória.

Ocasionalmente pode ocorrer diarréia (com possibilidade de sangue nas fezes), pele pálida, fria e úmida além de sinais de choque como dificuldade de micção, convulsões, e estupor. A ingestão também pode ocasionar inflamação e ulceração /coagulação com necrose na mucosa gastrintestinal, colapso circulatório e nos rins. Podem ocorrer danos degenerativos no fígado, rins, coração e cérebro.

Pele: O contato com o vapor ou com a solução pode deixar a pele esbranquiçada, áspera e causar forte sensação de anestesia e necrose na pele superficial. Longos períodos de exposição podem causar dermatite e hipersensibilidade, rachaduras na pele (ressecamento), ulcerações, principalmente entre os dedos.

Olhos: Pode causar conjuntivite.

Revisão da Literatura sobre carcinogênese do formol:

Algumas avaliações feitas pela IARC – International Agency for Research on Cancer da Organização Mundial da Saúde sobre o formaldeído foram concluídas em 1987 (Suplemento 7) que classificou o formaldeído no grupo 2A – provável cancerígeno em humanos – e manteve essa classificação também em 1995 (Volume 62). Em 2003, foi montado um grupo de trabalho com cientistas da mesma Agência, que reavaliaram os resultados de estudos existentes e optaram pela reclassificação do formaldeído quanto ao seu potencial cancerígeno. Desta forma a partir de julho de 2004, a IARC classificou este composto como carcinogênico (Grupo 1), tumorogênico e teratogênico por produzir efeitos na reprodução para humanos e em estudos experimentais demonstraram ser também, para algumas espécies de animais.
O formaldeído é um agente reconhecidamente cancerígeno em humanos
Em relação ao câncer – não há níveis seguros de exposição

Tipos de câncer associados a exposição do formaldeído

 

De nasofaringe
A mortalidade por câncer de nasofaringe apresentou um aumento estatisticamente significativo em um estudo de coorte dos Estados Unidos (EUA) em trabalhadores de industrias expostos ao formaldeído, e em dois outros estudos de coorte dos EUA e Dinamarca. Cinco de sete estudos caso-controle estudados, também acharam o risco elevado para exposição de formaldeído. O Grupo de trabalho considerou que era “inverossímil que todos os casos positivos poderiam ser explicado por viés ou por fatores de confundimento desconhecidos” e concluiu que existe evidência suficiente em humanos que o formaldeído causa câncer de nasofaringe.

A neoplasia maligna de nasofaringe é um evento raro, porém apresenta um dos piores prognósticos dentre os tumores malignos de cabeça e pescoço, pela proximidade da base de crânio e de outras estruturas vitais, pela natureza invasiva do tumor e por causar sintomas tardios e a dificuldade no exame da nasofaringe.

Além do formol, os fatores ambientais/ocupacionais associados ao câncer de nasofaringe são as nitrosaminas (presentes no peixe salgado seco), os hidrocarbonetos policíclicos, o níquel, a madeira, os produtos têxteis, os produtos derivados do refinamento do petróleo, os pigmentos de cromo, a exposição à fumaça industrial, o gás mostarda, o gás hidrocarbônico e a fuligem de madeira. Pode-se ainda associar fatores como o uso crônico de álcool e tabaco, condições precárias de vida, infecções nasossinusais de repetição, e a associação com a infecção pelo vírus Epstein-Barr, principalmente em pacientes do sudeste asiático, onde a população afetada geralmente é mais jovem quando comparada à população caucasiana (Mukerji et al. 2003).

Leucemia
Existe “forte, mas não suficiente evidência para uma associação causal entre leucemia e exposição profissionais a formaldeído”.
Adenocarcinoma nasal
Existe evidência limitada em humanos de câncer nasal causado por formaldeído.
Genotoxicidade e citotoxicidade do formol
O formaldeído é genotóxico em modelos in-vitro, animais e humanos. A genotoxicidade e citotoxicidade têm papéis importantes na carcinogênese do formaldeído em tecidos nasais

Considerações:

– Existe uma legislação no país que estabelece limites de exposição ao formaldeído em ambientes de trabalho. O patamar de exposição ocupacional permitido no Brasil é de 1,6 ppm (2mg/m3) até 48h/semana e o dos Estados Unidos, por exemplo, que é de 0,75 ppm em 8h (± 1mg/m3) em 1 dia de trabalho. Embora os níveis permitidos aqui são inferiores a norma americana (OSHA, 2002), há de se questionar o cumprimento da mesma pelos órgãos de fiscalização, a informação e compreensão por parte dos trabalhadores de que se trata de agente cancerígeno. O estabelecimento e cumprimento dos limites de exposição são importantes para evitar/reduzir o quadro de intoxicação aguda por formol.

Em relação ao câncer, ressalta-se que não há limites seguros de exposição a agentes cancerígenos.

– Apesar das leis que proíbem o uso de formol como alisante de cabelos, essa prática continua sendo utilizada amplamente por salões de beleza no Brasil, mesmo porque a procura pelos efeitos do uso de formol nos cabelos continua crescente.
–  Os cabeleireiros fazem parte de uma força de trabalho que por si só, constituem uma circunstância de risco para o desenvolvimento de câncer, por trabalharem com inúmeras tintas, misturas e produtos já classificados como cancerígenos. Adicionando-se a manipulação do formol, que para essa finalidade, parece ser uma particularidade do nosso país, o risco tende a crescer.
– A Agência Nacional de Vigilância Sanitária vem aos poucos, elaborando leis cada vez mais restritivas ao uso do formol e propondo substituição desse agente em vários produtos. No entanto, empenhos devem ser feitos em relação a fiscalização dos ambientes de trabalho.
– Embora no Rio de Janeiro, haja uma lei específica, sobre a obrigatoriedade de informar ao cliente que frequenta salões de beleza de que o uso do formol está proibido por lei, essa prática não tem sido observada na prática.
– Embora no Brasil, o uso do formol tem ganhado mais atenção pela mídia, dado o uso como alisante de cabelos, não deve ser esquecido o seu uso em outras categorias profissionais como em técnicos de laboratório e patologistas, que geralmente trabalham em locais fechados.

Links:
Agency for Toxic Substances and Disease Registry
Divison of Toxicology / e-mail: atsdric@cdc.gov

 

Fontes:

Clique para acessar o radis_142_fil.pdf

Clique para acessar o perguntas_formol_03_08_11.pdf

http://www.cancer.org.br/noticia/133/mulheres-devem-ficar-alertas-com-uso-de-formol-para-alisar-cabelos

http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=795

 

Agrotóxicos no Brasil

Alimentos impregnados de agrotóxicosAnualmente são usados no mundo aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos. O consumo anual de agrotóxicos no Brasil tem sido superior a 300 mil toneladas de produtos comerciais.

Expresso em quantidade de ingrediente-ativo (i.a.), são consumidas anualmente cerca de 130 mil toneladas no país; representando um aumento no consumo de agrotóxicos de 700% nos últimos 40 anos, enquanto a área agrícola aumentou 78% nesse período.

O consumo desses produtos difere nas diversas regiões do país, nas quais se misturam atividades agrícolas intensivas e tradicionais, e nestas últimas não incorporaram o uso intensivo de produtos químicos.

Os agrotóxicos têm sido mais usados nas regiões Sudeste (cerca de 38%), Sul (31%) e Centro-Oeste (23%). Os estados que mais se destacam quanto à utilização de agrotóxicos são São Paulo (25%), Paraná (16%), Minas Gerais (12%), Rio Grande do Sul (12%), Mato Grosso (9%), Goiás (8%) e Mato Grosso do Sul (5%).

Com relação à quantidade total de ingredientes ativos, as culturas agrícolas brasileiras nas quais mais se aplicam agrotóxicos são: soja, milho, citros, cana-de-açúcar, conforme pode ser observado na Tabela 1. Com o atual crescimento das áreas com cultura de cana-de-açúcar, o consumo de agrotóxicos no Brasil vem se modificando rapidamente.

Pela quantidade total elevada de agrotóxicos usados, algumas culturas agrícolas merecem atenção, não por esses produtos serem aplicados intensivamente por unidade de área cultivada, e sim por essas culturas ocuparem extensas áreas no Brasil, como é o caso da soja, do milho e da cana-de-açúcar. Essas culturas apresentam-se como fontes potenciais de contaminação pelo uso de agrotóxicos em grandes áreas. Outras culturas agrícolas, apesar de ocuparem áreas pouco extensas, destacam-se pelo uso intensivo de agrotóxicos por unidade de área cultivada, como as culturas de tomate e batata – Tabela 2.

Autores: Cláudio Aparecido Spadotto ; Marco Antonio Ferreira Gomes. Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agricultura_e_meio_ambiente/arvore/CONTAG01_40_210200792814.html

Fontes dos dados básicos para os cálculos: SINDAG e IBGE.

 

Mudanças no Calendário de Vacinação

Foram alteradas doses de reforço para vacinas contra meningite e pneumonia, além do esquema vacinal da poliomielite. A vacina da Hepatite B será ampliada para todas as idades. Não será mais aplicada a terceira dose da vacina do HPV.

Os postos de saúde de todo o país já estão com novo calendário de vacinação. As mudanças foram realizadas pelo Ministério da Saúde, a partir do dia 4/1/16.

“Essas mudanças são rotineiras. O Calendário Nacional de Vacinação tem mudanças periódicas em função de diferentes contextos. Sempre que temos uma mudança na situação epidemiológica, mudanças nas indicações das vacinas ou incorporação de novas vacinas fazemos modificações no calendário”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi.

Um das principias mudanças é na vacina papiloma vírus humano (HPV). O esquema vacinal passa para duas doses, sendo que a menina deve receber a segunda dose seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a administração da terceira (dose). Os estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre de 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.

PNEUMOCÓCICA

Para os bebês, a principal diferença será a redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente (para pneumonia e outras doenças causadas pelo Streptococcus pneumoniae), que a partir de agora será aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas poderá ser tomado até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.

PÓLIO

Já a terceira dose da vacina contra poliomielite, administrada aos seis meses, deixa de ser oral e passa a ser injetável. A mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, tendo em vista a proximidade da erradicação mundial da doença. No Brasil, o último caso foi em 1989.

A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois, quatro e seis meses de vida – com a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.

MENINGOCÓCICA

Também houve mudança da vacina meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra a meningite causada pelo meningococo C. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

 

DENGUE

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou que a vacina contra dengue criada pela empresa francesa Sanofi Pasteur, que teve registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 28/12/15, é “muito cara” e que o país ainda estuda se vai adquirir o produto. O Ministério da Saúde espera os resultados dos testes da vacina que está sendo criada pelo Instituto Butantã:

“- A vacina da Sanofi são três doses. Então a gente encontra uma dificuldade para dar uma vacina, chamar a pessoa para vacinar de novo depois de seis meses. E tem uma oscilação em relação aos sorotipos de cobertura”, declarou o senhor ministro.

 

IMPORTANTE SABER:

No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas não distribui para a população todas as vacinas recomendadas pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e Sociedade Brasileira de Pediatria.

 

VACINAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS

O Ministério da Saúde disponibiliza, nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais – CRIEs, produtos imunobiológicos de moderna tecnologia e alto custo, com intuito de beneficiar uma parcela especial da população brasileira que, por motivos biológicos, são impedidos de usufruir dos benefícios dos produtos que se encontram na rotina disponibilizados na rede pública. O Manual dos Cries está disponível.

Clique para acessar o manual-cries-9dez14-web.pdf

A imunização de pessoas com doenças crônicas é assunto de grande complexidade, com diferentes recomendações entre os diversos protocolos, o que requer atualização e incorporação constante de novos conhecimentos.

Nota Informativa Número 149

Referências:

http://www.sbim.org.br/midia/clippings/jornal-nacional-postos-de-saude-recebem-novo-calendario-de-vacinacao-para-2016-06012016/

http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/21518-ministerio-da-saude-realiza-mudancas-no-calendario-de-vacinacao

http://www.sbim.org.br/vacinacao/