Todos os posts de admin

Transporte do bebê

Antigamente, os bebês eram transportados no colo da mãe, que ia sentada no banco de trás.

Hoje sabemos que essa prática coloca em risco a segurança e a vida do bebê, além de não ser permitida por lei no Brasil, segundo a Resolução n.º 277/2008 (do Conselho Nacional de Trânsito), que dispõe sobre o transporte de menores de 10 anos e a utilização do dispositivo de retenção para o transporte de crianças em veículos.

Não se deve transportar crianças no banco dianteiro do carro. Em caso de colisão, ela irá se chocar com o para-brisa, com o airbag ou com o painel do carro. O airbag, quando acionado, pode causar ferimentos graves em crianças.

Todo bebê, incluindo os recém-nascidos, deve ser transportado em cadeirinha própria, inclusive logo que deixa a maternidade.

Há diversas marcas e modelos disponíveis no mercado, de acordo com a faixa etária e o peso da criança.

Leia atentamente o manual de instruções da cadeira e instale-a fixando com os cintos de segurança do carro, segundo as recomendações do fabricante.

A cadeira do bebê deve ser fixada no centro do banco traseiro, de frente para seu encosto. As cintas devem ser passadas sobre os ombros e o corpo do bebê, posicionando confortavelmente. A fivela de contenção das cintas deve estar sobre o tórax do bebê.

Rolos de tecido macio, colocados lateralmente, podem ajudar no posicionamento correto e na sustentação da cabeça e do pescoço do recém-nascido.

Nunca deixe seu filho sozinho no carro e, enquanto você dirige, mantenha todas as portas travadas e janelas fechadas.​

Fonte: https://www.einstein.br/noticias/noticia/transporte-do-bebe

O Departamento Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiu a seguinte nota:

“A obrigatoriedade do uso de assentos de segurança para transportar crianças com até sete anos e meio de idade, prevista pela resolução 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de 28/05/2008, vigora desde setembro de 2010, mas não contempla transporte coletivo, como vans e ônibus, de aluguel, escolar, táxis e os demais com peso bruto superior a 3,5 toneladas.

Em 17/07/15, o Contran, por meio da resolução 541, acrescentou o seguinte parágrafo ao texto, ampliando a obrigatoriedade, a partir de 1º de fevereiro de 2016:

‘Todo veículo utilizado no transporte escolar, independentemente de sua classificação, categoria e do peso bruto total – PBT do veículo, deverá utilizar o dispositivo de retenção adequado para o transporte de crianças com até sete anos e meio de idade”. Continuam desobrigados a oferecer cadeirinha vans e ônibus que não sejam de transporte escolar e táxis.

O descumprimento da lei é considerado infração gravíssima com pena de multa de R$ 191,54, perda de 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação e retenção do veículo.

Os proprietários e motoristas de transporte escolar se manifestaram em várias cidades e algumas questões foram levantadas:

1 – No Brasil, os veículos que realizam transporte escolar (vans, ônibus e Kombi) possuem apenas cintos de segurança de dois pontos, subabdominais. Os dispositivos de retenção para crianças, regulamentados pelo INMETRO, exigem cintos de três pontos para sua fixação adequada ao veículo.

2- A normativa do Contran diz que é possível fazer adaptação, mas sabe-se que qualquer modificação no veículo deve ter o certificado de inspeção veicular expedido pelo INMETRO para garantir que a modificação atendeu às especificações dos fabricantes e legislações vigentes.

3- Alegam que o uso da cadeirinha vai reduzir em cerca de 40% a capacidade de transporte de crianças e que o custo será repassado para os pais.

4- Contestam ainda a proposta de padronização nacional de veículo de grande porte para transporte escolar, cujo alto custo (cerca de R$350.000,00) inviabiliza sua aquisição pelos profissionais do transporte escolar.’

O Departamento Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) compreende as queixas dos transportadores escolares e espera que acordos sejam feitos entre os órgãos representativos e o Governo, sem prejuízo para a segurança das crianças.

A recomendação da SBP é de que crianças e adolescentes devem ser transportados em assentos de segurança infantis apropriados para a idade e o tamanho, até atingir a altura de 1,45m.

O cinto de segurança de três pontas do veículo foi projetado para conferir proteção para pessoas com no mínimo 1,45m, quando o cinto deverá passar pelo meio do ombro, longe do pescoço, e sobre os quadris.

O uso correto do dispositivo de retenção reduz o risco de morte em até 71% em caso de colisão. 

Recomenda-se ainda que até os 13 anos de idade, e não apenas até 10 anos como diz a resolução do Contran, crianças e adolescentes sejam transportados no banco traseiro, o que confere maior proteção.

Fonte: http://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/assentos-de-seguranca-serao-obrigatorios-para-o-transporte-escolar-de-criancas/

Condimentos e temperos em vez de sal

Plantas condimentares são amplamente utilizadas na culinária como alimentos funcionais.

As espécies aromáticas da culinária tradicional são utilizadas para conferir palatabilidade e realçar características sensoriais de alimentos. Alguns condimentos são empregados com a finalidade de conservação, devido às propriedades antimicrobianas e antioxidantes.

Desde 1985, a Organização Mundial de Saúde recomendou reduzir a ingestão média diária de sal para 5g ou menos, considerando o sódio oculto nos alimentos.

Nas crianças a ingestão de sal deve ser a menor possível.

Estudo brasileiro

Pesquisadoras da Universidade Federal de Ouro Preto (MG) estudaram o teor de antioxidantes, flavonoides e compostos fenólicos de condimentos, visando alternativas para substituir o sal e melhorar a palatabilidade das preparações alimentares de pacientes hipertensos. Quando estes retiram o sal de cozinha (NaCl) relatam que os alimentos “perdem” o sabor.

O objetivo do estudo foi desenvolver temperos à base de plantas medicinais e analisar os teores.

Plantas (coentro, salsa, orégano, alecrim, manjericão, alho, cebola) cultivadas organicamente foram processadas e os temperos foram desenvolvidos a partir de combinação dessas espécies, de acordo com teste de aceitabilidade sensorial.

Foram definidos três temperos, dos quais foram feitos extratos metanólicos por remaceração.

Resultados (resumo)

Na aceitação subjetiva dos temperos a nota média foi 7,07±1,09. O teor mais elevado de compostos fenólicos foi no tempero 2 (alho, salsa e manjericão) e a maior ação antioxidante foi no tempero 1 (alho, cebola, coentro e orégano). Todos os temperos tiveram boa aceitação por pacientes hipertensos e mostraram-se promissores na substituição dos condimentos convencionais.

Espécies como orégano (Origanum vulgaris L.), alecrim (Rosmarinus officinalis L.) e manjericão (Ocimum basilicum L.) (Lamiaceae) destacaram-se principalmente pela capacidade antioxidante.

Alguns autores relatam o uso de várias espécies tais como alecrim (Rosmarinus officinalis L.), Plectranthus barbatus And., Allium sativum L., Cynara scolymus L.; Leonurus sibiricus L. como hipotensoras discutindo os mecanismos de ação farmacológica e possíveis interações medicamentosas.

Conclusões

  1.  Buscando melhorar a palatabilidade de pacientes hipertensos, novas opções de condimentos devem ser introduzidas nas preparações diárias para realçar o sabor e estimular hábitos alimentares saudáveis.
  2.  Outro aspecto relevante na redução do consumo de sal é a inserção de temperos à base de plantas condimentares que possuem compostos farmacologicamente ativos, tais como terpenos ou óleos essenciais, compostos fenólicos e flavonoides caracterizando-as como alimentos funcionais.
  3.  A boa aceitação dos produtos motiva novos testes, comprova a facilidade de uso, e permite a incorporação dos temperos/ ervas medicinais nos hábitos alimentares dos hipertensos, facilitando a aceitação/ consumo e palatabilidade dos alimentos conforme mostrado nos resultados.
  4.  A partir dos resultados obtidos conclui-se que preparações com alto teor de compostos fenólicos e antioxidantes são provavelmente mais eficazes na atuação em distúrbios cardiovasculares e na prevenção do envelhecimento celular.

Alho & Cebola

Nas Aliaceae, alho (Allium sativum L.) e cebola (Allium cepa L.) demonstram efeitos benéficos em doenças cardiovasculares por terem capacidade hipocolesterolêmica – pela redução dos níveis de colesterol total e LDL, aumento do colesterol HDL e diminuição da peroxidação lipídica, hipolipidêmica, anti-hipertensiva, antidiabética, pró-circulatória e antitrombótica.

Salsa & Coentro

Na família Apiaceae destacam-se o coentro (Coriandrum sativum L.) e a salsa (Petroselinum crispum (Mill.).

Os compostos fenólicos extraídos de ambos são responsáveis, em parte, por atividades antioxidantes. O extrato de salsa se mostrou responsável pelo aumentou significativo do volume urinário, confirmando o efeito diurético da planta.

A suplementação de dietas com folhas frescas de salsa pode aumentar a capacidade antioxidante no plasma de ratos e levar a diminuição do estresse oxidativo em humanos.

A salsa também é amplamente utilizada na medicina popular brasileira como diurético. Apesar de tanto ela quanto o coentro possuírem atividades antioxidantes, no estudo brasileiro os resultados do coentro se sobressaíram.

Manjericão (Ocimum sp) possui elevado poder antioxidante, sendo muito utilizado como condimento. Verificou-se que é rico em compostos fenólicos, principais compostos que possuem grupamentos OH, que funcionam como sequestradores de radicais agindo tanto na etapa de iniciação como na propagação do processo oxidativo.

MENDES, G.M.; RODRIGUES-DAS-DORES, R.G. and CAMPIDELI, L.C.. Avaliação do teor de antioxidantes, flavonoides e compostos fenólicos em preparações condimentares. Rev. bras. plantas med. [online]. 2015, vol.17, n.2 [cited 2018-06-15], pp.297-304. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722015000200297&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1516-0572. http://dx.doi.org/10.1590/1983-084X/13_069.

Salsa seca (microondas)

A salsa é comumente empregada como tempero no preparo de diversos pratos e é comercializada principalmente em maços de ramos frescos. Como o produto é bastante perecível, muitas vezes ele não resiste ao armazenamento e se deteriora antes de ser consumido. Avaliou-se o uso de microondas doméstico para a secagem de salsa. Após a secagem verificou-se redução do teor de umidade, da atividade de água e da carga microbiana total, em relação à hortaliça fresca. Salsa fresca apresentou contagem de coliformes fecais superior ao permitido pela legislação vigente no Brasil, enquanto que a seca se mostrou adequada para o consumo humano. A redução da atividade de água associada à destruição parcial da carga microbiana presente no produto, contribuiu para que se tenha um alimento que possivelmente pode ser conservado por mais tempo.

Fonte: Uso de microondas doméstico na conservação de salsa: uma abordagem microbiológica / Cavalcante, Indira Gaide de Aguiar; Bruno, Laura, Maria. Hig. aliment; 20(146): 40-42, nov. 2006.

Conservantes naturais

O consumo de produtos naturais que substituam aditivos químicos tem sido uma opção para aqueles que procuram hábitos saudáveis e segurança alimentar. Os condimentos possuem comprovada atividade biológica sobre fungos e bactérias. Por isso, sempre foram utilizados como conservantes de alimentos.

Um trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o efeito “in vitro” do óleo essencial de erva-doce (Pimpinella anisum), sobre as bactérias Staphylococcus aureus e Escherichia coli e sobre os fungos Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus.

O óleo essencial foi extraído pela técnica hidrodestilação utilizando aparelho de Clevenger modificado e testado nas concentrações de 50; 40; 30; 20; 10; 5; 1; 0,5 e 0.1% para as bactérias e nas concentrações de 2; 1; 0,5; 0;25 e 0,1 µL/mL para fungos. O óleo apresentou elevada atividade bacteriana com uma concentração mínima inibitória (CMI) de 1% para a E.coli, porém não apresentou atividade frente a S. aureus. Os valores de CMI encontrados para o A. flavus e A. parasiticus foram de 0,5 e 2 µL/mL, respectivamente. Verificou-se que o óleo essencial apresentou efeito inibitório sobre os micro-organismos estudados, sendo, portanto, uma alternativa no controle microbiológico de alimentos.

Fonte: Controle microbiológico de alimentos utilizando óleo essencial de Pimpinella anisum (erva-doce). Freire, Juliana Mesquita; Cardoso, Maria das Graças; Batista, Luís Roberto; Andrade, Milene Aparecida; Lima, Rafaela Karin. Hig. aliment; 25(196/197): 154-158, maio-jun. 2011.

Pequeno dicionário de condimentos, temperos etc.

Absinto ou losna: erva usada como aromatizante, na preparação de certos licores (vermutes). Não é recomendada sua utilização, principalmente contínua ou em excesso. Potencialmente tóxico.

Absinto russo: o mesmo que estragão.

Açafrão: de origem mediterrânea, é utilizado para dar cor amarelo-ouro a determinados pratos, como paellas, molhos, farofas, dobradinhas, carne de carneiro, sopas e risotos.

Açafrão-da-terra ou cúrcuma: é uma raiz aromática de sabor ligeiramente amargo, ideal para dar uma tonalidade amarela em diversos pratos. Muito utilizada em pratos da cozinha baiana, indiana e asiática.

Aceto: o mesmo que vinagre (termo italiano).

Aceto balsamico: vinagre preparado com uvas maduras e envelhecido em barris de carvalho. Usado para temperar carnes, aves, peixes e em molhos (termo italiano).

Aipo ou salsão: hortaliça de sabor marcante cujas folhas são utilizadas para temperar caldos ou sopas e seu talo pode ser consumido cru em saladas ou cozido em ensopados. Na Grécia antiga, era considerado sagrado e foi utilizado em emblemas de nobres.

Aipo marrom: aromatiza o sal. Principalmente usado em pratos com ovos, aves, sucos de tomate, saladas de batata, atum e cozidos com carnes e vegetais.

Aji-no-moto: glutamato monossódico (tempero japonês). Evitar.

Albahaca: o mesmo que manjericão (termo espanhol).

Alcaparra: é o botão da flor de um arbusto nativo do Oriente, da região mediterrânea, hoje cultivado em muitas regiões quentes. De sabor acentuado, são utilizados em molhos, carnes, saladas, conserva de vinagre ou na salmoura e guarnições.

Alcarávia: o mesmo que cominho-armênio, kümmel ou cominho de pão.

Alecrim (ou rosmarinho): com aroma forte e gosto adocicado e acentuado, o alecrim enriquece o sabor de sopas, carnes, aves, peixes, patês de fígado, saladas, molhos, ovos, mexidos, omeletes, ensopados e grelhados. Pode ser encontrado seco ou fresco. Nas carnes deve ser esfregado na superfície e, em aves, também por dentro.

Alfavaca ou basilicão: erva cujas folhas são usadas como tempero em diversos pratos da cozinha italiana, saladas, tomates, ovos, queijos, peixes, milho, massas, molhos e como aromatizador de vinagres. A alfavaca tem um sabor adocicado e é muito parecida com o manjericão, embora suas folhas sejam mais graúdas. Origem brasileira.

Alho: empregado como condimento para todos os tipos de pratos. Membro aromático e forte da família da cebola. A quantidade utilizada depende do gosto individual. Excelente em molho de tomate, carne, peixe, aves, pão de alho. É comum ser utilizado em combinação com a cebola. EQUIVALÊNCIA: 1/8 de colher de chá de alho em pó ou granulado corresponde a aproximadamente 1 dente de alho.

Alho-poró: é uma hortaliça com sabor muito semelhante ao da cebola. Utiliza-se tanto o bulbo (parte mais branca) quanto as folhas. De sabor suave e levemente adocicado, é empregado em sopas, saladas, ensopados e quiches.

Allspice: o mesmo que “pimenta da Jamaica” (termo inglês).

Aneto, dill ou endro: erva utilizada como aromatizador de licores, xaropes e vinagres. Como condimento em picles, molhos para pratos de peixe ou camarão, sopas e cremes, vinagre aromatizado, salada de batatas, molhos a base de maionese e iogurte, pães de ervas. É um tempero de cor verde brilhante, com aroma refrescante e sabor delicado. Pode ser encontrado fresco ou seco. Originário da Índia.

Azedinha: utilizada na cozinha egípcia e muito consumida pelos faraós. Existem dois tipos de azedinhas comestíveis: a francesa e a jardim. Podem ser consumidas cruas, em saladas, ou cozidas, em refogados, sopas e peixes.

Azeite-de-dendê: é o óleo extraído dos frutos da palmeira. É ingrediente indispensável na culinária baiana. O mais correto seria chamá-lo de óleo.

B

Basilico: o mesmo que manjericão (termo italiano).

Baunilha: descoberta no México, em 1571, a baunilha é um fruto tropical, amplamente utilizada em cremes de Pâtisserie, pudins, molhos doces, bolos e sorvetes.

Beldroega: erva usada em saladas e sopas.

Benishooga: gengibre em conserva avermelhado.

Bouquet-garni: palavra de origem francesa que significa um ramalhete de cheiros verdes (ervas frescas). Geralmente é feito com até cinco ervas como o tomilho, salsa, louro, manjericão, entre outros, amarradas em maço, ou envolvidas em gaze ou pano. Usado em sopas e ensopados. Podem ser colocados dentro de um saco de pano fino ou gaze. É retirado no final do cozimento.

C

Cajun: originário da Argentina, o cajun é composto por páprica, sal, estragão, alho, cebola, pimenta do reino, salsa, canela, tomilho e pimenta calabresa. É típico da cozinha Creola.

Canela: originária do Ceilão, também cultivada na América do Sul e na Índia, pode ser utilizada em pó ou em pau, em molhos, bolos, doces, caldas, compotas, biscoitos, panquecas, canjicas, pães, bebidas quentes ou frias e até e algumas receitas de carne.

Cardamomo: semente de aroma intenso, da família do gengibre, que deve ser usado com moderação, é um dos componentes do curry e da masala, o cardamomo é um condimento aromático com sabor forte e adocicado, utilizado em sopas, carnes de porco, saladas, bolos, tortas, biscoitos, pudins, etc. Originário da Índia, onde seus grãos são mastigados após as refeições para ajudar na digestão e refrescar o hálito.

Cari: o mesmo que curry (termo espanhol).

Caril: mistura de vários condimentos, usado na culinária indiana. Também é o nome do preparo de pratos que levam molho de masala. O tailandês é mais picante, pois leva pimenta, gengibre, alho e pimenta-do-reino.

Cebola: muito versátil, a cebola é, além de tempero indispensável, utilizada como prato principal e até como decoração de pratos. EQUIVALÊNCIA: 1 colher das de sopa de cebola em pó corresponde aproximadamente a 1 cebola média. 1 colher das de sopa de cebola granulada ou em tiras corresponde a ¼ de xícara de cebola “in natura” picada.

Cebolinha ou cebolinha verde: é originária da Sibéria, foi introduzida no Brasil, pelos portugueses. É perfeita para pratos salgados como carnes, peixes, refogados e sopas. Pode ser utilizado tanto o bulbo quanto as folhas, fresca ou refogada. Em pratos quentes, adicionar ao final do cozimento. Junto com a salsa compõe o popular cheiro-verde. Rica em vitaminas A e C, é membro da família das cebolas, mas seu sabor é mais delicado.

Cerefólio: parecido com a salsinha, mas com sabor semelhante ao anis, é originário do Oriente e pode ser liso ou crespo. Muito utilizado como condimento em sopas, consomés, omelete, saladas, molhos e peixes. É um dos itens da mistura de Ervas Finas.

Cheiro-verde: é a salsa com a cebolinha, com uma pitada de louro, utilizadas para realçar sabores de patês, molhos e cozidos.

Chili: planta da família do pimentão, seu sabor é picante e o fruto costuma ser usado inteiro, moído ou seco. Tradicional da culinária mexicana, é muito usada com carne.

Chili powder: mistura saborosa e equilibrada, usada em pratos picantes da cozinha mexicana. Utilize em hambúrgueres, pratos com milho, molhos para churrasco, pratos com aves e carne.

Chipotle: o mesmo que jalapeño seco.

Ciboulette: cebolinha verde francesa, mais fina do que a cebolinha comum.

Coentro: é uma erva conhecida desde a Grécia antiga e muito utilizada para temperar conservas, sopas e principalmente peixes, além de aves, peixes ensopados ou assados, carne de carneiro, recheios de tortas e massas, pães de gengibre e biscoitos. Seco, é usado no preparo de pães, de picles e assados de porco e peixe. Muito consumida na região Nordeste e Sudeste do Brasil, é um ingrediente indispensável da tradicional na Moqueca Capixaba. É muito parecido com salsa e tem aroma e sabor muito fortes. Adicione sempre no final do cozimento.

Colorau ou colorífico: é um tempero de origem brasileira extraído do urucum moído misturado a fubá e óleo de soja. É usado para dar cor aos alimentos industrializados, molhos e preparações caseiras sem interferir no sabor. Sua cor laranja-avermelhada serve para despertar o apetite.

Cominho: originário do Egito, erva cujo fruto aromático é usado como tempero em carnes assadas em geral, frango, molhos, linguiças, queijos, pastéis, pães, pratos orientais e mexicanos, e cozimento de hortaliças. Suas folhas novas são muito usadas em sopas. Esta especiaria faz parte da composição do curry. Tem sabor muito forte e deve ser usado com cuidado.

Cravo-da-Índia: muito utilizado em doces, chás, assados, bebidas, molhos, biscoitos, compotas e picles, o cravo é conhecido na Índia, Egito e China desde o ano 600 A.C..

Cúrcuma: o mesmo que açafrão-da-terra ou tumerique, essa raiz entra na maioria dos pratos indianos. Os monges usam seu pigmento amarelo para tingir roupas.

Curry ou caril ou Garam Masala: originário da Índia, o curry é uma mistura de várias ervas e especiarias, que podem variar de acordo com a região e o costume, podendo conter até 38 tipos de tempero, dentre elas o coentro, cominho, pimenta, coentro, cebola, mostarda, cardamomo e gengibre. De sabor acentuado e cor amarelo-forte, é muito usado em pratos orientais e em frango, carnes, peixes, camarões, arroz e molhos.

D

Daikon (nabo comprido): é uma raiz carnosa e suculenta. As folhas contêm muita vitamina c, por isso devem ser aproveitadas. É usado principalmente cozido, mas também em picles, ralado cru, marinado em molho de vinagre, ou como tempero para o sashimi.

Dashi (molho de peixe): é o líquido retirado das anchovas salgadas e fermentadas. Um tempero/ingrediente essencial nas cozinhas tailandesa, japonesa e vietnamita.

Dill: o mesmo que Aneto e Endro.

Doenjang: nome coreano da pasta de soja usada para dar sabor a carnes e legumes.

E

Endro: o mesmo que Aneto e Dill.

Erva-doce: muito usada em bolos, doces em calda, pães, licores e chás.

Erva-doce de cabeça: o mesmo que Funcho.

Ervas de Provance ou Herbes de Provence: mistura de cinco ervas especialmente combinadas para dar aroma à pizzas, molhos, vegetais cozidos, carnes bovinas e suínas. São elas: tomilho, basilicão, erva-doce, segurelha e flores de lavanda. De origem francesa

Ervas Finas ou Fines Herbes: mistura de salsa, cerefólio, estragão e cebolinha verde. Usada em molhos de saladas, peixes, ovos, molhos de tomate, “Ragout”, aves, carnes, cordeiro e vegetais cozidos. Adicione no final do cozimento.

Essência: substância aromática obtida com diversos sistemas, como a destilação, ou a permanência do alimento em óleo ou álcool por algum tempo. É usada para aromatizar.

Essência de amêndoa: é um óleo fino e aromático extraído da amêndoa ou produzido sinteticamente. Tradicionalmente utilizado na confeitaria para aromatizar preparações doces.

Essência de baunilha: é um óleo fino e aromático extraído da fava de baunilha (fruto da baunilha) ou produzido sinteticamente. Tradicionalmente utilizada em confeitaria para aromatizar preparações doces.

Essência de menta: é um óleo fino e aromático extraído da menta (espécie de hortelã) ou produzido sinteticamente. Utilizado para dar sabor e aroma às bebidas e preparações culinárias.

Estragão ou absinto russo: é uma erva de sabor forte e picante e muito aromática. Folhas frescas e secas são utilizadas para condimentar molhos para peixes, aves, especialmente frango, em omeletes, saladas de queijos brancos, na manteiga, cordeiro, molho de mostarda e maioneses. Aromatizador de vinagres para picles e mostardas. Também usado para temperar suco de tomate e vinha-d’alhos.

F

Feno grego: semente de aroma intenso, é um dos itens que usualmente faz parte do condimento Curry. Use com moderação. Tempera carnes e picles.

Fines herbes: o mesmo que ervas finas (termo em francês).

Funcho ou erva-doce de cabeça: planta cujas folhas e sementes são usadas em chás, por suas qualidades digestivas. Como condimento, especialmente em peixes, frango, ovos e pães. Suas sementes são utilizadas na composição de certos licores e seu bulbo é usado cru como salada.

Funghi secchi: cogumelos do tipo Bolletus, desidratados. Conferem sabor característico a molhos de massas e pratos com carne. Antes de utilizar, lave-os bem e deixe de molho em água fria por 30 minutos.

G

Gengibre: raiz utilizada para enriquecer o sabor de bebidas quentes, pães, biscoitos, carnes, aves, batata doce, cenoura e outros vegetais, bolos e pratos orientais. É originário da África e Jamaica. É um condimento picante extraído da raiz da planta de mesmo nome. O gengibre é amarelo-claro e pode ser encontrado fresco nas feiras ou supermercados ou em pó. Fica excelente quando combinado com outras especiarias (alho, cravo, canela).

Gergelim: tem um suave sabor de nozes. Usado em pratos árabes, pães, biscoitos, massas.

Gochu jan: nome coreano da pasta de pimenta vermelha usada como tempero ou acompanhamento.

H

Herbes de Provence: o mesmo que ervas de provance.

Hissopo: erva usada como condimento em saladas e omeletes e na fabricação de licores.

Hondashi: tempero à base de peixe.

Hortelã: originária da Inglaterra, a hortelã é utilizada em pratos árabes, licores, doces, chás, saladas, sopas, molhos e também em drinques, inclusive para efeito decorativo.

J

Jalapeño: pimenta verde que recebeu esse nome graças à cidade de Jalapa, capital de Veracruz, no México. É uma das mais suaves e pode ser encontrada fresca ou em conserva. Seca, é conhecida como chipotle.

K

Kichk: tempero típico árabe que mistura coalhada e trigo para quibe.

Korma: mistura árabe de amêndoas e especiarias utilizada para temperar as receitas.

Kümmel ou cominho de pão ou cominho-armênio ou alcarávia: as sementes desta planta são usadas na pastelaria, também em pães, bolos e biscoitos. Como condimento, em queijos fortes, salames, patê, carnes, sopas e saladas de batata ou de repolho, chucrute. Especialmente usado na fabricação do licor Kümmel. Suas folhas novas são usadas em sopas e as raízes são consideradas uma “delicatesse” na mesa.

L

Lavanda ou Alfazema: de todas as lavandas, é a mais perfumada. Das flores, se usa o óleo (extraído por destilação), que serve para preparar essências e perfumes. As folhas, às vezes, são usadas como condimento de cozinha.

Lemon pepper: o sabor e o aroma característicos da pimenta do reino com um leve sabor de limão. Excelente para frangos, peixes, molho para churrascos e saladas.

Losna: o mesmo que absinto.

Louro: largamente utilizado em molhos, marinados, ensopados, conservas, carnes, feijão (inclusive na Feijoada), sopas, chás, vinha-d’alhos. É originário do Mediterrâneo. Faz parte do “Bouquet Garni”, juntamente com a salsa e o tomilho. Dá sabor especial ao molho de tomate.

M

Macis: é a casca da noz-moscada, de cor vermelho-vivo que fica castanho quando seca. Tem apenas o ligeiro sabor da noz-moscada. Inteiras são usadas para realçar o sabor de sopas e cozidos. Moído pode ser usado em bolos, biscoitos, molhos cremosos e diversos tipos de carne, inclusive peixes e de caça.

Manjericão: fortemente aromático, com sabor característico, é muito utilizado em molhos, carnes, sopas, peixes, pizzas, na maioria das receitas com tomates, recheios de massas, macarrão, risotos e saladas. É muito usado no molho pesto. Há duas variedades: verde e roxo. Pode ser encontrado fresco ou seco.

Manjerona: originária do Oriente, a manjerona pode substituir o orégano por ter aroma semelhante, embora mais requintado. É utilizada em carnes, como as de porco e carneiro, queijos, ovos, aves, peixes ensopados, molho de tomates, pizzas, vegetais, ovos e pães. Combina especialmente bem com a páprica.

Marasquino: é um licor obtido da destilação da cereja marasquino (espécie de cereja amarga). Muito utilizado para aromatizar preparações doces.

Masala (Garam Masala): mistura de condimentos e ervas que varia conforme a região da Índia. É considerada a alma da cozinha indiana. Também conhecida como curry ou caril.

Ma’zahr: essência aromática de flor de laranjeira que serve para perfumar doces e salgados na culinária árabe.

Ma’ward: água-de-rosas, de origem árabe, que, na medida certa, é capaz de deixar doces e salgados com perfume irresistível.

Mirim: vinho de arroz com sabor adocicado, usado apenas no preparo de grelhados, cozidos, caldos e molhos.

Misk: é um tipo de resina vegetal extraída da árvore Pistachia lentiscus, típica do Oriente Médio. É usada para aromatizar especialmente doces e sorvetes.

Missô: massa/pasta de soja fermentada que dá sabor a sopas, conservas, molhos, grelhados, frituras e pratos preparados à mesa (culinária japonesa).

Mistura de cinco especiarias: pó perfumado, picante, temperado e levemente adocicado. É uma mistura de anis, pimenta em grão, erva-doce, cravo-da-índia e canela, que pode ser comprada pronta ou preparada em casa (culinária chinesa).

Molho de ostra: feito de um concentrado de ostras cozidas em molho de soja e água salgada, o molho de ostra tem uma coloração marrom-escura e um sabor acentuado. É usado tanto na cozinha quanto à mesa, como tempero.

Mostarda: planta cujas folhas secas e moídas serve como condimento. Pasta de preparação caseira ou industrial, feita com mostarda, mosto, vinagre, sal e substâncias aromatizadas, e que se usa como condimento ou sobre determinados pratos. Pode ser encontrada em grãos (de cor branca, preta ou castanha – estas últimas, de óleo mais picante são geralmente usadas em pratos da culinária indiana), creme ou pó. É muito utilizada na preparação de picles, comida alemã (salsichas e chucrute), sanduíches e chucrute. São famosas as de produção inglesa, francesa (Dijon), alemã e americana.

M.S.G.: (monossódico glutamato): um produto químico usado para realçar o sabor de alimentos, derivado de beterraba, milho e trigo. Deve-se tomar cuidado com a quantidade usada na preparação de alimentos.

N

Nan pla: molho de peixe tailandês. Poção mágica criada pelos tailandeses para temperar todo tipo de quitute, de carne a fruta.

Nan prik: molho de camarão, outro clássico da culinária tailandesa usada em todo tipo de receita.

Negui, wakegui e asatsuki (cebolinhas verdes): estas variedades de cebolinha são muito utilizadas na cozinha japonesa. A negui divide-se em duas subvariedades: ha-negui é verde em sua maior parte, e apreciada justamente por isso; o nebuka-negui tem a parte branca mais desenvolvida que a verde. O wakegui, que mede de 20 a 30 cm, é mais fino e macio que o negui, e tem um sabor menos ardido. É delicioso quando rapidamente cozido (apenas 1 ou 2 segundos) em água fervente. Tanto o negui quanto o wakegui são ingredientes do sukiyaiki e de outros pratos preparados à mesa (nabemono). São indispensáveis para tirar o gosto forte do peixe. O asatsuki é a cebolinha verde mais delicada, de sabor leve e aroma muito suave. Mede de 10 a 15 cm e é usada, de preferência, cortada bem fina, para dar colorido a sopas ou para temperar pratos.

Nirá: folha de alho.

Noz-moscada: utilizada tanto para salgados quanto para doces, pode ser encontrada em pó ou inteira, para ser ralada. Deixa um sabor diferente em recheio de massas, em carnes e até em coquetéis. Também empregada em marinados, assados, legumes, molho branco, doces de sabor delicado e em pães de massa fina. Originária do Oriente. Fica ótima no purê de batata, sendo usada, também, em bebidas à base de chocolate.

O

Óleo de semente de gergelim: é um óleo fortemente condimentado, feito de sementes de gergelim tostadas e usado como tempero. Geralmente é adicionado no final da elaboração dos pratos. Pode ser encomendado em lojas de comida oriental e se conserva indefinidamente.

Orégano: erva usada como tempero, especialmente em pratos típicos da cozinha italiana, como molhos de tomate, berinjela à parmegiana, massas e pizzas. Também pode ser usado em caldos de verdura, em carnes, peixes e aves. Originário do Mediterrâneo.

P

Papoula: as sementes dessa planta têm sabor e textura especiais, além de contribuir com o aspecto visual de vários pratos. São utilizadas, com moderação, em saladas, biscoitos, strudel, ovos mexidos, patês, salgadinhos e pães, além de doces, bolos e compotas, proporcionando um sabor amendoado.

Páprica: com frutos semelhantes a um pequeno pimentão (Capsicum annuum) existe em dois tipos, a apimentada e a doce, mais suave, utilizada em ensopados, patês, saladas, carnes e aves. Sua origem é duvidosa, pois afirmam ser europeia ou da América Central. Muito utilizado na culinária húngara. É um pó avermelhado e seus frutos são secos e moídos, obtendo-se a páprica em pó. Também utilizada no Goulasch, em arroz, pratos com ovos e em algumas saladas.

Pimenta branca: extraída da pimenta-do-reino tem sabor mais suave que a preta e é utilizada em pratos mais claros como molho branco, carnes brancas, peixes, sopas claras e maioneses. Usada também no tempero de saladas.

Pimenta caiena: especiaria extremamente picante, parte da família da pimenta malagueta. Natural da América Central pode ser encontrada ao natural ou secas e são largamente utilizadas em queijos e pratos de peixe, apesar de acompanhar bem qualquer tipo de carne.

Pimenta da Jamaica: muito usada na cozinha Síria. Utilize em sopas, molhos, marinados, bebidas e picles. Combina também com patês, vinha d’alhos, carnes, berinjela e cenoura. Moída pode ser utilizada em bolos, biscoitos, sorvetes, pudins, molho para churrasco e picles de ovos. Assemelha-se a grandes grãos de pimenta, mas seu gosto lembra o sabor de uma mistura de noz-moscada, macis, canela e cravo-da-Índia. Nos Estados Unidos é conhecida como Allspice.

Pimenta-do-reino: em sua forma preta em em pó é utilizada em praticamente todos os tipos de pratos, como vinha-d’alhos, saladas, peixes, carnes vermelhas e marinados. Em grãos, também conhecida como pimenta-negra, entra no preparo de conservas. É originária da Índia.

Pimenta síria ou Bhar: é uma mistura de especiarias como, pimenta-da-jamaica, canela, pimenta-do-reino preta e branca, noz-moscada e cravo em pó. Amplamente usada na cozinha de várias regiões árabes.

Pimenta vermelha ou calabresa: é muito picante e deve ser usada com moderação. Muito utilizada em pratos mexicanos e italianos. Molhos de tomate e saladas, aves, peixes, frutos do mar, patês e pizzas.

Pimentón: o mesmo que colorau (termo espanhol).

Pimienta: o mesmo que pimenta (termo espanhol).

Pimiento: o mesmo que pimentão (termo espanhol).

Piripiri: membro da família das pimentas, largamente utilizado na culinária portuguesa, principalmente nos pratos de caril. Suas sementes são a parte mais picante. Nos Estados Unidos é mais conhecido como chillies ou hot red pepper.

Q

Quatre épices: mistura de especiarias em pó, de sabor picante. Geralmente é preparada com pimenta-do-reino branca, noz-moscada, cravo-da-índia e canela (termo francês).

R

Raiz forte: o mesmo que Wasabi.

Rosmarino: o mesmo que alecrim (termo italiano).

Ruibarbo: planta cujos talos são usados em compotas, geleias, tortas, pastéis e sobremesas diversas. ATENÇÃO: NÃO USAR AS FOLHAS, POIS SÃO VENENOSAS!

S

Salsa: erva de sabor suave muito usada, fresca ou desidratada, como tempero ou finalizando pratos, em marinados, molhos, saladas, pratos com carnes, aves, peixes e sopas. Faz parte do cheiro-verde, junto com a cebolinha. A palavra também quer dizer molho, em espanhol.

Salsão: o mesmo que aipo.

Sálvia: originária do sul da Europa, erva usada na culinária como condimento para carne de carneiro, porco, queijos, tomates, recheios, saladas, molhos diversos, vinha d’alhos e pratos da cozinha italiana. Contrabalança com a gordura da carne de pato, ganso e suína. É essencial em muitos tipos de lingüiça e dá realce a vários pratos com tomate e queijo. Use com moderação. Seu óleo é usado na fabricação de sabonetes perfumados. Pode ser usada para substituir o louro em cozidos.

Segurelha ou Alfavaca-do-campo: as folhas desta planta, frescas ou secas, são muito utilizadas como tempero para recheios de carnes, peixes e aves, pratos com ovos, hambúrgueres, molhos, sopas, ervilhas, couves de Bruxelas e suco de tomate.

Shoga (gengibre): com um sabor característico e forte e um aroma delicioso, é muito usado como tempero. Os brotos de gengibre em conserva (ha-shoga) são utilizados como acompanhamento de peixe grelhado e outros pratos. A raiz já bem desenvolvida (ne-shoga) é utilizada cortada em tiras bem finas ou ralada, para quebrar o cheiro da carne ou do peixe em pratos cozidos com temperos (nomono). Acompanha obrigatoriamente o sushi.

Shoyu: é um ingrediente essencial na cozinha chinesa, mas de origem japonesa. O molho de soja é feito pela fermentação da soja com farinha de trigo e água, que depois é envelhecida e destilada para fazer o molho. Há dois tipos de molho de soja: o leve e o escuro. O molho de soja escuro é mais envelhecido que o leve, mais grosso e tem um sabor mais forte. Os chineses preferem usar este molho para os ensopados ou para mergulhar nele os alimentos. É importante escolher sempre um molho de soja de excelente qualidade. Ele é um ingrediente fundamental na cozinha oriental. Um molho de soja excessivamente salgado pode comprometer o sabor de um prato.

Summac: pó avermelhado, de gosto bastante ácido, obtido da fruta de mesmo nome e usado como tempero de receitas como acelga recheada e tabule. De origem árabe.

T

Tahine: da culinária árabe, é uma massa feita com sementes de gergelim torradas, para molhos e pastas. É encontrado pronto em lojas de produtos árabes.

Tamarindo: vagens que produzem uma substância castanha, ligeiramente pegajosa, usada em pratos da culinária portuguesa (caril), indiana e do Extremo Oriente, sendo vital em chutneys. Geralmente é encontrado seco ou ao natural. Tem um gosto amargo, que proporciona sabor mais complexo que o limão aos pratos, principalmente aos condimentados e às sopas.

Tomilho: geralmente é usado seco. Tempero para molhos, recheios, sopas, carnes, aves e frutos do mar. Também é usado em patês, legumes, vinagretes de alho e como aromatizador de vinagres. A infusão de folhas e ramos misturados com mel formam um ótimo remédio contra a ressaca. Faz parte da tradicional mistura “Bouquet Garni”.

U

Urucum: fruto do anato, uma pequena árvore de cuja polpa é retirado um corante usado em vários pratos à base de arroz, farofa, frango, peixes, mariscos, crustáceos e carnes em geral. As sementes são moídas e misturadas com especiarias, como o cominho e o orégano, e aproveitadas em tempero para legumes, peixes, carne de porco e de boi, mariscos e camarões, entre outros. O urucum moído, quando misturado a fubá e óleo de soja forma o colorau ou colorífico, com sua cor laranja-avermelhado que serve para despertar o apetite e é muito usado em moquecas, carnes, frangos e peixes.

V

Vinagrete (molho a): mistura de vinagre, água e óleo em partes iguais, à qual se junta salsinha, cebola, tomate e, às vezes, pimentão. Usado para temperar carnes, aves, peixes e vegetais, ou como acompanhamento. Também conhecido como Molho à Campanha.

Vinha-d’alhos: mistura de vinagre, suco de limão ou vinho e mais uma série de temperos, usada para temperar e amaciar as carnes, peixes e aves. O mesmo que marinada.

W

Wasabi: o mesmo que raiz-forte. É uma raiz apimentada e de aroma muito forte que imita o sabor da verdadeira Wasabi (planta rara que deu origem ao condimento). É vendida crua (apenas no Oriente), em pó ou em pasta pronta para ser usada. Crua, deve ser ralada. Em pó, é dissolvida na água para formar uma pasta. É usada no sashimi, no sushi (niguiri-zushi), em molhos (aemono, etc), molho para churrasco, molhos para carnes cozidas e assadas, etc. Leva o nome da planta rara que deu origem ao condimento. Muito comum, também, nos pratos da cozinha alemã.

Z

Záhtar: mistura árabe de summac, sementes de gergelim e tomilho seco usada como tempero de salgados.

Zeste: francês para “casca”, a película exterior, lustrosa e colorida da casca de fruta cítrica. Geralmente casca de limão ou laranja cortada muito fino (para aromatizar cremes) ou ralada (para bolos e recheios).

Zimbro: também conhecido como o sabor do gim, são pequenas bagas de cor negra-arroxeada, com cheiro que lembra pinheiro. Usado em marinadas, cozidos, pratos de caça, porco, patês, picles e chutney

Fonte: https://personalchefduarte.wordpress.com/tag/temperos-d

Dermatite de fraldas (assadura) e lenços umedecidos

Adaptado do original da Dra. Kerstin Taniguchi Abagge, da Sociedade Brasileira de Pediatria. Disponível em: http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/flipping-book/consenso-cuidados-pele/cuidados-com-a-pele/assets/basic-html/page34.html

Definição

É uma reação inflamatória aguda e uma das formas mais comuns de dermatite de contato por substâncias irritantes.

O termo dermatite de fraldas é melhor definido como um complexo variável de sintomas iniciados por uma combinação de fatores, dentre os quais o contato prolongado e a maceração causados por fraldas úmidas e materiais impermeáveis, além da irritação pela urina e fezes.

Estrato córneo e epiderme

A epiderme da pele do feto é uma barreira imperfeita, pois possui duas ou três camadas de células.  Por volta da 24ª semana de gestação, a epiderme começa a se tornar mais espessa.

A ceratinização de toda a superfície cutânea ocorre também nesta etapa da gestação, com o desenvolvimento de um estrato córneo escasso.

A partir da 34ª semana, o estrato córneo estará totalmente definido. A pele do recém-nascido a termo é similar à do adulto.

Os lipídios da camada córnea são compostos por gorduras ácidas monossaturadas ou insaturadas. Essa gordura é hidrofílica e melhora a permeabilidade da barreira cutânea. O colesterol, os ácidos graxos livres e as ceramidas estão presentes nas mesmas proporções

Classificação

A dermatite de fraldas pode ser classificada clinicamente em:

1) Forma leve ou por fricção: eritema, descamação, aspecto brilhante da pele e, eventualmente, pápulas. As lesões estão tipicamente localizadas nas regiões convexas cobertas pelas fraldas, poupando as dobras.

2) Forma moderada: lesões papuloerosivas ou maceradas que se tornam violáceas e liquenificadas.

3) Forma grave ou ulcerativa: conhecida como dermatite amoniacal é a forma mais grave de dermatite de fraldas. Vista mais comumente em crianças abaixo de dois anos, geralmente inicia-se entre o primeiro e o segundo mês de vida e, se não devidamente controlada, pode recorrer até que a criança não use mais fraldas.

Caracteriza-se por pápulas com ulcerações apicais que variam de profundidade e são denominadas úlceras de Jacquet, localizadas nas regiões convexas da área das fraldas, dispostas em W, face interna das coxas, glúteos e glande ou vulva.

Etiopatogenia

Papel das fezes: as enzimas pancreáticas (proteases e lipases) e as resultantes da ação bacteriana no intestino grosso (urease fecal) atuam aumentando a permeabilidade da pele, favorecendo a penetração de substâncias irritantes.

Papel da urina: tem função recíproca com as fezes sobre a pele úmida. A urina recente não lesa a pele, mas a que permanece em contato com a pele por mais de 18 horas pode danificá-la.

A hiperhidratação aliada ao atrito pelas fraldas são os fatores mais importantes na gênese da dermatite de fraldas. A urease fecal atua na ureia urinária transformando-a em amônia, o que aumenta o pH local com alcalinização do meio.

Assim, a ação da amônia é indireta pela interação da urina com as fezes pois, com o aumento do pH, as proteases e lipases tornam-se mais ativas e lesam ainda mais a pele já tumefata e danificada.

A amônia também é responsável pelo odor amoniacal percebido principalmente na primeira troca da manhã.

Papel das fraldas: as fraldas úmidas promovem aumento da hidratação, alterando as propriedades de barreira da pele, tornando-a suscetível a danos mecânicos, irritantes químicos e enzimáticos.

As fraldas de pano condicionam maior umidade do que as descartáveis, porém estas últimas são envolvidas por material impermeável, o que aumenta a oclusão e diminui a evaporação da água da pele

Papel da dieta: o pH exerce efeitos sobre a regulação da atividade das enzimas fecais.

O leite materno tem papel protetor, pois o predomínio no intestino dos bacilos bífidos determina um pH mais ácido nas fezes. Enquanto que nas crianças amamentadas com os derivados do leite de vaca, a intensa colonização do intestino grosso por enterobactérias e bacteroides determina pH alcalino, que eleva os níveis de urease fecal.

Papel dos microorganismos: a influência de agentes como a Cândida e as bactérias na gênese da dermatite de fraldas é discutível.

A Candida invade a pele sã pela ação das queratinases e ativa a via alternativa do complemento, contribuindo para a inflamação.

Todos esses fatores associados podem levar à alteração da função de barreira da pele, facilitando a penetração de irritantes e proliferação de microrganismos que irão determinar a inflamação característica da dermatite de fraldas.

O melhor tratamento é a prevenção.

Isso envolve uma higiene adequada, trocas de fraldas frequentes de forma a reduzir a exposição da pele à urina e às fezes sob oclusão.

A exposição da pele do períneo ao ar pelo maior tempo possível, a fim de reduzir o contato direto da pele com o tecido úmido e a fricção.

A higiene da área das fraldas tem sido alvo de muita controvérsia. Enquanto alguns pediatras e textos médicos orientam que a higiene seja realizada apenas com água e algodão, a disponibilidade de inúmeros produtos para a limpeza dessa região torna a escolha difícil e abre espaço para a discussão de sua aplicabilidade, tolerância e possível alergenicidade.

É sabido que a pele da criança possui diferenças em sua espessura, pH, perda transepidérmica de água e função de barreira e que esses fatores têm papel importante na escolha dos produtos a serem utilizados.

O pH da pele é ácido e a maioria dos sabonetes são o resultado de uma reação química (saponificação) entre um ácido graxo e uma base alcalina. Muitos sabonetes possuem um pH alcalino que pode ser lesivo para a pele.

A limpeza com água e algodão, é eficaz e inócua?

A limpeza com água e algodão é a forma mais utilizada na higiene da área das fraldas. Entretanto, a natureza polar da água limita sua habilidade em remover as substâncias lipofílicas da pele e a água é incapaz de tamponar o pH. Assim, a água pode ter um impacto negativo na fisiologia da pele e há autores que discordam da vantagem que ela poderia ter sobre outros modos de limpeza.

O que são os lenços umedecidos?

Os lenços umedecidos modernos consistem de um “não-tecido” embebido em uma loção oleosa ou aquosa. As loções água/óleo geralmente são enriquecidas com emolientes, surfactantes e podem conter diferentes aditivos e fragrâncias.

Como eles possuem base aquosa, um preservativo é utilizado para que não haja contaminação bacteriana e fúngica. Vários produtos foram desenvolvidos para uso específico na pele sensível, inclusive com alguns trabalhos realizados em crianças portadoras de dermatite atópica, demonstrando sua tolerabilidade nas peles sensíveis.

Já foi constatado que o uso destes produtos não altera significativamente a flora bacteriana periuretral, quando comparados à limpeza habitual com água e algodão.

Um estudo comparativo entre a limpeza com água e o uso de lenços umedecidos em recém-nascidos demonstrou que a perda transepidérmica de água nos dois grupos foi fisiológica, embora menor no grupo que utilizou os lenços.

Em outro estudo com 280 bebês, os autores concluem que o uso de lenços especificamente formulados possui um efeito equivalente na hidratação quando comparado ao método clássico de limpeza com algodão e água.

O uso de lenços umedecidos já foi relacionado a processos irritativos e alérgicos, tanto em crianças como em adultos, mas o avanço na compreensão da fisiologia, microbiologia e imunologia da área das fraldas tem sido importante para o desenvolvimento de produtos cada vez mais adequados para a utilização na faixa etária pediátrica.

A relação entre dermatite de contato e preservativos está bem estabelecida. Devido às suas propriedades antimicrobianas, esses agentes são frequentemente encontrados em cremes, loções, produtos cosméticos e agentes limpadores.

Essas substâncias também podem ser encontradas nos lenços umedecidos resultando em reações nos locais de utilização. As reações alérgicas a estes produtos tem sido mais descritas em adultos do que em crianças e isso pode ser resultado de um sistema imunológico ainda imaturo, da falta de exposição ambiental aos antígenos envolvidos ou ainda ser clinicamente não detectada ou confundida com as dermatites irritativas da área das fraldas.

Há, ainda, relatos de dermatite de contato às fragrâncias utilizadas em alguns lenços umedecidos e reações sistematizadas urticariformes em crianças alérgicas ao leite de vaca após a utilização de lenços umedecidos contendo proteínas lácteas.

O que são syndets?

O termo “syndet” deriva da combinação entre “sintético” e “detergente”.

Tecnicamente, esses detergentes possuem afinidade pelo óleo e “englobam” a sujeira que é, então, removida pela água. Os detergentes usados nestes géis ou barras de limpeza são surfactantes.

Outras substâncias encontradas nos syndets são emulsificantes, umectantes e preservativos. Esses produtos podem ser utilizados como substitutos do sabonete pois promovem uma limpeza mais suave, com menor risco de alteração do pH e da função de barreira. Entretanto, devido ao poder irritante destes surfactantes aniônicos, estes produtos podem ser lesivos para peles muito sensíveis.

Resumindo, a limpeza da área das fraldas pode ser feita com água e algodão (e esta é a orientação de grande parte dos pediatras); com lenços umedecidos, principalmente os que utilizam tecnologia moderna com menos produtos químicos e preferencialmente os sem perfume ou ainda com Syndets.

Após a limpeza, a área deve ser secada suavemente, sem esfregar.

A aplicação dos cremes de barreira (geralmente à base de óxido de zinco) determina a formação de uma película protetora que impedirá a ação das enzimas sobre a pele e limitará a fricção.

Assim, na rotina, os cremes de barreira devem ser utilizados de forma a prevenir a dermatite de fraldas e não apenas quando já houver sinais de irritação local.

Já os cremes contendo medicamentos como nistatina, corticosteroides e anti-bacterianos só devem ser usados se necessário, com orientação médica e quando houver evidência de infecção ou inflamação, preferencialmente evitando-se os produtos com associações.

A associação de medicamentos facilita a ocorrência de dermatite de contato e a aplicação várias vezes ao dia pode trazer complicações, inclusive Cushing, principalmente porque os corticosteroides presentes nestes produtos são de alta potência e utilizados em área sob oclusão, o que aumenta mais ainda a sua absorção.

Tratamento

O manejo da dermatite de fraldas é direcionado à manutenção da área limpa e seca e à limitação da irritação e maceração.

Orientação da higiene da área das fraldas, com água morna nas trocas associada a um limpador suave (syndet) com enxágue abundante na presença de fezes ou lenço umedecido próprio para recém-nascidos sem perfume e sem álcool. Evitar a fricção no momento da limpeza.

  • Troca frequente das fraldas, de 5 a 6 vezes ao dia e sempre que necessário.
  • É importante que as medicações tópicas utilizadas não sejam cáusticas e tenham mínima possibilidade de provocar dermatite de contato.
  • Os cremes de barreira, como aqueles à base óxido de zinco devem ser utilizados em todas as trocas de fraldas, evitando-se a retirada excessiva da pomada pois isso pode levar à maior lesão da pele e à remoção da camada de reepitelização em formação.
  • Alguns estudos têm preconizado o uso de óleos de sementes, que além de se constituírem em camada protetora, aceleram a reepitelização. Esses produtos formam um filme lipídico sobre a superfície da pele que a protege e sob o qual a pele se recompõe e é protegida contra a ação os irritantes.
  • A completa remoção do creme de barreira a cada troca não é necessária pois pode provocar maior dano à pele e esta deve ser limpa sem esfregar, mas com batidas suaves.
  • O avanço na tecnologia de fabricação das fraldas com utilização do gel absorvente, que permite uma maior absorção da urina, e do formato anatômico, que reduz a hiperhidratação da pele pela menor oclusão, determina uma menor incidência da dermatite de fraldas.
  • Lactobacilos acidófilos ou probióticos podem ser úteis na tentativa de restabelecer o pH ácido das fezes e normalizar a flora intestinal, principalmente em casos de diarreia.
  • Medicamentos antifúngicos e antibióticos só devem ser utilizados se infecção confirmada clínica ou laboratorialmente.
  • Quando o processo inflamatório é importante, pode estar indicado o uso de corticoides tópicos de baixa potência, por um período curto de tempo, uma vez que a absorção do medicamento é bastante aumentada pela oclusão e hidratação proporcionadas pela fralda.
  • Os produtos com associações de medicamentos (corticoides, antifúngicos e antibióticos) NÃO DEVEM SER aplicados na área das fraldas.
  • Os corticoides existentes nessas associações geralmente são de alta potência e, sob oclusão, podem ter sua absorção aumentada em até 10 vezes.
  • Os antibióticos e antifúngicos podem causar dermatites de contato e a repetição da aplicação desse tipo de medicação a cada troca de fralda pode aumentar a incidência de efeitos colaterais e absorção dessas substâncias.
  • Como a desidratação da área das fraldas é rápida, ou seja, 5 minutos após a retirada das mesmas o grau de hidratação da pele já atinge os valores normais, deve-se aguardar algum tempo antes da colocação da fralda seca a fim de diminuir a hiperhidratação acumulativa entre as trocas.

Finalmente, vale a leitura do Documento do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia:

Dermatite da área das fraldas

Vacinas não disponíveis nos postos de saúde

Prezados amigos

A paz!

Em primeiro lugar, devo informar que não tenho qualquer conflito de interesses: não aplico vacinas, nem sou patrocinado por laboratório, indústria farmacêutica ou clínica de imunizações.

O principal objetivo desta publicação é esclarecer quanto à importância de seguir o calendário de vacinação recomendado pelas sociedades médicas científicas, em especial, a Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações.

PNI

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde continua sendo merecedor de todo o meu respeito, tendo em vista a sua grande importância para o país. Fiz residência em Medicina Social e Preventiva na Universidade Federal Fluminense (Niterói – Rio de Janeiro), de 1980 a 1982. Acompanhei a evolução desse que é um dos melhores programas do Governo Federal.

Hoje, o Ministério da Saúde disponibiliza aos usuários de smartphones e tablets um aplicativo capaz de gerenciar cadernetas de vacinação cadastradas pelo usuário, além de abrigar informações completas sobre as vacinas disponibilizadas pelo SUS e uma função com lembretes sobre as campanhas sazonais de vacinação.

http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/pni/

Questão ética

No Capítulo I do Código de Ética Médica estão os “Princípios fundamentais”. Grifei os artigos II e V para justificar esta publicação.

I – A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza.

II – O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional.

V – Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente.

Imunização ativa

As vacinas são produtos imunobiológicos capazes de estimular uma imunização ativa com a finalidade de induzir proteção contra infecções; são produzidas a partir de microrganismos inativados, vivos atenuados ou de fragmentos derivados destes, capazes de simular o antígeno selvagem e, assim, induzir uma resposta imune antígeno-específica humoral (produção de anticorpos) e celular.

A vantagem dessa simulação está na possibilidade de induzir resposta imunológica específica muito semelhante àquela produzida pela infecção natural, sem que a doença e suas consequências ocorram, já que os antígenos vacinais são pouco (vacinas atenuadas) ou nada (vacinas inativadas) virulentos.

Doenças alérgicas e imunodeficiências

As doenças alérgicas e as imunodeficiências atingem cerca de 30% da população mundial afetando principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens.

Formam um grupo complexo e heterogêneo de doenças cuja evolução quase sempre é crônica, o que obriga a constante cuidado e atenção, além de acompanhamento clínico prolongado.

Disfunções do sistema imunológico

As infecções estão entre as principais causas de doença (morbidade) e mortalidade nos imunodeficientes e também em pacientes alérgicos, visto que tais condições induzem a disfunções do sistema imunológico, de graus variados para cada caso, sendo o tratamento baseado no uso de drogas potencialmente imunossupressoras.

Por que recomendar vacinas?

Também estão associadas ao aumento da suscetibilidade às infecções a presença de comorbidades e as frequentes hospitalizações.

Sendo a vacinação uma medida preventiva de grande impacto na diminuição da ocorrência e nas complicações e óbitos por doenças infecciosas, orienta-se que o médico avalie a situação vacinal de seus pacientes e recomende as vacinas indicadas nos calendários de vacinação para as diferentes faixas etárias – sempre respeitando as contraindicações ou possíveis precauções e cuidados especiais.

https://sbim.org.br/images/files/guia-sbim-asbai-151110-bx.pdf

Algumas vacinas recomendadas e não disponíveis nos postos de saúde.

https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis?start=20

Vacina meningocócica B

O que previne:

Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo do tipo B.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não causa infecção.

É composta por quatro componentes, três proteínas subcapsulares e a membrana externa do meningococo B, hidróxido de alumínio, cloreto de sódio, histidina, sacarose e água para injeção. Podem existir traços de canamicina, antibiótico usado no processo de cultivo da bactéria vacinal, para evitar contaminação.

Indicação:

  • Para crianças e adolescentes, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).
  • Para adultos com até 50 anos, dependendo de risco epidemiológico.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
  • Para pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

Esquema de doses:

  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro de quatro doses da vacina meningocócica B aos 3, 5 e 7 meses de vida e entre 12 e 15 meses.
  • Para adolescentes não vacinados antes, a SBP e a SBIm recomendam duas doses com intervalo de um mês.
  • Para adultos com até 50 anos, em situações que justifiquem: duas doses com intervalo de um mês.
  • Para crianças mais velhas que não foram vacinadas o esquema de doses varia conforme a faixa etária (ver qudro a seguir):
Faixa etária de início da vacinação Número de doses do esquema primário Intervalo entre doses Reforço
2 a 5 meses Três doses Dois meses Uma dose entre 12 e 15 meses
6 a 11 meses Duas doses Dois meses Uma dose no segundo ano de vida, com intervalo de pelo menos dois meses
12 meses a 10 anos Duas doses Dois meses Não foi estabelecida a necessidade de reforços
A partir de 11 anos Duas doses Um mês Não foi estabelecida a necessidade de reforços

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • A administração de paracetamol antes ou logo após a vacinação pode reduzir o risco de febre e não interfere na resposta imune à vacina.
  • Não são necessários outros cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Evitar aplicação simultânea com as vacinas tríplice bacteriana, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, para reduzir chance de febre alta após a vacinação. Pode ser aplicada no mesmo momento em que as vacinas meningocócicas ACWY ou C.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em crianças menores de 2 anos, febre alta com duração de 24 a 28 horas pode ocorrer em mais de 10% dos vacinados. Quando a vacina é aplicada junto com a tríplice bacteriana acelular, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, esse percentual aumenta para 69% a 79%. Por isso é preferível não aplicá-las no mesmo dia.
  • Em crianças até 10 anos, em mais de 10% dos vacinados acontecem: perda de apetite; sonolência; choro persistente; irritabilidade; diarreia; vômitos; erupções na pele; sensibilidade no local da aplicação e ao movimentar o membro onde foi aplicada a vacina; reações locais (dor, calor, vermelhidão, inchaço). Em 0,01% a 0,1% ocorrem urticária e outras reações alérgicas. Até o momento não foi observada anafilaxia.
  • Em mais de 10% dos vacinados com mais de 11 anos ocorre cefaleia; náuseas; dor nos músculos e articulações; mal-estar e reações locais, como inchaço, endurecimento, vermelhidão e dor. A dor pode ser muito intensa, atrapalhando a realização das atividades cotidianas. Não é conhecido o risco para anafilaxia, e reações alérgicas graves não foram verificadas durante os estudos com a vacina.

Onde pode ser encontrada:

Clínicas privadas de vacinação.

Resultados da vacinação:

Em 2014 ocorreram surtos de meningite meningocócica B em universidades americanas. A vacinação de bloqueio dos estudantes conseguiu controlar tais surtos.

Vacina Meningocócica conjugada quadrivalente — ACWY

O que previne:

Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém antígeno formado por componentes das cápsulas das bactérias (oligossacarídeos) dos sorogrupos A, C, W e Y conjugados a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxoide tetânico ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM-197. Pode conter também sacarose; trometamol; fosfato de potássio diidrogenado; sacarose; cloreto de sódio; fosfato de sódio diidrogenado monoidratado; fosfato dissódico hidrogenado diidratado; cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

  • Para crianças e adolescentes, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).
  • Para adultos e idosos, dependendo da situação epidemiológica.
  • Para pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após o uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

Esquema de doses:

  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro dessa vacina para crianças, adolescentes e adultos. Na impossibilidade de usar a vacina ACWY, deve-se utilizar a vacina meningocócica C conjugada.
  • Para crianças, a vacinação deve iniciar aos 3 meses de idade com três doses no primeiro ano de vida e reforços aos 12 meses, 5 anos e 11 anos de idade. Para adolescentes que nunca receberam a vacina meningocócica conjugada quadrivalente — ACWY, são recomendadas duas doses com intervalo de cinco anos.
  • Para adultos, dose única.

Via de aplicação:

Exclusivamente pela via intramuscular profunda.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Pode ser aplicada no mesmo momento em que a vacina meningocócica B.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em 10% dos vacinados ocorrem: inchaço, endurecimento, dor e vermelhidão no local da aplicação; perda de apetite; irritabilidade; sonolência; dor de cabeça; febre; calafrios; cansaço; e dor muscular. Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam sintomas gastrintestinais (incluindo diarreia, vômito e náusea); hematoma grande no local da aplicação; erupções na pele e dor nas articulações. Em 0,1% a 1% dos vacinados ocorrem: insônia; choro persistente; sensibilidade diminuída da pele no local da aplicação; vertigem; coceira; dor muscular; dor nas mãos e pés e mal-estar. Em 0,01% a 0,1%, principalmente em adultos, acontece inchaço extenso no membro em que foi aplicada a vacina, com frequência associado à vermelhidão, algumas vezes envolvendo a articulação próxima ou inchaço de todo o membro.
  • As reações tendem a desaparecer em até 72 horas.

Onde pode ser encontrada:

Em clínicas privadas de vacinação.

Vacinas pneumocócicas conjugadas

O que previnem:

A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por dez sorotipos de pneumococos.

A vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos.

Do que são feitas:

Trata-se de vacinas inativadas, portanto não têm como causar as doenças.

A VPC10 é composta de dez sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo), oito deles conjugados com a proteína D do Haemophilus influenzae tipo b, um com o toxoide tetânico e outro com toxoide diftérico. Contém também cloreto de sódio, fosfato de alumínio e água para injeção.

A VPC13 é composta de 13 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197. Contém também sais de alumínio, cloreto de sódio, ácido succínico, polissorbato 80 e água para injeção.

Indicações:

  • Para crianças a partir de 2 meses e menores de 6 anos de idade é recomendada a vacinação rotineira com VPC10 ou VPC13.
  • Para crianças com mais de 6 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.
  • Para maiores de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.

Contraindicação:

Crianças que apresentaram anafilaxia após usar algum componente da vacina ou após dose anterior da vacina.

Esquemas de doses:

VPC10 ou VPC13

  • O Programa Nacional de Vacinação passou a adotar, em 2016, na rotina de vacinação infantil, duas doses com intervalo mínimo de 2 meses no primeiro ano de vida e uma dose de reforço aos 12 meses de idade.
  • As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a vacinação infantil de rotina com quatro doses: aos 2, 4 e 6 meses de vida e reforço entre 12 e 15 meses.
  • Para crianças entre 1 e 2 anos e não vacinadas: duas doses com intervalo de dois meses.
  • Para crianças entre 2 e 5 anos de idade e não vacinadas: uma dose.
  • Para crianças entre 2 e 5 anos e portadoras de doenças crônicas que justifiquem, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).

Crianças que começam a vacinação com atraso, após os 6 meses de vida, precisam que seus esquemas sejam adaptados de acordo com a idade de início. A SBP e a SBIm recomendam que se a criança foi vacinada com a VPC10, se beneficia da proteção de uma dose adicional da VPC13, administrada dois meses após a última VPC10.

VPC13

  • Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas que justifiquem a vacinação e ainda não vacinados: dose única. Em algumas situações, duas doses com intervalo de dois meses podem estar indicadas. Nesses casos, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).
  • Para maiores de 50 anos: dose única.
  • Para os maiores de 60 anos, recomenda-se complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).

Crianças menores de 6 anos que completaram o esquema de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde com a vacina PCV10 têm benefícios se tomarem mais uma dose da VPC13, o que aumenta a proteção contra a doença pneumocócica.

Via de aplicação:

  • VPC10 – Intramuscular.
  • VPC13 – Intramuscular.

Efeitos e eventos adversos:

  • VPC10 – Dor, inchaço e vermelhidão são relatados por 38,3% dos vacinados. Entre os sintomas gerais, irritabilidade é o mais comum (52,3%). Em mais de 10% ocorre sonolência, perda de apetite e febre. Entre 0,1% e 0,01% dos vacinados (crianças com até 5 anos) apresentam dificuldade respiratória, diarreia, vômitos, choro persistente. Erupções na pele e convulsões ocorrem em menos de 0,01% dos vacinados.
  • VPC13 – Em mais de 10% das crianças vacinadas ocorrem: diminuição do apetite, irritabilidade, sonolência ou sono inquieto, febre e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão, inchaço ou endurecimento). Entre 1% e 10% dos vacinados relatam: diarreia, vômitos, erupção cutânea, febre acima de 39°C. Entre 0,1% e 1% são acometidos por choro persistente, convulsões, urticária, reação local intensa. Raramente (entre 0,01% e 0,1%) ocorrem: episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) e anafilaxia.
  • Em adultos, mais de 10% apresentam: diminuição do apetite, dor de cabeça, diarreia, erupção cutânea, dor nas articulações, dor muscular, calafrios, cansaço e reações locais (endurecimento, inchaço, dor, limitação do movimento do braço). Em 1% a 10% ocorrem vômitos e febre. Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam: náusea, alergia grave, gânglios no braço vacinado.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
  • Recomenda-se evitar o uso profilático (sem a ocorrência de febre) de antitérmicos e anti-inflamatórios antes e nas 24 horas que seguem a vacinação.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
  • Os eventos adversos são mais frequentes quando as vacinas são aplicadas no mesmo dia que a vacina DTPw-HB/Hib.

Onde podem ser encontradas:

  • VPC10 – Nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 2 meses a 2 anos, e em clínicas privadas de vacinação, para crianças de 2 meses a 5 anos. Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries), para crianças com até 5 anos de idade que tenham certas condições de saúde que aumentam o risco para doença pneumocócica grave.
  • VPC13 – Em clínicas privadas de vacinação.

Vacinas combinadas à DTPa

  • Vacina quíntupla acelular (também chamada “penta’) — inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP) e a Haemophilus influenzae tipo b (Hib): DTPa-VIP/Hib.
  • Vacina sêxtupla acelular (também chamada “hexa”) — inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP), a hepatite B (HB) e a Haemophilus influenzae tipo b (HIb): DTPa-VIP-HB/HIb.

O que previne:

Do que é feita:

Trata-se de vacinas inativadas, portanto, não têm como causar doença.

DTPa-VIP/Hib: Além dos componentes da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa), contém componente da bactéria Haemophilus influenzae tipo b conjugado e vírus inativados (mortos) da poliomielite tipos 1, 2 e 3. A composição inclui ainda: lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção. Pode conter traços de antibiótico (estreptomicina, neomicina e polimixina B), formaldeído e soroalbumina de origem bovina.

DTPa-VIP-HB/HIb: Além dos componentes da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa), contém componente da bactéria Haemophilus influenzae tipo b conjugado, vírus inativados (mortos) da poliomielite tipos 1, 2 e 3 e componente da superfície do vírus da hepatite B. A composição inclui ainda: lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção. Pode conter traços de antibiótico (estreptomicina, neomicina e polimixina B), formaldeído e soroalbumina de origem bovina.

Indicação:

As duas vacinas são recomendadas para crianças a partir de 2 meses de idade e podem ser aplicadas até os 7 anos, sempre que seja indicada cada uma das vacinas incluídas nessas combinações.

Contraindicações:

  • Maiores de 7 anos.
  • Crianças que apresentaram encefalopatia nos sete dias seguintes à aplicação anterior de vacina contendo componente pertussis.
  • Anafilaxia a qualquer componente da vacina.

Esquema de doses:

Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e entre 12 e 18 meses), preferir o uso da vacina quíntupla (penta) ou sêxtupla (hexa). Veja DTPa-VIP/Hib ou DTPa-VIP-HB/Hib. Para reforço entre 4 e 5 anos de idade, recomenda-se o uso de DTPa ou dTpa-VIP.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Os eventos adversos e a frequência com que ocorrem são semelhantes nas duas vacinas e devem-se principalmente ao componente pertussis. Estudo comparativo mostrou que as reações a estas vacinas foram significativamente menores quando comparadas com a vacina combinada contra pertussis de células inteiras (DTPw).
  • Até 21% das crianças vacinadas experimentam reações no local da aplicação (vermelhidão, dor, inchaço); até 22% podem ter febre maior que 38ºC; e 1,9% pode ter febre a partir de 40ºC. Um por cento pode manifestar perda de apetite, vômito, irritabilidade, choro persistente e sonolência. De 0,01% a 1% pode apresentar convulsão febril e episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH); menos de 0,01%, problemas neurológicos (inflamação no cérebro, alterações de movimento), inchaço transitório nas pernas com roxidão ou pequenos sangramentos transitórios, e anafilaxia. Os eventos adversos são um pouco mais frequentes nas doses de reforço.

Onde podem ser encontradas:

Em clínicas privadas de vacinação.

Benefícios econômicos das vacinações compensam muito os custos, segundo estudo

 Fonte: Univadis
Publicado originalmente em http://goo.gl/9wejSb

Embora os programas de imunização não sejam baratos, seus benefícios compensam enormemente os custos, segundo um estudo nos EUA publicado na “Health Affairs”, que examina a relação custo/benefício para países de baixa e média renda.

Pesquisadores na Johns Hopkins University em Baltimore (EUA), analisaram dados de 94 países de baixa e média renda, usando taxas de vacinação projetadas de 2011 a 2020. O custo total estimado dos programas de imunização nos 94 países estudados foi de US$ 34 bilhões.

Para obter retornos do investimento, a equipe de pesquisa calculou, em primeiro lugar, os custos da doença evitados – custos de tratamento, custos de transporte, pagamentos a cuidadores e perdas em produtividade.

Em segundo lugar, foram calculados os benefícios econômicos e sociais mais amplos da vacinação.

O estudo avaliou ainda 10 infecções evitáveis por vacina: Haemophilus influenzae tipo b, hepatite B, papilomavírus humano, encefalite japonesa, sarampo, Neisseria meningitis sorogrupo A, rotavírus, rubéola, Streptococcus pneumoniae (pneumococo) e febre amarela.

Por meio desses programas, seriam evitados US$ 586 bilhões em custos de doença associados com doenças evitáveis por vacinas, um retorno de US$16,00 para cada dólar gasto em vacinas. Usando a abordagem de renda total, o benefício foi estimado em US$ 1,53 trilhão – US$ 44,00 para cada dólar gasto.

“Nossos achados devem encorajar doadores e governos a continuarem seus investimentos financeiros em programas de imunização. Mas devemos manter em mente que essas são estimativas de que a cobertura da imunização continua a se expandir e melhorar”, disse o autor do estudo, Sachiko Ozawa.

Portal SBIm Família

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) lançou o portal SBIm Família. A proposta do site é disponibilizar uma espécie de enciclopédia online sobre vacinação, com informações que vão desde onde se vacinar à “tradução” de termos menos acessíveis, como adjuvantes e estratégia cocoon. Tudo de maneira simples e ilustrada.

A presidente da SBIm, Isabella Ballalai, conta que a ideia surgiu da necessidade de reunir em um único ambiente respostas para os questionamentos da população. “Ao mesmo tempo em que a internet é uma excelente fonte de pesquisa, ela tem o potencial de difundir falsos conhecimentos”, destaca.

Em meio às diversas opções, pode-se ver vacinas indicadas para cada faixa etária, vacinas disponíveis e que doenças elas previnem, as características dessas doenças — descrição, transmissão, sintomas —, informações sobre segurança, além de um glossário com 86 conceitos importantes.

https://sbim.org.br/familia

Teste do pezinho

TESTES DE TRIAGEM NEONATAL

O termo triagem, do francês triage, significa seleção, separação de um grupo, e define, em Saúde Pública, a ação primária dos programas de detecção –  testes aplicados numa população – de um grupo de indivíduos com maior probabilidade de apresentarem determinadas patologias.

Desde a década de 60, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza a importância da realização dos programas populacionais de Triagem Neonatal, especialmente nos países em desenvolvimento, além de criar critérios para a realização dos mesmos. Continue lendo Teste do pezinho

O pediatra e os cuidados odontológicos na 1ª infância

O Ministério da Saúde observou que aos cinco anos de idade uma criança brasileira possui, em média, 2,43 dentes com experiência de cárie.1

Resultado de imagem para cárie dentária crianças

Crianças são afetadas pela doença no mundo todo, mas sua manifestação ocorre de forma desigual na população: geralmente as pessoas socialmente menos favorecidas são acometidas com maior severidade e têm menos acesso a tratamento.  Continue lendo O pediatra e os cuidados odontológicos na 1ª infância

Intolerância à lactose

O Departamento Científico de Nutrologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou um pequeno questionário para ajudar a entender questões ligadas à intolerância à lactose. Ou seja, a incapacidade do organismo de absorver adequadamente o açúcar (carboidrato) presente no leite.

A seguir, 10 perguntas e respostas frequentes sobre o tema:  Continue lendo Intolerância à lactose

Açafrão: mais do que um tempero

A Curcuma longa, conhecida popularmente por açafrão, açafrão da terra ou cúrcuma tem seus benefícios atribuídos ao seu principal componente que é a curcumina.

É um tempero muito utilizado na culinária indiana, rico em vitamina C, ferro, vitaminas do complexo B, potássio e fósforo.

O açafrão tem sabor bastante característico, mas sutil se usado em pequena quantidade. Tem cor amarela bem forte e característica desta especiaria, que chega até a tingir mãos e utensílios quando usamos na forma fresca “in natura”.

Muitos estudos têm sido publicados sobre  seu “poder”:  Continue lendo Açafrão: mais do que um tempero

HPV: vacina é ampliada para meninos de 11 a 15 anos (incompletos)

A imunização, que já é destinada às meninas, pode prevenir os cânceres do colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe, refletindo diretamente na redução dos casos de HPV, bem como nas mortes provocadas pelo vírus.

O Ministério da Saúde reuniu algumas informações para responder os principais questionamentos e como explicar a importância da vacinação:  Continue lendo HPV: vacina é ampliada para meninos de 11 a 15 anos (incompletos)

Granuloma umbilical

O granuloma umbilical é descrito como um defeito de cicatrização que consiste na formação de um broto de tecido de granulação que se ergue do fundo da cicatriz umbilical;  cor vermelha, aspecto úmido e presença de secreção serosa ou sanguinolenta.

É uma causa comum de atraso na cicatrização da ferida umbilical.

O umbigo costuma cair ao redor de sete dias e deixar em seu lugar uma ferida, No começo pode exsudar um pouco, mas logo seca e epiteliza, ao mesmo tempo em que “afunda” pela retração progressiva dos cordões fibrosos dos vasos fetais. Entre o 12º e o 15º dia já se acha constituído, seco e com sua forma característica.

A presença do granuloma umbilical é frequente.  Continue lendo Granuloma umbilical