Arquivo da categoria: Comportamento

Comportamento

Doença falciforme

Homenagem a Wal, educadora e mãe dedicada, que demonstra amor incondicional ao seu filho.

Hemácias 

O nosso sangue é formado por milhões de células vermelhas chamadas hemácias, também conhecidas por glóbulos vermelhos.

As hemácias são arredondadas, achatadas e elásticas e possuem um pigmento denominado hemoglobina, que confere a coloração vermelha ao sangue. A hemoglobina é responsável por levar o oxigênio dos pulmões para todo o corpo através da corrente sanguínea, para que todos os órgãos funcionem normalmente.

Hemoglobinopatias

As hemoglobinopatias são doenças genéticas que afetam a hemoglobina.

A doença falciforme é o exemplo mais comum das hemoglobinopatias.

Por uma alteração genética, a pessoa com doença falciforme produz um tipo alterado de hemoglobina, a hemoglobina S (Hb S), no lugar da hemoglobina normal, a hemoglobina A (Hb A), presente nos adultos.

O transporte de oxigênio para todo o corpo, função da hemoglobina, não se dá de forma satisfatória quando o indivíduo tem a doença falciforme.

Hemácia rígida, em formato de foice

Em determinadas condições, a Hb S faz com que a hemácia deixe de ser flexível e fique mais rígida. Nesses casos, a hemácia passa a ter o formato de meia lua ou foice (daí o nome falciforme).

Ela tende a se ligar aos vasos sanguíneos e também a outras hemácias e ser destruída mais facilmente, o que ocasiona anemia e dificulta a circulação no sangue.

É comum que ocorra entupimento dos vasos sanguíneos, o que leva a dores e a outras alterações em praticamente todos os órgãos do corpo.

Anemia falciforme

A forma mais comum e grave da doença falciforme é denominada anemia falciforme e ocorre quando a criança herda o gene para produzir a Hb S do pai e da mãe, resultando na forma Hb SS.

Resultado de imagem para hb ss disease

Quando, porém, a criança recebe o gene para a Hb S de apenas um dos pais, e do outro recebe o gene para a Hb A, ela será apenas portadora do traço falciforme(Hb AS).

anemia-falciforme_web

Neste caso, não apresentará a doença falciforme, podendo, no entanto, transmiti-la para os filhos.

Além da Hb S, uma pessoa pode apresentar outras hemoglobinas alteradas, como as hemoglobinas C, D, E e beta talassemia.

criancas

Todas essas combinações possíveis com a Hb S são exemplos de doença falciforme e apresentam sinais e sintomas semelhantes, sendo tratadas de forma similar.

Teste do pezinho

doenca-falciforme-setembro2016-257x184

exame de triagem neonatal, realizado em todos os recém-nascidos e conhecido como teste do pezinho, é fundamental para o diagnóstico precoce da doença falciforme e outras hemoglobinopatias e para garantir melhor qualidade de vida ao paciente.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce da doença falciforme só é possível pela realização do exame de triagem neonatal, conhecido como teste do pezinho.

Esse exame laboratorial, feito a partir do sangue coletado do calcanhar do recém-nascido em papel filtro, entre o 3º e o 5º dia de vida, permite identificar as hemoglobinas presentes no sangue, sejam normais ou alteradas.

Métodos 

Os métodos utilizados para a análise são a cromatografia líquida de alta resolução (HPLC) e a eletroforese por focalização isoelétrica (IEF).

A utilização de dois métodos possibilita maior segurança no resultado, pois o resultado positivo apontado por um deles pode ser confirmado pelo outro.

Como nos recém-nascidos predomina a hemoglobina fetal (Hb F), nos casos em que o resultado da triagem neonatal indica a presença de hemoglobina alterada além da Hb F, torna-se necessária a realização de exames confirmatórios após o sexto mês de vida para diagnóstico da doença falciforme.

Nesse período, a Hb F já terá sido substituída pela hemoglobina prevalente no sangue da criança.

Os testes de triagem neonatal identificam também outras hemoglobinas variantes e ainda as crianças que possuem o traço falciforme.

Com o diagnóstico, é possível iniciar imediatamente o tratamento, garantindo melhor qualidade de vida à pessoa com doença falciforme.

Manifestações clínicas

Muitos sintomas e sinais caracterizam a doença falciforme. Entre eles estão:

  • Anemia: sinal mais frequente. A causa dessa anemia não é a falta de ferro, mas a destruição rápida de hemácias, que vivem menos tempo quando estão no formato de foice. Em algumas situações, a transfusão de sangue pode ser necessária.
  • Crises de dor: as crises costumam durar de 4 a 6 dias, ou até mais tempo, podendo ser sentidas nos braços, pernas, articulações, tórax, abdômen e costas.
  • Icterícia (amarelão): ocorre quando a hemácia se rompe e libera um pigmento amarelo no sangue. A urina tende a ficar da cor de coca-cola e o branco dos olhos torna-se amarelo. O quadro não é contagioso e não deve ser confundido com hepatite.

falciforme1

  • Infecções e febre:  o baço é um dos órgãos responsáveis pela defesa do organismo. Ele produz anticorpos, filtra substâncias tóxicas e retira as hemácias envelhecidas da circulação sanguínea. Na doença falciforme, o baço tem seu funcionamento prejudicado, fazendo com que o organismo fique mais sujeito a infecções, que são a principal causa de morte das crianças com a doença.
  • Síndrome mão-pé: é uma inflamação que faz com que tornozelos, punhos, dedos e articulações dos bebês fiquem inchados.
  • Crise de sequestração esplênica (aumento do baço): acúmulo de sangue no baço, o que leva ao aumento do órgão e pode provocar choque e morte. Essa crise é uma das principais causas de morte nas crianças com a doença.
  • Acidente vascular cerebral: entupimento dos vasos sanguíneos e redução da corrente de sangue no cérebro, causando derrame. Dependendo da área afetada, a criança pode apresentar paralisia de braços, pernas ou rosto, convulsões, coma e dificuldades da fala. Podem ocorrer sequelas neurológicas graves e morte.

Resultado de imagem para Crise de sequestração esplênica

  • Priapismo: entupimento dos vasos sanguíneos e redução da corrente de sangue no pênis, causando ereção (“pau duro”) prolongada e dolorosa. É mais frequente nos adolescentes ou pré-adolescentes.
  • Pneumonia: tosse, febre, dor na região dos pulmões, dificuldade respiratória e desânimo.

Resultado de imagem para Crise aplásica

  • Crise aplásica: ocorre quando a medula óssea para de produzir hemácias. A aplasia medular transitória acontece principalmente entre crianças de quatro e 10 anos.
  • Ulcerações: feridas próximas ao tornozelo e parte lateral da perna, dolorosas e de difícil cicatrização.

a11fig01

Periodicidade das consultas de controle (podem ser necessárias consultas extraordinárias)

doena-falciforme-bebe-1-728

UBS

  • Até um ano: consultas mensais.
  • De um a cinco anos: consultas a cada três meses.
  • A partir de cinco anos: consultas a cada seis meses.

Demais crianças com doença falciforme:

  • Até dois anos: consultas a cada quatro meses.
  • De dois a cinco anos: consultas a cada seis meses.
  • A partir de cinco anos: consultas uma vez por ano.

falciforme_adenilson_copy

O atendimento às pessoas com doença falciforme deve ser realizado por equipe multiprofissional, com adoção de protocolo de medidas preventivas e tratamento das complicações da doença.

slide_19

Medicamentos básicos para o tratamento são fornecidos gratuitamente pelos hemocentros.

anemia-falciforme-e-a-escola-p-1

Além disso, pais e familiares recebem continuamente orientações sobre como agir no caso das manifestações mais comuns da doença.

Em função da gravidade, a doença falciforme requer avaliações especializadas (cardiológicas, odontológicas, entre outras) e exames laboratoriais e de imagem periódicos para identificação precoce de complicações e acompanhamento adequado.

Aconselhamento genético

2

  1. Os pais podem não ter a doença falciforme, mas serem portadores do gene da hemoglobina alterada S (Hb S). Neste caso, eles não possuem a doença, mas sim o traço falciforme.
  2. Quando o pai e a mãe são portadores do traço, a cada gravidez o casal terá 25% de chance de ter uma criança com anemia falciforme (Hb SS). Por isso, é recomendado o aconselhamento genético aos pais, mostrando a possibilidade de novos casos na família e a importância redobrada do diagnóstico logo ao nascimento.

abaaaats0ai-0

Traço falciforme (HbAS)

Quando a criança recebe o gene para a Hb S de um dos pais e, do outro, recebe o gene para a hemoglobina normal A (Hb A), ela será apenas portadora do traço falciforme (Hb AS), como os pais.

Nesse caso, não apresentará a doença, podendo, no entanto, transmiti-la para seus filhos caso venha a tê-los com alguém que também possua o traço.

Porém, quando a criança herda o gene para produzir a Hb S tanto do pai quanto da mãe, a criança terá anemia falciforme (Hb SS).

Observações para quem possui o traço falciforme (Hb AS):

  • Não possui a doença falciforme
  • Não tem alterações físicas ou mentais
  • Não necessita de acompanhamento no hemocentro
  • Deve fazer a acompanhamento infantil no posto de saúde
  • Deve receber aconselhamento genético

Esclarecimentos sobre a doença falciforme e outras hemoglobinopatias:

1 – O que são hemoglobinopatias?

O nosso sangue é formado por milhões de células vermelhas chamadas hemácias, também conhecidas por glóbulos vermelhos. As hemácias são arredondadas, achatadas e elásticas e possuem um pigmento denominado hemoglobina, que confere a coloração vermelha ao sangue.

anemia

A hemoglobina é responsável por levar o oxigênio dos pulmões para todo o corpo através da corrente sanguínea, para que todos os órgãos funcionem normalmente.

As hemoglobinopatias são doenças genéticas que afetam a hemoglobina. Como exemplos das hemoglobinopatias mais comuns estão a doença falciforme e a talassemia.

doenca-falciforme-3

2 – Qual a diferença entre anemia falciforme e doença falciforme?

Na maioria das pessoas, a hemoglobina é do tipo A (Hb A), de adulto. Como os genes para formação da hemoglobina são herdados tanto do pai quanto da mãe, dizemos que essas pessoas possuem Hb AA.

Resultado de imagem para anemia falciforme

Em alguns casos, porém, em vez de receber o gene para a Hb A, a pessoa recebe o gene para produzir uma hemoglobina diferente, chamada S. Se o gene para a hemoglobina S (Hb S) é recebido do pai e da mãe, a pessoa terá anemia falciforme (Hb SS).

A Hb S, diferentemente da Hb A, não exerce a função de transportar o oxigênio no corpo de forma satisfatória. Em determinadas condições, a Hb S faz com que a hemácia deixe de ser flexível e fique mais rígida. Nesses casos, a hemácia passa a ter o formato de meia lua ou foice (daí o nome falciforme).

saudeinforma_anmiafalciforme_mai2011

Ela tende a se ligar aos vasos sanguíneos e também a outras hemácias e ser destruída mais facilmente, o que ocasiona anemia e dificulta a circulação no sangue. É comum que ocorra entupimento dos vasos sanguíneos, o que leva a dores e a outras alterações em praticamente todos os órgãos do corpo.

Além do gene para a Hb S, uma pessoa pode herdar ainda um gene para outras hemoglobinas alteradas, como as hemoglobinas C, D, E e beta talassemia. Todas essas combinações possíveis com a Hb S são exemplos de doença falciforme e apresentam os mesmos sinais e sintomas da anemia falciforme, sendo tratadas de forma similar.

3 – O que é o traço falciforme?

Se a pessoa recebe o gene para a hemoglobina S de apenas um dos pais, e do outro recebe o gene para a hemoglobina A, não ocorrerá a anemia falciforme.

20090902194946

Essa pessoa não terá a doença e não precisará ser tratada. Ela terá apenas o traço falciforme (Hb AS).

O importante é saber que, caso essa pessoa venha a ter um filho com outra pessoa que também possui o traço, haverá chances de que a criança, por sua vez, tenha a anemia falciforme.

4 – A doença falciforme tem cura?

cartaz_profissionais_saude_02

O único tratamento curativo da doença falciforme é o transplante de medula óssea.

Idealmente, ele só pode ser realizado quando o paciente tem irmão compatível e com hemoglobina AA ou AS (traço falciforme).

Resultado de imagem para Crise de sequestração esplênica

Mesmo preenchendo esses requisitos, o transplante só deve ser feito em casos selecionados, avaliados pelo hematologista que acompanha o paciente.

foto_cursos

A maioria dos pacientes é acompanhada clinicamente, sem transplante de medula, tanto pela equipe de atenção básica como por equipe multidisciplinar de especialistas na atenção secundária e terciária. Assim, a doença pode ser controlada.

Um dos medicamentos que vem sendo utilizado no controle de sintomas da anemia falciforme é a hidroxiureia (HU), distribuída gratuitamente pelo Ministério da Saúde.

Resultado de imagem para hidroxiureia

A prescrição da HU deve ser feita pelo hematologista, após avaliação criteriosa do quadro clínico da criança ou do adulto.

5 – Quais os sinais e sintomas da doença falciforme?

maxresdefault

Muitos sinais e sintomas caracterizam a doença falciforme. Entre eles estão:

  • Anemia
  • Crises de dor
  • Icterícia (amarelão)
  • Infecções e febre
  • Síndrome mão-pé
  • Crise de sequestração esplênica (aumento do baço)
  • Acidente vascular cerebral
  • Priapismo
  • Pneumonia
  • Ulcerações

Saiba mais em Manifestações Clínicas (acima).

6 – Onde surgiu a doença falciforme?

A alteração genética característica da doença falciforme surgiu predominantemente na África, onde a malária era e ainda é bastante comum.

voc-tem-um-aluno-com-doena-falciforme-em-sua-turma-9-638

As pessoas com traço falciforme não eram infectadas pela malária tão facilmente como as pessoas AA. Por isso, sobreviviam mais e a alteração genética foi aumentando de frequência.

Com a imigração forçada dos escravos, a doença falciforme alcançou as Américas e hoje se encontra em toda a Europa e em grandes regiões da Ásia.

images

No Brasil, distribui-se de forma heterogênea, devido à alta miscigenação, sendo mais comum na população negra e seus descendentes.

a02fig01

O QUE É A DOENÇA FALCIFORME? 

Departamento Científico de Oncohematologia da SBP, em anexo:

doenca-falciforme-sbp

Açúcar (II)

Memória

Consumir muito açúcar (mesmo frutose, em excesso) diariamente pode prejudicar o aprendizado e a memória.

É o que indica uma pesquisa publicada recentemente no periódico Journal of Physiology.

info-memoria

No estudo, conduzido por uma equipe da Universidade da Califórnia, ratos que ingeriram xarope de milho rico em frutose (encontrada em produtos industrializados, como refrigerantes, condimentos e comidas de bebê) tiveram prejuízo na memória e queda no número de sinapses cerebrais.

Essa queda nas sinapses acabou por deixar o cérebro mais lento.

Resultado de imagem para sinapses e memória

A boa notícia é que a ingestão de alimentos com ácidos graxos ômega-3 protege contra os danos causados pelo açúcar.

Hiperglicemia e insulinemia

Quando ingerimos muito açúcar, os níveis de glicose no sangue disparam. Para conter esse aumento desmedido, o corpo lança insulina no sangue.

sindrome-metabolica-e-exercicio-fisico-03

Assim, uma hiperglicemia acaba gerando uma hiperinsulimia. Segundo Michel Raymond, pesquisador do Instituto de Ciências Evolutivas da Universidade de Montpellier, na França, e autor do livro Troglodita é você! (Ed. Paz e Terra, 256 páginas), repetidas hiperinsulinemias têm respostas fisiológicas prejudiciais ao organismo. E uma delas afeta diretamente a maneira como você enxerga.

Resultado de imagem para insulina

Dados médicos relacionam essas elevações drásticas e constantes da insulina à desregulação do crescimento dos eixos óticos oculares (local do olho por onde entra a luz que chega à retina), uma das causa da miopia.

O açúcar também, em quantidade elevada no sangue, deixa os líquidos dos olhos mais densos, o que desidrata o cristalino e também pode levar a alterações na visão.

 Síndrome metabólica

img_946_1_1_1_1

A síndrome se caracteriza por níveis de triglicerídeos elevados (um tipo de gordura que em alta concentração é prejudicial), baixo nível de colesterol HDL (considerado o colesterol “bom”), hipertensão arterial, resistência aos efeitos da insulina e, glicemia.

metabolico2

Todas essas condições são problemas que contribuem para doenças cardiovasculares.

21

De acordo com artigo de agosto de 2011, publicado no periódico médico Archives of Medical Science por uma equipe internacional de pesquisadores, a síndrome metabólica pode ser o resultado da ingestão de uma alimentação com alto índice glicêmico, particularmente de frutose.

Segundo o artigo, estudos anteriores em animais já haviam demonstrado que a exposição do fígado a quantias elevadas de frutose leva a um acúmulo de triglicerídeos.

Resultado de imagem para síndrome metabólica infantil

Artigo publicado no periódico The Journal of the American Medical Association (JAMA), em 2009, aponta ainda que o consumo excessivo de açúcar está relacionado com a presença de altos índices de triglicerídeos e baixos níveis de HDL.

Resultado de imagem para síndrome metabólica infantil

No estudo, os voluntários que ingeriram as maiores quantidades de açúcar apresentaram os níveis mais elevados de colesterol.

Segundo a Associação Americana do Coração, o consumo excessivo de açúcar é um fator de risco, sendo apontado, inclusive, como uma das possíveis causas para a epidemia de obesidade.

Hipertensão

7f2rhq1kwwi9w1doeuksiaf7b

Ingerir bebidas açucaradas em excesso pode elevar os riscos de pressão alta.

hipertensao-arterial

De acordo com uma pesquisa da Escola de Saúde Pública do Imperial College London, da Inglaterra, consumir mais de 355 ml de suco de fruta com açúcar ou de refrigerantes pode aumentar a pressão sanguínea em até 1,6 milímetro de mercúrio (mmHg, unidade padrão de medida da pressão arterial).

hipertensao-500x325

Publicada no periódico americano Hypertension, a pesquisa não conseguiu descobrir qual o mecanismo exato de ação do açúcar na pressão.

Uma das hipóteses levantada pelos cientistas, no entanto, é de que, quando presente em grandes quantidades no sangue, o açúcar desequilibra o tônus do vaso sanguíneo, além de desregular os níveis de sal – aumentando, assim, a pressão.

Gota

Bebidas ricas em frutose, como refrigerantes e suco de laranja, podem aumentar os riscos de gota em mulheres na menopausa, em função do aumento nos níveis de ácido úrico.

Resultado de imagem para gota e ácido úrico

A gota é uma condição causada pelos depósitos de cristais de urato de sódio, que se acumulam nas articulações. Isso acontece quando há níveis altos de ácido úrico no sangue.

Segundo pesquisa da Universidade de Boston publicada no periódico The Journal of the American Medical Association(JAMA), em 2010, o consumo de uma dose de refrigerante por dia aumentou em 74% os riscos da doença em mulheres predispostas.

Derrame (AVC)

Pesquisadores do Instituto de Bem-Estar da Clínica Cleveland e da Universidade de Harvard descobriram que o consumo elevado de refrigerantes açucarados está associado com riscos mais elevados de derrame.

O açúcar presente nas bebidas pode levar ao aumento dos índices de glicose e insulina no sangue, o que, com o tempo, pode levar à intolerância à glicose, resistência à insulina e inflamações.

Essas mudanças fisiológicas influenciam na arteriosclerose, na estabilidade das plaquetas no sangue e na trombose – três importantes fatores de risco para o derrame isquêmico (derrame causado pela interrupção do fornecimento de sangue ao cérebro). O estudo foi publicado no periódico American Journal of Clinical Nutrition.

 Câncer

Segundo estudo feito pela Faculdade de Medicina Albert Einstein, da Universidade Yeshiva, nos Estados Unidos, índices elevados de açúcar no sangue estão associados ao aumento nos riscos de câncer colorretal em mulheres.

Na pesquisa, publicada no British Journal of Cancer, aquelas mulheres que tinham os níveis mais elevados de açúcar no sangue apresentaram duas vezes mais riscos de desenvolver o câncer.

Acne

Além do stress e dos hormônios, o açúcar também pode ser considerado um dos vilões para o aparecimento de acnes.

Segundo pesquisas, ao elevar o índice glicêmico do corpo, a ingestão em excesso de açúcar afeta a produção da insulina e do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1).

O desequilíbrio acaba promovendo uma produção em demasia de androgênios, e, por consequência, o aparecimento da acne.

Estudo publicado no periódico Nutrients, por pesquisadores da Universidade de Sidney, na Austrália, aponta que uma dieta com baixo índice glicêmico (pouco açúcar) ajuda a melhorar o aspecto da acne por mais tempo.

http://veja.abril.com.br/ciencia/estudo-mostra-que-acucar-mesmo-em-doses-consideradas-normais-pode-fazer-mal-a-saude/

Artigos especiais

Prevenção e manejo não farmacológico da dor no recém-nascido

O manejo da dor no período neonatal deve ser baseado na identificação acurada da presença de dor, sendo o primeiro passo para seu manejo ideal. O objetivo principal do manejo da dor no recém-nascido (RN) é a utilização de intervenções que minimizem a sua intensidade e duração, ajudando o neonato a recuperar-se e reorganizar-se dessa experiência estressante.

O tratamento da dor deve ocupar lugar de destaque nas atividades dentro da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal. Assim, a prevenção e o controle da dor devem ser prioritários durante todo o período de internação do RN.

No entanto, existem lacunas no conhecimento a respeito da forma mais efetiva de realizar o manejo adequado da dor. Embora seja difícil eliminá-la completamente nos neonatos, muito pode ser feito para reduzir sua quantidade e intensidade.

Para isso, podem ser utilizadas medidas de manejo não farmacológicas, como medidas ambientais e comportamentais, e farmacológicas. O conhecimento dessas estratégias é fundamental, uma vez que a utilização de diferentes métodos associados pode potencializar o efeito analgésico.

A forma mais efetiva de reduzir a dor no recém-nascido é diminuindo o número de procedimentos realizados, o que pode iniciar com a redução do número de interrupções do repouso do neonato. Outras estratégias importantes são a eliminação de procedimentos desnecessários e evitar a repetição de procedimentos após tentativas sem sucesso.

A literatura é controversa em relação ao agrupamento de procedimentos como forma de diminuição do estresse. Enquanto uma vertente o mostra como estratégia útil para a redução da dor, principalmente se seguido de um evento confortante, como alimentação, outra recomenda evitar o agrupamento de procedimentos, pois pode desencadear um período mais prolongado de dor, desconforto e estresse no RN, fazendo com que ele demore mais para retornar ao estado fisiológico e comportamental pré-procedimento.

Para o manejo da dor no recém-nascido, podem ser utilizadas intervenções não farmacológicas ou farmacológicas, de acordo com a necessidade. É importante que, uma vez realizada a intervenção, a dor seja reavaliada de 30 minutos a 1 hora após, certificando-se da efetividade do tratamento. Neste contexto, este estudo objetiva apresentar os principais métodos não farmacológicos de alívio da dor no recém-nascido disponíveis para utilização na UTI Neonatal.

MANEJO NÃO FARMACOLÓGICO DA DOR NO RECÉM-NASCIDO

Uma variedade de intervenções não farmacológicas se mostra efetiva para prevenir e aliviar a dor aguda no RN submetido a pequenos procedimentos. Possuem eficácia comprovada e apresentam baixo risco para os neonatos, assim como baixo custo operacional.

Glicose/sacarose via oral

A administração de soluções adocicadas diretamente sobre a língua do RN, cerca de 2 minutos antes da realização de procedimentos dolorosos, causa liberação de opioides endógenos, os quais possuem propriedades analgésicas intrínsecas, bloqueando os caminhos da dor.

As soluções adocicadas diminuem a duração do choro, atenuam a mímica facial de dor, minimizam a elevação da frequência cardíaca e os escores na aplicação de escalas de avaliação da dor.

O mecanismo de ação da solução oral de sacarose/glicose no controle da dor ainda não está completamente definido, sendo dois mecanismos aparentemente envolvidos: o primeiro é o fato de a sensação adocicada estimular o paladar e ativar áreas corticais relacionadas ao prazer capazes de promover efeitos fisiológicos e sensoriais, ocorrendo a liberação de opioides endógenos que ocupam receptores próprios (principalmente os receptores µ), modulando a experiência dolorosa.

Esses benefícios aumentam quando associados à sucção não nutritiva de uma chupeta ou dedo enluvado; e o segundo está relacionado à ação de opioides endógenos ocupando os nociceptores e modulando a transmissão neuronal do estímulo álgico.

Dentre as soluções mais estudadas e que apresentam melhor efeito analgésico estão a sacarose e a glicose. Porém, oferecer sacarose 24% parece ser mais efetivo do que outras soluções glicosadas, devendo ser administrada juntamente com a sucção não nutritiva para ser mais efetiva.

A sacarose é indicada em procedimentos como coleta de sangue capilar, aspiração naso/orofaríngea e endotraqueal, punção lombar, punção venosa ou arterial, injeções intramusculares, cateterização urinária, passagem de sonda gástrica/enteral e exame ocular (para retinopatia da prematuridade), além de ser uma terapia acessória ao manejo farmacológico em procedimentos como inserção de cateter central de inserção periférica (PICC), cateter central cirúrgico, cateter arterial percutâneo e dreno de tórax.

Revisão da base de dados Cochrane que utilizou estudos randomizados e controlados com amostras de recém-nascidos a termo e prematuros mostra que a sacarose é segura e efetiva para a redução da dor relacionada a procedimentos. A dose ótima não pode ser identificada devido a inconsistências nas dosagens de sacarose utilizadas entre os estudos.

A revisão sugere maior investigação sobre administração de doses repetidas e o uso de sacarose em combinação com outras intervenções farmacológicas e não farmacológicas, além de maiores estudos sobre o uso em recém-nascidos de extremo baixo peso ao nascer e instáveis ou sob ventilação mecânica.

Uma grande variedade de doses de sacarose é utilizada para o alívio da dor, porém uma dose ótima ainda não foi estabelecida. A Academia Americana de Pediatria orienta doses entre 0,012 e 0,12 gramas (0,05 a 0,5 ml de solução a 24%) e sugere que múltiplas doses para procedimentos dolorosos (2 minutos antes e 1 a 2 minutos depois) são mais efetivas do que doses únicas.

Estudo que contou com a colaboração de 12 centros do Vermont Oxford Network com o objetivo de elaborar diretrizes de melhores práticas no uso de sacarose para o alívio da dor em neonatos relata não haver evidências sobre limite de doses, porém recomenda o uso da menor quantidade possível que forneça alívio na dor.

Os autores trazem doses-limite conforme a idade gestacional, sendo de 0,5 ml para RNs entre 27 e 31 semanas, 1 ml para RNs entre 32 e 36 semanas e 2 ml para RNs com 37 semanas de idade gestacional ou mais.

Estudo de revisão sobre o conhecimento acerca dos mecanismos de ação da analgesia induzida pela sacarose mostra que a duração do efeito em neonatos saudáveis varia de 1 até 45 minutos e recomenda que a administração de sacarose em pequenas quantidades ao longo do procedimento doloroso pode garantir um efeito analgésico mais duradouro.

O estudo também demonstra que a sacarose é menos efetiva quando usada por períodos prolongados ou para alívio de dores mais intensas, porém não especifica o tempo de uso considerado prolongado.

Estudo randomizado, controlado e duplo-cego realizado em uma UTI neonatal do interior de São Paulo e que teve por objetivo avaliar a eficácia da administração via oral de sacarose 25% no alívio da dor em prematuros em esquema de doses repetidas de 0,5 ml/kg ao longo de vários dias demonstrou que esse modelo é eficaz para o alívio da dor em prematuros e não trouxe efeitos colaterais imediatos para o seu estado de saúde.

A sacarose é efetiva quando usada em neonatos tão prematuros quanto 25 semanas de idade gestacional, porém há preocupação em relação a resultados no desenvolvimento de prematuros menores de 32 semanas de idade corrigida devido a possíveis efeitos deletérios a em longo prazo, sugerindo-se o uso criterioso em RNs nessa faixa etária.

Efeitos adversos relatados envolvem pequenas quedas de saturação durante a administração da sacarose via oral, engasgos, tosse ou vômito. Outros possíveis efeitos incluem alterações metabólicas, como hiperglicemia e enterocolite necrosante (ECN). Porém, nem a hiperglicemia nem a ECN foram comprovadas em estudos, sendo efeitos adversos ainda hipotéticos.

Sucção não nutritiva

A sucção é um reflexo natural do recém-nascido, sendo uma das medidas comportamentais mais utilizadas na UTI Neonatal não somente para analgesia, mas também para promover conforto e calma.

A sucção não nutritiva com chupeta ou dedo enluvado pode diminuir a hiperatividade e modular o desconforto do RN, além de diminuir a intensidade e a duração da dor aguda em neonatos pré-termo e a termo submetidos a procedimentos dolorosos.

Seus efeitos estão associados ao aumento na oxigenação, melhora nas funções respiratória e gastrointestinal (durante a oferta de dieta por sonda gástrica), diminuição da frequência cardíaca e do gasto energético, sendo que os benefícios ocorrem durante sucção ritmada, havendo possibilidade de ocorrência de efeito rebote com sua interrupção.

Estudo que comparou a efetividade da administração oral de sacarose e sucção não nutritiva em recém-nascidos a termo submetidos à vacinação contra a hepatite B mostrou que a sacarose administrada 2 minutos antes do procedimento foi mais efetiva no alívio da dor que a sucção não nutritiva, embora ambos tenham sido mais efetivos que somente cuidados de rotina.

Outro estudo prospectivo, randomizado e controlado que comparou a efetividade de duas estratégias de alívio da dor não farmacológicas – sucção não nutritiva e contenção facilitada – com cuidados de rotina em RNs pré-termo demonstrou que sucção não nutritiva e contenção facilitada reduziram escores de dor na escala PIPP (Premature Infant Pain Profile) mais efetivamente que os cuidados de rotina durante punção no calcâneo, sendo que a sucção não nutritiva representou uma redução ainda maior da dor.

Amamentação

Os efeitos positivos da sucção ao seio materno em relação à redução das respostas à dor em RNs saudáveis submetidos a procedimentos dolorosos, em especial punção de calcâneo e venosa, têm sido demonstrados. De modo geral, percebe-se a eficácia da amamentação no alívio da dor aguda em RNs tanto como intervenção, quanto em relação aos aspectos que a congregam (contato pele a pele, sucção, odor e sabor do leite materno).

O alívio da dor é potencializado quando há combinação de tratamentos: contato pele a pele e leite ou glicose, sucção não nutritiva e glicose, estímulos multissensoriais e glicose, podendo-se considerar que a amamentação, que congrega todos esses elementos, seria uma intervenção aconselhável em procedimentos de dor aguda em RNs.

Estudo realizado no Brasil, que comparou um grupo de RNs amamentados ao seio e outro que somente recebeu colo materno durante coleta de sangue concluiu que a amamentação foi efetiva em reduzir a dor em recém-nascidos a termo.

Em recém-nascidos pré-termo, a mesma eficácia não é encontrada. Neonatos entre 30 e 36 semanas de idade gestacional foram randomizados no grupo amamentado ou no grupo que recebeu uma chupeta durante a coleta de sangue em estudo que objetivou avaliar a eficácia da amamentação em reduzir a dor e determinar se as habilidades de amamentação foram alteradas depois deste tratamento.

A amamentação não reduziu índices fisiológicos ou comportamentais de resposta à dor durante o procedimento. Contudo, nenhum efeito adverso imediato na habilidade de amamentação dos neonatos foi encontrado quando combinada a amamentação com um procedimento doloroso.

A eficácia da administração de leite materno ordenhado versus glicose 25% na resposta à dor em pré-termos tardios durante a punção de calcâneo foi avaliada com o uso da escala PIPP. Os resultados indicam que o leite materno ordenhado tem menos efeito que a glicose 25%.

Contenção facilitada e enrolamento

CONCLUSÕES

Apesar da crescente sensibilização por parte dos profissionais da saúde de que recém-nascidos internados na UTI neonatal sentem dor, muitas vezes métodos para seu alívio durante procedimentos de rotina não são utilizados. A literatura mostra diversos métodos não farmacológicos de alívio da dor no recém-nascido, sendo importante que a equipe de saúde os conheça para melhor utilizá-los no dia a dia da UTI neonatal.

É importante que cada serviço de saúde desenvolva estratégias para minimizar o número de procedimentos dolorosos ou estressantes e prover alívio não farmacológico ou farmacológico efetivo em todos os procedimentos realizados, além de constantemente mobilizar a equipe para prevenir a dor e utilizar métodos para seu alívio. A utilização de métodos não farmacológicos de alívio da dor é essencial para garantir um cuidado qualificado e humanizado ao recém-nascido, além de evitar possíveis danos devido à exposição prolongada à dor.

MOTTA, Giordana de Cássia Pinheiro da; CUNHA, Maria Luzia Chollopetz da. Prevenção e manejo não farmacológico da dor no recém-nascido. Rev. Bras. Enferm.,  Brasília ,  v. 68, n. 1, p. 131-135,  Feb.  2015 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672015000100131&lng=en&nrm=iso>. access on  10  Nov.  2016.  http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2015680118p.

Alimentação, estado nutricional e condição bucal da criança

carie-dentaria1

RESUMO

A relação entre alimentação, estado nutricional e a condição bucal ainda não está bem esclarecida, apresentando, muitas vezes, versões controversas e conhecimento limitado.

Existe certa concordância de que a alimentação e, consequentemente, o estado nutricional, possam exercer certa influência sobre a condição bucal imediata e futura da criança.

grafico_caries

O objetivo desta comunicação é apresentar possíveis relações entre alimentação, estado nutricional e a condição bucal da criança. O estado nutricional pode afetar os dentes durante o seu período de formação e após a erupção na cavidade bucal.

Os efeitos sistêmicos provenientes da nutrição podem alterar o desenvolvimento dos dentes, a quantidade e a qualidade da saliva, assim como os efeitos externos também podem determinar uma maior prevalência de cárie dentária, uma vez que tanto a quantidade de sacarose ingerida, quanto à frequência de ingestão são importantes fatores envolvidos em sua etiologia.

As reflexões deste trabalho sugerem a necessidade de ações interdisciplinares para obtenção de resultados na prevenção e no tratamento das doenças bucais.

CONCLUSÃO

A alimentação de acordo com padrões adequados exerce um importante papel na determinação da saúde bucal, e pode, assim, auxiliar na preservação da saúde do indivíduo ao longo da vida. Tornam-se cada vez mais necessários programas de intervenção educacional à população e aos indivíduos em particular, para incentivo à adoção de hábitos e práticas alimentares adequadas e, consequentemente, normalidade no estado nutricional.

A ação tópica de açúcares, em especial a sacarose, pode causar cárie dentária, sendo que o consumo de açúcar em geral é iniciado precocemente para as crianças, estando presente com grande frequência durante toda a fase de infância.

As deficiências nutricionais no período de formação dos dentes são causas de defeitos na sua estrutura, podendo alterar a sua forma e atuar na quantidade e qualidade da saliva, influenciando no processo de formação da cárie dentária.

As reflexões desta comunicação sugerem que programas odontológicos individuais ou em grupos, viabilizem abordagens interdisciplinares que enfatizem aos indivíduos a compreensão dos mecanismos biopsicossociais aos quais estão submetidos.

A estratégia interdisciplinar vem se mostrando útil na tentativa de bloqueio do círculo vicioso das doenças bucais, portanto, uma aliada no tratamento da doença cárie e das alterações dentárias.

BATISTA, Luciana Rodrigues Vieira; MOREIRA, Emília Addison Machado; CORSO, Arlete Catarina Tittoni. Alimentação, estado nutricional e condição bucal da criança.Rev. Nutr.,  Campinas ,  v. 20, n. 2, p. 191-196,  Apr.  2007 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732007000200008&lng=en&nrm=iso>. access on  10  Nov.  2016.  http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732007000200008.

Açúcar (I)

Conheça 12 tipos de açúcar e as suas indicações

Pensamos que é quase impossível viver sem doces. Há vários tipos de açúcar no mercado, com uma grande diferença entre o processo de fabricação de cada um deles, o que altera a sua composição e uso.

Lembre-se: é importante ficar de olhos abertos na quantidade de açúcar que se vai consumir. Sua saúde agradece!

Resultado de imagem para ACÚCAR INVERTIDO TRIMOLINE

Açúcar invertido (trimoline)

A aparência do açúcar invertido é igual a de um xarope, que é exatamente o que ele é. Em uma reação da sacarose, o açúcar tradicional, com água e calor, a molécula se quebra e se divide em glicose e frutose – onde adicionam sucrose a essa mistura.

É usado comumente para fazer balas e biscoitos, pois ele impede a cristalização e funciona como um “conservante”.

Açúcar cristal

Tem como característica os cristais grandes, transparentes ou levemente amarelados. Possui praticamente as mesmas propriedades do açúcar refinado. Existe também o açúcar cristal colorido, que contém corantes alimentícios. Utilizado para preparar receitas e adoçar líquidos e decorar pães, doces e biscoitos.

Açúcar refinado

Este é o açúcar mais utilizado na culinária – e o mais comum de ser encontrado nos supermercados.

imagesSua fórmula é composta por grãos finos e irregulares que são fáceis de serem dissolvidos e misturados. No processo de fabricação, são adicionados produtos químicos para que ele fique branco. Porém, ocorre a perda de vitaminas e sais minerais.

Açúcar vanille ou baunilhado

É um açúcar que contém vaniline, um produto químico com aroma e sabor de baunilha, para preparar biscoitos caseiros e bolos simples sem recheio.

É mais difícil de ser encontrado no mercado. Obtêm-se um resultado parecido adicionando uma colher (das de café) de essência de baunilha para cada colher (sopa) de açúcar refinado na receita.

Açúcar de confeiteiro

Também conhecido como o glaçúcar, o açúcar de confeiteiro é usado para o preparo de chantilly, coberturas e glacês mais homogêneos, pois possui grãos finos que permitem uma mistura mais eficaz, mesmo a frio.

No processo de fabricação, o refinamento é sofisticado e inclui a adição de amido para evitar que os microcristais se juntem novamente. Por ser um açúcar muito fino (parece um talco), é indicado para decorar tortas, bolos e biscoitos.

Açúcar impalpável

Apesar de ser parecido com o açúcar de confeiteiro, o impalpável é ainda mais fino e também conta com a adição de amido de milho em sua composição. Isso porque o amido ajuda a não deixar que o açúcar empelote, pois tira a umidade.

Em geral, é utilizado nas confeitarias, principalmente para fazer macarons (doces franceses).

Uma receita caseira: adicionar 2 colheres (sopa) de amido de milho para cada xícara (chá) de açúcar de confeiteiro e bater a mistura no liquidificador.

Açúcar líquido

Esse tipo de açúcar é bastante usado em indústrias alimentícias para o preparo de bebidas gasosas, doces, balas e é difícil ser encontrado em supermercados.

Para preparar em casa, dissolve-se o açúcar refinado em água. É bom para preparar caldas e coberturas de sobremesas.

Açúcar orgânico

Nesse tipo de açúcar não são utilizados ingredientes artificiais ou agrotóxicos no ciclo de produção. O açúcar orgânico é considerado natural desde o plantio, sem adubos e fertilizantes químicos, até a embalagem biodegradável.

Ele também tem o mesmo poder de adoçante do açúcar refinado – porém, é mais caro, mais grosso, mais escuro e preserva parte de seus nutrientes.

Esse é o tipo mais “saudável”, mas isso não quer dizer que você deve consumi-lo em maior quantidade. Pode-se substituir o refinado pelo orgânico no preparo de sobremesas.

Açúcar demerara

É um açúcar com sabor mais intenso e que tem o processo de fabricação bem parecido com o açúcar cristal – mas não recebe aditivos químicos.

Resultado de imagem para Açúcar orgânico

Os grãos têm aparência marrom-claro ou caramelo e são levemente mais úmidos, devido ao alto teor de melaço de cana que envolve o açúcar. É difícil de ser dissolvido e é empregado para preparar pães e biscoitos.

Açúcar mascavo

Principais características: açúcar escuro, úmido e de sabor forte, pois é extraído depois do cozimento do caldo da cana. Ele conserva o ferro, cálcio e outros sais minerais.

Por ter um gosto bem parecido com o do caldo da cana, não agrada a todos os paladares. É um dos açúcares recomendados por alguns nutricionistas por possuir mais nutrientes do que os outros e ter um preço acessível.

Açúcar gelado

Se você é fã de donuts, aquelas rosquinhas recheadas, provavelmente também gosta do açúcar gelado.

Ele é polvilhado em cima do doce e, por conta de sua composição, não derrete e também pode ser congelado. Mais complicado de se preparar em casa, pode ser encontrado em lojas especializadas.

Açúcar light

É mais doce do que o açúcar refinado, porém o índice calórico é mais baixo. Um cafezinho, por exemplo, precisa de seis gramas de açúcar refinado e dois gramas do light para ficar com o mesmo sabor.

Por conter sacarose (açúcar comum), não é indicado para diabéticos. Bom para preparar receitas de musse, gelatinas e até saladas.

Glicose ou glucose

O principal uso da glicose na culinária, e na confeitaria ainda mais, é impedir que o açúcar forme aquela crosta cristalizada em volta do doce.

Isso porque ela tem um ponto de congelamento baixo, o que ajuda a não deixar brigadeiros duros, por exemplo. Fácil de achar, também aparece como xarope de milho.

http://claudia.abril.com.br/gastronomia/conheca-12-tipos-de-acucar-e-quais-seus-usos-na-cozinha/

Toxicidade

Alguns estudos demostraram que açúcar em excesso é prejudicial à saúde. Mas uma pesquisa fornece evidências que ele pode ser tóxico também em quantidades consideradas normais por organizações de saúde.

Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, analisaram os efeitos do consumo de açúcar equivalente a três latinhas de refrigerante por dia, acompanhadas de uma dieta saudável e balanceada, em um grupo de camundongos.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Human-relevant levels of added sugar consumption increase female mortality and lower male fitness in mice

Onde foi divulgada: periódico Nature Communications

Quem fez: James S. Ruff, Amanda K. Suchy, Sara A. Hugentobler, Mirtha M. Sosa, Bradley L. Schwartz, Linda C. Morrison, Sin H. Gieng, Mark K. Shigenaga e Wayne K. Potts

Instituição: Universidade de Utah (EUA) e outras.

Dados de amostragem: 158 camundongos descendentes de animais que viviam na natureza.

Resultado: Dentre os camundongos alimentados com uma dose de açúcar correspondente a 25% das calorias consumidas, as fêmeas apresentaram uma taxa de mortalidade duas vezes maior do que o grupo de controle e os machos conseguiram 26% menos territórios e se reproduziram 25% menos do que os demais.

Apesar de não poderem ser diretamente transpostos para os seres humanos, os resultados são preocupantes: as fêmeas que receberam a dieta açucarada apresentaram uma taxa de mortalidade duas vezes maior do que o normal. Entre os machos, não houve mudança na expectativa de vida, mas sua capacidade de manter territórios e se reproduzir foi afetada.

Os resultados foram descritos em um estudo publicado nessa terça-feira no periódico Nature Communications.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores dividiram 158 camundongos em dois grupos. Os dois foram alimentados de forma balanceada e saudável, mas um dos grupos recebeu 25% das calorias em forma de açúcar – metade glicose e metade frutose.

Um quarto das calorias

Wayne Potts, professor de biologia da Universidade de Utah e um dos autores do estudo, explica que o Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos recomenda que não mais do que um quarto das calorias consumidas deve vir de açúcar adicionado – aquele que é acrescentado aos alimentos durante o processo de fabricação.

Não entram nessa conta os açúcares naturais, presentes em frutas e outros alimentos não processados. De acordo com o pesquisador, de 13% a 25% dos americanos consomem a dose de açúcar utilizada no estudo, que equivale, por dia, ao açúcar presente em três latas de refrigerante.

Instinto natural

Um detalhe importante desse estudo: ele não foi feito com animais de laboratório. Como muitos ratos vivem dentro de casas, eles acabam compartilhando de certa forma os hábitos alimentares dos humanos, o que os torna um bom modelo para estudos relacionados à alimentação. “Eles têm vivido com o mesmo tipo de alimentação que nós desde a revolução agrícola, 10.000 anos atrás”, diz Potts.

Leia também:

Açúcar: um grande vilão da saúde

Consumo de açúcar deve ser controlado assim como álcool e tabaco

Como transportar crianças no carro

Cadeirinhas adequadas para bebês recém-nascidos até cerca de 9 kg, mais reclinadas e que devem ser colocadas de costas para o banco da frente do carro.

Muitas vezes esses modelos possuem uma base que fica acoplada ao cinto de segurança, o que facilita a retirada da cadeirinha.

Poltronas reversíveis

sem-titulo-12

Cadeirinhas projetadas para carregar desde recém-nascidos até crianças de cerca de 16 kg ou mais, dependendo do modelo.

bebeconfortocartilha

Enquanto o bebê é pequeno, esses modelos são instalados de costas para o banco da frente do carro.

Essa é a posição mais segura, porque protege o pescoço do bebê em caso de impacto.

Peso e idade

10661795_734563303265853_5786165042629737398_o

Do nascimento até 9 a 13 kg (conforme recomendação do fabricante) ou até 1 ano de idade.

Posição

Voltado para o vidro traseiro, com leve inclinação, conforme instruções do fabricante, de costas para o movimento e sempre no banco de trás.

1

Orientações do DETRAN RJ sobre o uso da cadeirinha

  • O transporte de crianças até os 10 anos de idade deve ser feito no banco traseiro, com o dispositivo de segurança correspondente;
  • Observe a adequação do dispositivo, para que seja seguro e confortável: da maternidade até 1 ano de idade: bebê conforto; de 1 a 4 anos: cadeirinha; de 4 a 7 anos e meio: assento de elevação (booster);
  • Leve em conta, além da idade, o peso e a altura da criança, pois cada uma tem um ritmo de crescimento diferente;cadeirinha-300x182
  • A partir dos 7 anos e meio – e com no mínimo 1,45m – a criança poderá utilizar somente o cinto de segurança, ainda no banco traseiro;
  • Caso a quantidade de crianças menores de 10 anos exceda a capacidade do banco traseiro, aquela que tiver maior estatura poderá ser transportada no banco dianteiro, com o devido dispositivo de segurança;
  • Em veículos que disponham somente de banco dianteiro, o transporte de crianças menores de 10 anos poderá ser realizado, também com o uso do dispositivo de segurança correspondente.cadeira-infantil-para-carro

http://www.detran.rj.gov.br/_documento.asp?cod=7797

Fotoproteção solar

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, para  prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cutâneos é fundamental evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV.

dezembrolaranjafolder

Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol.

Maior risco: tipos I e II

incidencia_uv

Os grupos de maior risco são os do fototipo I e II, ou seja: pele clara,sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros.

13704220_802269209909585_1440355364_n

Além destes, os que possuem antecedentes familiares com histórico da doença, queimaduras solares, incapacidade para bronzear e pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados.

3n3pt_144_1

Medidas de proteção

download

A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que as seguintes medidas de proteção sejam adotadas:

  • Usar chapéus, camisetas e protetores solares.
  • Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão).
  • Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
  • Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo.
  • Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.

efeitos-biolgicos-da-radiao-no-ionizante-23-638

  • Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
  • Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.

untitled-2-copy

  • Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.

Fotoproteção

A exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo e penetra profundamente na pele, sendo capaz de provocar diversas alterações, como o bronzeamento e o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e outros problemas.

a16qd01m

Tumores

images-2

A exposição solar em excesso também pode causar tumores benignos (não cancerosos) ou cancerosos, como o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

g_grafico-cancer-de-pele-1

Na verdade, a maioria dos cânceres da pele está relacionada à exposição ao sol, por isso todo cuidado é pouco.

faixas-uv

Ao sair ao ar livre procure ficar na sombra, principalmente no horário entre as 10h e 16h, quando a radiação UVB é mais intensa.

Use sempre protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de 30 ou maior.

Cubra as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas. Óculos escuros também complementam as estratégias de proteção.

Sobre os protetores solares (fotoprotetores)

fotoproteo-8-638

Os fotoprotetores, também conhecidos como protetores solares ou filtros solares, são produtos capazes de prevenir os males provocados pela exposição solar, como o câncer da pele, o envelhecimento precoce e a queimadura solar.

O fotoprotetor ideal deve ter amplo espectro, ou seja, ter boa absorção dos raios UVA e UVB, não ser irritante, ter certa resistência à água, e não manchar a roupa.

300va7l

Físicos (inorgânicos) ou Químicos (orgânicos)

Eles podem ser físicos ou inorgânicos e/ou químicos ou orgânicos.

Os protetores físicos, à base de dióxido de titânio e óxido de zinco, se depositam na camada mais superficial da pele, refletindo as radiações incidentes.

clip_image0034_thumb2

Eles não eram bem aceitos antigamente pelo fato de deixarem a pele com uma tonalidade esbranquiçada, mas Isso tem sido minimizado pela coloração de base de alguns produtos.

md-275-protetores-solares-reprovados

Já os filtros químicos funcionam como uma espécie de “esponja” dos raios ultravioletas, transformando-os em calor.

Radiação UVA e UVB

abaaaeiqaaj-1

Um fotoprotetor eficiente deve oferecer boa proteção contra a radiação UVA e UVB.

slide_1

A radiação UVA tem comprimento de onda mais longo e sua intensidade pouco varia ao longo do dia.  Ela penetra profundamente na pele, e é a principal responsável pelo fotoenvelhecimento e pelo câncer da pele.

Já a radiação UVB tem comprimento de onda mais curto e é mais intensa entre as 10h e 16h, sendo a principal responsável pelas queimaduras solares e pela vermelhidão na pele.

abaaaeiqaaj-13

FPS

Um fotoprotetor com fator de proteção solar (FPS) 2 até 15 possui baixa proteção contra a radiação UVB. O FPS 15-30 oferece média proteção contra UVB, enquanto os protetores com FPS 30-50, oferecem alta proteção UVB e o FPS maior que 50, altíssima proteção UVB.

uv

Pele clara

Pessoas de pele clara, que se queimam sempre e nunca se bronzeiam, geralmente aqueles com cabelos ruivos ou loiros e olhos claros, devem usar protetores solares com FPS 15, no mínimo.

fotopr_t1e2

UVA

Já em relação aos raios UVA, não há consenso quanto à metodologia do fator de proteção.

fitz

Ele pode ser mensurado em estrelas, de 0 a 4, onde 0 é nenhuma proteção e 4 é altíssima proteção UVA, ou em números: < 2, não há proteção UVA; 2-4 baixa proteção; 4-8 média proteção, 8-12 alta proteção e > 12 altíssima proteção UVA. Procure por esta classificação ou por valor de PPD nos rótulos dos produtos.

protetor-solar-para-bebes-proteja-seu-pequeno-neste-verao

Como escolher um fotoprotetor?

Em primeiro lugar, devemos verificar o FPS, quanto é proteção quanto aos raios UVA, e também se o produto é resistente ou não a água.

A lei

fotopr_f1

A nova legislação de filtros solares exige que tudo que o produto anunciar no rótulo, deve ter testes comprovando a eficácia.

Outra mudança é que o valor do PPD que mede a proteção UVA deve ser sempre no mínimo metade do valor do Filtro solar. Isso porque se sabe que os raios UVA também contribuem para o risco de câncer de pele.

fototipos-5

Prevenção de acne 

O “veículo” do produto– gel, creme, loção, spray, bastão – também tem de ser considerado, pois isso ajuda na prevenção de acne e oleosidade comuns quando se usa produtos inadequados para cada tipo de pele.

Pacientes com pele com tendência a acne devem optar por veículos livres de óleo ou gel creme. Já aqueles pacientes que fazem muita atividade física e que suam bastante, devem evitar os géis, pois saem facilmente.

Como aplicar o fotoprotetor?

O produto deve ser aplicado ainda em casa e reaplicado ao longo do dia a cada 2 horas, se houver muita transpiração ou exposição solar prolongada.

fototipos-2

Quanto aplicar?

É necessário aplicar uma boa quantidade do produto, equivalente a uma colher de chá rasa para o rosto e três colheres de sopa para o corpo, uniformemente, de modo a não deixar nenhuma área desprotegida.

Quando?

O filtro solar deve ser usado todos os dias, mesmo quando o tempo estiver frio ou nublado, pois a radiação UV atravessa as nuvens.

É importante lembrar que usar apenas filtro solar não basta. É preciso complementar as estratégias de fotoproteção com outros mecanismos, como roupas, chapéus e óculos apropriados.

alimentos-fotoprotetores

Também é importante consultar um dermatologista regularmente para uma avaliação cuidadosa da pele, com a indicação do produto mais adequado.

Bronzeamento artificial e saúde

fototipos

Uma Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicada em dezembro de 2009 proibiu a prática de bronzeamento artificial por motivações estéticas no Brasil.

Foi o primeiro país no mundo a tomar medidas tão restritivas em relação ao procedimento. Desde então, outras nações com incidência elevada de câncer da pele, como Estados Unidos e Austrália, também tomaram medidas para dificultar a realização do procedimento.

fototipos

Cancerígenos

As câmaras de bronzeamento artificial trazem riscos comprovados à saúde, e em 2009 foram reclassificadas como agentes cancerígenos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no mesmo patamar do cigarro e do sol.

A prática de bronzeamento artificial antes dos 35 anos aumenta em 75% o risco de câncer da pele, além de acelerar o envelhecimento precoce e provocar outras dermatoses.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia posiciona-se veementemente favorável à proibição da prática do bronzeamento artificial para fins estéticos em virtude dos prejuízos que causa à população.

Carcinomas de pele

O câncer da pele é o tipo mais comum no Brasil, e a prevalência cresce anualmente, o que só reforça a necessidade de apoiarmos todas as medidas que favoreçam a prevenção.

Se você tem interesse em fazer bronzeamento artificial, não esqueça: qualquer estabelecimento no Brasil que ofereça esse procedimento com motivações estéticas atua de forma irregular e está sujeito a fechamento e outras penalidades.

Não compactue com uma prática proibida, que pode comprometer seriamente a saúde. Aceite o tom da sua pele como ele é. Pele bonita é pele saudável.

Fonte:

  • http://www.sbd.org.br/informacoes/sobre-o-cancer-da-pele/como-prevenir-o-cancer-da-pele/

Desidratação

As crianças são mais suscetíveis à desidratação do que os adultos devido a alguns fatores: o maior percentual de água corporal total, a superfície corpórea relativamente maior que a dos adultos e a maior incidência de doença diarreica aguda.

Hipovolemia

slide_3

A causa mais comum da necessidade da terapia de hidratação venosa (THV) em pediatria é a hipovolemia causada por vômitos e diarreia devido à doença diarreica aguda.

A maioria dos casos de desidratação pode ser resolvida pela terapia de reidratação oral. Mas a THV tem indicações precisas, por exemplo, nos casos de choque hipovolêmico.

620x600_desidratacao

A desidratação isotônica é a mais frequente e está relacionada à diarreia.

slide_11

Entretanto, é importante a avaliação do nível sérico do sódio na desidratação a fim de nortear o tratamento em caso de distúrbios graves, evitando assim possíveis danos neurológicos e até o óbito.

Resultado de imagem para desidratação

Tema importante

A hidratação adequada das crianças é um tema muito sério.

Quanto mais jovem a criança maior é a quantidade de líquidos que o corpo dela precisa. Por isso, se ocorrer perda acentuada e/ou a reposição não for feita de forma adequada há o risco de desidratação, que pode ter graves repercussões.

diarreia_q2b

diarreia_q2c

Riscos

São situações de risco para desidratação: calor, sol, sudorese intensa, febre, baixa ingestão de líquidos e alimentos, vômitos e diarreia.

Para manter a hidratação adequada, preste bastante atenção:

  • Crianças não devem ficar expostas ao sol entre 10 e 16 horas.
  • Mesmo nos horários permitidos, em locais como praia e piscina, as crianças devem ficar protegidas do sol direto (guarda-sol, bonés, roupas claras).
  • Em locais muito quentes não deixe a criança muito tempo brincando em céu aberto. Fracione o tempo para que ela descanse e reidrate-se.
  • Quando a criança estiver brincando ao ar livre ou mesmo em água chame-a no máximo a cada 15 a 30 minutos para tomar água, sucos naturais ou comer algo fresco como frutas. Ela pode nem perceber que está com sede enquanto brinca.
  • Cuidado com os alimentos oferecidos à criança, especialmente, em dias quentes. Há maior risco de se deteriorarem e levarem a diarreia e vômitos.

diarreia_q1

diarreia_q2a

Se a criança conseguir ingerir líquidos e se alimentar de forma regular durante o dia é possível manter a hidratação de forma adequada.

Sinais de hidratação

São  bons sinais de que ela está se mantendo hidratada: saliva bem fluida, língua e lábios úmidos e diurese clara. A sede já é sinal de que o organismo perdeu líquido que precisa ser reposto.

diarreias

Os melhores líquidos/alimentos para manutenção da hidratação são aqueles que a criança está habituada a tomar: leite materno, fórmulas infantis, sucos naturais e frutas frescas.

Não utilize refrigerantes e reidratantes esportivos. Mesmo a água de coco deve ser consumida com moderação.

Atenção especial aos idosos

Perdas gastrointestinais

O trato gastrointestinal é fonte potencial de perdas consideráveis de água e eletrólitos e, deste modo, podem determinar desequilíbrios no volume intravascular e nas concentrações de eletrólitos.

As perdas excessivas devem ser repostas à medida que ocorrem, usando uma solução com o mesmo volume e aproximadamente a mesma concentração de eletrólitos.

Componente 

Resultado de imagem para desidratação

A água é o principal componente do organismo das crianças. Ela atua no equilíbrio da temperatura e atinge todas as células e todos os órgãos do corpo, incluindo o cérebro.

slide_76

A boa hidratação é fator fundamental para que todas as funções sejam desempenhadas de maneira adequada.

Calor

como-manter-se-hidratado

No verão, os pais devem ter um cuidado ainda maior, já que os dias quentes exigem um aumento no consumo de água.

Segundo a nutricionista Camila Farias, é possível verificar alguns sinais que mostram que os jovens estão bem hidratados, como saliva bem fluida, língua e lábios úmidos e urina clara.

“O consumo de líquido pelas crianças deve ser incentivado pelos pais, para que se torne um habito saudável”, esclarece.

12907422_1324548214225670_1956796185_n

“A quantidade oscila de acordo com algumas variáveis. Por exemplo: nível de atividade física praticado, idade e composição da refeição, pois existem alimentos ricos em água – frutas, como melancia e melão, por exemplo – que podem contribuir para o consumo diário”.

A nutricionista explica que, para a população em geral, a recomendação é feita de acordo com a faixa etária.

Crianças entre 1 e 3 anos de idade devem consumir cerca de 1,3 litros de líquidos por dia. Por outro lado, crianças entre 4 e 8 anos precisam de 1,7 litros diários.

Qualidade

Verificar a qualidade das bebidas também é fundamental, visando, principalmente, evitar a ingestão excessiva de açúcares. “Conforme mencionado, a água participa das funções vitais e não deve ser substituída.

Resultado de imagem para desidratação

Os pais precisam incentivar o consumo da bebida, mesmo que a criança não peça, explicando a importância dela. Sucos e chás também podem ser oferecidos”.

Outras formas para estimular a boa hidratação no verão:

  1. Inclua mais frutas nas refeições principais e nos lanches, como melancia, melão, laranja e abacaxi.
  2. Coloque uma garrafinha de água na mochila da escola.
  3. As crianças imitam os adultos, principalmente os pais. Por isso, dê o exemplo e beba água, várias vezes ao dia, em frente dos seus filhos.
  4. Mantenha sempre uma garrafa de água com você, caso a criança fique com sede na rua.
  5. Varie a oferta de líquidos. Além da água, ofereça água de coco, chá gelado e suco de fruta natural.

Luciene G. B. Ferreira HUPE/UERJ. Terapia de hidratação venosa. http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=108

https://www.nestle.com.br/site/fazbem/nutricao/d/hidratacao-das-criancas-no-verao.aspx

Meu filho não come… nada!

Inapetência

Uma das coisas que mais preocupam os pais é a inapetência de seus filhos.

Depois de preparar a comida com cuidado e amor, é difícil entender por que eles se recusam a comer. Mas, antes de sentir angústia ou culpa, saiba que na maioria dos casos a falta de apetite é temporária e pode ser contornada.

Afastar doenças

Recomenda-se consultar o médico assistente para descartar eventuais doenças que podem tirar seu apetite. Por exemplo, anemia, parasitose intestinal (verminose), entre outras.

Se nada for constatado e a criança estiver saudável, é preciso adotar certas medidas.

Rotina

A primeira é manter um intervalo em torno de duas ou três horas entre as refeições, para que seu filho esteja com fome na hora de comer.

Se ele for almoçar às 11 horas, não deve ingerir nada (nem sucos), a partir das 9h da manhã.

Fatores que podem influenciar o apetite da criança na fase pré-escolar 

Resfriado, dor de garganta ou de ouvido levam o apetite embora mesmo.

Algumas doenças levam até uma semana para restabelecer a rotina de alimentação, mas isso não deve ser motivo de preocupação excessiva, pois o organismo dos pequenos costuma possuir reservas para enfrentar essas situações. Nesses momentos, é preciso ter muita paciência e tentar estimulá-lao a se alimentar.

Prisão de ventre

A criança que não possui o hábito intestinal regular pode sofrer de constipação intestinal, apresentar dores abdominais, ser mais irritada e ter menos apetite.

Deve-se dar atenção especial à qualidade da alimentação. O pré-escolar deve comer quantidade adequada de frutas, verduras e legumes ricos em fibras para a formação do bolo fecal.

De preferência, os alimentos prediletos

Ofereça os alimentos de que a criança mais gosta e sob a forma que aceita melhor. Dê preferência aos de consistência adequada, mais fáceis de engolir.

Hidratar na hora certa

As crianças têm preferência por líquidos, principalmente na fase aguda febril.

O apetite deverá voltar ao normal, ao poucos, quando houver recuperação da saúde.

Para evitar que ela fique desidratada, ofereça ao longo do dia muito líquido. Pode ser água, suco ou leite.

Menor quantidade, menor intervalo 

Dê quantidades pequenas de comida por refeição e com maior frequência.

Caso a criança queira apenas um tipo de alimento, mantenha esse cardápio até que ela se recupere.

Seja mais flexível quanto a horários e locais das refeições.

Não obrigue a criança a comer. Isso a deixará nervosa e reduzirá ainda mais o seu apetite.

Uma boa opção para esse período de inapetência é uma sopinha de galinha.

Alguém compra e dá a “besteira”?

Petiscos: alguns pais referem que seus filhos “beliscam besteiras” entre as refeições. Quem são os responsáveis?

Se estes têm consciência de que se trata de “besteira”, podem se queixar de que as crianças não se alimentam direito e solicitar medicamentos estimulantes de apetite?

426ba-af7711b8ed4711e2a47422000a9e28eb_7

Nunca engane seu filho 

Especialistas aconselham não disfarçar alimentos para enganar a criança se, por exemplo, ela está numa fase de só querer determinada comida.

pratos-divertidos-para-crianca-2

Também não convém oferecer a refeição em lugares pouco convencionais, como no quarto, na varanda ou na sala de TV. Tais atitudes só pioram o quadro.

As refeições devem ser no mesmo local e horário.

Bebidas

Para driblar a inapetência da criança, evite dar bebidas durante as refeições, pois reduzem o apetite, e não encha demais o prato dela.

A capacidade gástrica da criança é menor do que a de um adulto. Portanto, se houver ingestão de grande volume de líquidos não haverá espaço para a refeição.

Deve-se limitar o consumo de líquidos durante as refeições.

O ideal é servir porções menores e esperar que ela queira repetir.

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI1014-15064,00.html

Viagens de avião: cuidados e contra-indicações

A Câmara Técnica de Medicina Aeroespacial do Conselho Federal de Medicina elaborou um documento com informações sobre possíveis complicações que podem ocorrer dentro do avião e cuidados que devem ser tomados antes de um voo.

GESTANTES

Recomenda-se que os voos sejam precedidos de uma consulta ao médico.

gravidez

De forma geral, as seguintes medidas devem ser observadas:

  • As mulheres que apresentarem dores ou sangramento antes do embarque não devem fazê-lo.
  • Evitar viagens longas, principalmente em casos de incompetência ístmo-cervical, atividade uterina aumentada ou partos anteriores prematuros.
  • A partir da 36ª semana, a gestante necessita de uma declaração do seu médico permitindo o voo.
  • Em gestações múltiplas a declaração deve ser feita após a 32ª semana.
  • A partir da 38ª semana, a gestante só pode embarcar acompanhada dos respectivos médicos responsáveis.
  • Gestação ectópica é contraindicação para o voo.
  • Não há restrições de voo para a mãe no pós-parto normal, mesmo no pós-parto imediato.

CRIANÇAS

No caso de um recém-nascido, é prudente que se espere pelo menos uma ou duas semanas de vida até a viagem.

Isso ajuda a determinar, com maior certeza, a ausência de doenças, congênitas ou não, que possam prejudicar a criança no voo.

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Viagens aéreas são contraindicadas para passageiros e tripulantes com infecções ativas (pneumonia e sinusite) porque essas doenças podem alterar as respostas fisiológicas humanas habituais ao voo.

Infecções

Passageiros e tripulantes com infecções pulmonares contagiosas (tuberculose e pneumonia) não devem embarcar, pois pode ocorrer agravamento dos sintomas, complicações durante e depois do voo, além do risco de disseminação da doença entre os outros passageiros.

Asma

Quadros graves, instáveis ou de hospitalização recente de asma brônquica (doença respiratória mais comum entre os viajantes) também são incapacitantes para o voo.

DPOC

Pessoas com bronquite crônica e enfisema pulmonar apresentam reduzida capacidade de oxigenar o sangue, o que pode descompensar os sintomas da doença durante o voo.

Por isso, esses viajantes devem buscar orientação médica especializada antes de embarcarem para que seja determinado se há necessidade de suporte de oxigênio por ocasião do deslocamento.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Os pacientes e tripulantes acometidos de complicações cardiovasculares devem ser orientados a adiar os voos durante o período de estabilização e recuperação.

De acordo com as orientações da Sociedade de Medicina Aeroespacial, os prazos a serem observados são os seguintes (recomenda-se que o paciente seja avaliado por seu médico assistente antes de embarcar, pois os mesmos podem ser ampliados ou reduzidos, de acordo com o caso):

  • Infarto não complicado: aguardar 2 a 3 semanas.
  • Infarto complicado: aguardar 6 semanas.
  • Angina instável: não deve voar.
  • Insuficiência cardíaca grave e descompensada: não deve voar.
  • Insuficiência cardíaca moderada: verificar com o médico se há necessidade de utilização de oxigênio durante o voo.
  • Revascularização cardíaca: aguardar 2 semanas.
  • Taquicardia ventricular ou supraventricular não controlada: não voar.
  • Marcapassos e desfibriladores implantáveis: não há contraindicações.

AVC

Nos casos de Acidente Vascular Cerebral, deve-se levar em consideração o estado geral do passageiro e a extensão da doença.

Recomenda-se observar os prazos de recuperação abaixo antes do embarque:

  • AVC isquêmico pequeno: aguardar 4 a 5 dias.
  • AVC em progressão: aguardar 7 dias.
  • AVC hemorrágico não operado: aguardar 7 dias.
  • AVC hemorrágico operado: aguardar 14 dias.

PÓS-OPERATÓRIO E PACIENTES EM RECUPERAÇÃO

abaaaaxu0ai-1

Pós-operatório torácico:

  • Casos de pneumectomia (retirada do pulmão) ou lobectomia pulmonar recente (retirada parcial do pulmão): recomenda-se uma avaliação médica pré-voo, com determinação da normalidade da função respiratória, principalmente no que diz respeito à oxigenação arterial.
  • Casos de pneumotórax: é uma contraindicação absoluta. Deve-se esperar de duas a três semanas após drenagem de tórax e confirmar a remissão pelos Raios-X.

Pós-operatório neurocirúrgico:

Após trauma cranioencefálico ou qualquer procedimento neurocirúrgico, pode ocorrer aumento da pressão intracraniana durante o voo.

Aguardar o tempo necessário até a confirmação da melhora do referido quadro compressivo por tomografia de crânio.

CIRURGIA ABDOMINAL

Contraindicado o voo por 2 semanas, em média.

Deve-se aguardar a recuperação do trânsito habitual (intestinal) do paciente, pois a presença de ar em alças sem eliminação adequada no pós-operatório de cirurgias recentes, pode determinar a sua expansão excessiva em voo.

  • Pós-cirurgia laparoscópica: o voo pode ocorrer assim que a distensão pelo ar injetado tenha desaparecido e as funções do órgão operado retornado ao normal.
  • Nos procedimentos onde foi injetado ar ou gás em alguma parte do corpo: aguardar o tempo necessário para a reabsorção ou a eliminação do excesso de ar ou gás injetado.
  • Pós-anestesia raquidural: o voo pode causar dor de cabeça severa até 7 dias após a anestesia.
  • Após anestesia geral: não há contraindicação, desde que o paciente tenha se recuperado totalmente.

FRATURAS

Fraturas instáveis ou não tratadas são contraindicadas para voo.

Importante: considerando que uma pequena quantidade de ar poderá ficar retida no gesso, aqueles feitos entre 24-48 horas antes da viagem, devem ser bivalvulados para evitar a compressão do membro afetado por expansão normal do ar na cabine durante o voo.

TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS

Distúrbios  – Pessoas com transtornos psiquiátricos, cujo comportamento seja imprevisível, agressivo ou não seguro, não devem voar.

Já aqueles com distúrbios psicóticos estáveis, em uso regular de medicamentos e acompanhados, podem viajar.

Resultado de imagem para ataque de epilepsia

Epilepsia – A maioria dos epilépticos pode voar seguramente, desde que estejam usando a medicação. Aqueles com crises frequentes devem viajar acompanhados e estarem cientes dos fatores desencadeantes que podem ocorrer durante o voo, tais como: fadiga, refeições irregulares, hipóxia e alteração do ritmo circadiano. Recomenda-se esperar 24-48h após a última crise antes de voar.

OBSERVAÇÕES GERAIS

Medicação – Recomenda-se levar medicação prescrita pelo médico em quantidade suficiente para ser utilizada durante toda a viagem.

Os remédios devem estar sempre à mão, preferencialmente acompanhados pela receita do médico, com as dosagens e os horários em que devem ser administrados.

Em caso de deslocamentos que impliquem em mudança de fuso horário, o médico assistente deve ser consultado para avaliar se há necessidade de ajustar os horários de ingestão dos medicamentos.

Enjoos – As pessoas mais susceptíveis a terem enjoo durante o voo são aquelas que já o apresentam quando andam de ônibus, carro ou navio.

Estas devem evitar a ingestão excessiva de líquidos, comida gordurosa, condimentos e refrigerantes que podem facilitar seu aparecimento.

Perto da asa

Recomenda-se também, como medida de precaução, que utilizem os assentos próximos às asas do avião por ser o local de voo menos turbulento e, por conseguinte, menos propenso a induzir náuseas e vômitos.

Procurar assistência e/ou orientação médica antes do voo, caso o passageiro ou tripulante apresente:

  • Febre alta, tremores com piora progressiva dos episódios;
  • Sangue ou muco nas fezes;
  • Vômitos que impeçam a ingestão de líquidos;
  • Sintomas persistentes após uso de medicamentos sintomáticos;
  • Sintomas, especialmente se usa diuréticos, imunossupressores ou remédios para diabetes e/ou hipertensão.

http://www.cremego.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=25401:cremego-orienta-sobre-cuidados-em-viagens-de-aviao&catid=3

Suicídio: sinais de alarme

Todos os anos são registrados cerca de dez mil suicídios no Brasil e mais de um milhão em todo o mundo. Mesmo depois de setembro, a questão não pode nem deve ser esquecida.

setembroamarelo

Definição

O suicídio pode ser definido como um ato deliberado (executado pelo próprio indivíduo), cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal.

Também fazem parte do que habitualmente chamamos de comportamento suicida: os pensamentos, os planos e a tentativa de suicídio.

Todas as culturas

O suicídio é um fenômeno presente ao longo de toda a história da humanidade, em todas as culturas.

É um comportamento com determinantes multifatoriais e resultado de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais.

Desfecho de vários fatores

Dessa forma, deve ser considerado como o desfecho de uma série de fatores que se acumulam na história do indivíduo, não podendo ser considerado de forma causal e simplista apenas a determinados acontecimentos pontuais da vida do sujeito. É a consequência final de um processo.

054503201510091

Abordagem precisa ser adequada

Revendo as diversas estratégias preventivas de suicídio, conclui-se que melhorar os serviços de saúde e desenvolver intervenções efetivas para o grupo de pacientes com risco de suicídio é fundamental, considerando-se que, como será visto adiante, uma tentativa de suicídio é o principal fator de risco para outra tentativa e para o próprio suicídio.

Abordar adequadamente esse indivíduo pode garantir que sua vida esteja salva no futuro.

Mitos sobre o comportamento suicida

09_1_cushman_p_g1

Erros e preconceitos vêm sendo historicamente repetidos, contribuindo para formação de um estigma em torno da doença mental e do comportamento suicida.

O estigma resulta de um processo em que pessoas são levadas a se sentirem envergonhadas, excluídas e discriminadas.

Conhecer para desconstruir estigma

O conhecimento pode contribuir para a desconstrução deste estigma em torno do comportamento suicida.

Mitos

1.  O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio.

FALSO. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade e interfere em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio. Após o tratamento da doença mental o desejo de se matar desaparece.

2. Quando uma pessoa pensa em se suicidar terá risco de suicídio para o resto da vida.

FALSO. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado e, após isso, a pessoa não estará mais em risco.

3. As pessoas que ameaçam se matar não farão isso, querem apenas chamar a atenção.

FALSO. A maioria dos suicidas fala (ou dá sinais) sobre suas ideias de morte. Boa parte dos suicidas expressou, em dias ou semanas anteriores, frequentemente aos profissionais de saúde, seu desejo de se matar.

09_1_cushman_p_g2

4. Se uma pessoa que se sentia deprimida e pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, normalmente significa que o problema já passou.

FALSO. Se alguém que pensava em suicidar-se e, de repente, parece tranquilo, aliviado, não significa que o problema já passou. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode sentir-se “melhor” ou sentir-se aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar.

1993q1

5. Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive à uma tentativa de suicídio, está fora de perigo.

FALSO. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, na sequência de uma tentativa.

tabela

A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida muitas vezes continua em alto risco.

6. Não devemos falar sobre suicídio, pois isso pode aumentar o risco.

falar-e-a-solucao-cvv-campanha

FALSO. Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário, falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem.

7. A mídia não deve abordar o tema (suicídio).

FALSO. A mídia tem obrigação social de tratar desse importante assunto de saúde pública e abordar esse tema de forma adequada. Isto não aumenta o risco de uma pessoa se matar; ao contrário, é fundamental dar informações à população sobre o problema, onde buscar ajuda etc.

1

O impacto do suicídio: por que prevenir?

Em 2012, cerca de 804 mil pessoas morreram por suicídio em todo o mundo, o que corresponde a taxas ajustadas para idade de 11,4 por 100 mil habitantes por ano – 15,0 para homens e 8,0 para mulheres (OMS, 2014).

A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio, e a cada três segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. As taxas de suicídio vêm aumentando globalmente.

Estima-se que até 2020 poderá ocorrer um incremento de 50% na incidência anual de mortes por suicídio em todo o mundo, sendo que o número de vidas perdidas desta forma, a cada ano, ultrapassa o número de mortes decorrentes de homicídio e guerra combinados.

Além disso, cada suicídio tem um sério impacto na vida de pelo menos outras seis pessoas.

Brasil

13161199

O Brasil é o oitavo país em número absoluto de suicídios. Em 2012 foram registradas 11.821 mortes, cerca de 30 por dia, sendo 9.198 homens e 2.623 mulheres.

Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na quantidade de mortes, sendo observado um aumento de mais de 30% em jovens.

suicidio_neps

Os números brasileiros devem, entretanto, ser analisados com cautela. Em primeiro lugar porque pode haver uma subnotificação do número de suicídios, em segundo lugar porque há uma grande variabilidade regional nas taxas.

ABP e CFM: cartilha importante

Em uma ação inédita, Conselho Federal de Medicina – CFM e Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP firmam parceria para combater os altos índices de suicídio no Brasil.

Segundo pesquisas, 17% das pessoas no Brasil já pensaram, em algum momento, em tirar a própria vida. Por isso, as duas entidades se empenharam em criar uma cartilha para orientar os médicos e profissionais da área de saúde em casos de tentativa de suicídio ou para identificarem possíveis casos em seus pacientes.

A cartilha foi uma iniciativa do Conselho Federal de Medicina e pela Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio da ABP.

A cartilha “Suicídio: informando para prevenir” fala sobre como abordar um paciente, explica de que forma as doenças mentais podem estar relacionadas ao suicídio, os fatores psicossociais e dados atualizados sobre o tema.

Conheça e compartilhe a cartilha “Suicídio: informando para prevenir”:

edicao-0e4a2c65bdaddd66a53422d93daebe68

file:///C:/Site%20FB/Suic%C3%ADdio/edicao-0e4a2c65bdaddd66a53422d93daebe68.pdf

banner_750x220px

Piaget e o desenvolvimento humano

jean-piaget1

Psicólogo e filósofo suíço, Piaget foi um importante teórico do processo do conhecimento humano (epistemologia).

01-jan-piaget

Para Piaget, o conhecimento construído pelo homem é resultado do seu esforço de compreender e dar significado ao mundo.

proposta-pedagogica-colegio-piaget

Nessa tentativa de interação e compreensão do meio, o homem desenvolve equipamentos neurológicos herdados que facilitam o funcionamento intelectual.

3c2463a414b35438eddcf19ffec22dbd

O organismo do homem é essencialmente seletivo por organizar os alimentos que lhe podem ser úteis. Esses alimentos vão sendo adaptados, de acordo com as necessidades biológicas.

Necessidades

À medida que o homem seleciona os alimentos e inicia a adaptação destes ao organismo, acontece à assimilação, ou seja, a estrutura biológica acomoda os alimentos para satisfazer as necessidades do corpo.

Por inúmeros biógrafos, fica-se conhecendo a longa vida que viveu, imerso em estudos, que renderam avanços na neurologia, psicologia e pedagogia.

frase-quando-olho-uma-crianca-ela-me-inspira-dois-sentimentos-ternura-pelo-que-e-e-respeito-pelo-que-jean-piaget-104096

Resumo da biografia

Jean William Fritz Piaget nasceu em 9 de agosto de 1896, na cidade suíça de Neuchâtel, no Cantão francês, e faleceu em Genebra, em 16/9/1980.

Aos 10 anos, João (Piaget) escreveu um artigo sobre um pardal inteiramente branco (albino), para impressionar a bibliotecária da universidade, que não levava a sério sua capacidade de entender os livros que buscava. Sua estratégia deu certo.

Moluscos, fósseis e petróleo

Ainda adolescente, tornou-se internacionalmente conhecido através da publicação de vários artigos sobre espécies de moluscos, cuja evolução, indicada pelos fósseis, era a chave e único indicador para a datação das camadas de rochas em sua época.

Seus estudos eram objeto de grande interesse para a pesquisa petrolífera que se intensificava no início do século. Essa inclinação pelo enfoque evolutivo, ele depois aplicaria na preparação dos testes de inteligência infantil a que mais tarde se dedicou.

frases-do-piaget-2

Biologia e Psicologia

Bacharel em Biologia pela Universidade de Neuchâtel (1915), doutorou-se em Ciências Naturais na mesma universidade em 1918. Foi a Zurique estudar Psicologia.

A oportunidade de trabalhar no laboratório de testes de Alfred Binet, em 1919, em Paris, foi decisiva para sua orientação científica. Foi tentando aperfeiçoar testes de QI que Piaget ingressou em suas pesquisas sobre as fases do amadurecimento da inteligência na criança.

artigo_68_6

Em 1921, Eduardo Claparéde, psicólogo da educação e diretor do Instituto Jean-Jacques Rousseau de Genebra destinado à formação de professores, ofereceu-lhe um lugar de pesquisador. Aquele diretor estava impressionado com um artigo recebido de Piaget sobre a inteligência infantil.

vygotsky-e-a-teoria-sociohistrica-7-728

Primeiro livro

Piaget publicou, em 1923, o seu primeiro livro, “A linguagem e o pensamento da criança”.

desenvol-da-linguagem

No ano seguinte, casou-se com sua assistente Valentine Châtenay. Tiveram três filhos: Jacqueline (1925), Lucienne (1927) e Laureni (1931), crianças cujo desenvolvimento mental Piaget acompanhou e descreveu detalhadamente.

Os resultados obtidos da observação da conduta de seus próprios filhos, que abarcaram o período desde o nascimento até aproximadamente 2 anos (período que Piaget designou “sensorio-motor”).

slide_48

Foram publicados em 2 volumes: O Naissance de l’ intelligence chez l’ enfant (“O nascimento da inteligência da criança”), de 1936, e La construction du réel de l’enfant (“A construção de o real na criança”), de 1936.

Mais tarde Piaget sucedeu Claparede como diretor e como professor na universidade de Genebra onde lecionou História do Pensamento Científico, Psicologia e Sociologia.

UNESCO

images

Após a Guerra, em 1946, Piaget participou da criação da UNESCO, órgão das Nações unidas para a Educação, Ciência e Cultura, colaborando na elaboração de seu regimento e tornando-se membro do seu conselho executivo.

Em 1950, publicou a primeira síntese de sua teoria do conhecimento: “Introdução à Epistemologia Genética”. Nomeado em 1952, foi professor na Sorbone até 1963.

desenvolvimento-infantil

Em 1956 Piaget criou, na Faculdade de Ciências de Genebra, o Centro Internacional de Epistemologia Genética, onde passou a investigar sistematicamente, com o apoio de uma grande equipe, o desenvolvimento do pensamento da criança nos modos de pensar moral, abstrato, lógico e concreto.

É de 1967 sua principal obra: “Biologia e conhecimento”.

Teoria

piaget-teoria-cognitiva

Os testes aplicados por Piaget a crianças desde tenra idade, – a principal atividade no Centro Internacional por ele criado em Genebra – provaram que as aptidões para o raciocínio evoluem segundo estágios sucessivos ao longo do desenvolvimento físico da criança.

slide_5

Então, se tais aptidões acompanhavam o desenvolvimento orgânico do indivíduo, elas tinham raízes em estruturas também orgânicas ou genéticas.

jean_piaget_a_primeira_meta_da_e_ol

Em seu entender, isto contrariava a fórmula comportamentalista S-R, que expressa o estímulo e a resposta sem a representação do que existe na mente que identifica o estímulo e permite a resposta.

Estágios de desenvolvimento do raciocínio

Piaget determinou quatro estágios no desenvolvimento da capacidade de raciocínio do indivíduo, que se sucedem até o início da adolescência e corresponderiam a sucessivas fases de seu crescimento físico.

teoria-piaget

Essa descoberta tornou-se bastante conhecida.

Primeiro estágio

Ao primeiro estágio chamou sensório-motor. Ele corresponde aos dois primeiros anos da vida e caracteriza-se por uma forma de inteligência empírica, exploratória, não verbal.

A criança aprende pela experiência, examinando e experimentando com os objetos ao seu alcance, somando conhecimentos.

Segundo estágio

No segundo estágio, que ele chamou pré-operacional, e que vai dos dois anos aos sete anos, os objetos da percepção ganham a representação por palavras, as quais o indivíduo, ainda criança, maneja experimentalmente em sua mente assim como havia previamente experimentado com objetos concretos.

Terceiro estágio

educacao-nao-e-uma-questao-de-falar-e-ouvir-mas-um-processo-ativo-e-construtivo-john-dewey

No terceiro estágio, dos sete aos doze anos, as primeiras operações lógicas ocorrem e o indivíduo é capaz de classificar objetos conforme suas semelhanças ou diferenças.

Quarto estágio

introduo-as-teorias-de-jean-piaget-16-728

No quarto estágio, dos doze anos até a idade adulta, o indivíduo realiza normalmente as operações lógicas próprias do raciocínio.

slide_3

Os estágios têm caráter integrativo. As estruturas construídas são integradas nas estruturas do nível seguinte.

jean-piaget-cmap

Por exemplo, um “esquema de reunião” para condutas, como a de um bebê que empilha toquinhos, permanece na criança mais velha que ajunta objetos procurando classificá-los e mesmo em operações lógicas tais como a reunião de duas classes (os pais mais as mães = todos os pais etc.).

Patamar de equlíbrio

Assim, o desenvolvimento por estágios sucessivos realiza em cada estágio um patamar de equilíbrio. Desde que o equilíbrio seja atingido num ponto, a estrutura é integrada em um novo equilíbrio em formação, sempre mais estável e de campo sempre mais extenso.

A ordem de sucessão das aquisições é constante, no sentido de que uma característica não aparecerá antes de outra num conjunto de indivíduos, e depois em sequência diferente, em outro conjunto.

Produção científica

download-2

Piaget escreveu mais de cinquenta livros e centenas de artigos científicos.

A partir da trilogia: (1) o nascimento da inteligência na criança; (2) a construção do real na criança e (3) a formação do símbolo na criança, Piaget relata seus estudos sobre o desenvolvimento cognitivo para demonstrar que “a capacidade cognitiva humana nasce e se desenvolve, não vem pronta”.

Homenagens internacionais (resumo)

Piaget mantém seus compromissos internacionais junto ao Gabinete Internacional de Educação.

Em 1952, é convidado para ensinar na Sorbonne – ocasião em que trata, entre outros temas, das relações entre inteligência e afetividade.

o-objetivo-da-educacao-e-criar-homens-e-mulheres-capazes-de-fazer-coisas-novas-jean-piaget

Dois anos depois, assume a presidência da União Internacional de Psicologia Científica (1954-1957).

jeanpiaget

Em 1936, recebe o primeiro título de “doutor honoris causa” pela Universidade de Harvard. A Sorbonne e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1946 e 1949, respectivamente, conferem-lhe o mesmo título – homenagem que se repete por mais de trinta universidades em todo o mundo.

frases8

Fontes:

  • http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/jean-piaget-307384.shtml
  • http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/32647/as-contribuicoes-teoricas-de-jean-piaget-para-a-aprendizagem
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Piaget