As crianças são mais suscetíveis à desidratação do que os adultos devido a alguns fatores: o maior percentual de água corporal total, a superfície corpórea relativamente maior que a dos adultos e a maior incidência de doença diarreica aguda.
Hipovolemia
A causa mais comum da necessidade da terapia de hidratação venosa (THV) em pediatria é a hipovolemia causada por vômitos e diarreia devido à doença diarreica aguda.
A maioria dos casos de desidratação pode ser resolvida pela terapia de reidratação oral. Mas a THV tem indicações precisas, por exemplo, nos casos de choque hipovolêmico.
A desidratação isotônica é a mais frequente e está relacionada à diarreia.
Entretanto, é importante a avaliação do nível sérico do sódio na desidratação a fim de nortear o tratamento em caso de distúrbios graves, evitando assim possíveis danos neurológicos e até o óbito.
Tema importante
A hidratação adequada das crianças é um tema muito sério.
Quanto mais jovem a criança maior é a quantidade de líquidos que o corpo dela precisa. Por isso, se ocorrer perda acentuada e/ou a reposição não for feita de forma adequada há o risco de desidratação, que pode ter graves repercussões.
Riscos
São situações de risco para desidratação: calor, sol, sudorese intensa, febre, baixa ingestão de líquidos e alimentos, vômitos e diarreia.
Para manter a hidratação adequada, preste bastante atenção:
Crianças não devem ficar expostas ao sol entre 10 e 16 horas.
Mesmo nos horários permitidos, em locais como praia e piscina, as crianças devem ficar protegidas do sol direto (guarda-sol, bonés, roupas claras).
Em locais muito quentes não deixe a criança muito tempo brincando em céu aberto. Fracione o tempo para que ela descanse e reidrate-se.
Quando a criança estiver brincando ao ar livre ou mesmo em água chame-a no máximo a cada 15 a 30 minutos para tomar água, sucos naturais ou comer algo fresco como frutas. Ela pode nem perceber que está com sede enquanto brinca.
Cuidado com os alimentos oferecidos à criança, especialmente, em dias quentes. Há maior risco de se deteriorarem e levarem a diarreia e vômitos.
Se a criança conseguir ingerir líquidos e se alimentar de forma regular durante o dia é possível manter a hidratação de forma adequada.
Sinais de hidratação
São bons sinais de que ela está se mantendo hidratada: saliva bem fluida, língua e lábios úmidos e diurese clara. A sede já é sinal de que o organismo perdeu líquido que precisa ser reposto.
Os melhores líquidos/alimentos para manutenção da hidratação são aqueles que a criança está habituada a tomar: leite materno, fórmulas infantis, sucos naturais e frutas frescas.
Não utilize refrigerantes e reidratantes esportivos. Mesmo a água de coco deve ser consumida com moderação.
Atenção especial aos idosos
Perdas gastrointestinais
O trato gastrointestinal é fonte potencial de perdas consideráveis de água e eletrólitos e, deste modo, podem determinar desequilíbrios no volume intravascular e nas concentrações de eletrólitos.
As perdas excessivas devem ser repostas à medida que ocorrem, usando uma solução com o mesmo volume e aproximadamente a mesma concentração de eletrólitos.
Componente
A água é o principal componente do organismo das crianças. Ela atua no equilíbrio da temperatura e atinge todas as células e todos os órgãos do corpo, incluindo o cérebro.
A boa hidratação é fator fundamental para que todas as funções sejam desempenhadas de maneira adequada.
Calor
No verão, os pais devem ter um cuidado ainda maior, já que os dias quentes exigem um aumento no consumo de água.
Segundo a nutricionista Camila Farias, é possível verificar alguns sinais que mostram que os jovens estão bem hidratados, como saliva bem fluida, língua e lábios úmidos e urina clara.
“O consumo de líquido pelas crianças deve ser incentivado pelos pais, para que se torne um habito saudável”, esclarece.
“A quantidade oscila de acordo com algumas variáveis. Por exemplo: nível de atividade física praticado, idade e composição da refeição, pois existem alimentos ricos em água – frutas, como melancia e melão, por exemplo – que podem contribuir para o consumo diário”.
A nutricionista explica que, para a população em geral, a recomendação é feita de acordo com a faixa etária.
Crianças entre 1 e 3 anos de idade devem consumir cerca de 1,3 litros de líquidos por dia. Por outro lado, crianças entre 4 e 8 anos precisam de 1,7 litros diários.
Qualidade
Verificar a qualidade das bebidas também é fundamental, visando, principalmente, evitar a ingestão excessiva de açúcares. “Conforme mencionado, a água participa das funções vitais e não deve ser substituída.
Os pais precisam incentivar o consumo da bebida, mesmo que a criança não peça, explicando a importância dela. Sucos e chás também podem ser oferecidos”.
Outras formas para estimular a boa hidratação no verão:
Inclua mais frutas nas refeições principais e nos lanches, como melancia, melão, laranja e abacaxi.
Coloque uma garrafinha de água na mochila da escola.
As crianças imitam os adultos, principalmente os pais. Por isso, dê o exemplo e beba água, várias vezes ao dia, em frente dos seus filhos.
Mantenha sempre uma garrafa de água com você, caso a criança fique com sede na rua.
Varie a oferta de líquidos. Além da água, ofereça água de coco, chá gelado e suco de fruta natural.
Luciene G. B. Ferreira HUPE/UERJ. Terapia de hidratação venosa. http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=108
A história da coloração dos cabelos parece ter começado com as dinastias antigas do Egito e China, onde havia abundância de corantes naturais minerais e vegetais que eram muito utilizados.
Hena
O mais popular dos corantes vegetais é a Hena, obtida através de extratos da casca e das folhas da planta Lawsonia inermis, resultando numa coloração castanho-avermelhada.
Porém, extratos de outras plantas são comumente adicionados para obter tons mais escuros.
Corantes minerais
Dentre os corantes minerais, vários compostos já foram utilizados como corantes tais como acetato e, sulfeto de chumbo (o popular Kohl utilizado para delinear os olhos), nitrato de prata e também sais de bismuto, cobre e cobalto.
Acetato de chumbo (riscos)
Atualmente, por questões de saúde e segurança, apenas o acetato de chumbo é comercializado e deve conter no máximo 0,6% de chumbo, pois grandes concentrações desse metal no organismo podem ser cancerígenas e causar várias doenças neurológicas e gastrointestinais.
Mas está contraindicado na gravidez e durante o aleitamento. Veja mais informações:
A amamentação permite uma conexão única com o filho, além de ser fundamental para o crescimento e a nutrição do bebê. Por isso, as mamães devem ficar atentas ao que se deve evitar.
As mulheres adultas possuem, em cada mama, entre 15 e 25 lobos mamários, que são glândulas túbulo-alveolares constituídas, cada uma, por 20 a 40 lóbulos. Esses, por sua vez, são formados por 10 a 100 alvéolos.
Envolvendo os alvéolos, estão as células mioepiteliais e, entre os lobos mamários, há tecido adiposo, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, tecido nervoso e tecido linfático.
Manual
O Ministério da Saúde possui um manual de conduta que identifica as drogas usadas frequentemente nos procedimentos de beleza, segundo a categoria de risco na amamentação. Endereço, veja a página 89:
Esse manual considera “compatível com a amamentação” o uso criterioso de tinturas para o cabelo, desde que não contenham chumbo.
No uso criterioso, também se inclui a amônia, utilizada em tinturas para o cabelo. “Não há estudos sobre segurança para uso durante o período da lactação” (amamentação).
Formol
Uso contraindicado durante a amamentação. Uso como alisante de cabelo não é permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária devido ao risco de intoxicação.
Hidroquinona
Uso criterioso durante a amamentação. Evitar uso prolongado.
Tinturas para cabelo
Uso compatível com a amamentação, desde que não contenham o metal chumbo.
Agora, atenção para as mães que amamentam: há a categoria de uso contraindicado nesse período, seja pelas evidências ou risco significativo de efeitos colaterais em que se inclui o alisante de cabelo com formol, que não é permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária devido ao risco de intoxicação.
ATENÇÃO
Durante a gestação a mulher costuma prestar atenção a tudo o que pode ser prejudicial ao seu bebê e normalmente deixa de fazer várias coisas como uma espécie de “sacrifício” pelo bem da saúde de seu bebê que está por vir. Esses cuidados devem mesmo continuar após o parto. Continue pensando na saúde do seu filho.
Graças ao avanço da ciência e da tecnologia existem as tinturas sintéticas acessíveis que, se usadas da maneira correta, garantem que nossa saúde não seja afetada.
Hoje em dia uma grande variedade de corantes e tinturas estão disponíveis para quem queira realçar a cor dos cabelos. A ciência da coloração dos cabelos é uma área muito estudada, apesar da técnica em si não ter sofrido muitas alterações ao longo dos anos.
Tinturas naturais, tais como hena e minerais ainda são usadas, mas a coloração dos cabelos cada vez mais envolve manipulação química. Além disso, a procura por cores exóticas aumenta a cada dia,
Oxidação
O processo de tingimento geralmente é feito por reações de oxidação, permitindo uma penetração profunda do corante no córtex do fio, mas também pode envolver apenas a absorção ou adsorção do corante na superfície do cabelo.
A cutícula do cabelo atua como uma barreira para a absorção de corantes, principalmente os que envolvem moléculas grandes.
A absorção depende da proporção entre o corante e o meio que ele é transportado (água, álcool, creme), da porosidade do cabelo, pH e a carga química (positiva, negativa ou neutra).
A durabilidade da cor desejada depende do tipo de interação entre o tipo tintura escolhida e o fio de cabelo. Os tipos de tintura geralmente são classificados como temporárias, semipermanentes e permanentes.
Temporárias
As temporárias são aquelas que saem na primeira lavagem, disponíveis geralmente em creme ou spray e são uma boa opção pra quem quer mudar a cor do cabelo só por um dia pra alguma ocasião especial.
Quimicamente falando, essas tinturas geralmente são ácidas (pH abaixo de 7,0) e aderem à superfície do fio sem atravessar a barreira da cutícula, o que impede esses produtos de alterarem a estrutura do cabelo. A maioria é solúvel em água e apresenta moléculas grandes (com 15 ou mais átomos de carbono na estrutura).
Semipermanentes
Tinturas semipermanentes são feitas para durar entre 6 a 8 semanas. Conhecidas também como shampoos tonalizantes, podem conter agentes oxidantes em baixas concentrações caso a cor desejada seja em tons de loiro ou vermelhos especiais.
Se não for utilizado agente oxidante não há alteração na estrutura do cabelo, ou seja, a melanina é parcialmente mascarada, mas não é desligada da queratina. As moléculas de corante atravessam a cutícula por difusão com o auxílio de tensoativos ou surfactantes (no caso, o shampoo) e após algumas lavagens o cabelo volta à cor natural.
Permanentes
Para quem espera uma mudança mais radical e duradoura as tinturas permanentes são as mais indicadas. É possível encontrar kits prontos em lojas especializadas de cosméticos. O kit normalmente conta com uma bisnaga com o creme e o precursor da cor e um tubo contendo uma solução do agente oxidante (em geral peróxido de hidrogênio líquido ou em creme). Esse processo envolve uma série de reações químicas desde a formação do corante, quebra das ligações entre as melaninas e a queratina até o acoplamento das moléculas de corante no córtex.
Entenda o que afeta os cabelos e os tratamentos que são permitidos. Não é porque o bebê nasceu que você está livre para abusar dos procedimentos químicos. Cautela é a palavra de ordem. Mas, nada de desanimar. Existem alternativas seguras e eficazes.
Queda livre
“O problema é que, de 2 a 4 meses após o parto, os cabelos podem começar a cair, devido à readequação hormonal e o fim da fase de estabilização”, avisa Bedin.
“Não raro, a mulher enfrenta um processo que chamamos de eflúvio telógeno pós-parto, em que todos os cabelos que nasceram e cresceram durante a gestação caem de uma só vez”, completa.
Independe do tipo de cabelo
Mas Barsanti tranquiliza, “o processo é natural e tende a se normalizar por volta do 6º mês. E vale ressaltar que o aumento da queda não tem nada a ver com a amamentação”, diz. “O quadro também independe do tipo de cabelo: seco, oleoso, normal”, complementa a dermatologista Luciana Scattone, de São Paulo. “Ele se manifesta, exclusivamente, por causa da queda das taxas hormonais”, reitera.
Até 8 meses
Contudo, caso o problema persista após o 8º mês, ou se note uma alteração importante na forma ou textura do cabelo, é necessário procurar um médico tricologista (por exemplo, um dermatologista especializado em recuperação capilar) para investigar e resolver qualquer problema clínico que possa estar por trás do desequilíbrio.
Alopécia androgenética
Isso porque a gestação pode desencadear algumas doenças, cujos sintomas podem incluir a derrocada capilar. É o caso da alopecia androgenética, das doenças autoimunes, da depressão pós parto, das alterações da tireoide, de disfunções nutricionais, entre outras.
Barsanti também chama a atenção para o hábito comum das mamães de prender os cabelos para executar as novas tarefas que os cuidados com o bebê exigem. Isso é bastante prejudicial, pois promove o arrancamento dos fios, provocando um quadro denominado alopecia (calvície) de tração.
“Diferentemente da queda pós-parto, esse caso é irreversível, os cabelos não voltam a crescer” alerta. O ideal, segundo ele, é recorrer a toucas ou redes para prender o cabelo, ou repensar o corte, optando por um mais prático, adaptando o comprimento e a estética dos fios para as novas funções maternais.
Problemas capilares mais comuns
Por fim, o dermatologista Adriano Almeida, de São Paulo, lista quais são os problemas capilares mais comuns no pós-parto: dermatite seborreica, queda e quebra dos fios.
Tratamentos
É importante lembrar que todo procedimento estético ou clínico, durante a gravidez e pós-parto, deve ser autorizado pelo médico que acompanha a mulher, pois cada caso difere de outro em termos de indicação. Mas, vamos adiantar algumas sugestões excelentes, eleitas por especialistas, e orientações sobre o que pode ou não ser feito.
Permitidos
Barsanti recomenda os procedimentos não tóxicos, como uso de adstringentes (para cabelos oleosos), “anti-frizz”, máscaras regeneradoras e os produtos pós-enxágue (leave-in).
“Quanto mais naturais forem os ativos contidos nos produtos cosméticos (óleo vegetal de coco, aveia, extrato de rosas brancas, alecrim, sálvia, manteiga de carité e outros), mais segura será a utilização”.
Segundo Bedin, as tinturas semi permanentes e as temporárias estão liberadas, pois são aquelas que não contêm água oxigenada. Os tratamentos com queratina (cauterização, queratinização) também são considerados inofensivos.
Para prevenir a quebra dos fios, Almeida sugere hidratação.
Reforço no prato
“Uma alimentação rica em proteínas, cálcio, ferro, zinco e vitaminas do complexo B ( B5 e B6 principalmente), durante e após a gestação, é muito importante para a saúde dos cabelos e para minimizar o efeito de queda no pós- parto”, ensina Barsanti.
No rol dos alimentos que contemplam esses nutrientes, estão: carne bovina, fígado, peixes, frango, ovos, soja, vegetais, levedo de cerveja, legumes. E vale reforçar que é essencial maneirar no açúcar e na gordura, além de beber de 6 a 8 copos de água por dia.
Com restrição
As tinturas e os alisamentos só podem ser realizados após o 6º mês de gestação e com aval do obstetra. Mesmo assim, devem ser evitados. “Outra alternativa que pode ser prescrita pelo médico para diminuir a intensidade da queda é a administração de suplementos vitamínicos”, diz Luciana Scattone.
As tinturas permanentes (aquelas que envolvem o descoloramento) e os relaxamentos (que têm na composição produtos mais agressivos, como o tioglicolato) devem ser discutidos com o obstetra.
Proibições
Jamais realize qualquer procedimento químico ou estético se houver antecedentes alérgicos a qualquer componente da fórmula. Também é contraindicado se submeter a dois tratamentos capilares simultaneamente.
Resumo dos tratamentos
Hidratação: recomendada para repor a queratina e a umidade dos cabelos, deixando-os mais sedosos e brilhantes. Os produtos empregados são à base de: queratina, proteínas, vitaminas, extrato de seda, óleos vegetais, ceramidas, silicone e lanolina.
Anti-frizz: são produtos feitos para abaixar o volume e atenuar o efeito arrepiado dos fios. Geralmente à base de silicone, devem ser espalhados em pequena quantidade, pois em excesso deixam os cabelos pegajosos. Em geral, dispensam enxágue.
Máscara regeneradora:tratamento para fortalecer os fios, tanto internamente como externamente, devolvendo a força e o viço. Os produtos desse tratamento devem fechar as escamas e recuperar as cutículas danificadas.
Nutricosméticos: também chamados de pílulas da beleza, têm a finalidade de nutrir a pele de dentro para fora. Contêm vitaminas, minerais, ervas e aminoácidos, que previnem o envelhecimento e a queda capilar.
Cauterização: o principal benefício desse tratamento é que ele retoma a elasticidade do cabelo. O tratamento também suaviza as pontas duplas e os fios arrepiados.
Queratinização: esse tratamento capilar repõe a força e a vitalidade do cabelo por meio da queratina.
Relaxamento: opção para quem deseja baixar o volume do cabelo, sem recorrer ao alisamento, deixando-o com um ar mais natural. Mas, diferentemente do alisamento, que dura meses, o relaxamento precisa ser retocado a cada 40 ou 60 dias.
Por fazer luzes, você deve lavar menos o cabelo (evite lavá-lo todos os dias), independente do seu tipo de fio. Porque o procedimento resseca e lavar muito irá agravar o problema e desbotar a cor.
Quando escolher xampu e condicionar, procure por fórmulas específicas para manter e proteger a cor. Prefira produtos sem sulfato.
PROTEJA OS FIOS DE FERRAMENTAS QUENTES
Secador, chapinha e babyliss danificam qualquer tipo de fio, mas são especialmente ameaçadores para quem faz luzes.
Para quem usa alguma delas (ou todas), é preciso minimizar o dano. Use um creme ou spray para proteger o cabelo antes de usar uma dessas ferramentas. E não se esqueça de aplicar no cabelo todo comprimento e pontas.
EVITE O SOL
Quando for à piscina, use um chapéu ou um boné para evitar que os raios solares atinjam os fios. Eles também ressecam e alteram a cor. Se não tiver jeito, existem produtos para o cabelo com FPS, aplique antes de se expor ao sol.
PREPARE-SE PARA A PISCINA
Loiras não naturais pensam que no primeiro mergulho que derem na piscina vão ficar com os fios verdes. Há algumas maneiras de prevenir isso. Colocar uma toca pode ser uma boa proteção.
Porém, se não for seu estilo, você deve preparar os fios antes de entrar na piscina:
Aplique condicionador antes de entrar na piscina ou no mar para criar uma barreira de proteção entre seu cabelo e a água salgada ou clorada.
Depois de sair da piscina, enxágue seu cabelo assim que possível para remover os resíduos. Se você nada com frequência e percebeu algum tom verde nos seus fios, use um xampu de limpeza profunda. Mas se o verde persiste, você deve procurar seu cabeleireiro.
Uma das coisas que mais preocupam os pais é a inapetência de seus filhos.
Depois de preparar a comida com cuidado e amor, é difícil entender por que eles se recusam a comer. Mas, antes de sentir angústia ou culpa, saiba que na maioria dos casos a falta de apetite é temporária e pode ser contornada.
Afastar doenças
Recomenda-se consultar o médico assistente para descartar eventuais doenças que podem tirar seu apetite. Por exemplo, anemia, parasitose intestinal (verminose), entre outras.
Se nada for constatado e a criança estiver saudável, é preciso adotar certas medidas.
Rotina
A primeira é manter um intervalo em torno de duas ou três horas entre as refeições, para que seu filho esteja com fome na hora de comer.
Se ele for almoçar às 11 horas, não deve ingerir nada (nem sucos), a partir das 9h da manhã.
Fatores que podem influenciar o apetite da criança na fase pré-escolar
Resfriado, dor de garganta ou de ouvido levam o apetite embora mesmo.
Algumas doenças levam até uma semana para restabelecer a rotina de alimentação, mas isso não deve ser motivo de preocupação excessiva, pois o organismo dos pequenos costuma possuir reservas para enfrentar essas situações. Nesses momentos, é preciso ter muita paciência e tentar estimulá-lao a se alimentar.
Prisão de ventre
A criança que não possui o hábito intestinal regular pode sofrer de constipação intestinal, apresentar dores abdominais, ser mais irritada e ter menos apetite.
Deve-se dar atenção especial à qualidade da alimentação. O pré-escolar deve comer quantidade adequada de frutas, verduras e legumes ricos em fibras para a formação do bolo fecal.
De preferência, os alimentos prediletos
Ofereça os alimentos de que a criança mais gosta e sob a forma que aceita melhor. Dê preferência aos de consistência adequada, mais fáceis de engolir.
Hidratar na hora certa
As crianças têm preferência por líquidos, principalmente na fase aguda febril.
O apetite deverá voltar ao normal, ao poucos, quando houver recuperação da saúde.
Para evitar que ela fique desidratada, ofereça ao longo do dia muito líquido. Pode ser água, suco ou leite.
Menor quantidade, menor intervalo
Dê quantidades pequenas de comida por refeição e com maior frequência.
Caso a criança queira apenas um tipo de alimento, mantenha esse cardápio até que ela se recupere.
Seja mais flexível quanto a horários e locais das refeições.
Não obrigue a criança a comer. Isso a deixará nervosa e reduzirá ainda mais o seu apetite.
Uma boa opção para esse período de inapetência é uma sopinha de galinha.
Alguém compra e dá a “besteira”?
Petiscos: alguns pais referem que seus filhos “beliscam besteiras” entre as refeições. Quem são os responsáveis?
Se estes têm consciência de que se trata de “besteira”, podem se queixar de que as crianças não se alimentam direito e solicitar medicamentos estimulantes de apetite?
Nunca engane seu filho
Especialistas aconselham não disfarçar alimentos para enganar a criança se, por exemplo, ela está numa fase de só querer determinada comida.
Também não convém oferecer a refeição em lugares pouco convencionais, como no quarto, na varanda ou na sala de TV. Tais atitudes só pioram o quadro.
As refeições devem ser no mesmo local e horário.
Bebidas
Para driblar a inapetência da criança, evite dar bebidas durante as refeições, pois reduzem o apetite, e não encha demais o prato dela.
A capacidade gástrica da criança é menor do que a de um adulto. Portanto, se houver ingestão de grande volume de líquidos não haverá espaço para a refeição.
Deve-se limitar o consumo de líquidos durante as refeições.
O ideal é servir porções menores e esperar que ela queira repetir.
A Câmara Técnica de Medicina Aeroespacial do Conselho Federal de Medicina elaborou um documento com informações sobre possíveis complicações que podem ocorrer dentro do avião e cuidados que devem ser tomados antes de um voo.
GESTANTES
Recomenda-se que os voos sejam precedidos de uma consulta ao médico.
De forma geral, as seguintes medidas devem ser observadas:
As mulheres que apresentarem dores ou sangramento antes do embarque não devem fazê-lo.
Evitar viagens longas, principalmente em casos de incompetência ístmo-cervical, atividade uterina aumentada ou partos anteriores prematuros.
A partir da 36ª semana, a gestante necessita de uma declaração do seu médico permitindo o voo.
Em gestações múltiplas a declaração deve ser feita após a 32ª semana.
A partir da 38ª semana, a gestante só pode embarcar acompanhada dos respectivos médicos responsáveis.
Gestação ectópica é contraindicação para o voo.
Não há restrições de voo para a mãe no pós-parto normal, mesmo no pós-parto imediato.
CRIANÇAS
No caso de um recém-nascido, é prudente que se espere pelo menos uma ou duas semanas de vida até a viagem.
Isso ajuda a determinar, com maior certeza, a ausência de doenças, congênitas ou não, que possam prejudicar a criança no voo.
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
Viagens aéreas são contraindicadas para passageiros e tripulantes com infecções ativas (pneumonia e sinusite) porque essas doenças podem alterar as respostas fisiológicas humanas habituais ao voo.
Infecções
Passageiros e tripulantes com infecções pulmonares contagiosas (tuberculose e pneumonia) não devem embarcar, pois pode ocorrer agravamento dos sintomas, complicações durante e depois do voo, além do risco de disseminação da doença entre os outros passageiros.
Asma
Quadros graves, instáveis ou de hospitalização recente de asma brônquica (doença respiratória mais comum entre os viajantes) também são incapacitantes para o voo.
DPOC
Pessoas com bronquite crônica e enfisema pulmonar apresentam reduzida capacidade de oxigenar o sangue, o que pode descompensar os sintomas da doença durante o voo.
Por isso, esses viajantes devem buscar orientação médica especializada antes de embarcarem para que seja determinado se há necessidade de suporte de oxigênio por ocasião do deslocamento.
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Os pacientes e tripulantes acometidos de complicações cardiovasculares devem ser orientados a adiar os voos durante o período de estabilização e recuperação.
De acordo com as orientações da Sociedade de Medicina Aeroespacial, os prazos a serem observados são os seguintes (recomenda-se que o paciente seja avaliado por seu médico assistente antes de embarcar, pois os mesmos podem ser ampliados ou reduzidos, de acordo com o caso):
Infarto não complicado: aguardar 2 a 3 semanas.
Infarto complicado: aguardar 6 semanas.
Angina instável: não deve voar.
Insuficiência cardíaca grave e descompensada: não deve voar.
Insuficiência cardíaca moderada: verificar com o médico se há necessidade de utilização de oxigênio durante o voo.
Revascularização cardíaca: aguardar 2 semanas.
Taquicardia ventricular ou supraventricular não controlada: não voar.
Marcapassos e desfibriladores implantáveis: não há contraindicações.
AVC
Nos casos de Acidente Vascular Cerebral, deve-se levar em consideração o estado geral do passageiro e a extensão da doença.
Recomenda-se observar os prazos de recuperação abaixo antes do embarque:
AVC isquêmico pequeno: aguardar 4 a 5 dias.
AVC em progressão: aguardar 7 dias.
AVC hemorrágico não operado: aguardar 7 dias.
AVC hemorrágico operado: aguardar 14 dias.
PÓS-OPERATÓRIO E PACIENTES EM RECUPERAÇÃO
Pós-operatório torácico:
Casos de pneumectomia (retirada do pulmão) ou lobectomia pulmonar recente (retirada parcial do pulmão): recomenda-se uma avaliação médica pré-voo, com determinação da normalidade da função respiratória, principalmente no que diz respeito à oxigenação arterial.
Casos de pneumotórax: é uma contraindicação absoluta. Deve-se esperar de duas a três semanas após drenagem de tórax e confirmar a remissão pelos Raios-X.
Pós-operatório neurocirúrgico:
Após trauma cranioencefálico ou qualquer procedimento neurocirúrgico, pode ocorrer aumento da pressão intracraniana durante o voo.
Aguardar o tempo necessário até a confirmação da melhora do referido quadro compressivo por tomografia de crânio.
CIRURGIA ABDOMINAL
Contraindicado o voo por 2 semanas, em média.
Deve-se aguardar a recuperação do trânsito habitual (intestinal) do paciente, pois a presença de ar em alças sem eliminação adequada no pós-operatório de cirurgias recentes, pode determinar a sua expansão excessiva em voo.
Pós-cirurgia laparoscópica: o voo pode ocorrer assim que a distensão pelo ar injetado tenha desaparecido e as funções do órgão operado retornado ao normal.
Nos procedimentos onde foi injetado ar ou gás em alguma parte do corpo: aguardar o tempo necessário para a reabsorção ou a eliminação do excesso de ar ou gás injetado.
Pós-anestesia raquidural: o voo pode causar dor de cabeça severa até 7 dias após a anestesia.
Após anestesia geral: não há contraindicação, desde que o paciente tenha se recuperado totalmente.
FRATURAS
Fraturas instáveis ou não tratadas são contraindicadas para voo.
Importante: considerando que uma pequena quantidade de ar poderá ficar retida no gesso, aqueles feitos entre 24-48 horas antes da viagem, devem ser bivalvulados para evitar a compressão do membro afetado por expansão normal do ar na cabine durante o voo.
TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
Distúrbios – Pessoas com transtornos psiquiátricos, cujo comportamento seja imprevisível, agressivo ou não seguro, não devem voar.
Já aqueles com distúrbios psicóticos estáveis, em uso regular de medicamentos e acompanhados, podem viajar.
Epilepsia– A maioria dos epilépticos pode voar seguramente, desde que estejam usando a medicação. Aqueles com crises frequentes devem viajar acompanhados e estarem cientes dos fatores desencadeantes que podem ocorrer durante o voo, tais como: fadiga, refeições irregulares, hipóxia e alteração do ritmo circadiano. Recomenda-se esperar 24-48h após a última crise antes de voar.
OBSERVAÇÕES GERAIS
Medicação– Recomenda-se levar medicação prescrita pelo médico em quantidade suficiente para ser utilizada durante toda a viagem.
Os remédios devem estar sempre à mão, preferencialmente acompanhados pela receita do médico, com as dosagens e os horários em que devem ser administrados.
Em caso de deslocamentos que impliquem em mudança de fuso horário, o médico assistente deve ser consultado para avaliar se há necessidade de ajustar os horários de ingestão dos medicamentos.
Enjoos – As pessoas mais susceptíveis a terem enjoo durante o voo são aquelas que já o apresentam quando andam de ônibus, carro ou navio.
Estas devem evitar a ingestão excessiva de líquidos, comida gordurosa, condimentos e refrigerantes que podem facilitar seu aparecimento.
Perto da asa
Recomenda-se também, como medida de precaução, que utilizem os assentos próximos às asas do avião por ser o local de voo menos turbulento e, por conseguinte, menos propenso a induzir náuseas e vômitos.
Procurar assistência e/ou orientação médica antes do voo, caso o passageiro ou tripulante apresente:
Febre alta, tremores com piora progressiva dos episódios;
Sangue ou muco nas fezes;
Vômitos que impeçam a ingestão de líquidos;
Sintomas persistentes após uso de medicamentos sintomáticos;
Sintomas, especialmente se usa diuréticos, imunossupressores ou remédios para diabetes e/ou hipertensão.
Urticária são lesões vermelhas e inchadas, como vergões, que aparecem na pele rapidamente e coçam muito. O nome da lesão é urtica.
Elas podem ser pequenas, isoladas ou se juntar e formar grandes placas vermelhas, com desenhos e formas variadas, sempre acompanhado de coceira. Podem aparecer em qualquer área do corpo.
Mudam de lugar
Normalmente as lesões mudam de lugar e algumas vão sumindo e outras aparecendo. Cada lesão que aparece dura menos de 24 horas e pode sumir completamente, sem deixar marcas.
Podem ocorrer várias vezes ao dia ou aparecer sempre no mesmo horário, por exemplo, ao acordar, durante a tarde ou à noite. A coceira costuma ser muito intensa e atrapalha a vida, o trabalho e o sono.
O edema (inchaço) da derme superficial é denominado urticária, enquanto o edema da derme profunda, do subcutâneo e do trato gastrointestinal é chamado de angioedema.
Angioedema
Pode ocorrer edema nos lábios, pálpebras, língua, garganta, genitais, mãos e pés. Esse inchaço é chamado de angioedema, que, assim como a urticária, regride e some sem deixar marcas.
O angioedema pode ser acompanhado, ou não, de falta de ar, dor abdominal ou dor para engolir. Essa forma é mais grave e pode levar ao óbito.
Classificações
Características
A urtica é lesão elementar dermatológica constituída por três características típicas:
(I) edema central de tamanho variado, circundado por eritema (vermelhidão) reflexo;
(II) prurido (coceira) associado;
(III) natureza efêmera, com a pele retornando ao aspecto normal geralmente em período que varia de uma a 24 horas.
O angioedema é definido por:
(I) edema súbito e acentuado da derme profunda e subcutâneo;
(II) maior frequência do sintoma de dor em relação ao prurido;
(III) acometimento frequente das membranas mucosas, e
(IV) resolução do quadro em torno de 72 horas, de forma mais lenta em relação às urticas.
Aguda
A urticária que melhora até 6 semanas é chamada de urticária aguda. Pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum em adolescentes e adultos jovens.
Crônica
É dita crônica quando persistir por mais de seis semanas e ocorre com cerca de 30-50% dos pacientes com urticária.
Raramente, apesar de investigação adequada, se encontra a etiologia. Em geral, atinge o sexo feminino de idade adulta.
O que causa?
Algumas causas comuns que desencadeiam a urticária são medicamentos (antibióticos, analgésicos, anti-inflamatórios, vitaminas etc.), alimentos (corantes, conservantes e aditivos), infecções (bactérias, vírus e parasitas), estímulos físicos (calor, sol, frio, fricção e vibração), picada de insetos, doenças endócrinas (tireoidites) ou reumatológicas (lúpus eritematoso), doenças malignas (linfomas e tumores) e, em muitas vezes, a causa não é determinada.
Quando é desencadeada a urticária, ocorre uma reação na qual substâncias são liberadas e irão causar o edema e a coceira na pele. A principal delas é a histamina.
Sintomas e sinais
O sintoma mais comum é a coceira, mas as lesões podem tem a sensação de ardor ou queimação.
As lesões (urticas) vermelhas e inchadas podem ter desde milímetros a centímetros de tamanho, estar isoladas ou se juntar formando placas extensas.
Localizam-se em algumas regiões do corpo ou podem atingir quase toda a pele (chamada de urticária gigante). A forma das lesões é variada, pode ter contornos em arcos, em círculos, vergões, formando desenhos irregulares e estranhos.
A duração das urticas é breve, algumas vão sumindo após algumas horas, enquanto outras vão surgindo. Cada lesão permanece no máximo 24 h desde seu aparecimento.
Quando regridem, não deixam marcas e desaparece também a coceira. Os sinais e sintomas da urticária podem reaparecer a qualquer momento, durante horas, dias ou meses.
Inchaço rápido
No angioedema ocorre inchaço rápido, intenso e localizado, que atinge normalmente pálpebras, lábios, língua e garganta, algumas vezes dificultando a respiração, constituindo risco de vida. As lesões de angioedema podem durar mais de 24 horas.
Existe uma complicação chamada anafilaxia em que a reação alérgica envolve todo o corpo, determinando náuseas, vômitos, queda da pressão arterial, edema de glote (garganta) com dificuldade para respirar. É grave e necessário o atendimento de emergência.
Diagnóstico
O diagnóstico da urticária e do angioedema são feitos principalmente pela história detalhada da doença e pelos sinais e sintomas que o paciente apresenta.
Alguns exames laboratoriais, como de sangue, fezes e urina podem ser solicitados para tentar identificar a causa da urticária ou encontrar doenças associadas. Mas muitas vezes a causa específica não é encontrada.
A biópsia da pele pode ser realizada em casos de difícil controle ou para diferenciar de outras doenças da pele.
Tratamento
O principal tratamento da urticária é descobrir e afastar a causa quando possível. Evitar calor, bebidas alcoólicas e estresse que são fatores que pioram a irritação.
A dieta alimentar sem corantes, conservantes, embutidos (frios, salsicha etc.), enlatados, peixe e frutos do mar, chocolate, ovo, refrigerantes e sucos artificiais, costuma ajudar a melhorar mais rápido, evitando o reaparecimento das lesões durante o tratamento.
Medicamentos
Medicações do tipo antialérgicos são indicados como primeira opção para o tratamento da urticária. Outras medicações como corticoesteroides e imunossupressores também podem ser utilizados, de acordo com a avaliação médica.
Casos graves de angioedema ou anafilaxia devem ser levados ao serviço de emergência.
O tratamento deve sempre ser indicado pelo médico após estudo detalhado de cada caso. A automedicação pode prejudicar muito o tratamento e o controle da urticária.
Observações finais
Mesmo sem se descobrir a causa, a urticária é controlada em mais da metade dos casos entre seis meses até um ano. Em cinco anos, cerca de 90% dos pacientes estão sem a doença.
A melhor forma de evitar a urticária é afastar-se das causas conhecidas de alergia.
A caxumba é uma doença causada pelo Paramyxovirus da classe Rubulavirus, um tipo de vírus que acomete caracteristicamente as glândulas parótidas, que são as maiores das três glândulas salivares.
Também chamada de papeira ou parotidite (epidêmica), tem um período de incubação de duas ou três semanas.
Sintomas
Os principais sintomas da doença são: febre, dor na face e aumento do volume das glândulas salivares. Ela também pode provocar dor no corpo e na cabeça.
Complicações mais graves são raras, mas podem ocorrer. Entre elas inflamação nos testículos (orquite), inflamação nos ovários (ooforite) em mulheres acima de 15 anos, inflamação do pâncreas (pancreatite) e inflamação que envolve cérebro e meninges (meningoencefalite).
Transmissão
A transmissão é principalmente aérea, por meio de gotículas de saliva do doente que possui o vírus.
É considerada altamente contagiosa. O Paramyxovirus é transmitido por contato direto com gotículas de saliva ou perdigotos de pessoas infectadas. Costumam ocorrer surtos da doença no inverno e na primavera e as crianças são as mais atingidas.
É importante destacar que a pessoa com caxumba é capaz de transmitir o vírus cerca de uma semana antes de aparecerem os sintomas e até nove dias depois destas manifestações.
Assim, sugere-se que o paciente fique longe do trabalho ou da escola, uma vez que existe a possibilidade de contaminar outras pessoas.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é clínico e com auxílio de exame de sangue. Não há tratamento específico, o que se faz é aliviar os sintomas com anti-inflamatórios. São indicados repouso, o uso de medicamentos analgésicos e observação de possíveis complicações.
No caso de inflamação nos testículos, o repouso e o uso de suspensório escrotal são fundamentais para o alívio da dor.
Entre as doenças que devem ser descartadas no diagnóstico da caxumba está a mononucleose infecciosa. Veja a figura:
Prevenção
A prevenção é feita com o uso de vacina produzida com o vírus vivo atenuado da doença e faz parte do Calendário Básico de Vacinação. Em geral, está associada à época de vacinas contra sarampo e rubéola. As três juntas compõem a vacina tríplice viral. A primeira dose deve ser administrada aos doze meses e a segunda, entre quatro e seis anos.
Atenção: mulheres que nunca tiveram caxumba, nem tomaram a vacina, devem procurar um posto para serem vacinadas antes de engravidar. Na gestação, a doença pode provocar aborto.
Deve-se ter em mente que existe a possibilidade de reinfecção quando a vacina perde a eficácia com o decorrer dos anos. Para uma pessoa que adquiriu caxumba, a recomendação é procurar um médico para diagnóstico e acompanhamento.
Saiba mais
Após a puberdade, pode causar inflamação e inchaço doloroso dos testículos (orquite) nos homens ou dos ovários (ooforite) nas mulheres e levar à esterilidade. Por isso, é necessário redobrar a atenção nestes casos e ter acompanhamento médico.
Prevenção
A melhor maneira de evitar a caxumba é através da vacinação aos 12 e 15 meses de vida. Caso uma pessoa seja afetada, ela não deve comparecer à escola ou ao trabalho durante nove dias após início da doença. É preciso, ainda, desinfectar os objetos contaminados como secreções do nariz, da boca e da garganta do enfermo.
A vacinação de bloqueio é recomendada para quem manteve contato direto com pessoas doentes.
O que acrescenta o Ministério da Saúde, em nota oficial:
(…) Não existe tratamento específico, indicando-se apenas repouso, analgesia e observação cuidadosa quanto à possibilidade de aparecimento de complicações. O Sistema Nervoso Central (SNC), com frequência, pode estar acometido sob a forma de meningite asséptica, quase sempre de evolução benigna e que não deixa sequelas, mas raramente pode ocorrer encefalite. Nos casos que cursam com meningite asséptica e encefalites, o tratamento é sintomático. Pode ocorrer também, inflamação dos ovários (ooforite) e, raramente, pancreatite.
Além dessas complicações, pode ocorrer a orquite, que é uma inflamação aguda ou crônica do(s) testículo(s) (uni ou bilateral) que, se não tratada adequadamente ou a tempo, pode levar à impotência ou à esterilidade.
Caxumba pode causar surdez e meningite (6)
Período de transmissibilidade: varia entre 6 a 7 dias antes das manifestações clínicas até 9 (nove) dias após o surgimento dos sintomas. O vírus pode ser encontrado na urina até 14 dias após o início da doença.
Período de incubação: de 12 a 25 dias; em média, de 16 a 18 dias.
Complicações: meningite asséptica, pancreatite, tireoidite, neurites, orquiepididimite, ooforite, miocardite e nefrite. Uma complicação rara é o desenvolvimento de encefalite, podendo levar a edema cerebral, manifestações neurológicas graves e óbito. Como sequelas, podem ocorrer surdez unilateral (secundária à neurite do oitavo par craniano) e atrofia testicular, sendo de ocorrência rara a esterilidade. (7)
A parotidite é a manifestação mais comum da caxumba, ocorrendo em 30% a 40% das pessoas infectadas, e em 60% a 70% daquelas com manifestação clínica. O envolvimento do sistema nervoso central (SNC) é a manifestação extra-salivar mais frequente.
Após a puberdade, pode causar inflamação e inchaço doloroso dos testículos (orquite) nos homens ou dos ovários (ooforite) nas mulheres e levar à esterilidade.
Aproximadamente 30% a 40% das infecções são assintomáticas. O período de transmissibilidade corresponde ao intervalo de um a dois dias antes de iniciar o edema das glândulas salivares até nove dias após seu início.
Não há relato de óbitos relacionados à parotidite e, após a infecção, o paciente adquire imunidade de caráter permanente. Entretanto, sua ocorrência durante o primeiro trimestre da gestação pode ocasionar aborto espontâneo.
Cuidados
O tratamento não é específico, indicando-se apenas repouso, uso de medicamentos para aliviar a febre e dor local e observação cuidadosa quanto à possibilidade de aparecimento de complicações.
No caso de orquite (inflamação nos testículos), o repouso e o uso de suspensório escrotal são fundamentais para o alívio da dor.
Nos casos que cursam com meningite asséptica e encefalites, o tratamento também é sintomático, conforme orientação médica.
A administração da vacina é contraindicada em casos de uso recente de imunoglobulinas, ou de transfusão sanguínea nos últimos 3 meses, imunodeficiência (leucemia e linfoma), uso de corticosteroide e gravidez. Pacientes com infecção sintomática HIV, mas que não estejam severamente imunocomprometidos, devem ser vacinados após avaliação médica.
Pesquisas:
Greenland K. e colaboradores (3) investigaram um surto de caxumba numa população estudantil universitária corretamente vacinada nos Países Baixos e publicaram na conceituada revista internacional Vaccine. Os autores realizaram um estudo de coorte retrospectivo entre membros da sociedade universitária em Delft, Leiden e Utrecht.
Objetivamente, 989 alunos participaram (taxa de resposta de 20%). O registro do estado vacinal estava disponível para 776 indivíduos, dos quais 760 (98%) tinham sido vacinados pelo menos uma vez e 729 (94%), pelo menos duas vezes. A taxa de ataque de caxumba foi de 13,2% (IC 95% 11,1-15,5%). (…)
A causa mais provável desse surto foi a intensa mistura social durante a festa e o fato de estarem num ambiente comum. A alta cobertura de vacinação na infância não impediu o surto de caxumba nessa população estudantil.
São Paulo registrou aumento de 82% nos casos de caxumba em 2015. Epidemiologistas europeus (4) estão investigando surtos de caxumba em 18 países.
Mumps outbreak among vaccinated university students associated with a large party, the Netherlands, 2010. Greenland K; Whelan J; Fanoy E; Borgert M; Hulshof K; Yap KB; Swaan C; Donker T; van Binnendijk R; de Melker H; Hahné S. Vaccine; 30(31): 4676-80, 2012 Jun 29. Artigo em Inglês| MEDLINE | ID: mdl-22579874
ERIKSEN, I. DAVIDKIN, G. KAFATOS, N. ANDREWS, C. BARBARA, D. COHEN, A. DUKS, A. GRISKEVICIUS, K. JOHANSEN, K. BARTHA, B. KRIZ, G. MITIS, J. MOSSONG, A. NARDONE, D. O’FLANAGAN, F. DE ORY, A. PISTOL, H. THEETEN, K. PROSENC, M. SLACIKOVA and R. PEBODY (2013). Seroepidemiology of mumps in Europe (1996–2008): why do outbreaks occur in highly vaccinated populations?. Epidemiology and Infection, 141, pp 651-666. doi:10.1017/S0950268812001136.
Causada pelo fungo Sporothrix schenckii, a esporotricose é uma micose que pode afetar animais e humanos.
Desde o final da década de 1990, no Estado do Rio de Janeiro, tem sido grande a ocorrência da doença em animais, especialmente em gatos.
Cuide-se e cuide do animal
Há tratamento para a micose e o diagnóstico dos animais já pode ser feito na maioria das clínicas veterinárias. Por isso, não abandone, maltrate ou sacrifique o animal com suspeita da doença.
Procure o tratamento adequado e se informe sobre os cuidados que deve ter para cuidar de seu animal sem colocar em risco a própria saúde. São essas algumas das orientações dos veterinários que estudam o agravo.
Na Fiocruz, o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) é a unidade que pesquisa a esporotricose. Alguns de seus pesquisadores responderam perguntas selecionadas a partir das questões mais frequentes.
1. Quais são os principais sinais clínicos e sintomas da esporotricose?
Nos gatos, as manifestações clínicas da esporotricose são variadas.
Os sinais mais observados são as lesões ulceradas na pele, ou seja, feridas profundas, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente. A esporotricose está incluída no grupo das micoses subcutâneas.
2. A esporotricose atinge quais animais? Como é o contágio?
Embora a esporotricose já tenha sido relacionada a arranhaduras ou mordeduras de cães, ratos e outros pequenos animais, os gatos são os principais animais afetados e podem transmitir a doença para os seres humanos.
O fungo causador da esporotricose geralmente habita o solo, palhas, vegetais e também madeiras, podendo ser transmitido por meio de materiais contaminados, como farpas ou espinhos.
Animais contaminados, em especial os gatos, também transmitem a doença, por meio de arranhões, mordidas e contato direto da pele lesionada.
3. A esporotricose se manifesta em humanos?
Sim. O homem pega o fungo geralmente após algum pequeno acidente, como uma pancada ou esbarrão, onde a pele entra em contato com algum meio contaminado pelo fungo.
Por exemplo: tábuas úmidas de madeira.
Outra forma de contágio são arranhões e mordidas de animais que já tenham a doença ou o contato de pele diretamente com as lesões de bichos contaminados.
Mas, vale destacar: isso não significa que os animais doentes não devam ser tratados, pelo contrário.
A melhor solução para evitar que a doença se espalhe é cuidar dos animais doentes, adotando, para isso, algumas precauções simples, como o uso de luvas e a lavagem cuidadosa das mãos.
4. Como é possível identificar a esporotricose em humanos?
A doença se manifesta na forma de lesões na pele, que começam com um pequeno caroço vermelho, que pode virar uma ferida.
Geralmente aparecem nos braços, nas pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de carocinhos ou feridas.
Como pode ser confundida com outras doenças de pele, o ideal é procurar um dermatologista para obter um diagnóstico adequado.
5. Os gatos podem transmitir esporotricose para as pessoas?
Sim, por meio de arranhões, mordidas e contato direto com a lesão. Por isso é importante que o diagnóstico seja feito rapidamente e que o animal doente receba o tratamento adequado.
Animais doentes não devem nunca ser abandonados. Se isso acontecer, eles vão espalhar ainda mais a doença.
Caso suspeite que seu animal de estimação está com esporotricose, procure um médico veterinário para receber orientações sobre como cuidar dele sem correr o risco de ser também contaminado.
6. É possível que um gato doente contamine outros animais que convivem no mesmo ambiente, como uma casa, quintal ou apartamento?
Sim. Por isso é aconselhável isolar o gato do contato com outros animais, separando-o num ambiente próprio, para que receba os cuidados de que necessita sem comprometer a saúde dos outros bichos da casa.
Outro cuidado muito importante: em caso de morte do animal com esporotricose, é essencial que o corpo seja cremado, e não enterrado. Isso porque a micose pode se espalhar pelo solo, espalhando a doença entre outros animais.
7. Que cuidados podem evitar a transmissão?
Uma boa higienização do ambiente pode ajudar a reduzir a quantidade de fungos dispersos e, assim, novas contaminações.
É também importante não manusear demais o animal, usar luvas e lavar bem as mãos.
Em caso de morte dos animais doentes, não se deve enterrar os corpos, e sim incinerá-los, para evitar que o fungo se espalhe pelo solo.
8. Onde levar um gato com suspeita de esporotricose para ser atendido?
O animal com suspeita de esporotricose deve ser levado a uma clínica veterinária. Há atendimentos de baixo custo e alguns gratuitos.
No Rio de Janeiro, o animal pode ser encaminhado à Unidade de Medicina Veterinária da Prefeitura, que presta atendimento de segunda a sexta-feira, pela manhã e à tarde, com distribuição de números por ordem de chegada. Para mais informações acesse o site http://www.1746.rio.gov.br/ ou ligue para o 1746 da prefeitura.
Fundação Oswaldo Cruz
A Fiocruz, por meio do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), também oferece atendimento. No entanto, o serviço já está trabalhando com sua capacidade esgotada, devido à grande demanda. Isso significa que, por ora, a Fiocruz não pode atender a novos casos.
IJV no Rio
Por sua vez, o Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman também pode contribuir com informações. O IJV fica na Avenida Bartolomeu Gusmão 1.120, em São Cristóvão, Rio de Janeiro. O contato é: ijv@rio.rj.gov.br.
Sugerimos ainda o contato com a Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais:
Telefone geral: (21) 3402-0388 (Centro de Proteção Animal);
Ouvidoria de atendimento: 3402-5417;
Administração no Centro Administrativo São Sebastião (CASS): 2292-6516;
Prefeitura: 1746;
Unidade Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (UJV):ijv@rio.rj.gov.br
9. E o atendimento às pessoas, onde é feito?
O atendimento de esporotricose no Rio de Janeiro está sendo feito pelos médicos de Postos de Saúde locais e dos Serviços de Atenção Básica do Programa Saúde da Família. Casos que apresentam uma complexidade maior, serão então referendados para o Centro Clínico do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, através de encaminhamento médico, do local de origem. Todos os dias a equipe de enfermagem faz avaliações, no período da manhã e, se for pertinente, a consulta médica é agendada.
10. Para qual órgão devo comunicar que existem casos de esporotricose na região onde moro?
Ao Centro de Controle de Zoonoses do seu município. No Rio de Janeiro, o telefone é (21) 3395-1595. Caso não exista um setor como esse no seu município, sugerimos que comunique o caso à Secretaria de Saúde, pois é uma doença que pode contaminar os seres humanos.
Outro contato pode ser feito com a Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro, pelo telefone 1746 ou no site http://www.1746.rio.gov.br/.
11. Qual o tratamento indicado para gatos? E para humanos?
O tratamento recomendado, na maioria dos casos humanos e animais, é o antifúngico itraconazol, que deve ser receitado por médico ou veterinário.
A dose a ser administrada deve ser avaliada por esses profissionais, de acordo com a gravidade da doença.
Mas, dependendo do caso, outros fármacos podem ser usados. Reforçamos: a administração do medicamento só deve ser feita após avaliação médica ou veterinária.
12. Como conseguir o medicamento? A Fiocruz oferece gratuitamente?
É possível comprá-lo em farmácias de todo o país. O fornecimento de medicamentos pela Fiocruz é restrito àqueles pacientes que estão regularmente matriculados, bem como aos animais que estão em acompanhamento no Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos.
13. Quanto tempo dura o tratamento?
Dependendo do caso, o tratamento pode durar meses ou mais de um ano. É muito importante que o tratamento seja seguido à risca.
14. É contagiosa apenas por contato ou o fungo também pode ser transmitido pelo ar?
A transmissão do fungo através da inalação é possível, mas é rara.
15. Já existe ou está sendo desenvolvida alguma vacina contra a esporotricose?
Não existe vacina contra a esporotricose, mas alguns estudos vêm sendo desenvolvidos.
16. Existe transmissão entre humanos? Ou seja: uma pessoa com esporotricose pode transmiti-la para outra?
Não há registros de casos deste tipo de transmissão. Pelo que se sabe, as pessoas só contraem a doença pelo contato com meios ou animais contaminados.
Para mais informações, localização e contato:
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas
Avenida Brasil 4.365 – Manguinhos, Rio de Janeiro
Contatos: (21) 3865.9595 http://www.ini.fiocruz.br
Departamento de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses
Rua São João, 190 – Centro – Niterói
Tel.: 2717-8331 / 2613-2775 devig@saude.niteroi.rj.gov.br
Centro de Controle de Zoonoses
Rua Gustavo Moreira, 200 – Morro do Céu – Caramujo
Tel.: 2625-8441 – 2627-9102 (fax) cczoonoses@saude.niteroi.rj.gov.br
VIGILÂNCIA DA ESPOROTRICOSE ANIMAL EM NITERÓI – UNIDADE DE DIAGNÓSTICO EM ESPOROTRICOSE ANIMAL DE NITERÓI
Caso o Médico Veterinário suspeite que as lesões observadas em seu paciente sejam esporotricose, o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói, em parceria com o Instituto Biomédico da Universidade Federal Fluminense, disponibiliza um local onde é feito o diagnóstico laboratorial da doença nos animais. O serviço é gratuito, com demanda espontânea e aberto a toda população da cidade. Funciona no Parque Palmier Silva – Horto Florestal do Barreto, Rua Palmier Silva s/nº (lado oposto ao nº 957), Barreto – Niterói, telefone (21) 3711-2832.
Os pacientes eram atendidos na Fiocruz, em Manguinhos, mas, após o aumento do número de casos, o controle passou a ser feito pelo estado.
O quadro é tão sério que, a partir de 2013, a notificação de casos em humanos atendidos em unidades públicas ou consultórios particulares passou a ser obrigatória no Rio.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Rio de Janeiro, Egon Daxbacher, explica que a esporotricose é uma micose profunda e, por isso, é transmitida apenas pela mordida ou pelo arranhão do gato.
— É uma lesão em forma de caroços, que podem aumentar em número, sempre em linha reta. Eles costumam ser vermelhos, quentes e inflamar, gerando pus.
Chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos do INI/Fiocruz, Sandro Pereira afirma que gatos contaminados apresentam ferimentos, principalmente na cabeça, nas patas e na cauda.
— A maioria dos animais que atendemos reside em casas e tem por hábito passear nas redondezas. Nesses passeios, eles podem, em uma briga, contrair o fungo de um gato doente.
Dayvison Freitas destaca que a culpa pela proliferação da doença não é do gato:
— Ele é a maior vítima: adoece e precisa do humano para cuidar dele. É preciso que medidas de saúde pública sejam implantadas para levar os gatos doentes para abrigos e tratá-los.
DIAGNÓSTICO É FEITO POR ANÁLISE CLÍNICA
Causada pelo fungo Sporothrix schenckii, a esporotricose é uma micose que pode afetar animais e humanos.
Vacina ou tratamento preventivo
Não há vacina ou qualquer medicamento preventivo. A transmissão para o homem ocorre por meio de arranhões e mordidas do gato.
Sinais de contaminação em humanos aparecem, na maioria das vezes, em forma de lesões na pele, que começam com um pequeno caroço vermelho e podem evoluir para uma ferida.
Geralmente, surgem nos braços, nas pernas e no rosto, formando uma fileira de caroços ou feridas. Nesses casos, donos de animais infectados devem procurar imediatamente o dermatologista.
Diagnóstico precoce
O diagnóstico nos bichos é feito por um veterinário, por meio de análise clínica. O fungo pode ser encontrado em terra úmida e, para evitar o contágio, as pessoas devem usar luvas.
Para prevenir a contaminação do gato, o ideal é manter o animal restrito, em casa ou no quintal, sem acesso à rua, onde ele pode ter contato com felinos infectados.
Lesões nos animais
Os bichos contaminados espirram com frequência e têm feridas, principalmente na cabeça. Mas os machucados podem surgir também nas patas e no rabo.
As lesões são profundas, não cicatrizam, têm pus e se espalham para o restante do corpo. O animal perde apetite, fica apático e pode ter secreção nasal. O tratamento do gato e do humano contaminados é com comprimido antifúngico e dura, em média, de 4 a 6 meses.
Ao nascimento, o recém-nascido enxerga objetos a uma distância de 20 a 30 centímetros de seus olhos.
Como ele já nasce com uma preferência por mirar a face humana, mama trocando olhares com a mãe.
Pesquisa do reflexo vermelho
É importante que o hospital realize ao nascimento a pesquisa do reflexo vermelho nos olhos do bebê, que permite a detecção precoce de doenças que comprometem a visão, como a catarata congênita, o glaucoma e outras malformações oculares.
Geralmente, o exame é feito na maternidade, porém poderá ser realizado também durante a primeira consulta com o pediatra.
2º mês
No segundo mês de vida, o lactente costuma conseguir fixar o olhar em objetos.
4 meses
Aos quatro meses, acompanha o movimento ao seu redor.
O estrabismo pode ser comum até os 6 meses
Com seis meses de idade o bebê já completou o desenvolvimento da visão e pega objetos com eficácia.
Desde o nascimento até os seis meses, a criança pode apresentar estrabismo intermitente (por segundos) – desvio convergente ou divergente dos olhos.
Caso o estrabismo seja fixo após seis meses de idade, pode ser necessária uma avaliação oftalmológica.
Bebês enxergam dobrado/borrado nos primeiros meses de vida
Bebês vivem em universo multicolorido, com visão embaçada.
Eles compensam com a audição e sonham duas vezes mais que os adultos.
Os recém-nascidos (RN) enxergam embaçado nas primeiras semanas de vida.
A visão, ainda fora de foco, é atenta ao apelo das cores.
Eles ficam fascinados pelo vermelho, azulão, amarelo ovo. É um universo multicolorido de descobertas e sensações que se revela diante dos olhos dos bebês.
Desafios do RN
Sobreviver ao parto é apenas o primeiro desafio. Ao longo dos dois meses seguintes, o bebê vai se dedicar a decifrar tudo o que o cerca.
E o que ele vê nesse comecinho é uma confusão só. Isso porque, para formar uma imagem nítida, o cérebro precisa juntar as informações captadas por cada olho.
Foco a 20 cm
Os recém-nascidos não têm essa capacidade. Até fortalecer os músculos dos olhos, eles enxergam tudo dobrado. Grandes borrões que felizmente vêm com um pontinho de foco a cerca de 20 centímetros do rosto do bebê.
Não por acaso, é exatamente a essa distância que fica o olhar carinhoso da mamãe que alimenta seu filhote. Talvez seja por isso que nós sempre nos inclinamos para falar com um bebê.
Brinquedos coloridos e apropriados
Também, por puro instinto, viramos mestres das expressões exageradas porque essas se sobressaem a qualquer imagem borrada. Assim como os brinquedos com cores fortes, bem chamativas.
Na verdade, o que atrai os bebês nesta fase é o contraste. Vai levar alguns anos para que esses pequenos artistas consigam detectar todos os tons.
A audição compensa a visão ainda imperfeita
A visão de um neném pode não ser perfeita, mas ele compensa com a audição. O ouvido interno já vem de fábrica funcionando muito bem. A voz da mamãe é instantaneamente reconhecida, assim como as músicas que ela curtia durante a gravidez. Já dentro da barriga o filhote vai formando sua memória musical.
E não se preocupe demais com o barulho dentro de casa. Os bebês já nascem acostumados a uma zoeira considerável. Afinal, o batimento do coração da mãe atinge até 90 decibéis quando chega ao útero. Segundo especialistas, “alto como o rugido de um carro esporte”.
Não é à toa que tantos bebês pegam no sono com alguém no volante. O som constante, grave e abafado lembra muito os bons tempos dentro da barriga, e as leve sacolejadas também. Um barulho repentino pode até tirar o bebê do encanto, mas vai ser por pouco tempo.
Sonham até 2 x mais do que os adultos
Nos três primeiros meses, os bebês dormem até 16 horas por dia – e não pense que a cabecinha deles fica parada esse tempo todo. Estudos mostram que os recém-nascidos sonham até duas vezes mais do que os adultos. É assim que o cérebro processa todas as novidades estranhas que apareceram durante o dia. Cientistas também constataram que o sono dos bebês também não é profundo como o nosso.
Muitos pais agora vão lembrar que já viveram uma cena como essa. Encontrar em plena madrugada uma criatura de olhos bem abertos. E pior: sem o menor sinal de querer voltar a dormir.
Alteram a rotina
Os recém-nascidos não fazem ideia se é tarde demais para brincar ou se já passou da hora de acordar, e isso pode alterar a rotina da casa. O que eles simplesmente não podem deixar de fazer é dormir.
Cada nova experiência vivida pelo bebê produz mudanças dentro do cérebro. Um processo extremamente complexo que pode causar inesperados efeitos colaterais. Cientistas descobriram que algumas partes do cérebro de um recém-nascido ficam meio confusas até amadurecerem. Um barulho muito alto, por exemplo, pode ser sentido na ponta dos dedos.
Trilhões de conexões
Isso acontece porque os neurônios formam trilhões de conexões dentro do cérebro e no começo essa rede fica um pouco bagunçada. Por isso, a ideia maluca de sentir o gosto de uma cor ou de cheirar um som, nessa fase, é completamente possível. Significa que o cérebro é capaz de se adaptar a qualquer tipo de situação. E nos bebês essa flexibilidade não para de surpreender os médicos.
Por volta da sétima semana de gestação, a visão começa a se desenvolver.
Ao nascer, a criança enxerga borrões, claros e escuros, e rostos e objetos que fiquem de 20 a 30 centímetros dos seus olhos.
O alinhamento coordenado dos olhos ainda é difícil.
Virá com o desenvolvimento neurológico. O que mais chama a atenção do recém-nascido são formas redondas e cores contrastantes. O rosto da mamãe, sempre pertinho na hora de dar cuidados, é uma grande atração – fonte de comunicação, de afeto e de segurança para o bebê.
Alcance da visão deve aumentar com a idade do lactente
No segundo mês, o alcance de visão do bebê aumenta para cerca de 50 centímetros. Ele consegue fixar o olhar, focar objetos, e tenta acompanhar movimentos.
No terceiro mês, passará a ver imagens tridimensionais e será cada vez mais capaz de seguir objetos ou pessoas. No quarto mês, seu filho consegue reconhecer pessoas. Aos 6 meses, estará enxergando praticamente como um adulto.
De olho na brincadeira
Mês
Estímulos legais para a visão
Primeiro
Fale com o bebê de perto, para ele poder enxergá-la. Brinque com objetos redondos e de cores fortes.
Segundo
Faça caretas para que ele tente imitar. Um móbile no berço vai encantá-lo.
Terceiro
Segure-o em pé no colo, para ele observar melhor a movimentação ao redor.
Quarto
Brinque de esconder o rosto e fazer aparecer novamente. Eles adoram.
Quinto
Coloque brinquedos perto e longe do seu filho, para ajudá-lo a ampliar o campo de visão.
Sexto
Estimule a curiosidade do bebê, deixando-o cercado por objetos coloridos e de texturas diferentes.
Uma boa acuidade visual é importante no desenvolvimento físico e cognitivo normal da criança.
Um objeto, mesmo quando não é visto, existe e é reconhecido de forma diferente por crianças com acuidade visual normal e deficiente.
O desenvolvimento motor e a capacidade de comunicação são prejudicados na criança com deficiência visual porque gestos e condutas sociais são aprendidos pelo feedback visual.
Diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce de doenças que determinam prejuízo visual permite um tratamento efetivo, e quando não é possível tratar a doença ou a lesão é cicatricial, a prescrição de auxílios óticos e um programa de estimulação visual precoce permitem que a criança possa ter uma integração maior com seu meio.
É fundamental que o pediatra incorpore o exame oftalmológico ao seu exame do RN, que “olhe o olho” como olha deformidades físicas ou realiza uma manobra de Ortolani.
Uma lanterninha e um oftalmoscópio direto é tudo o que o pediatra necessitará para realizar o exame: a lanterna para o exame externo e pesquisa dos reflexos fotomotores, e o oftalmoscópio para pesquisa do reflexo vermelho simultâneo dos dois olhos (Bruckner Test).
Reflexo vermelho alterado?
O exame deve ser feito na penumbra, com o oftalmoscópio colocado a aproximadamente 1 metro dos olhos da criança, observando-se o reflexo vermelho dos dois olhos simultaneamente.
Se for notado um reflexo diferente entre os olhos ou a presença de opacidade, esta criança deverá ser avaliada pelo oftalmologista com urgência, pois pode ter uma catarata congênita, retinoblastoma ou mesmo grandes diferenças de refração entre os olhos.
Estereopsia (visão binocular)
Os recém-nascidos geralmente não apresentam olhos alinhados nos primeiros dias de vida, pois o desenvolvimento da fixação monocular só está bem desenvolvida aos 2 meses, e a estereopsia ou visão binocular estará bem desenvolvida entre os 3 e 7 meses.
Esotropia congênita
Raramente a esotropia congênita tem seu diagnóstico feito antes dos 6 meses de vida.
Wasilewski e colaboradores encontraram o desvio dos olhos em convergência mais frequentemente (24%), não sendo o esperado para esta faixa etária, mas não significando que esta criança seja ou será estrábica.
Sondhi e col., examinando 2.271 recém-nascidos nos primeiros dias de vida, observaram que aproximadamente 30% deles tinham olhos alinhados, 70% olhos divergentes, e menos que 1% olhos em convergência.
Glaucoma congênito
O reflexo vermelho irá diagnosticar as doenças que comprometerem o eixo visual do olho, e o exame com a lanterna, a conjuntivite neonatal e o glaucoma congênito, deixando sem diagnóstico doenças graves.
Um exame oftalmológico especializado, ainda no berçário, é recomendável nos RN que apresentaram trauma de parto, ou em crianças de famílias portadoras de retinoblastoma e outras doenças com transmissão genética.
É imprescindível o exame no berçário em recém-nascidos prematuros e portadores de infecção congênita.
Retinopatia da prematuridade
A prevalência e a gravidade da retinopatia da prematuridade (RP) ainda são importantes.
A RP é uma retinopatia proliferativa, com etiologia multifatorial, que compromete RN prematuros.
Nos últimos anos, novas drogas e técnicas foram introduzidas no tratamento destas crianças, fazendo com que a mortalidade perinatal diminuísse,
RN muito prematuros sobrevivessem, e a RP aumentasse em prevalência e gravidade proporcionalmente.
Deve ser avaliado no berçário todo RNPT (recém-nascido pré-termo ou prematuro) com peso ao nascer inferior a 1.500g, principalmente os com peso inferior a 1.250g e/ou idade gestacional (IG) inferior a 34 semanas.
Os RNPT que permanecerem em ventilação mecânica por mais de 20 dias, independente da IG, devem ser avaliados também.
O melhor momento para examinar
O melhor momento para realizar o exame é controverso. Realiza-se entre 4 e 6 semanas de vida e repete-se a cada 1 ou 2 semanas, até que a retina complete sua vascularização.
Como os recém-nascidos com IG menor que 27 semanas ao nascer têm maior risco para RP, realiza-se o primeiro exame com 30 semanas de IG corrigida, independente da idade cronológica.
Infecções congênitas
As principais infecções congênitas com acometimento oftalmológico são a toxoplasmose, a rubéola e o citomegalovírus (CMV). O seu tratamento não depende dos achados do exame oftalmológico.
O exame oftalmológico auxilia a diferenciar as condições citadas, bem como a orientar o seu tratamento, uma vez que as manifestações clínicas na maioria das vezes são semelhantes, e o tratamento inicial nem sempre suficiente.
Toxoplasmose
A toxoplasmose é uma importante causa de baixa de visão em crianças.
Mais de 82% dos indivíduos com infecção congênita, se não tratados durante o primeiro ano de vida, desenvolvem lesões coriorretinianas até a adolescência.
O tratamento desses casos reduz para 58% a porcentagem de lesões coriorretinianas observadas. É importante ressaltar que o cisto do toxoplasma pode romper tardiamente, e a criança não saber informar sobre a doença.
Recomenda-se o exame de toda criança, mesmo quando o exame do berçário é normal, com 3 e 6 meses, exames semestrais até os 3 anos, e a seguir, anualmente.
Citomegalovírus
A infecção por citomegalovírus (CMV) é comum na população geral e na maioria não acarreta lesão. Adquire importância clínica em imunodeprimidos e em RN infectados congenitamente.
A infecção materna é subclínica em 90% dos casos. Aproximadamente 40% das mães com infecção primária transmitem para o feto, porém somente 10 a 15% têm a doença sintomática ao nascimento.
A doença retiniana é devastadora.
Os recém-nascidos com sorologia positiva para CMV devem ser avaliados semanalmente, no primeiro mês, e quinzenalmente até o quarto mês de vida.
Todos os anos são registrados cerca de dez mil suicídios no Brasil e mais de um milhão em todo o mundo. Mesmo depois de setembro, a questão não pode nem deve ser esquecida.
Definição
O suicídio pode ser definido como um ato deliberado (executado pelo próprio indivíduo), cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal.
Também fazem parte do que habitualmente chamamos de comportamento suicida: os pensamentos, os planos e a tentativa de suicídio.
Todas as culturas
O suicídio é um fenômeno presente ao longo de toda a história da humanidade, em todas as culturas.
É um comportamento com determinantes multifatoriais e resultado de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais.
Desfecho de vários fatores
Dessa forma, deve ser considerado como o desfecho de uma série de fatores que se acumulam na história do indivíduo, não podendo ser considerado de forma causal e simplista apenas a determinados acontecimentos pontuais da vida do sujeito. É a consequência final de um processo.
Abordagem precisa ser adequada
Revendo as diversas estratégias preventivas de suicídio, conclui-se que melhorar os serviços de saúde e desenvolver intervenções efetivas para o grupo de pacientes com risco de suicídio é fundamental, considerando-se que, como será visto adiante, uma tentativa de suicídio é o principal fator de risco para outra tentativa e para o próprio suicídio.
Abordar adequadamente esse indivíduo pode garantir que sua vida esteja salva no futuro.
Mitos sobre o comportamento suicida
Erros e preconceitos vêm sendo historicamente repetidos, contribuindo para formação de um estigma em torno da doença mental e do comportamento suicida.
O estigma resulta de um processo em que pessoas são levadas a se sentirem envergonhadas, excluídas e discriminadas.
Conhecer para desconstruir estigma
O conhecimento pode contribuir para a desconstrução deste estigma em torno do comportamento suicida.
Mitos
1. O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio.
FALSO. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade e interfere em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio. Após o tratamento da doença mental o desejo de se matar desaparece.
2. Quando uma pessoa pensa em se suicidar terá risco de suicídio para o resto da vida.
FALSO. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado e, após isso, a pessoa não estará mais em risco.
3. As pessoas que ameaçam se matar não farão isso, querem apenas chamar a atenção.
FALSO. A maioria dos suicidas fala (ou dá sinais) sobre suas ideias de morte. Boa parte dos suicidas expressou, em dias ou semanas anteriores, frequentemente aos profissionais de saúde, seu desejo de se matar.
4. Se uma pessoa que se sentia deprimida e pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, normalmente significa que o problema já passou.
FALSO. Se alguém que pensava em suicidar-se e, de repente, parece tranquilo, aliviado, não significa que o problema já passou. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode sentir-se “melhor” ou sentir-se aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar.
5. Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive à uma tentativa de suicídio, está fora de perigo.
FALSO. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, na sequência de uma tentativa.
A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida muitas vezes continua em alto risco.
6. Não devemos falar sobre suicídio, pois isso pode aumentar o risco.
FALSO. Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário, falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem.
7. A mídia não deve abordar o tema (suicídio).
FALSO. A mídia tem obrigação social de tratar desse importante assunto de saúde pública e abordar esse tema de forma adequada. Isto não aumenta o risco de uma pessoa se matar; ao contrário, é fundamental dar informações à população sobre o problema, onde buscar ajuda etc.
O impacto do suicídio: por que prevenir?
Em 2012, cerca de 804 mil pessoas morreram por suicídio em todo o mundo, o que corresponde a taxas ajustadas para idade de 11,4 por 100 mil habitantes por ano – 15,0 para homens e 8,0 para mulheres (OMS, 2014).
A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio, e a cada três segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. As taxas de suicídio vêm aumentando globalmente.
Estima-se que até 2020 poderá ocorrer um incremento de 50% na incidência anual de mortes por suicídio em todo o mundo, sendo que o número de vidas perdidas desta forma, a cada ano, ultrapassa o número de mortes decorrentes de homicídio e guerra combinados.
Além disso, cada suicídio tem um sério impacto na vida de pelo menos outras seis pessoas.
Brasil
O Brasil é o oitavo país em número absoluto de suicídios. Em 2012 foram registradas 11.821 mortes, cerca de 30 por dia, sendo 9.198 homens e 2.623 mulheres.
Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na quantidade de mortes, sendo observado um aumento de mais de 30% em jovens.
Os números brasileiros devem, entretanto, ser analisados com cautela. Em primeiro lugar porque pode haver uma subnotificação do número de suicídios, em segundo lugar porque há uma grande variabilidade regional nas taxas.
ABP e CFM: cartilha importante
Em uma ação inédita, Conselho Federal de Medicina – CFM e Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP firmam parceria para combater os altos índices de suicídio no Brasil.
Segundo pesquisas, 17% das pessoas no Brasil já pensaram, em algum momento, em tirar a própria vida. Por isso, as duas entidades se empenharam em criar uma cartilha para orientar os médicos e profissionais da área de saúde em casos de tentativa de suicídio ou para identificarem possíveis casos em seus pacientes.
A cartilha foi uma iniciativa do Conselho Federal de Medicina e pela Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio da ABP.
A cartilha “Suicídio: informando para prevenir” fala sobre como abordar um paciente, explica de que forma as doenças mentais podem estar relacionadas ao suicídio, os fatores psicossociais e dados atualizados sobre o tema.
Essa ligação começa quando o bebê nasce: ao ser amamentado, ele não apenas é nutrido, mas sente prazer.
Neurotransmissores
A explicação para esse envolvimento de nossas emoções é científica: a química dos alimentos é capaz de alterar a produção de neurotransmissores – substâncias que transmitem impulsos nervosos no cérebro e são responsáveis pelas sensações.
Há uma série de alimentos que podem contribuir para melhorar o ânimo porque estimulam a produção dos neurotransmissores responsáveis pelo prazer, bem-estar e euforia – entre os quais serotonina, dopamina, noradrenalina e acetilcolina.
Serotonina
O mais estudado neurotransmissor é a serotonina. “Sua produção pode ser aumentada com o consumo de alimentos ricos em triptofano, um aminoácido, e carboidratos”, explica Rosana Raele, nutricionista do Centro de Medicina Preventiva Einstein.
É por isso que quando alguém está chateado e como um doce tem a sensação de que melhorou.
Na Inglaterra, o estudo Food and Mood Project (Projeto Comida e Humor) revelou que mudanças no que comemos podem ser positivas para a saúde mental.
Cerca de 200 pessoas fizeram uma dieta recomendada e avaliaram o impacto da mudança nutricional no seu humor.
A experiência mostrou que 26% tiveram uma melhora na instabilidade emocional, 24% na depressão e 26% em ataques de pânico e ansiedade.
Os indivíduos estudados diminuíram o consumo de açúcar, cafeína, álcool e chocolate e aumentaram o de frutas, peixes e líquidos.
Seis refeições diárias
Uma observação importante: ficar muito tempo sem comer reduz os níveis de glicose, o que pode afetar negativamente o humor.
Assim, o ideal é alimentar-se seis vezes ao dia: café-da-manhã, colação (lanche matinal), almoço, lanche, jantar e ceia.
Fontes de bom humor
Conheça alguns dos principais alimentos que podem ajudar a melhorar e manter o astral.
Chocolate
Além do açúcar, contém tirosina – substância que estimula a produção de serotonina – e minerais importantes como cobre, manganês e magnésio (nutriente que fica em falta no período pré-menstrual).
Dispara a produção de endorfina e dopamina, neurotransmissores responsáveis pelo relaxamento. Os mais recomendados são os com 70% de teor de cacau pelo alto poder antioxidante.
Aveia
Cereal que contém altas doses de triptofano.
Além do aminoácido que auxilia o organismo a liberar a serotonina, também tem bons níveis de selênio, que colabora para a produção de energia.
Banana madura
Contém duas substâncias que auxiliam o humor: os carboidratos, que estimulam a produção de serotonina e a vitamina B6, que garante mais energia. É ótima como opção de lanche rápido.
Brócolis
Rico em ácido fólico, que é importante para a liberação da serotonina. Além de garantir o bom humor, renova as células e previne defeitos no sistema nervoso dos fetos, portanto é essencial para as gestantes.
Espinafre e folhas verde-escuras
Têm efeito antidepressivo por serem ricos em magnésio – que atua na produção de energia, potássio e vitaminas A, C e do complexo B, que ajuda a manter o sistema nervoso tranquilo.
Oleaginosas
São as nozes, castanhas, amêndoas e a mais poderosa de todas, a castanha-do-brasil. Auxiliam na diminuição do estresse por conterem um importante antioxidante, o selênio.
Laranja, maracujá e jabuticaba
Por terem altas doses de vitamina C, previnem o cansaço e combatem o estresse. Também colaboraram com as defesas do organismo.
A jabuticaba ainda tem a vantagem de conter vitaminas do complexo B.
Leite
Produz um efeito relaxante em toda a musculatura graças ao triptofano, que é precursor da serotonina.
Ovos
Contêm substâncias que garantem o bom humor, como a tiamina e niacina (vitaminas do complexo B), além de fazerem bem para a memória.
Peixes e frutos do mar
Grandes fontes de minerais importantes para a atividade cerebral, como o selênio. Também ajudam a combater o cansaço e a ansiedade.
Os frutos do mar são ricos em zinco, mineral essencial para o bom humor.
Pimenta
A sensação de ardência é provocada pela capsaicina – substância presente na pimenta – e faz com que o cérebro produza mais endorfina, neurotransmissor responsável pela sensação de euforia.
A pimenta-de-cheiro, a vermelha e a malagueta são as melhores para o humor.
Sementes de abóbora e girassol
Ricas em triptofano, além auxiliarem na manutenção do bom humor, também ajudam a melhorar a qualidade do sono.
Podem ser consumidas entre as refeições, como lanche.
Alface
Tem efeito calmante em razão da lactucina, substância presente em maior quantidade nos talos e coração, que devem fazer parte das saladas, juntamente com as folhas.
Sugestão de “cardápio animado”
Uma alimentação balanceada, sem radicalismo e perseguição de determinados itens, é sempre a mais recomendada.
“É importante manter o equilíbrio no fornecimento de nutrientes, principalmente os envolvidos em uma estrutura bioquímica essencial como o nosso cérebro”, diz a nutricionista Rosana.
Ela elaborou este exemplo de cardápio com 2000 calorias para um dia com bastante bom humor e energia.
"E vos revestistes do novo, que se vai restaurando constantemente à imagem daquele que o criou, até atingir o perfeito conhecimento." (Colossenses 3, 10)