Tuberculose

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa, transmissível e  curável, que afeta prioritariamente os pulmões.

Anualmente são notificados cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito.

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O surgimento da aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário.

TB no Brasil

No Brasil, a tuberculose é um grave problema da saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da doença. O país está entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.

Nos últimos 17 anos, a tuberculose apresentou queda de 38,7% na taxa de incidência e 33,6% na taxa de mortalidade.

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Descrição

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A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas.

A apresentação pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a principal responsável pela transmissão da doença.

Agente etiológico (causador)

A tuberculose pode ser causada por qualquer uma das sete espécies que integram o complexo Mycobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, M. microti, M. pinnipedi e M. caprae.

Entretanto, do ponto de vista sanitário, a espécie mais importante é a M. tuberculosis.

Reservatório

O principal reservatório da tuberculose é o ser humano. Outros possíveis reservatórios são gado bovino, primatas, aves e outros mamíferos.

No Brasil, não existem estimativas sobre a proporção de pacientes com tuberculose causada pelo M. bovis. No entanto, é importante que o sistema de saúde esteja atento à possibilidade de ocorrência desse evento.

Modo de transmissão

A tuberculose é uma doença de transmissão aérea, ou seja, que ocorre a partir da inalação de aerossóis.

Ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, sendo denominadas de, bacilíferas.

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As formas bacilíferas são, em geral, a tuberculose pulmonar e a laríngea.

Calcula-se que, durante um ano, numa comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas.

Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não desempenham papel importante na transmissão da doença.

Período de incubação

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Embora, o risco de adoecimento seja maior nos primeiros dois anos após a primeira infecção, uma vez infectada a pessoa pode adoecer em qualquer momento de sua vida.

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Período de transmissibilidade

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A transmissão da tuberculose é plena enquanto o indivíduo estiver eliminando bacilos.

Com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento chega a níveis insignificantes.

No entanto, o ideal é que as medidas de controle de infecção pelo M. tuberculosis sejam implantadas até haja a negativação da baciloscopia.

Crianças com tuberculose pulmonar geralmente são negativas à baciloscopia.

Sinais e sintomas

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A apresentação da tuberculose na forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é essa forma, especialmente a positiva à baciloscopia, a principal responsável pela transmissão da doença que se dá por via aérea.

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No entanto, não raramente, a tuberculose pode manifestar-se sob diferentes apresentações clínicas, que podem estar relacionadas com idade, imunodepressão e órgão acometido. Assim, outros sinais e sintomas, além da tosse, devem ser valorizados.

Adolescentes e adultos jovens

Na tuberculose pulmonar, em adolescentes e adultos jovens, o principal sintoma é a tosse (seca ou produtiva, com expectoração purulenta ou mucoide, com ou sem sangue). Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório (pessoa com tosse por três semanas ou mais) seja investigado para a tuberculose.

Considerando que há maior risco de adoecimento por tuberculose entre as populações mais vulneráveis, para esses grupos o PNCT recomenda investigar a tuberculose utilizando pontos de corte diferenciados quanto à tosse, conforme o quadro abaixo:

Populações vulneráveis

Tempo de tosse

Indígenas

Duas semanas ou mais

Pessoas privadas de liberdade
Pessoas que vivem com o HIV/aids
Pessoas em situação de rua Independentemente do tempo de sintoma

Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, tais como: febre vespertina (no final da tarde), sudorese noturna (suor durante a noite), anorexia e emagrecimento.

TB em crianças

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Em crianças menores de 10 anos as manifestações clínicas podem variar bastante.

O achado clínico que chama a atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, inapetência, perda de peso e sudorese noturna.

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Muitas vezes, a suspeita de tuberculose em crianças surge com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns.

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Quando a tuberculose é extrapulmonar, os sinais e sintomas dependem dos órgãos e/ou sistemas acometidos.

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A forma extrapulmonar ocorre mais comumente em pessoas que vivem com o HIV/aids, especialmente entre aquelas com grave comprometimento imunológico.

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Exames diagnósticos

Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados, principalmente, os seguintes exames: exame microscópico direto (baciloscopia direta), cultura para micobactéria com identificação de espécie, teste de sensibilidade antimicrobiana, teste rápido para tuberculose (TR-TB) e radiografia de tórax.

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Além desses exames, recomenda-se que o teste anti-HIV seja oferecido a todas as pessoas com tuberculose.

O Quadro 1 apresenta o sistema de pontuação para diagnóstico de TB pulmonar na infância.

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Prova tuberculínica

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Para as pessoas com maior risco de adoecimento por tuberculose, como os contatos de pessoas infectadas por tuberculose e pessoas vivendo com o HIV/aids, recomenda-se investigar a infecção latente da tuberculose por meio da prova tuberculínica para tratar, quando indicado, a infecção latente antes que a pessoa adoeça.

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Vídeo sobre aplicação e leitura da prova tuberculínica

Baciloscopia direta

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A pesquisa do bacilo álcool-ácido-resistente (baciloscopia) é, atualmente, a técnica mais utilizada no Brasil, não apenas para o diagnóstico, mas também para o controle do tratamento.

Desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar de 60% a 80% dos casos, com resultado em até 48 horas. Em 2012, dos 59.423 casos de tuberculose pulmonar registrados no País, 86,5% realizaram baciloscopia no momento do diagnóstico, desses 37.800 (73,5%) tiveram o resultado positivo.

Cultura para micobactéria com identificação de espécie

A cultura, o método “padrão ouro” para o diagnóstico da tuberculose, quando associada ao teste de sensibilidade antimicrobiana, permite o diagnóstico da tuberculose resistente.

Além disso, nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a cultura de escarro pode aumentar em até 30% o diagnóstico bacteriológico da doença.

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O PNCT recomenda a realização de cultura com teste de sensibilidade principalmente para populações consideradas de maior risco de albergarem bacilo resistente, como: pacientes com tratamento prévio; pessoas que vivem com HIV/aids, contatos sintomáticos de pessoas com tuberculose resistente e populações consideradas especiais para o programa.

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Nos últimos anos houve o aumento na realização de cultura entre as pessoas em retratamento, no Brasil. Em 2001, 12,5% dessas pessoas realizaram exame de cultura, e em 2011 o percentual subiu para 36,5%.

Teste rápido para tuberculose

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O Ministério da Saúde implantará na rede pública de saúde, a partir do segundo semestre de 2013, o teste rápido para diagnóstico – tecnologia inovadora para o controle da doença que deverá se tornar a principal ferramenta para o diagnóstico de casos novos de tuberculose pulmonar.

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O teste rápido para o diagnóstico da tuberculose utiliza técnicas de biologia molecular (PCR em tempo real) para identificar o DNA do Mycobacterium tuberculosis, permitindo seu diagnóstico em apenas duas horas.

A proposta do Ministério é substituir a baciloscopia diagnóstica pelo teste rápido, e assim aumentar o número de pessoas identificadas e de diagnóstico precoce, proporcionando a quebra da cadeia de transmissão e o controle da doença.

Vale salientar que as baciloscopias de acompanhamento (mensais) continuam sendo fundamentais na manutenção do tratamento de tuberculose.

O novo teste também indica, com alta sensibilidade e especificidade, a resistência à rifampicina, um dos principais medicamentos usados no tratamento básico da doença.

A possibilidade de dispor amplamente de um teste diagnóstico de fácil realização, muito eficiente, com resultado rápido, e que indica a possibilidade de resistência à rifampicina, poderá revolucionar as ações de controle da tuberculose no Brasil.

Teste anti-HIV

Considerando a magnitude e as sérias implicações da coinfecção TB/HIV, recomenda-se que o teste anti-HIV seja oferecido o mais cedo possível a todo indivíduo com diagnóstico estabelecido de tuberculose, independentemente da confirmação bacteriológica.

O profissional de saúde deve abordar com o paciente a possibilidade de associação das duas infecções e os benefícios do diagnóstico e tratamento precoces da infecção pelo HIV, por meio do aconselhamento pré-teste.

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O teste anti-HIV deve ser realizado com o consentimento do paciente, observando-se o sigilo e confidencialidade do teste, utilizando-se, preferencialmente, algoritmo diagnóstico com testes rápidos para o HIV. Independentemente do resultado da testagem, o aconselhamento pós-teste deve ser realizado.

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Exame positivo

Caso o exame seja positivo, a pessoa deve ser encaminhada a um serviço de atenção especializada a pessoas vivendo com o HIV/aids (SAE) mais próximo de sua residência para dar continuidade ao tratamento da tuberculose e iniciar tratamento de HIV/aids, conforme indicado.

Radiografia de tórax

A radiografia de tórax é método diagnóstico de grande importância na investigação da tuberculose e deve ser solicitada para todo paciente com tiver suspeita clínica de tuberculose pulmonar.

Ela tem como funções principais excluir outra doença pulmonar associada, que necessite de tratamento concomitante, avaliar a extensão do acometimento e a evolução radiológica dos pacientes, sobretudo naqueles que não respondem ao tratamento contra a tuberculose.

Diagnóstico da ILTB com prova tuberculínica

É particularmente importante na avaliação de contatos assintomáticos de pessoas com tuberculose e em pessoas vivendo com o HIV/aids, uma vez que é utilizada, em adultos e crianças, no diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis (ILTB).

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Na criança também é muito importante como método coadjuvante para o diagnóstico da TB.

PERGUNTAS E RESPOSTAS (Ministério da Saúde)

O que é tuberculose?

Doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

Qual a causa?

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Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (BK). Outras espécies de micobactérias também podem causar a tuberculose. São elas: Mycobacterium bovis, africanum e microti.

Quais os sintomas?

Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (ou meses).

Contudo, na maioria das pessoas infectadas, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são tosse seca contínua no início dos sintomas, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza e prostração.

Casos graves

Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) – se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.

Como se transmite?

A transmissão é direta, de pessoa a pessoa.

O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o.

Somente 5% a 10% dos infectados pelo bacilo de Koch adquirem a doença.

Pessoas vivendo com HIV/aids, diabetes, insuficiência renal crônica, desnutridas, idosos doentes, usuários de álcool e outras drogas e tabagistas são mais propensos a contrair a tuberculose.

Como tratar?

O tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção, diariamente.

São utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos que utilizam o esquema básico: rifampicina (R), isoniazida (H), pirazinamida (Z) e etambutol (E).

Todos os pacientes que seguem o tratamento corretamente são curados.

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Como se prevenir?

Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de aids não devem receber a vacina.

A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados.

Vacinação

Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos, com a vacina BCG.

Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar.

A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados.

Histórico da vacina

Em 1908, os cientistas Albert Calmette e Camille Guérin conseguiram isolar uma cepa do bacilo da tuberculose para produzir culturas vivas atenuadas a serem usadas como vacina. A cepa recebeu o nome de bacilo Calmette-Guérin, de onde surgiu o nome “BCG”. Foi aplicada pela primeira vez em crianças em 1921.

http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/tuberculose

A pele do recém-nascido

A pele é o órgão que protege o organismo contra ações mecânicas, térmicas e químicas, além de agentes agressores infecciosos e tóxicos.

Acne

A comunicação do meio externo com o interno envolvido pela pele é mediada por numerosos receptores sensoriais que se encontram na superfície cutânea.

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Ectoderma

O sistema nervoso e a epiderme (pele) têm a mesma origem. Desenvolvem-se a partir do ectoderma.

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A vulnerabilidade da pele humana depende do estágio de maturidade em que ela se encontra: no embrião, no recém-nascido prematuro, no recém-nascido a termo, no lactente, na criança maior ou no adolescente.

Sexta semana de gravidez

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Pesquisas têm evidenciado as mudanças que ocorrem na embriogênese com a formação da pele em torno da 6ª semana de gestação, contribuindo para o esclarecimento de várias doenças genéticas que a acometem.

Importantes estudos evidenciaram a idade em que a pele infantil é mais vulnerável, especialmente se considerarmos a diferença em relação à sensibilidade da pele, nas suas várias fases evolutivas, em relação à pele do adulto.

Os sinais cutâneos podem se constituir em um método não-invasivo para o diagnóstico de muitas malformações que acometem o feto: genodermatoses e alterações cutâneas causadas por uso de substâncias tóxicas pelas gestantes.

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Quanto menor a idade gestacional, maior é a imaturidade da barreira cutânea, resultando em maior permeabilidade e maior risco de absorção de substâncias que se tornam tóxicas.

A idade do paciente é de extrema importância, pois existem doenças de pele com maior incidência em determinados grupos etários.

A pele do recém-nascido prematuro e a termo, do lactente, do escolar e do adolescente possuem menor ou maior barreira funcional dependendo do grau de maturidade do estrato córneo.

https://www.sbp.com.br/publicacoes/cientificas/consenso-de-cuidado-com-a-pele-do-recem-nascido/

A pele do bebê: 5 problemas mais comuns

O Departamento de dermatologia do Centro Pediátrico Johns Hopkins, nos Estados Unidos, publicou um alerta para acalmar os pais e evitar que eles saíam de casa durante a madrugada e exponham o bebê a outros riscos.

Pediatras brasileiros observam o mesmo tipo de comportamento entre os pais daqui.

Mas, na maioria dos casos, dá para esperar para ligar para o pediatra no dia seguinte e os cuidados podem ser feitos em casa com tranquilidade.

Resumidamente, veja como lidar com as doenças de pele mais comuns.

Brotoeja (miliária)

Resultado de imagem para brotoejaNos bebês, as glândulas sudoríparas ainda não estão completamente desenvolvidas.

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Por isso, principalmente nos dias de muito calor, nas áreas de maior transpiração, como o pescoço, as axilas e as dobrinhas do corpo, podem surgir pequenas bolinhas vermelhas ou esbranquiçadas, que podem causar irritação e coceira.

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Como tratar

O melhor a fazer é dar banhos frequentes com água morna durante o dia e vestir roupas de algodão frescas no seu bebê para facilitar a transpiração.

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Dá para prevenir?

A prevenção e o tratamento são iguais. Então, nos dias quentes, antes mesmo que as bolinhas vermelhas apareçam, dê vários banhos e coloque roupas bem fresquinhas.

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Caspa ou dermatite seborreica

São pequenos flocos brancos e oleosos que surgem no couro cabeludo e outras partes do corpo, como atrás da orelha, por exemplo, nos bebês de até seis meses.

Isso acontece porque nessa fase o bebê ainda acumula alguns hormônios da mãe, como a progesterona, que estimula a produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas.

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Aos poucos, enquanto o hormônio é eliminado, elas tendem a diminuir.

Como tratar

Amoleça as crostinhas com água morna durante o banho ou use óleos naturais próprias para a criança. Se não melhorar com o tempo, solicite o parecer do pediatra ou dermatologista.

Dá para prevenir?
Não.

Hemangioma

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São manchas vermelhas com tamanhos variados causadas pela malformação dos vasos da pele.

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Podem ser planas ou formar um pequeno relevo.

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A cor pode ir do rosa-claro ao vinho.

Como tratar
A maioria das manchas é benigna e desaparece durante os primeiros anos. Mas é sempre importante mostrar ao pediatra e, se for necessário, levar o bebê ao dermatologista. Alguns casos exigem tratamento específico com medicamentos tópicos ou por via oral.

Dá para prevenir?
Não.

Dermatite atópica

Também conhecida como eczema, a dermatite é hereditária. Causa muita coceira e deixa a pele do bebê seca.

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Em alguns casos, ela pode até rachar e sangrar. As áreas mais afetadas são as mãos, os cotovelos e os joelhos.

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Em geral, tende a melhorar até a puberdade. Mas até lá, o bebê  pode apresentar momentos de melhora e piora.

Como tratar
Assim que perceber o problema, leve o bebê ao pediatra. O tratamento é feito, normalmente, à base de corticoides.

Dá para prevenir?
Não (hereditário).

Assaduras ou dermatite de fralda

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Deixar o bebê muito tempo com a fralda suja, higienização inadequada ou quando ele tem uma urina muito ácida provocam aquela vermelhidão entre as dobras da região da genitália e ao redor, característica das assaduras.

Em alguns casos, a pele fica inflamada e causa ardência, irritação e coceira.

Como tratar

Não tem jeito melhor do que manter seu filho sempre limpo. Por isso, evite deixá-lo muito tempo com a fralda suja. Limpe com água e sabão neutro, que retira também o suor da pele.

Se possível, deixe seu bebê sem fralda por alguns minutos antes de colocar uma nova. E use pomadas anti-assaduras para prevenir e tratar o problema.

Dá para prevenir?

Assim como a brotoeja, a prevenção e o tratamento são iguais.

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http://revistacrescer.globo.com/Bebes/Cuidados-com-o-recem-nascido/noticia/2013/04/pele-do-bebe-5-problemas-mais-comuns.html


Doença falciforme

Homenagem a Wal, educadora e mãe dedicada, que demonstra amor incondicional ao seu filho.

Hemácias 

O nosso sangue é formado por milhões de células vermelhas chamadas hemácias, também conhecidas por glóbulos vermelhos.

As hemácias são arredondadas, achatadas e elásticas e possuem um pigmento denominado hemoglobina, que confere a coloração vermelha ao sangue. A hemoglobina é responsável por levar o oxigênio dos pulmões para todo o corpo através da corrente sanguínea, para que todos os órgãos funcionem normalmente.

Hemoglobinopatias

As hemoglobinopatias são doenças genéticas que afetam a hemoglobina.

A doença falciforme é o exemplo mais comum das hemoglobinopatias.

Por uma alteração genética, a pessoa com doença falciforme produz um tipo alterado de hemoglobina, a hemoglobina S (Hb S), no lugar da hemoglobina normal, a hemoglobina A (Hb A), presente nos adultos.

O transporte de oxigênio para todo o corpo, função da hemoglobina, não se dá de forma satisfatória quando o indivíduo tem a doença falciforme.

Hemácia rígida, em formato de foice

Em determinadas condições, a Hb S faz com que a hemácia deixe de ser flexível e fique mais rígida. Nesses casos, a hemácia passa a ter o formato de meia lua ou foice (daí o nome falciforme).

Ela tende a se ligar aos vasos sanguíneos e também a outras hemácias e ser destruída mais facilmente, o que ocasiona anemia e dificulta a circulação no sangue.

É comum que ocorra entupimento dos vasos sanguíneos, o que leva a dores e a outras alterações em praticamente todos os órgãos do corpo.

Anemia falciforme

A forma mais comum e grave da doença falciforme é denominada anemia falciforme e ocorre quando a criança herda o gene para produzir a Hb S do pai e da mãe, resultando na forma Hb SS.

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Quando, porém, a criança recebe o gene para a Hb S de apenas um dos pais, e do outro recebe o gene para a Hb A, ela será apenas portadora do traço falciforme(Hb AS).

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Neste caso, não apresentará a doença falciforme, podendo, no entanto, transmiti-la para os filhos.

Além da Hb S, uma pessoa pode apresentar outras hemoglobinas alteradas, como as hemoglobinas C, D, E e beta talassemia.

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Todas essas combinações possíveis com a Hb S são exemplos de doença falciforme e apresentam sinais e sintomas semelhantes, sendo tratadas de forma similar.

Teste do pezinho

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exame de triagem neonatal, realizado em todos os recém-nascidos e conhecido como teste do pezinho, é fundamental para o diagnóstico precoce da doença falciforme e outras hemoglobinopatias e para garantir melhor qualidade de vida ao paciente.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce da doença falciforme só é possível pela realização do exame de triagem neonatal, conhecido como teste do pezinho.

Esse exame laboratorial, feito a partir do sangue coletado do calcanhar do recém-nascido em papel filtro, entre o 3º e o 5º dia de vida, permite identificar as hemoglobinas presentes no sangue, sejam normais ou alteradas.

Métodos 

Os métodos utilizados para a análise são a cromatografia líquida de alta resolução (HPLC) e a eletroforese por focalização isoelétrica (IEF).

A utilização de dois métodos possibilita maior segurança no resultado, pois o resultado positivo apontado por um deles pode ser confirmado pelo outro.

Como nos recém-nascidos predomina a hemoglobina fetal (Hb F), nos casos em que o resultado da triagem neonatal indica a presença de hemoglobina alterada além da Hb F, torna-se necessária a realização de exames confirmatórios após o sexto mês de vida para diagnóstico da doença falciforme.

Nesse período, a Hb F já terá sido substituída pela hemoglobina prevalente no sangue da criança.

Os testes de triagem neonatal identificam também outras hemoglobinas variantes e ainda as crianças que possuem o traço falciforme.

Com o diagnóstico, é possível iniciar imediatamente o tratamento, garantindo melhor qualidade de vida à pessoa com doença falciforme.

Manifestações clínicas

Muitos sintomas e sinais caracterizam a doença falciforme. Entre eles estão:

  • Anemia: sinal mais frequente. A causa dessa anemia não é a falta de ferro, mas a destruição rápida de hemácias, que vivem menos tempo quando estão no formato de foice. Em algumas situações, a transfusão de sangue pode ser necessária.
  • Crises de dor: as crises costumam durar de 4 a 6 dias, ou até mais tempo, podendo ser sentidas nos braços, pernas, articulações, tórax, abdômen e costas.
  • Icterícia (amarelão): ocorre quando a hemácia se rompe e libera um pigmento amarelo no sangue. A urina tende a ficar da cor de coca-cola e o branco dos olhos torna-se amarelo. O quadro não é contagioso e não deve ser confundido com hepatite.

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  • Infecções e febre:  o baço é um dos órgãos responsáveis pela defesa do organismo. Ele produz anticorpos, filtra substâncias tóxicas e retira as hemácias envelhecidas da circulação sanguínea. Na doença falciforme, o baço tem seu funcionamento prejudicado, fazendo com que o organismo fique mais sujeito a infecções, que são a principal causa de morte das crianças com a doença.
  • Síndrome mão-pé: é uma inflamação que faz com que tornozelos, punhos, dedos e articulações dos bebês fiquem inchados.
  • Crise de sequestração esplênica (aumento do baço): acúmulo de sangue no baço, o que leva ao aumento do órgão e pode provocar choque e morte. Essa crise é uma das principais causas de morte nas crianças com a doença.
  • Acidente vascular cerebral: entupimento dos vasos sanguíneos e redução da corrente de sangue no cérebro, causando derrame. Dependendo da área afetada, a criança pode apresentar paralisia de braços, pernas ou rosto, convulsões, coma e dificuldades da fala. Podem ocorrer sequelas neurológicas graves e morte.

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  • Priapismo: entupimento dos vasos sanguíneos e redução da corrente de sangue no pênis, causando ereção (“pau duro”) prolongada e dolorosa. É mais frequente nos adolescentes ou pré-adolescentes.
  • Pneumonia: tosse, febre, dor na região dos pulmões, dificuldade respiratória e desânimo.

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  • Crise aplásica: ocorre quando a medula óssea para de produzir hemácias. A aplasia medular transitória acontece principalmente entre crianças de quatro e 10 anos.
  • Ulcerações: feridas próximas ao tornozelo e parte lateral da perna, dolorosas e de difícil cicatrização.

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Periodicidade das consultas de controle (podem ser necessárias consultas extraordinárias)

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  • Até um ano: consultas mensais.
  • De um a cinco anos: consultas a cada três meses.
  • A partir de cinco anos: consultas a cada seis meses.

Demais crianças com doença falciforme:

  • Até dois anos: consultas a cada quatro meses.
  • De dois a cinco anos: consultas a cada seis meses.
  • A partir de cinco anos: consultas uma vez por ano.

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O atendimento às pessoas com doença falciforme deve ser realizado por equipe multiprofissional, com adoção de protocolo de medidas preventivas e tratamento das complicações da doença.

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Medicamentos básicos para o tratamento são fornecidos gratuitamente pelos hemocentros.

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Além disso, pais e familiares recebem continuamente orientações sobre como agir no caso das manifestações mais comuns da doença.

Em função da gravidade, a doença falciforme requer avaliações especializadas (cardiológicas, odontológicas, entre outras) e exames laboratoriais e de imagem periódicos para identificação precoce de complicações e acompanhamento adequado.

Aconselhamento genético

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  1. Os pais podem não ter a doença falciforme, mas serem portadores do gene da hemoglobina alterada S (Hb S). Neste caso, eles não possuem a doença, mas sim o traço falciforme.
  2. Quando o pai e a mãe são portadores do traço, a cada gravidez o casal terá 25% de chance de ter uma criança com anemia falciforme (Hb SS). Por isso, é recomendado o aconselhamento genético aos pais, mostrando a possibilidade de novos casos na família e a importância redobrada do diagnóstico logo ao nascimento.

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Traço falciforme (HbAS)

Quando a criança recebe o gene para a Hb S de um dos pais e, do outro, recebe o gene para a hemoglobina normal A (Hb A), ela será apenas portadora do traço falciforme (Hb AS), como os pais.

Nesse caso, não apresentará a doença, podendo, no entanto, transmiti-la para seus filhos caso venha a tê-los com alguém que também possua o traço.

Porém, quando a criança herda o gene para produzir a Hb S tanto do pai quanto da mãe, a criança terá anemia falciforme (Hb SS).

Observações para quem possui o traço falciforme (Hb AS):

  • Não possui a doença falciforme
  • Não tem alterações físicas ou mentais
  • Não necessita de acompanhamento no hemocentro
  • Deve fazer a acompanhamento infantil no posto de saúde
  • Deve receber aconselhamento genético

Esclarecimentos sobre a doença falciforme e outras hemoglobinopatias:

1 – O que são hemoglobinopatias?

O nosso sangue é formado por milhões de células vermelhas chamadas hemácias, também conhecidas por glóbulos vermelhos. As hemácias são arredondadas, achatadas e elásticas e possuem um pigmento denominado hemoglobina, que confere a coloração vermelha ao sangue.

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A hemoglobina é responsável por levar o oxigênio dos pulmões para todo o corpo através da corrente sanguínea, para que todos os órgãos funcionem normalmente.

As hemoglobinopatias são doenças genéticas que afetam a hemoglobina. Como exemplos das hemoglobinopatias mais comuns estão a doença falciforme e a talassemia.

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2 – Qual a diferença entre anemia falciforme e doença falciforme?

Na maioria das pessoas, a hemoglobina é do tipo A (Hb A), de adulto. Como os genes para formação da hemoglobina são herdados tanto do pai quanto da mãe, dizemos que essas pessoas possuem Hb AA.

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Em alguns casos, porém, em vez de receber o gene para a Hb A, a pessoa recebe o gene para produzir uma hemoglobina diferente, chamada S. Se o gene para a hemoglobina S (Hb S) é recebido do pai e da mãe, a pessoa terá anemia falciforme (Hb SS).

A Hb S, diferentemente da Hb A, não exerce a função de transportar o oxigênio no corpo de forma satisfatória. Em determinadas condições, a Hb S faz com que a hemácia deixe de ser flexível e fique mais rígida. Nesses casos, a hemácia passa a ter o formato de meia lua ou foice (daí o nome falciforme).

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Ela tende a se ligar aos vasos sanguíneos e também a outras hemácias e ser destruída mais facilmente, o que ocasiona anemia e dificulta a circulação no sangue. É comum que ocorra entupimento dos vasos sanguíneos, o que leva a dores e a outras alterações em praticamente todos os órgãos do corpo.

Além do gene para a Hb S, uma pessoa pode herdar ainda um gene para outras hemoglobinas alteradas, como as hemoglobinas C, D, E e beta talassemia. Todas essas combinações possíveis com a Hb S são exemplos de doença falciforme e apresentam os mesmos sinais e sintomas da anemia falciforme, sendo tratadas de forma similar.

3 – O que é o traço falciforme?

Se a pessoa recebe o gene para a hemoglobina S de apenas um dos pais, e do outro recebe o gene para a hemoglobina A, não ocorrerá a anemia falciforme.

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Essa pessoa não terá a doença e não precisará ser tratada. Ela terá apenas o traço falciforme (Hb AS).

O importante é saber que, caso essa pessoa venha a ter um filho com outra pessoa que também possui o traço, haverá chances de que a criança, por sua vez, tenha a anemia falciforme.

4 – A doença falciforme tem cura?

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O único tratamento curativo da doença falciforme é o transplante de medula óssea.

Idealmente, ele só pode ser realizado quando o paciente tem irmão compatível e com hemoglobina AA ou AS (traço falciforme).

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Mesmo preenchendo esses requisitos, o transplante só deve ser feito em casos selecionados, avaliados pelo hematologista que acompanha o paciente.

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A maioria dos pacientes é acompanhada clinicamente, sem transplante de medula, tanto pela equipe de atenção básica como por equipe multidisciplinar de especialistas na atenção secundária e terciária. Assim, a doença pode ser controlada.

Um dos medicamentos que vem sendo utilizado no controle de sintomas da anemia falciforme é a hidroxiureia (HU), distribuída gratuitamente pelo Ministério da Saúde.

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A prescrição da HU deve ser feita pelo hematologista, após avaliação criteriosa do quadro clínico da criança ou do adulto.

5 – Quais os sinais e sintomas da doença falciforme?

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Muitos sinais e sintomas caracterizam a doença falciforme. Entre eles estão:

  • Anemia
  • Crises de dor
  • Icterícia (amarelão)
  • Infecções e febre
  • Síndrome mão-pé
  • Crise de sequestração esplênica (aumento do baço)
  • Acidente vascular cerebral
  • Priapismo
  • Pneumonia
  • Ulcerações

Saiba mais em Manifestações Clínicas (acima).

6 – Onde surgiu a doença falciforme?

A alteração genética característica da doença falciforme surgiu predominantemente na África, onde a malária era e ainda é bastante comum.

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As pessoas com traço falciforme não eram infectadas pela malária tão facilmente como as pessoas AA. Por isso, sobreviviam mais e a alteração genética foi aumentando de frequência.

Com a imigração forçada dos escravos, a doença falciforme alcançou as Américas e hoje se encontra em toda a Europa e em grandes regiões da Ásia.

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No Brasil, distribui-se de forma heterogênea, devido à alta miscigenação, sendo mais comum na população negra e seus descendentes.

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O QUE É A DOENÇA FALCIFORME? 

Departamento Científico de Oncohematologia da SBP, em anexo:

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Síndrome de Stevens-Johnson

Emergência dermatológica, a síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) caracteriza-se por reações mucocutâneas potencialmente fatais causadas por hipersensibilidade a fatores precipitantes diversos, como infecções por vírus, fungos, bactérias, afecções do tecido conjuntivo, tumores malignos, vacinas e diversos fármacos (medicamentos).

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Breve histórico

Foi primeiramente descrita em 1922, por Stevens e Johnson. Estes médicos relataram casos de dois pacientes que apresentavam erupções cutâneas generalizadas, febre contínua, mucosa oral inflamada e conjuntivite purulenta severa, quadro denominado eritema multiforme (EM).

No ano de 1950, este quadro foi dividido em duas formas: eritema multiforme minor (Von Hebra) e eritema multiforme major (EMM), também chamado de síndrome de Stevens-Johnson.

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Em 1993, Bastuji e Roujeau sugeriram que EM e SSJ eram enfermidades distintas e propuseram que o nome de eritema multiforme deveria ser restrito para pacientes que apresentem lesões em alvo ou pápulas edematosas, com ou sem lesões de mucosa; a denominação SSJ deveria ser utilizada como doença caracterizada por erosões na mucosa, bolhas pequenas e lesões eritematosas.

Epidemiologia

Esta síndrome acomete, aproximadamente, 2 a 3 indivíduos em cada 1 milhão na Europa e Estados Unidos. Não tem preferência por sexo, idade ou etnia. Os locais mais afetados são: mucosa oral, lábios e conjuntiva.

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Sua etiologia ainda não foi elucidada; contudo, acredita-se que seja proveniente de uma desordem imunológica, com o envolvimento dos vasos superficiais, convertendo-se em um processo patológico.

Mais de 100 medicamentos

Foram descritos mais de 100 (cem) medicamentos que levam a esta síndrome. Dentre eles encontram-se as sulfonamidas, a associação trimetropima-sulfametoxazol, hidantoínas, carbamazepinas, fenilbutazona, piroxicam, entre outros.

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Patogênese

A patogênese básica é uma reação de hipersensibilidade tardia a fármacos. Os três componentes do complemento e imunoglobulina (IgG) depositam-se na junção dermoepidérmica e em torno dos pequenos vasos da derme.

SSJ é uma doença causada por hipersensibilidade a imunocomplexos. Em metade dos casos nenhuma etiologia é encontrada. As drogas mais comuns são as sulfonamidas e penicilinas (26%) e o agente infeccioso mais relacionado é o herpes simples vírus (20%).

Eritema (manchas vermelhas na pele)

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O eritema cutâneo pode começar como máculas (manchas) que se tornam pápulas, vesículas, bolhas, placas de urticária ou eritema confluente. O centro dessas lesões pode ser vesicular, purpúrico ou necrótico.

A lesão patognomônica (característica) tem a aparência em “alvo”. Pode evoluir, coalescer, aumentar de tamanho e número. O sinal de Nikolsky pode estar presente: desprendimento da pele com leve fricção, tornando-a desnuda e suscetível à infecção secundária.

Quadro clínico

As manifestações clínicas incluem febre, mal-estar e artralgia. As lesões cutâneas são extensas, acometendo diversas regiões do corpo, sendo mais facilmente observada na mucosa oral, na qual as erupções bolhosas aguda se rompem, levando à formação de pseudomembranas nos lábios edemaciados, causando, por conseguinte, incrustações e fissuras que sangram.

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Vesículas intactas normalmente não são observadas, pois se rompem rapidamente.

Cuidados com os olhos

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O envolvimento ocular está presente em 39% a 61% dos casos e caracteriza-se por uma conjuntivite purulenta em ambos os olhos, membranosa ou pseudomembranosa, com aderência das pálpebras inferiores e superiores, sendo habitualmente observados nos estágios crônicos da afecção: simbléfaro, oclusão adesiva da ponta lacrimal e opacidade da córnea. Esse quadro pode resultar em cegueira e perfuração do globo ocular.

Evolução

A síndrome pode progredir para um quadro de toxemia, com alterações do sistema gastrointestinal, sistema nervoso central, rins e coração.

Gravidade

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O prognóstico é grave, especialmente em pacientes idosos e quando há a presença de infecção secundária. Pode evoluir para uma forma mais grave, conhecida como necrólise epidérmica tóxica (NET), onde há o desprendimento, em camadas, da camada superior da pele. O desprendimento epidérmico na SSJ fica abaixo de 10%; já na NET encontra-se acima 30%.

As cicatrizes consequentes do processo de necrose podem resultar em perda de funções orgânicas. Quando alcança os brônquios, pode causar insuficiência respiratória.

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Diagnóstico

Não existe nenhum teste diagnóstico para apontar qual medicamento desencadeou a doença, sendo o diagnóstico, portanto, empírico. Os testes de provocação não são recomendados, uma vez que uma nova exposição ao agente pode resultar em um novo episódio da síndrome.

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O hemograma pode mostrar leucocitose inespecífica; todavia, quando presente, pode apontar infecção bacteriana sobreposta. A cultura de sangue, urina e amostras das lesões são indicadas em casos de suspeita de infecção secundária. A biópsia de pele é o exame complementar definitivo.

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Tratamento

O tratamento da SSJ é habitualmente de suporte e sintomático, devendo ser tomado os devidos cuidados com a pele e mucosa, similares aos de um paciente que sofreu queimaduras, além de uma avaliação oftalmológica diária e acompanhamento por longo período. O reconhecimento e retirada do fármaco é a principal ação terapêutica a ser realizada.

Não há nenhum teste de laboratório que estabeleça qual fármaco causou o eritema, sendo então o diagnóstico empírico. Os testes de provocação não são indicados considerando que a exposição ao agente pode desencadear novo episódio grave de SSJ.

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Os níveis séricos do fator de necrose tumoral-alfa, receptor solúvel da Il-2, da Il-6, e da proteína C reativa estão tipicamente elevados nos pacientes com SSJ; no entanto, nenhum destes testes sorológicos é usado rotineiramente para diagnosticar SSJ.

As lesões de pele geralmente não deixam cicatrizes, mas lesões de mucosa podem ser uma complicação tardia, podendo causar sangramentos e estreitamentos dos locais afetados. Os pacientes devem evitar exposição futura ao agente implicado na ocorrência de SSJ.

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http://www.infoescola.com/doencas/sindrome-de-stevens-johnson/

BULISANI, Ana Carolina Pedigoni et al. Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica em medicina intensiva. Rev. bras. ter. intensiva[online]. 2006, vol.18, n.3 [cited 2015-10-12], pp. 292-297 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2006000300012&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1982-4335. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-507X2006000300012.

Preparo de exames laboratoriais

sangue

GLICOSE, CORTISOL,  HORMÔNIO DO CRESCIMENTO:

Jejum de 8 a 14 horas.

COAGULOGRAMA (TAP, PTT)

Jejum de 5 horas no mínimo.

TRIGLICERÍDEOS, COLESTEROL HDL, LDL, APOLIPOPROTEÍNA A e B , LIPOPROTEÍNA B

Jejum de 12 a 14 horas. Não deve ser menor do que 12 h e nem maior do que 14 horas.

PSA

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  • Não é necessário jejum.
  • 3 dias de abstinência sexual, sem andar de bicicleta, moto ou a cavalo.saiba-quais-sao-os-6-exames-que-avaliam-a-prostata-640-427

DEMAIS EXAMES

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Observar orientação médica ou seguir o padrão abaixo:

  1. O jejum mínimo é de 3 horas.
  2. Alguns parâmetros não sofrem alterações com o jejum.
  3. Alguns laboratórios preferem amostras em jejum de, no mínimo, 8 horas, pois além de padronizar melhor as condições pré-analíticas, oferece menos interferentes.

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Urina

ELEMENTOS ANORMAIS E SEDIMENTOS (EAS)
Como coletar:
  • Fazer a higiene adequada na região genital com água e sabão, tendo o cuidado de enxaguar bem.
  • Deixar a urina sair.
  • Coletar o “meio da urina” (nem a parte inicial nem a final).
  • Enviar imediatamente ao laboratório .
Observações importantes:
  • Para a coleta não se deve interromper o jato urinário.
  • Caso não haja possibilidade de enviar logo ao laboratório, guardar em geladeira.
URINOCULTURA  (CULTURA DE URINA)
Como coletar:
  • Fazer a higiene adequada na região genital com água e sabão, tendo o cuidado de enxaguar bem.
  • Deixar a urina sair.
  • Coletar o “meio da urina” (nem a parte inicial nem a final).
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Observações:
  • Esse exame deve preferencialmente ser colhido no laboratório.
  • O recipiente só pode ser aberto na hora em que já está urinando.
  • Cuidado para não tocar a parte da tampa que ficará em contato com a urina.
  • O recipiente deverá ser aberto o mínimo de tempo possível.
  • Caso não haja possibilidade de realizar a coleta no laboratório, os procedimentos acima terão que ser respeitados, acrescentando os seguintes:
    1. Anotar a hora da coleta;
    2. Remeter ao laboratório imediatamente em um isopor com gelo;
    3. Há de se respeitar um intervalo máximo de 30 minutos entre a coleta e a entrega no laboratório.
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URINA DE 24 HORAS
 Como coletar:
  • A urina deverá ser colhida durante 24 horas, rigorosamente.
  • No primeiro dia, ao acordar, desprezar a primeira urina da manhã e anotar o horário.
  • Colher todo o volume das outras urinas até o dia seguinte, no mesmo horário marcado na véspera.
Observações:
  1. O volume urinário é fundamental para a determinação, por isso não se pode perder nenhuma parte da urina durante as 24 horas da coleta.
  2. Toda a urina deverá ser guardada em geladeira.
  3. O recipiente (frasco) usado para a coleta deve ser de água mineral (garrafa de refrigerante não serve).
  4. Trazer anotado o peso atual e altura do paciente.
CULTURA DO ESCARRO
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Como coletar:

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  • Colher a primeira secreção respiratória (escarro) da manhã.
Observações:
  • Antes de colher o material é necessário que se faça higiene bucal como a seguir:
    • a) diluir uma colher das de sopa de água oxigenada 10 vol. em 1 copo de água (200 ml) previamente filtrada e fervida;
    • b) Após a escovação dentária normal, fazer bochecho com a solução de água oxigenada preparada;
    • c) Depois, retirar toda a solução de bochecho com água filtrada e fervida;
    • d) Deve-se evitar escarros muito diluídos em salivas;
  • O frasco de coleta só deverá permanecer aberto o tempo necessário para o envasamento do material.
PESQUISA DE CÉLULAS NEOPLÁSICAS (ESCARRO DE 24 HORAS)
Como coletar:
  • Coletar no frasco fornecido pelo laboratório todo o material eliminado durante 24 horas.
Observações:
  • Cada vez que colocar o escarro no frasco, este deve ser bem agitado, a fim de se tentar uma homogeneização com a solução fixadora.
  • O frasco não deve ser guardado em geladeira.
PARASITOLÓGICO (FEZES FRESCAS), ELEMENTOS ANORMAIS NAS FEZES E SANGUE OCULTO
Como coletar:
  • Colocar as fezes recém emitidas no frasco fornecido pelo laboratório até aproximadamente dois terços do volume total.
Observações:
  • Deve-se evitar o contato da urina com as fezes.
  • Dar preferência a porção das fezes que contenha muco e/ou sangue.
PARASITOLÓGICO (MIFC)
Como coletar:
  • A cada dia separar 1 (uma) pazinha de fezes e colocar no líquido conservante, tendo o cuidado de dissolver essa pequena porção no líquido.
Observações:
  • Esse procedimento deve se repetir tantas vezes quantas o seu médico indicar (geralmente, de 3 a 5 dias).
  • A cada amostra, a porção de fezes precisa ser dissolvida no líquido.
  • O recipiente deve permanecer em lugar fresco (não guardar em geladeira).
  • Não há necessidade de todas as coletas serem efetuadas em dias consecutivos.
  • Dar preferência à porção de fezes que tenha muco ou sangue.
  • Deve-se evitar o contato da urina com as fezes.

http://laboratoriomorales.com.br/exames.html

Perguntas frequentes

Água quebra o jejum?
  • Não. Pode-se beber água respeitando o hábito do paciente.
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Posso tomar remédio antes da coleta dos exames?
  • Sim, porém e indispensável que se anote o nome e informe a recepcionista (a recepcionista questionará). Essa medida é muito importante, pois alguns remédios interferem nas dosagens.
É importante informar ao laboratório o uso de vitaminas?
  • Sim, vitaminas são substâncias químicas que reagem em algumas determinações sendo importante notificar ao Laboratório.
Posso fumar antes de colher o sangue?
  • Não deve. Porém há que se estar atento, pois a falta do fumo, para algumas pessoas, gera um poderoso interferente que é o stress. O paciente junto com o laboratório devem pesar os dois braços desta balança.
Posso fazer uso de bebida alcoólica na véspera do exame?
  • Não deve. Mesmo 72 horas antes, a ingestão do álcool pode alterar principalmente o perfil lipídico (Colesterol, Triglicérides, HDL-Colesterol, LDL-Colesterol) e exames que avaliam a função do fígado.
Pode-se colher sangue gripado ou com febre?
  • Se for exame de rotina não deve, pois a virose e/ou febre causam alterações de parâmetros sanguíneos específicos do episódio viral/febril. Se for exame de urgência/emergência, pode. Neste caso anotar o evento (virótico etc.) para comunicar a seu médico.
Pode-se colher sangue menstruada?
  • Importante informar ao laboratório a data do inicio da menstruação no caso e haver dosagens hormonais (a recepcionista questionará). Ficar atento também a alguns parâmetros hematológicos que podem variar dependendo da intensidade do sangramento.
O exame de sangue tem que ser sempre em jejum?
  • O jejum mínimo é de 3 horas.
  • Alguns parâmetros não sofrem alterações com o jejum.
  • Porém, alguns laboratórios preferem amostras em jejum de, no mínimo, 8 horas.
  • Além de padronizar melhor as condições do paciente, oferecem menos interferentes.
O exame pode ser feito à tarde?
  • No nosso organismo a concentração de muitas substâncias é modificada de acordo com o horário do dia. Por exemplo, cortisol, ferro etc. Sendo assim, os valores de referência devem ser examinados com cautela pois foram estabelecidos para amostras matinais.
Posso fazer atividade física antes de colher o sangue?
  • Não deve, pois os exercícios físicos podem alterar (para mais ou para menos) alguns parâmetros.
Por que o local da punção pode ficar roxo?
  • No local onde a agulha perfurou a veia forma um pequeno “coágulo”.
  • Um exercício, mesmo carregar peso, às vezes até a movimentação normal pode tirar esse “coágulo” do lugar e a região pode voltar a sangrar.
  • O sangue sai da veia e se acumula por baixo da pele (hematoma).
  • Hematoma é aquele “roxo” que surge quando alguém se machuca (foto). A área pode ficar sensível, dolorida, pois a absorção do sangue produz substâncias que são irritantes.
O que devo fazer se meu braço ficou roxo?
  • Entrar em contato com os responsáveis pelo laboratório que eles o orientarão.
Estou muito estressada, não dormi bem à noite posso fazer o exame de sangue rotineiro.
  • Não deve.
A urina tem que ser a 1ª da manhã?
  • A preferência por essa amostra é por se tratar de uma urina mais concentrada (já que à noite se bebe menos água) e assim pode-se detectar a presença de “elementos anormais” com maior facilidade.
Por que o exame de cultura de urina não deve ser colhido em casa?
  • Porque o tempo entre coleta e processamento do material é fundamental.
  • Quanto mais tempo passar, maior o risco de um resultado superestimado (equivocado).
  • Colhendo no laboratório, pode-se ter um controle mais eficaz desse importante item e assim obter resultados mais confiáveis.
Nunca poderei colher em casa minha cultura?
  • Em caso de pacientes acamados, com severas dificuldades para locomoção, a urina poderá ser colhida e aceita com restrições.
  • Sempre se houver possibilidade, a urina para exame de cultura deve ser colhida no laboratório.
Urina e fezes têm que ser colhidas em jejum?
  • Não. O importante dessas amostras é que assim que forem colhidas devem ser enviadas ao laboratório.
Pode-se colher urina menstruada?
  • Não deve, pois o exame acusara presença de sangue sem ser de origem urinaria o que pode induzir o seu médico a uma má interpretação.
    Se for cultura pode, deve ser rigorosa com a higiene e colocar um absorvente interno.

PARA A MAMOGRAFIA

  1. Recomenda-se realizar o exame depois da menstruação, no período pré-menstrual a mama fica mais sensível, mais dolorosa.
  2. É de extrema importância trazer exames anteriores para comparação evolutiva do quadro clínico.

PARA O EXAME DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

  1. Para a realização do exame é necessário ter em mãos o pedido do médico, o cartão do convênio (se for o caso) e documentos como RG e CPF.
  2. Trazer exames anteriores da área analisada em questão (naturalmente se já realizou algum).
  3. Chegar com 10 min. de antecedência.
  4. Dependendo da indicação clínica e do exame solicitado, será necessário utilizar contraste para a sua realização.
  5. Será explicado ao paciente quais medicações o mesmo fará uso e quais não deverá usar para a realização do exame, além de ser necessário jejum total de 8 horas.
  6. Na marcação do exame informar se faz uso de medicação controlada e para que.
  7. Para a realização da Tomografia Computadorizada sem contraste, alguns serviços não exigem preparação. Importante perguntar antes.

ULTRASSONOGRAFIA

  1. Quando se trata da preparação para o exame, depende de qual será a região examinada.
  2. A ultrassonografia que analisar a região da pelve, por exemplo, requer a ingestão de quatro a cinco copos de água duas horas antes da realização de exames.
  3. Quando se trata da região do abdome (fígado, vesícula etc.) é necessário que o paciente se encontre em jejum de 8 horas.
  4. Há casos em que serão necessários os dois preparos para o mesmo exame.
  5. Lembrando que é de suma importância que em todos os exames ultrassonográficos, principalmente aqueles de controle, que se traga o último exame realizado para comparação.

EXAME DE IMAGEM QUE NECESSITA DE JEJUM DE 8 HORAS
Ultrassonografia do Abdome Superior

EXAMES QUE NECESSITAM DE BEXIGA CHEIA
Ultrassonografia do Aparelho Urinário Feminino/Masculino
Ultrassonografia da Região Pélvica Feminino/Masculino
Ultrassonografia da Próstata Via Abdominal
Ultrassonografia do Abdome Inferior Feminino/Masculino

IMPORTANTE: faz-se necessário que 2 horas antes do exame se esvazie completamente a bexiga, beba 1 litro de água e permaneça sem urinar até o momento do exame.

EXAMES QUE NECESSITAM DE JEJUM DE 8h E BEXIGA CHEIA

Ultrassonografia do Abdome Total.

http://www.unimed.coop.br/pct/index.jsp?cd_canal=67770&cd_secao=67764

http://www.fleury.com.br/exames-e-servicos/medicina-diagnostica/perguntas-frequentes/Pages/default.aspx

A Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC)

CONSIDERANDO QUE:

1 – A reunião realizada em 06/10/2016 com as sociedades científicas da área de análises clínicas/patologia clínica (SBAC e SBPC) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), discutiu somente o jejum para a realização do perfil lipídico.

2 – Existem estudos recentes demonstrando que a hipertrigliceridemia no estado pós-prandial aumenta o risco cardiovascular e que o exame, quando realizado nesta condição, é mais adequado para refletir a situação metabólica habitual do paciente, e pode ser considerado como um “novo parâmetro” para a cardiologia clínica.

3 – Para a glicemia, quando utilizada como critério diagnóstico, o tempo de jejum preconizado é de 8 horas.

SUGERE AOS LABORATÓRIOS:

1 – Realizar os exames do perfil lipídico sem jejum somente quando a solicitação médica indicar claramente esta condição.

2 – Registrar nos laudos, que o exame foi realizado “sem jejum conforme solicitação médica”.

3 – Não informar os valores de referência até que sejam definidos na próxima diretriz de dislipidemias, prevista para dentro de alguns meses.

Para os demais exames o procedimento deverá continuar o mesmo, até que estudos científicos possam definir com segurança, a influência ou o grau da influência da alimentação sobre os resultados dos exames laboratoriais, inclusive revisando os valores de referência caso necessário.

http://sbac.org.br/noticias/sugestoes-aos-laboratorios-sobre-a-flexibilizacao-do-jejum/

Em anexo:

http://www.ebserh.gov.br/documents/222842/1013348/Preparo_para_exames_Secao_Bioquimica.pdf/839811bc-4104-4efe-82d3-52351705cf54

Açúcar (II)

Memória

Consumir muito açúcar (mesmo frutose, em excesso) diariamente pode prejudicar o aprendizado e a memória.

É o que indica uma pesquisa publicada recentemente no periódico Journal of Physiology.

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No estudo, conduzido por uma equipe da Universidade da Califórnia, ratos que ingeriram xarope de milho rico em frutose (encontrada em produtos industrializados, como refrigerantes, condimentos e comidas de bebê) tiveram prejuízo na memória e queda no número de sinapses cerebrais.

Essa queda nas sinapses acabou por deixar o cérebro mais lento.

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A boa notícia é que a ingestão de alimentos com ácidos graxos ômega-3 protege contra os danos causados pelo açúcar.

Hiperglicemia e insulinemia

Quando ingerimos muito açúcar, os níveis de glicose no sangue disparam. Para conter esse aumento desmedido, o corpo lança insulina no sangue.

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Assim, uma hiperglicemia acaba gerando uma hiperinsulimia. Segundo Michel Raymond, pesquisador do Instituto de Ciências Evolutivas da Universidade de Montpellier, na França, e autor do livro Troglodita é você! (Ed. Paz e Terra, 256 páginas), repetidas hiperinsulinemias têm respostas fisiológicas prejudiciais ao organismo. E uma delas afeta diretamente a maneira como você enxerga.

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Dados médicos relacionam essas elevações drásticas e constantes da insulina à desregulação do crescimento dos eixos óticos oculares (local do olho por onde entra a luz que chega à retina), uma das causa da miopia.

O açúcar também, em quantidade elevada no sangue, deixa os líquidos dos olhos mais densos, o que desidrata o cristalino e também pode levar a alterações na visão.

 Síndrome metabólica

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A síndrome se caracteriza por níveis de triglicerídeos elevados (um tipo de gordura que em alta concentração é prejudicial), baixo nível de colesterol HDL (considerado o colesterol “bom”), hipertensão arterial, resistência aos efeitos da insulina e, glicemia.

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Todas essas condições são problemas que contribuem para doenças cardiovasculares.

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De acordo com artigo de agosto de 2011, publicado no periódico médico Archives of Medical Science por uma equipe internacional de pesquisadores, a síndrome metabólica pode ser o resultado da ingestão de uma alimentação com alto índice glicêmico, particularmente de frutose.

Segundo o artigo, estudos anteriores em animais já haviam demonstrado que a exposição do fígado a quantias elevadas de frutose leva a um acúmulo de triglicerídeos.

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Artigo publicado no periódico The Journal of the American Medical Association (JAMA), em 2009, aponta ainda que o consumo excessivo de açúcar está relacionado com a presença de altos índices de triglicerídeos e baixos níveis de HDL.

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No estudo, os voluntários que ingeriram as maiores quantidades de açúcar apresentaram os níveis mais elevados de colesterol.

Segundo a Associação Americana do Coração, o consumo excessivo de açúcar é um fator de risco, sendo apontado, inclusive, como uma das possíveis causas para a epidemia de obesidade.

Hipertensão

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Ingerir bebidas açucaradas em excesso pode elevar os riscos de pressão alta.

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De acordo com uma pesquisa da Escola de Saúde Pública do Imperial College London, da Inglaterra, consumir mais de 355 ml de suco de fruta com açúcar ou de refrigerantes pode aumentar a pressão sanguínea em até 1,6 milímetro de mercúrio (mmHg, unidade padrão de medida da pressão arterial).

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Publicada no periódico americano Hypertension, a pesquisa não conseguiu descobrir qual o mecanismo exato de ação do açúcar na pressão.

Uma das hipóteses levantada pelos cientistas, no entanto, é de que, quando presente em grandes quantidades no sangue, o açúcar desequilibra o tônus do vaso sanguíneo, além de desregular os níveis de sal – aumentando, assim, a pressão.

Gota

Bebidas ricas em frutose, como refrigerantes e suco de laranja, podem aumentar os riscos de gota em mulheres na menopausa, em função do aumento nos níveis de ácido úrico.

Resultado de imagem para gota e ácido úrico

A gota é uma condição causada pelos depósitos de cristais de urato de sódio, que se acumulam nas articulações. Isso acontece quando há níveis altos de ácido úrico no sangue.

Segundo pesquisa da Universidade de Boston publicada no periódico The Journal of the American Medical Association(JAMA), em 2010, o consumo de uma dose de refrigerante por dia aumentou em 74% os riscos da doença em mulheres predispostas.

Derrame (AVC)

Pesquisadores do Instituto de Bem-Estar da Clínica Cleveland e da Universidade de Harvard descobriram que o consumo elevado de refrigerantes açucarados está associado com riscos mais elevados de derrame.

O açúcar presente nas bebidas pode levar ao aumento dos índices de glicose e insulina no sangue, o que, com o tempo, pode levar à intolerância à glicose, resistência à insulina e inflamações.

Essas mudanças fisiológicas influenciam na arteriosclerose, na estabilidade das plaquetas no sangue e na trombose – três importantes fatores de risco para o derrame isquêmico (derrame causado pela interrupção do fornecimento de sangue ao cérebro). O estudo foi publicado no periódico American Journal of Clinical Nutrition.

 Câncer

Segundo estudo feito pela Faculdade de Medicina Albert Einstein, da Universidade Yeshiva, nos Estados Unidos, índices elevados de açúcar no sangue estão associados ao aumento nos riscos de câncer colorretal em mulheres.

Na pesquisa, publicada no British Journal of Cancer, aquelas mulheres que tinham os níveis mais elevados de açúcar no sangue apresentaram duas vezes mais riscos de desenvolver o câncer.

Acne

Além do stress e dos hormônios, o açúcar também pode ser considerado um dos vilões para o aparecimento de acnes.

Segundo pesquisas, ao elevar o índice glicêmico do corpo, a ingestão em excesso de açúcar afeta a produção da insulina e do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1).

O desequilíbrio acaba promovendo uma produção em demasia de androgênios, e, por consequência, o aparecimento da acne.

Estudo publicado no periódico Nutrients, por pesquisadores da Universidade de Sidney, na Austrália, aponta que uma dieta com baixo índice glicêmico (pouco açúcar) ajuda a melhorar o aspecto da acne por mais tempo.

http://veja.abril.com.br/ciencia/estudo-mostra-que-acucar-mesmo-em-doses-consideradas-normais-pode-fazer-mal-a-saude/

Artigos especiais

Prevenção e manejo não farmacológico da dor no recém-nascido

O manejo da dor no período neonatal deve ser baseado na identificação acurada da presença de dor, sendo o primeiro passo para seu manejo ideal. O objetivo principal do manejo da dor no recém-nascido (RN) é a utilização de intervenções que minimizem a sua intensidade e duração, ajudando o neonato a recuperar-se e reorganizar-se dessa experiência estressante.

O tratamento da dor deve ocupar lugar de destaque nas atividades dentro da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal. Assim, a prevenção e o controle da dor devem ser prioritários durante todo o período de internação do RN.

No entanto, existem lacunas no conhecimento a respeito da forma mais efetiva de realizar o manejo adequado da dor. Embora seja difícil eliminá-la completamente nos neonatos, muito pode ser feito para reduzir sua quantidade e intensidade.

Para isso, podem ser utilizadas medidas de manejo não farmacológicas, como medidas ambientais e comportamentais, e farmacológicas. O conhecimento dessas estratégias é fundamental, uma vez que a utilização de diferentes métodos associados pode potencializar o efeito analgésico.

A forma mais efetiva de reduzir a dor no recém-nascido é diminuindo o número de procedimentos realizados, o que pode iniciar com a redução do número de interrupções do repouso do neonato. Outras estratégias importantes são a eliminação de procedimentos desnecessários e evitar a repetição de procedimentos após tentativas sem sucesso.

A literatura é controversa em relação ao agrupamento de procedimentos como forma de diminuição do estresse. Enquanto uma vertente o mostra como estratégia útil para a redução da dor, principalmente se seguido de um evento confortante, como alimentação, outra recomenda evitar o agrupamento de procedimentos, pois pode desencadear um período mais prolongado de dor, desconforto e estresse no RN, fazendo com que ele demore mais para retornar ao estado fisiológico e comportamental pré-procedimento.

Para o manejo da dor no recém-nascido, podem ser utilizadas intervenções não farmacológicas ou farmacológicas, de acordo com a necessidade. É importante que, uma vez realizada a intervenção, a dor seja reavaliada de 30 minutos a 1 hora após, certificando-se da efetividade do tratamento. Neste contexto, este estudo objetiva apresentar os principais métodos não farmacológicos de alívio da dor no recém-nascido disponíveis para utilização na UTI Neonatal.

MANEJO NÃO FARMACOLÓGICO DA DOR NO RECÉM-NASCIDO

Uma variedade de intervenções não farmacológicas se mostra efetiva para prevenir e aliviar a dor aguda no RN submetido a pequenos procedimentos. Possuem eficácia comprovada e apresentam baixo risco para os neonatos, assim como baixo custo operacional.

Glicose/sacarose via oral

A administração de soluções adocicadas diretamente sobre a língua do RN, cerca de 2 minutos antes da realização de procedimentos dolorosos, causa liberação de opioides endógenos, os quais possuem propriedades analgésicas intrínsecas, bloqueando os caminhos da dor.

As soluções adocicadas diminuem a duração do choro, atenuam a mímica facial de dor, minimizam a elevação da frequência cardíaca e os escores na aplicação de escalas de avaliação da dor.

O mecanismo de ação da solução oral de sacarose/glicose no controle da dor ainda não está completamente definido, sendo dois mecanismos aparentemente envolvidos: o primeiro é o fato de a sensação adocicada estimular o paladar e ativar áreas corticais relacionadas ao prazer capazes de promover efeitos fisiológicos e sensoriais, ocorrendo a liberação de opioides endógenos que ocupam receptores próprios (principalmente os receptores µ), modulando a experiência dolorosa.

Esses benefícios aumentam quando associados à sucção não nutritiva de uma chupeta ou dedo enluvado; e o segundo está relacionado à ação de opioides endógenos ocupando os nociceptores e modulando a transmissão neuronal do estímulo álgico.

Dentre as soluções mais estudadas e que apresentam melhor efeito analgésico estão a sacarose e a glicose. Porém, oferecer sacarose 24% parece ser mais efetivo do que outras soluções glicosadas, devendo ser administrada juntamente com a sucção não nutritiva para ser mais efetiva.

A sacarose é indicada em procedimentos como coleta de sangue capilar, aspiração naso/orofaríngea e endotraqueal, punção lombar, punção venosa ou arterial, injeções intramusculares, cateterização urinária, passagem de sonda gástrica/enteral e exame ocular (para retinopatia da prematuridade), além de ser uma terapia acessória ao manejo farmacológico em procedimentos como inserção de cateter central de inserção periférica (PICC), cateter central cirúrgico, cateter arterial percutâneo e dreno de tórax.

Revisão da base de dados Cochrane que utilizou estudos randomizados e controlados com amostras de recém-nascidos a termo e prematuros mostra que a sacarose é segura e efetiva para a redução da dor relacionada a procedimentos. A dose ótima não pode ser identificada devido a inconsistências nas dosagens de sacarose utilizadas entre os estudos.

A revisão sugere maior investigação sobre administração de doses repetidas e o uso de sacarose em combinação com outras intervenções farmacológicas e não farmacológicas, além de maiores estudos sobre o uso em recém-nascidos de extremo baixo peso ao nascer e instáveis ou sob ventilação mecânica.

Uma grande variedade de doses de sacarose é utilizada para o alívio da dor, porém uma dose ótima ainda não foi estabelecida. A Academia Americana de Pediatria orienta doses entre 0,012 e 0,12 gramas (0,05 a 0,5 ml de solução a 24%) e sugere que múltiplas doses para procedimentos dolorosos (2 minutos antes e 1 a 2 minutos depois) são mais efetivas do que doses únicas.

Estudo que contou com a colaboração de 12 centros do Vermont Oxford Network com o objetivo de elaborar diretrizes de melhores práticas no uso de sacarose para o alívio da dor em neonatos relata não haver evidências sobre limite de doses, porém recomenda o uso da menor quantidade possível que forneça alívio na dor.

Os autores trazem doses-limite conforme a idade gestacional, sendo de 0,5 ml para RNs entre 27 e 31 semanas, 1 ml para RNs entre 32 e 36 semanas e 2 ml para RNs com 37 semanas de idade gestacional ou mais.

Estudo de revisão sobre o conhecimento acerca dos mecanismos de ação da analgesia induzida pela sacarose mostra que a duração do efeito em neonatos saudáveis varia de 1 até 45 minutos e recomenda que a administração de sacarose em pequenas quantidades ao longo do procedimento doloroso pode garantir um efeito analgésico mais duradouro.

O estudo também demonstra que a sacarose é menos efetiva quando usada por períodos prolongados ou para alívio de dores mais intensas, porém não especifica o tempo de uso considerado prolongado.

Estudo randomizado, controlado e duplo-cego realizado em uma UTI neonatal do interior de São Paulo e que teve por objetivo avaliar a eficácia da administração via oral de sacarose 25% no alívio da dor em prematuros em esquema de doses repetidas de 0,5 ml/kg ao longo de vários dias demonstrou que esse modelo é eficaz para o alívio da dor em prematuros e não trouxe efeitos colaterais imediatos para o seu estado de saúde.

A sacarose é efetiva quando usada em neonatos tão prematuros quanto 25 semanas de idade gestacional, porém há preocupação em relação a resultados no desenvolvimento de prematuros menores de 32 semanas de idade corrigida devido a possíveis efeitos deletérios a em longo prazo, sugerindo-se o uso criterioso em RNs nessa faixa etária.

Efeitos adversos relatados envolvem pequenas quedas de saturação durante a administração da sacarose via oral, engasgos, tosse ou vômito. Outros possíveis efeitos incluem alterações metabólicas, como hiperglicemia e enterocolite necrosante (ECN). Porém, nem a hiperglicemia nem a ECN foram comprovadas em estudos, sendo efeitos adversos ainda hipotéticos.

Sucção não nutritiva

A sucção é um reflexo natural do recém-nascido, sendo uma das medidas comportamentais mais utilizadas na UTI Neonatal não somente para analgesia, mas também para promover conforto e calma.

A sucção não nutritiva com chupeta ou dedo enluvado pode diminuir a hiperatividade e modular o desconforto do RN, além de diminuir a intensidade e a duração da dor aguda em neonatos pré-termo e a termo submetidos a procedimentos dolorosos.

Seus efeitos estão associados ao aumento na oxigenação, melhora nas funções respiratória e gastrointestinal (durante a oferta de dieta por sonda gástrica), diminuição da frequência cardíaca e do gasto energético, sendo que os benefícios ocorrem durante sucção ritmada, havendo possibilidade de ocorrência de efeito rebote com sua interrupção.

Estudo que comparou a efetividade da administração oral de sacarose e sucção não nutritiva em recém-nascidos a termo submetidos à vacinação contra a hepatite B mostrou que a sacarose administrada 2 minutos antes do procedimento foi mais efetiva no alívio da dor que a sucção não nutritiva, embora ambos tenham sido mais efetivos que somente cuidados de rotina.

Outro estudo prospectivo, randomizado e controlado que comparou a efetividade de duas estratégias de alívio da dor não farmacológicas – sucção não nutritiva e contenção facilitada – com cuidados de rotina em RNs pré-termo demonstrou que sucção não nutritiva e contenção facilitada reduziram escores de dor na escala PIPP (Premature Infant Pain Profile) mais efetivamente que os cuidados de rotina durante punção no calcâneo, sendo que a sucção não nutritiva representou uma redução ainda maior da dor.

Amamentação

Os efeitos positivos da sucção ao seio materno em relação à redução das respostas à dor em RNs saudáveis submetidos a procedimentos dolorosos, em especial punção de calcâneo e venosa, têm sido demonstrados. De modo geral, percebe-se a eficácia da amamentação no alívio da dor aguda em RNs tanto como intervenção, quanto em relação aos aspectos que a congregam (contato pele a pele, sucção, odor e sabor do leite materno).

O alívio da dor é potencializado quando há combinação de tratamentos: contato pele a pele e leite ou glicose, sucção não nutritiva e glicose, estímulos multissensoriais e glicose, podendo-se considerar que a amamentação, que congrega todos esses elementos, seria uma intervenção aconselhável em procedimentos de dor aguda em RNs.

Estudo realizado no Brasil, que comparou um grupo de RNs amamentados ao seio e outro que somente recebeu colo materno durante coleta de sangue concluiu que a amamentação foi efetiva em reduzir a dor em recém-nascidos a termo.

Em recém-nascidos pré-termo, a mesma eficácia não é encontrada. Neonatos entre 30 e 36 semanas de idade gestacional foram randomizados no grupo amamentado ou no grupo que recebeu uma chupeta durante a coleta de sangue em estudo que objetivou avaliar a eficácia da amamentação em reduzir a dor e determinar se as habilidades de amamentação foram alteradas depois deste tratamento.

A amamentação não reduziu índices fisiológicos ou comportamentais de resposta à dor durante o procedimento. Contudo, nenhum efeito adverso imediato na habilidade de amamentação dos neonatos foi encontrado quando combinada a amamentação com um procedimento doloroso.

A eficácia da administração de leite materno ordenhado versus glicose 25% na resposta à dor em pré-termos tardios durante a punção de calcâneo foi avaliada com o uso da escala PIPP. Os resultados indicam que o leite materno ordenhado tem menos efeito que a glicose 25%.

Contenção facilitada e enrolamento

CONCLUSÕES

Apesar da crescente sensibilização por parte dos profissionais da saúde de que recém-nascidos internados na UTI neonatal sentem dor, muitas vezes métodos para seu alívio durante procedimentos de rotina não são utilizados. A literatura mostra diversos métodos não farmacológicos de alívio da dor no recém-nascido, sendo importante que a equipe de saúde os conheça para melhor utilizá-los no dia a dia da UTI neonatal.

É importante que cada serviço de saúde desenvolva estratégias para minimizar o número de procedimentos dolorosos ou estressantes e prover alívio não farmacológico ou farmacológico efetivo em todos os procedimentos realizados, além de constantemente mobilizar a equipe para prevenir a dor e utilizar métodos para seu alívio. A utilização de métodos não farmacológicos de alívio da dor é essencial para garantir um cuidado qualificado e humanizado ao recém-nascido, além de evitar possíveis danos devido à exposição prolongada à dor.

MOTTA, Giordana de Cássia Pinheiro da; CUNHA, Maria Luzia Chollopetz da. Prevenção e manejo não farmacológico da dor no recém-nascido. Rev. Bras. Enferm.,  Brasília ,  v. 68, n. 1, p. 131-135,  Feb.  2015 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672015000100131&lng=en&nrm=iso>. access on  10  Nov.  2016.  http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2015680118p.

Alimentação, estado nutricional e condição bucal da criança

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RESUMO

A relação entre alimentação, estado nutricional e a condição bucal ainda não está bem esclarecida, apresentando, muitas vezes, versões controversas e conhecimento limitado.

Existe certa concordância de que a alimentação e, consequentemente, o estado nutricional, possam exercer certa influência sobre a condição bucal imediata e futura da criança.

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O objetivo desta comunicação é apresentar possíveis relações entre alimentação, estado nutricional e a condição bucal da criança. O estado nutricional pode afetar os dentes durante o seu período de formação e após a erupção na cavidade bucal.

Os efeitos sistêmicos provenientes da nutrição podem alterar o desenvolvimento dos dentes, a quantidade e a qualidade da saliva, assim como os efeitos externos também podem determinar uma maior prevalência de cárie dentária, uma vez que tanto a quantidade de sacarose ingerida, quanto à frequência de ingestão são importantes fatores envolvidos em sua etiologia.

As reflexões deste trabalho sugerem a necessidade de ações interdisciplinares para obtenção de resultados na prevenção e no tratamento das doenças bucais.

CONCLUSÃO

A alimentação de acordo com padrões adequados exerce um importante papel na determinação da saúde bucal, e pode, assim, auxiliar na preservação da saúde do indivíduo ao longo da vida. Tornam-se cada vez mais necessários programas de intervenção educacional à população e aos indivíduos em particular, para incentivo à adoção de hábitos e práticas alimentares adequadas e, consequentemente, normalidade no estado nutricional.

A ação tópica de açúcares, em especial a sacarose, pode causar cárie dentária, sendo que o consumo de açúcar em geral é iniciado precocemente para as crianças, estando presente com grande frequência durante toda a fase de infância.

As deficiências nutricionais no período de formação dos dentes são causas de defeitos na sua estrutura, podendo alterar a sua forma e atuar na quantidade e qualidade da saliva, influenciando no processo de formação da cárie dentária.

As reflexões desta comunicação sugerem que programas odontológicos individuais ou em grupos, viabilizem abordagens interdisciplinares que enfatizem aos indivíduos a compreensão dos mecanismos biopsicossociais aos quais estão submetidos.

A estratégia interdisciplinar vem se mostrando útil na tentativa de bloqueio do círculo vicioso das doenças bucais, portanto, uma aliada no tratamento da doença cárie e das alterações dentárias.

BATISTA, Luciana Rodrigues Vieira; MOREIRA, Emília Addison Machado; CORSO, Arlete Catarina Tittoni. Alimentação, estado nutricional e condição bucal da criança.Rev. Nutr.,  Campinas ,  v. 20, n. 2, p. 191-196,  Apr.  2007 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732007000200008&lng=en&nrm=iso>. access on  10  Nov.  2016.  http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732007000200008.

Açúcar (I)

Conheça 12 tipos de açúcar e as suas indicações

Pensamos que é quase impossível viver sem doces. Há vários tipos de açúcar no mercado, com uma grande diferença entre o processo de fabricação de cada um deles, o que altera a sua composição e uso.

Lembre-se: é importante ficar de olhos abertos na quantidade de açúcar que se vai consumir. Sua saúde agradece!

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Açúcar invertido (trimoline)

A aparência do açúcar invertido é igual a de um xarope, que é exatamente o que ele é. Em uma reação da sacarose, o açúcar tradicional, com água e calor, a molécula se quebra e se divide em glicose e frutose – onde adicionam sucrose a essa mistura.

É usado comumente para fazer balas e biscoitos, pois ele impede a cristalização e funciona como um “conservante”.

Açúcar cristal

Tem como característica os cristais grandes, transparentes ou levemente amarelados. Possui praticamente as mesmas propriedades do açúcar refinado. Existe também o açúcar cristal colorido, que contém corantes alimentícios. Utilizado para preparar receitas e adoçar líquidos e decorar pães, doces e biscoitos.

Açúcar refinado

Este é o açúcar mais utilizado na culinária – e o mais comum de ser encontrado nos supermercados.

imagesSua fórmula é composta por grãos finos e irregulares que são fáceis de serem dissolvidos e misturados. No processo de fabricação, são adicionados produtos químicos para que ele fique branco. Porém, ocorre a perda de vitaminas e sais minerais.

Açúcar vanille ou baunilhado

É um açúcar que contém vaniline, um produto químico com aroma e sabor de baunilha, para preparar biscoitos caseiros e bolos simples sem recheio.

É mais difícil de ser encontrado no mercado. Obtêm-se um resultado parecido adicionando uma colher (das de café) de essência de baunilha para cada colher (sopa) de açúcar refinado na receita.

Açúcar de confeiteiro

Também conhecido como o glaçúcar, o açúcar de confeiteiro é usado para o preparo de chantilly, coberturas e glacês mais homogêneos, pois possui grãos finos que permitem uma mistura mais eficaz, mesmo a frio.

No processo de fabricação, o refinamento é sofisticado e inclui a adição de amido para evitar que os microcristais se juntem novamente. Por ser um açúcar muito fino (parece um talco), é indicado para decorar tortas, bolos e biscoitos.

Açúcar impalpável

Apesar de ser parecido com o açúcar de confeiteiro, o impalpável é ainda mais fino e também conta com a adição de amido de milho em sua composição. Isso porque o amido ajuda a não deixar que o açúcar empelote, pois tira a umidade.

Em geral, é utilizado nas confeitarias, principalmente para fazer macarons (doces franceses).

Uma receita caseira: adicionar 2 colheres (sopa) de amido de milho para cada xícara (chá) de açúcar de confeiteiro e bater a mistura no liquidificador.

Açúcar líquido

Esse tipo de açúcar é bastante usado em indústrias alimentícias para o preparo de bebidas gasosas, doces, balas e é difícil ser encontrado em supermercados.

Para preparar em casa, dissolve-se o açúcar refinado em água. É bom para preparar caldas e coberturas de sobremesas.

Açúcar orgânico

Nesse tipo de açúcar não são utilizados ingredientes artificiais ou agrotóxicos no ciclo de produção. O açúcar orgânico é considerado natural desde o plantio, sem adubos e fertilizantes químicos, até a embalagem biodegradável.

Ele também tem o mesmo poder de adoçante do açúcar refinado – porém, é mais caro, mais grosso, mais escuro e preserva parte de seus nutrientes.

Esse é o tipo mais “saudável”, mas isso não quer dizer que você deve consumi-lo em maior quantidade. Pode-se substituir o refinado pelo orgânico no preparo de sobremesas.

Açúcar demerara

É um açúcar com sabor mais intenso e que tem o processo de fabricação bem parecido com o açúcar cristal – mas não recebe aditivos químicos.

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Os grãos têm aparência marrom-claro ou caramelo e são levemente mais úmidos, devido ao alto teor de melaço de cana que envolve o açúcar. É difícil de ser dissolvido e é empregado para preparar pães e biscoitos.

Açúcar mascavo

Principais características: açúcar escuro, úmido e de sabor forte, pois é extraído depois do cozimento do caldo da cana. Ele conserva o ferro, cálcio e outros sais minerais.

Por ter um gosto bem parecido com o do caldo da cana, não agrada a todos os paladares. É um dos açúcares recomendados por alguns nutricionistas por possuir mais nutrientes do que os outros e ter um preço acessível.

Açúcar gelado

Se você é fã de donuts, aquelas rosquinhas recheadas, provavelmente também gosta do açúcar gelado.

Ele é polvilhado em cima do doce e, por conta de sua composição, não derrete e também pode ser congelado. Mais complicado de se preparar em casa, pode ser encontrado em lojas especializadas.

Açúcar light

É mais doce do que o açúcar refinado, porém o índice calórico é mais baixo. Um cafezinho, por exemplo, precisa de seis gramas de açúcar refinado e dois gramas do light para ficar com o mesmo sabor.

Por conter sacarose (açúcar comum), não é indicado para diabéticos. Bom para preparar receitas de musse, gelatinas e até saladas.

Glicose ou glucose

O principal uso da glicose na culinária, e na confeitaria ainda mais, é impedir que o açúcar forme aquela crosta cristalizada em volta do doce.

Isso porque ela tem um ponto de congelamento baixo, o que ajuda a não deixar brigadeiros duros, por exemplo. Fácil de achar, também aparece como xarope de milho.

http://claudia.abril.com.br/gastronomia/conheca-12-tipos-de-acucar-e-quais-seus-usos-na-cozinha/

Toxicidade

Alguns estudos demostraram que açúcar em excesso é prejudicial à saúde. Mas uma pesquisa fornece evidências que ele pode ser tóxico também em quantidades consideradas normais por organizações de saúde.

Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, analisaram os efeitos do consumo de açúcar equivalente a três latinhas de refrigerante por dia, acompanhadas de uma dieta saudável e balanceada, em um grupo de camundongos.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Human-relevant levels of added sugar consumption increase female mortality and lower male fitness in mice

Onde foi divulgada: periódico Nature Communications

Quem fez: James S. Ruff, Amanda K. Suchy, Sara A. Hugentobler, Mirtha M. Sosa, Bradley L. Schwartz, Linda C. Morrison, Sin H. Gieng, Mark K. Shigenaga e Wayne K. Potts

Instituição: Universidade de Utah (EUA) e outras.

Dados de amostragem: 158 camundongos descendentes de animais que viviam na natureza.

Resultado: Dentre os camundongos alimentados com uma dose de açúcar correspondente a 25% das calorias consumidas, as fêmeas apresentaram uma taxa de mortalidade duas vezes maior do que o grupo de controle e os machos conseguiram 26% menos territórios e se reproduziram 25% menos do que os demais.

Apesar de não poderem ser diretamente transpostos para os seres humanos, os resultados são preocupantes: as fêmeas que receberam a dieta açucarada apresentaram uma taxa de mortalidade duas vezes maior do que o normal. Entre os machos, não houve mudança na expectativa de vida, mas sua capacidade de manter territórios e se reproduzir foi afetada.

Os resultados foram descritos em um estudo publicado nessa terça-feira no periódico Nature Communications.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores dividiram 158 camundongos em dois grupos. Os dois foram alimentados de forma balanceada e saudável, mas um dos grupos recebeu 25% das calorias em forma de açúcar – metade glicose e metade frutose.

Um quarto das calorias

Wayne Potts, professor de biologia da Universidade de Utah e um dos autores do estudo, explica que o Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos recomenda que não mais do que um quarto das calorias consumidas deve vir de açúcar adicionado – aquele que é acrescentado aos alimentos durante o processo de fabricação.

Não entram nessa conta os açúcares naturais, presentes em frutas e outros alimentos não processados. De acordo com o pesquisador, de 13% a 25% dos americanos consomem a dose de açúcar utilizada no estudo, que equivale, por dia, ao açúcar presente em três latas de refrigerante.

Instinto natural

Um detalhe importante desse estudo: ele não foi feito com animais de laboratório. Como muitos ratos vivem dentro de casas, eles acabam compartilhando de certa forma os hábitos alimentares dos humanos, o que os torna um bom modelo para estudos relacionados à alimentação. “Eles têm vivido com o mesmo tipo de alimentação que nós desde a revolução agrícola, 10.000 anos atrás”, diz Potts.

Leia também:

Açúcar: um grande vilão da saúde

Consumo de açúcar deve ser controlado assim como álcool e tabaco

Como transportar crianças no carro

Cadeirinhas adequadas para bebês recém-nascidos até cerca de 9 kg, mais reclinadas e que devem ser colocadas de costas para o banco da frente do carro.

Muitas vezes esses modelos possuem uma base que fica acoplada ao cinto de segurança, o que facilita a retirada da cadeirinha.

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Cadeirinhas projetadas para carregar desde recém-nascidos até crianças de cerca de 16 kg ou mais, dependendo do modelo.

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Enquanto o bebê é pequeno, esses modelos são instalados de costas para o banco da frente do carro.

Essa é a posição mais segura, porque protege o pescoço do bebê em caso de impacto.

Peso e idade

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Do nascimento até 9 a 13 kg (conforme recomendação do fabricante) ou até 1 ano de idade.

Posição

Voltado para o vidro traseiro, com leve inclinação, conforme instruções do fabricante, de costas para o movimento e sempre no banco de trás.

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Orientações do DETRAN RJ sobre o uso da cadeirinha

  • O transporte de crianças até os 10 anos de idade deve ser feito no banco traseiro, com o dispositivo de segurança correspondente;
  • Observe a adequação do dispositivo, para que seja seguro e confortável: da maternidade até 1 ano de idade: bebê conforto; de 1 a 4 anos: cadeirinha; de 4 a 7 anos e meio: assento de elevação (booster);
  • Leve em conta, além da idade, o peso e a altura da criança, pois cada uma tem um ritmo de crescimento diferente;cadeirinha-300x182
  • A partir dos 7 anos e meio – e com no mínimo 1,45m – a criança poderá utilizar somente o cinto de segurança, ainda no banco traseiro;
  • Caso a quantidade de crianças menores de 10 anos exceda a capacidade do banco traseiro, aquela que tiver maior estatura poderá ser transportada no banco dianteiro, com o devido dispositivo de segurança;
  • Em veículos que disponham somente de banco dianteiro, o transporte de crianças menores de 10 anos poderá ser realizado, também com o uso do dispositivo de segurança correspondente.cadeira-infantil-para-carro

http://www.detran.rj.gov.br/_documento.asp?cod=7797

Rinite alérgica

A palavra alergia deriva do grego allos (outro) + ergia (ação, eficácia). Assim, alergia quer dizer “ação diferente”.

Hipersensibilidade

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O ser humano está exposto a uma série de agentes como ácaros, fungos, insetos, alimentos e medicamentos.

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Em indivíduos geneticamente predispostos esses agentes podem desencadear um resposta “exagerada” do sistema imunológico, também conhecida como hipersensibilidade.

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É como se o sistema imunológico considerasse o agente mais agressivo do que realmente é.

A herança genética é a base para ter alergia, mas é necessária a associação com fatores do ambiente.

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imagem13Qualquer idade

A doença alérgica pode manifestar-se em qualquer idade, pois vai depender do ambiente em que a pessoa vive ou do momento em que se expõe a um determinado agente.

As doenças alérgicas hoje são um problema de saúde pública, pois ocorrem em cerca de 10% a 20% da população mundial.

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Alergistas (imunologistas clínicos) são médicos especialistas, capacitados para o diagnóstico, a prevenção e o tratamento de doenças alérgicas.

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Principais doenças alérgicas

Destacam-se: rinite, asma, sinusite, conjuntivite, urticária, reações a medicamentos, alergia a picada de insetos, eczemas (contato, atópica) e anafilaxia.

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Alergia respiratória

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Alergias podem acometer o sistema respiratório, desde o nariz até os brônquios, sendo a asma e a rinite alérgica as doenças mais comuns.

Asma

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Asma é uma doença que se caracteriza por crises de falta de ar, chiado e sensação de aperto no peito, geralmente acompanhadas de tosse.

Rinite: fator de risco para a asma

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A rinite alérgica manifesta-se por crises de espirros, coriza, coceira e entupimento nasal, podendo atingir também os olhos, os ouvidos e a garganta.

Ambas têm muito em comum: cerca de 80% das pessoas que têm asma, apresentam também rinite.

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Por outro lado, a rinite alérgica é considerada um fator de risco para a asma, sendo observado que em torno de 40% dos pacientes com rinite apresentam asma.

Inflamações crônicas importantes

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A asma e a rinite são doenças inflamatórias crônicas das vias respiratórias, desencadeadas pela exposição frequente e repetida aos alérgenos inaláveis e agravada por poluentes ambientais.

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Imaturidade imunológica = mais infecções

Crianças pequenas são imaturas do ponto de vista imunológico e, por isso, tendem a apresentar mais infecções respiratórias comparadas com crianças maiores e com adultos.

Os sintomas principais da rinite são: espirros, coriza, coceira e congestão nasal, podendo confundir-se com resfriados repetidos. Veja a classificação:

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Parece uma doença simples, mas a repetição das crises pode acarretar complicações como infecções, levando à necessidade do uso repetido de antibióticos.

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Imunodeficiências

a1 a3 Quando uma criança apresenta infecções recorrentes, deve-se investigar também se ela é portadora de algum tipo de imunodeficiência ou se é uma reação normal para sua idade.

Lembre os sinais de alerta para imunodeficiência primária (diferente de AIDS).

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Principais sinais e sintomas

Os sintomas clássicos da rinite alérgica são: espirros em salva; coriza abundante e clara; coceira (em nariz, olhos, ouvidos, garganta) e obstrução nasal.

A tosse pode acompanhar a rinite nos casos de gotejamento de secreção pós-nasal e sinusite associada, sendo, em geral, seca e com piora noturna acentuada.

Diagnóstico diferencial de resfriados (IVAS) e gripes

Resfriados e gripes são doenças contagiosas, causadas por vírus.

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A rinite é uma doença herdada, ou seja, tem origem genética (hereditária) e suas crises repetidas podem complicar o problema e acometer outros locais vizinhos ao nariz: seios da face, olhos, ouvidos, garganta e pulmões.

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Dessa forma, mesmo que a imunidade esteja normal, podem surgir infecções respiratórias, sinusite, amigdalite, faringite etc.

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O tratamento adequado da rinite permite o controle adequado do problema.

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Tratamento: a partir de que idade?

O tratamento da asma e da rinite alérgica com especialista pode ser feito em qualquer idade.

Quanto mais cedo o diagnóstico for definido e estabelecido as causas do processo alérgico, melhores os resultados obtidos no controle da doença.

Crianças que dormem com a boca aberta e roncam

O ronco pode ocorrer na vigência de resfriados ou gripes.

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Mas, quando se torna repetido ou crônico, deve ser investigado, pois não é normal.

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Crianças que roncam apresentam obstrução de vias respiratórias superiores (nariz e garganta).

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A causa mais comum de roncos na infância é a rinite alérgica e/ou aumento no tamanho de amígdalas e adenoides.

O diagnóstico correto e precoce é muito importante.

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Que tipo de exame é feito para descobrir a causa da rinite?

O diagnóstico da rinite alérgica não se baseia somente em exames.

O médico alergista analisa o histórico de cada paciente, seus sintomas, dados de sua saúde pregressa, pessoal e familiar, aliados aos achados do exame físico.

Os testes realizados na pele ou no sangue definem o diagnóstico.

Ácaro

Qual o melhor tratamento?

O tratamento da rinite alérgica baseia-se em 4 pontos:

  • 1) pesquisa e controle de fatores que possam causar ou agravar a doença,
  • 2) controle dos ácaros da poeira no ambiente da casa, em especial no dormitório do alérgico,
  • 3) uso de medicamentos, que podem ser utilizados para alívio das crises, bem como para controlar a doença e prevenir novas crises,
  • 4) imunoterapia (ou vacina para alergia), tratamento capaz de modificar a história natural da doença e controlar a rinite alérgica a longo prazo.

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Ambientes úmidos

Vários estudos científicos relacionam o maior risco de desenvolvimento de alergias em pacientes que vivem em ambientes úmidos, os quais contribuem para o desenvolvimento de ácaros e fungos, principais desencadeantes de crises de rinite alérgica.

Há cidades no Brasil onde o tempo é muito úmido, condição que pode ser desencadeadora de graves alergias.

ISAAC

A mestre em alergia e presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia Regional Paraná (ASBAI-PR), Dra. Loraine Landgraf, conta que um estudo realizado no Brasil chamado ISAAC (The International Study of Asthma and Allergies in Childhood) mostrou que a prevalência média de sintomas relacionados à rinite alérgica foi de 29,6% entre adolescentes e 25,7% entre crianças na fase escolar.

Quanto aos sintomas de asma a prevalência foi de 19% e 24%, respectivamente, entre crianças e adolescentes.

“O Brasil está no grupo de países que apresentam as maiores taxas de prevalência de asma e rinite alérgica no mundo, sendo a rinite a de maior ocorrência entre as doenças respiratórias crônicas”, explica Dra. Loraine.

Nosso país tem dimensões continentais, por isso possui uma diversificação climática bem ampla.

São verificados aqui desde climas muito úmidos e quentes, como é o caso de grande parte da região Amazônica, até climas semiáridos muito fortes, ou seja, secos, próprios do sertão nordestino.

Algumas dicas que podem contribuir para deixar o ambiente mais seguro na luta contra ácaros e fungos:

  1. Verifique se existe alguma situação que favoreça a umidade em casa, tais como infiltrações e vazamentos;
  2. Conserte vazamentos hidráulicos, evitando a proliferação de fungos;
  3. Remova o mofo das superfícies visíveis, por exemplo, nos banheiros;
  4. Utilize capas antialérgicas para colchões, almofadas e travesseiros. Essas capas devem ser impermeáveis, pois evitam a penetração da umidade e, consequentemente, o desenvolvimento de ácaros e fungos.
  5.  A cada três semanas essas capas devem ser lavadas.- Retire todos os tapetes e carpetes, principalmente, do quarto de dormir;
  6. Tome todas as medidas para reduzir a quantidade de poeira, tais como tirar os objetos que facilitam o acúmulo de pó e umidade tais como livros, revistas, bichos de pelúcia, entre outros.
  7. Tente sempre arejar e deixar ventilando bem os ambientes da casa. Prefira casas bem ensolaradas;
  8. Evite o uso de cortinas, prefira persianas. No caso de precisar manter as cortinas, essas devem ser leves e lavadas frequentemente.
  9. Retire as roupas que ficam guardadas por muito tempo, lave-as e coloque-as ao sol antes de usar.

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  • http://www.asbai.org.br/imagebank/ALERGIA-PERGUNTAS-E-RESPOSTAS.pdf
  • http://www.asbai.org.br/secao.asp?s=81&id=938