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Saúde

Prevenção da obesidade na Infância

Nas fases iniciais da infância, pediatras e nutricionistas pesam e medem as crianças com a finalidade de analisar os padrões de crescimento e compará-los com as tabelas de referência.

Isto permite, entre outras coisas, verificar se a nutrição está adequada.

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Nunca é cedo demais

Nas últimas décadas também tem servido para se observar os excessos. Nunca é cedo para se iniciar a prevenção. A ingestão demasiada de energia (calorias) e proteínas nas fases iniciais da infância é fator que pode impulsionar um crescimento exagerado.

Esse crescimento pode levar a um aumento de peso em fases mais tardias. Estudos têm mostrado que o excesso de peso entre o nascimento e os dois anos de idade é grande valor para predizer a obesidade na adolescência.

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Além disso, este fato também acarreta maior probabilidade de hipertensão arterial na idade adulta, bem como alterações do colesterol, diabetes e doenças cardiovasculares.

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Prevenção

Para evitar essas intercorrências, especialistas têm orientado os cuidadores quanto aos benefícios e efeitos de proteção da amamentação.

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É importante que todos se conscientizem de que os substitutos do leite materno sejam os mais adequados, em caso de necessidade, utilizando-se fórmulas infantis próprias à idade, com menores teores de proteína, assemelhando-se às concentrações encontradas no leite materno.

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Crescimento saudável

Quando consideramos a prevenção e o tratamento da obesidade nas crianças, a restrição energética da dieta, o aumento das atividades físicas e a diminuição do comportamento sedentário não devem comprometer o crescimento e o desenvolvimento.

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Objetivo: manutenção do peso ideal

Por estas razões a manutenção do peso deve ser o principal objetivo, mais do que exigir a sua redução. Avaliações sucessivas e frequentes sem se dar extrema importância à perda de peso são medidas apropriadas.

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A origem da obesidade baseia-se num desequilíbrio do balanço energético. Nas crianças, o crescimento só é possível se o aporte de energia é positivo. A sobra exagerada de energia vai ser depositada sob a forma de gordura.

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Em todo o mundo tem ocorrido um rápido aumento da prevalência da obesidade, principalmente devido a alterações comportamentais e do meio em que a criança vive relacionada à dieta e à inatividade.

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Comportamento sedentário

O importante aumento da obesidade tem coincidido com as mudanças de como as crianças gastam seu tempo, resultando na diminuição da atividade física e de aumento no comportamento sedentário.

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Isto está associado ao maior tempo gasto assistindo televisão, jogando videogames, surfando na internet, usando celulares, alimentos industrializados de alto teor energético e falta de promoção da saúde.

7 passos

O modo de ajudar as crianças a manter um peso saudável seria estimular os pais e familiares ou cuidadores a:

  1. Garantir que as crianças tenham refeições regulares, com um bom café da manhã, de preferência com a companhia de adultos e sem distrações, como assistir televisão.
  2. Dar atenção à criança, estimulando a comer sozinha ao invés de dar a comida.
  3. Separar as refeições de outras atividades.
  4. Ensinar a comer quando tiver fome.
  5. Evitar classificar os alimentos como “bons” ou “ruins”.
  6. Não comprar alimentos considerados inadequados.
  7. Conferir os alimentos oferecidos na creche ou escola.

Considerações finais

Por esses motivos têm-se considerado como muito importantes as intervenções nutricionais nos primeiros 1000 dias de vida (desde a concepção até os dois anos de idade), sendo este considerado um período de oportunidades de se prevenir a obesidade e suas consequências na idade adulta.

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Alimentos funcionais

Manter uma alimentação equilibrada é fator importante para a promoção da saúde e diminuição dos riscos de algumas doenças crônicas

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Os alimentos funcionais fazem parte de uma nova concepção de alimentos, lançada pelo Japão na década de 80. O programa de governo japonês tinha o objetivo de desenvolver alimentos saudáveis para a população que apresentava uma grande expectativa de vida.

Diversos fatores têm contribuído para o desenvolvimento dos alimentos funcionais. Entre eles, o aumento da consciência dos consumidores que desejam melhorar a sua qualidade de vida e optam por hábitos saudáveis.

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Um alimento pode ser considerado funcional se afetar beneficamente uma ou mais funções alvo no corpo, além de possuir efeitos nutricionais adequados e combinar produtos comestíveis de alta flexibilidade com moléculas biologicamente ativas.

A estratégia principal seria a de corrigir distúrbios metabólicos, reduzir riscos de doenças e a manutenção da saúde.

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Classificação

Podem ser classificados: quanto à fonte, de origem vegetal ou animal, ou quanto aos benefícios que oferecem, atuando em seis áreas do organismo: no sistema gastrointestinal; no sistema cardiovascular; no metabolismo de substratos; no crescimento, no desenvolvimento e diferenciação celular; no comportamento das funções fisiológicas e como antioxidantes.

Características principais

Alimentos funcionais caracterizam-se por oferecer benefícios à saúde, além do valor nutritivo inerente à sua composição química, podendo desempenhar papéis potencialmente benéficos na redução do risco de doenças crônico-degenerativas.

Os alimentos funcionais apresentam as seguintes características:

  1. devem ser alimentos convencionais e serem consumidos na dieta normal/usual;
  2. devem ser compostos por componentes naturais, algumas vezes, em elevada concentração ou presentes em alimentos que normalmente não os supririam;
  3. devem ter efeitos positivos além do valor básico nutritivo, que pode aumentar o bem-estar e a saúde e/ou reduzir o risco de ocorrência de doenças, promovendo benefícios à saúde além de aumentar a qualidade de vida, incluindo os desempenhos físico, psicológico e comportamental;
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  5. a alegação da propriedade funcional deve ter embasamento científico;
  6. pode ser um alimento natural ou um alimento no qual um componente tenha sido removido;
  7. pode ser um alimento onde a natureza de um ou mais componentes tenha sido modificada;
  8. pode ser um alimento no qual a bioatividade de um ou mais componentes tenha sido modificada.alimentos-funcionais-solucao-para-as-doencas-1-243-thumb-570

Manter uma alimentação equilibrada é um fator importante para a promoção da saúde e diminuição dos riscos de algumas doenças crônicas. Alguns alimentos apresentam componentes ativos capazes de prevenir ou reduzir o risco do desenvolvimento de doenças.

Consumo regular e balanceado

No entanto, para obter o benefício, é necessário consumi-los regularmente. Também vale lembrar que os resultados são obtidos quando a alimentação é balanceada. Não adianta comer carnes gordas com salada de soja, achando que a soja irá proteger contra o aumento do colesterol.

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Na lista abaixo, estão citados alguns dos principais alimentos funcionais, seus componentes, propriedades e a quantidade recomendada para consumo, segundo a equipe do Hospital Albert Einstein:

 SOJA E DERIVADOS

Componente ativo: proteína da soja

Benefício: redução dos níveis de colesterol.

Quantidade recomendada: a ingestão sugerida de proteína de soja por dia é de 25g para diminuição do colesterol ruim (LDL) e de 60g por dia para diminuição dos sintomas da menopausa*.

PEIXES COMO SARDINHA, SALMÃO, ATUM, ANCHOVA, TRUTA E ARENQUE
Componente ativo: ácidos graxos ômega-3.

Benefício: redução do colesterol ruim (LDL) e ação anti-inflamatória.

Quantidade recomendada: 3 porções por semana*.

ÓLEOS DE LINHAÇA, SOJA, NOZES, AMÊNDOAS, CASTANHAS E AZEITE DE OLIVA
Componente ativo: ácido Graxo Poli-insaturado (ácido linoleico).

Benefícios: estimula o sistema imunológico, tem ação anti-inflamatória e reduz os riscos de doenças cardiovasculares.

AZEITE, ÓLEO DE CANOLA, AZEITONAS, ABACATE E FRUTAS OLEAGINOSAS (CASTANHAS, NOZES, AMÊNDOAS)

Componente ativo: ácido Graxo Monoinsaturado (ácido oleico).

Benefícios: previne a formação de ateromas (placas de gordura que se formam nos vasos sanguíneos), e também tem ação imunológica e hipotensora (reduz pressão arterial).

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CHÁ VERDE, CEREJAS, AMORAS, FRAMBOESAS, UVA ROXA, MIRTILO E VINHO TINTO

Componentes ativos: catequinas Resveratrol.

Benefícios: podem prevenir certos tipos de câncer, reduzem o colesterol e estimulam o sistema imune, além de obterem ação antioxidante.

Quantidade recomendada (não válido para o vinho tinto): 4 a 6 xícaras por dia para diminuição do risco de câncer de esôfago e gástrico. Algumas pesquisas recomendam o consumo de 1,5 a 2 litros por dia para aumentar o gasto calórico e a queima de gordura.

TOMATE E DERIVADOS (MOLHO DE TOMATE, SUCO DE TOMATE), GOIABA VERMELHA, PIMENTÃO VERMELHO E MELANCIA (FRUTAS AVERMELHADAS)

Componente ativo: licopeno.

Benefícios: ação antioxidante, redução dos níveis de colesterol e possível prevenção do risco de certos tipos de câncer, principalmente o de próstata.

FOLHAS VERDES EM GERAL (ESPINAFRE, COUVE, MOSTARDA) E MILHO

Componentes ativos: luteína e zeaxantina.

Benefícios: ação antioxidante, proteção contra degeneração macular (alterações na visão) e catarata.

Quantidade recomendada: algumas pesquisas apresentaram bons resultados na diminuição do risco de degeneração macular (40%) e de catarata (19%), com o consumo de 6mg/dia**. Para referência, 4 a 7 porções de hortaliças e frutas fornecem 2 a 4 mg de luteína e zeaxantina.

 CENOURA, MANGA, ABÓBORA, PIMENTÃO VERMELHO E AMARELO, ACEROLA E PÊSSEGO (FRUTAS ALARANJADAS)

Componente ativo: betacaroteno.

Benefício: ação hipotensiva (reduz a pressão arterial).alimentos-funcionais (2)

COUVE-FLOR, REPOLHO, BRÓCOLIS, COUVE DE BRUXELAS, RABANETE E MOSTARDA.
Componentes ativos: indóis e isotiocianatos.

Benefícios: indutores de enzimas protetoras que podem proteger contra alguns tipos de câncer, principalmente o de mama.

SOJA, FRUTAS CÍTRICAS, TOMATE, PIMENTÃO, ALCACHOFRA, CEREJA E SALSA.

Componentes ativos: flavonóides.

Benefícios: podem prevenir o risco de certos tipos de câncer. Ação vasodilatadora, anti-inflamatória e antioxidante.

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AVEIA, CENTEIO, CEVADA, LEGUMINOSAS (FEIJÕES, ERVILHA, LENTILHA), FRUTAS COM CASCA.

Componentes ativos: fibras solúveis, insolúveis e beta-glucana (aveia).

Benefícios: podem auxiliar na redução do risco para câncer de cólon e contribuir para o bom funcionamento intestinal. Auxiliam no controle da glicemia (fibras solúveis), podem aumentar a sensação de saciedade e na diminuição dos níveis de colesterol.

Quantidade recomendada: cerca de 3g por dia de beta-d-glucanas (equivalente ao consumo de 40g de farelo de aveia ou 60g de farinha de aveia).

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ALHO E CEBOLA

Componentes ativos: sulfetos alílicos (alil sulfetos).

Benefícios: podem auxiliar na redução de colesterol, pressão sanguínea, câncer gástrico e auxiliar os processos do sistema imunológico.

Quantidade recomendada: 1 dente de alho por dia para diminuição da pressão arterial e dos níveis de colesterol.*

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LINHAÇA, NOZ MOSCADA

Componentes ativos: lignanas.

Benefício: podem auxiliar na inibição de alguns tipos de tumores.

  1. *Recomendações da American Dietetic Association
  2. ** (Nurses Health Study and Health Professionals Follow-up, 1999).

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REFEIÇÕES IDEAIS (Boa sorte!)

Cardápio

 Café da manhã

  • Chá de ervas
  • Pão integral com linhaça e queijo branco
  • Mamão com aveia

Lanche da manhã

  • 1 maçã

Almoço

  • Salada: rúcula, agrião e tomate temperada com azeite
  • Arroz integral
  • Feijão
  • Peito de frango grelhado
  • Brócolis e cenoura sauté
  • Abacaxi
  • Suco de Melancia

Lanche da tarde

  • Bebida a base de soja batida com morangos

Jantar

  • Salada: soja com cenoura a Juliene (ralada) e berinjela temperada com azeite
  • Sardinhas ao forno com pimentões e cebola
  • Purê de batata
  • Chicória refogada
  • Salada de frutas
  • Suco de uva

Ceia

Chá de hortelã ou outro chá verde

 

Fontes:

  • MORAES F. P. e COLLA L. M. Alimentos funcionais. Revista Eletrônica de Farmácia Vol 3 (2), 99-112, 2006. file:///F:/Documents/1%20Site%20FB/Alimentos%20funcionais/2082-9018-1-PB.pdf
  • https://www.einstein.br/noticias/noticia/alimentos-funcionais
  • Associação Brasileira de Alimentos Funcionais: www.abaf.org.br – “Previna Doenças, Faça do Alimento seu medicamento”, Jocelem Mastroldi Salgado Centro Valéria Paschoal de Educação (CVPE) – Curso de Pós-Graduação em Alimentos Funcionais.

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Apraxia de fala na infância

O desenvolvimento da fala da criança ocorre de forma gradual, respeitando as etapas de maturação e por isso ocupando grande parte da infância.

Sabe-se que as crianças não nascem com os movimentos de fala já desenvolvidos e, portanto, não apresentam a praxia desenvolvida.

Desenvolvimento e transformações

Os movimentos de lábios, língua e mandíbula sofrem modificações, e os movimentos indiferenciados no início da infância passam a ser refinados e diferenciados conforme o desenvolvimento.

Essas transformações também são fundamentais para alcançar níveis mais elevados de precisão e coordenação articulatória, importantes para a efetividade da comunicação oral.Lobos-cerebrais

Os gestos articulatórios de lábios superior, inferior e mandíbula apresentam mudanças significativas durante os primeiros anos de vida e continuam o seu refinamento até depois dos seis anos.

Controle motor

O desenvolvimento do controle motor desses articuladores segue um curso não uniforme, com mandíbula precedendo o lábio. Este processo de desenvolvimento e refinamento do controle motor oral influencia significativamente na aquisição de sons da fala.

Comprometimento da fala

Quando este refinamento não ocorre, a produção da fala torna-se comprometida, podendo surgir a suspeita de uma desordem práxica na infância.

Essa desordem na infância é definida como uma suposta categoria diagnóstica atribuída às crianças, cujos erros de fala diferem dos erros de crianças com atraso no desenvolvimento de fala e se assemelham aos erros de adultos com apraxia adquirida.

Quadro

Os pacientes com apraxia da fala adquirida demonstram, geralmente, comprometimento primariamente na articulação, com alterações na sequência dos movimentos musculares para a produção voluntária dos fonemas e, secundariamente, por alterações prosódicas, caracterizadas por uma fala mais lenta que o normal e com escassez de padrões de entonação, ritmo e melodia.

As anormalidades prosódicas (*) são usualmente percebidas como sendo secundárias às dificuldades articulatórias.

A falta da fluência na fala é causada por pausas e hesitações que ocorrem na tentativa de produzir corretamente as palavras, surgindo como uma forma de compensação da contínua dificuldade na articulação.banner2-695x700

No levantamento feito pela American Speech and Hearing Association (ASHA), em um grupo de mil crianças na faixa de 1 a 5 anos de idade, 10 delas apresentaram algum distúrbio de comunicação. De 3 a 5% foram diagnosticadas com apraxia.

O que é?

A apraxia (ou “dispraxia”) é um distúrbio de origem neurológica que consiste no envio incorreto de informações para o cérebro planejar e executar determinados movimentos.

Classificação

Ela pode ser classificada como global (quando acontece em várias partes do corpo), oral (envolvendo a boca e seus movimentos) e/ou verbal (ou da fala, na qual a dificuldade é específica para a produção dos sons de fala).

Causas

Os fatores que causam a apraxia não são totalmente conhecidos e esse distúrbio pode acontecer em paralelo com outros – por exemplo, “transtorno sensorial” ou “do espectro autista.

Como acontece

A modelagem de cada som é dada por diferenças milimétricas e dos movimentos de língua, lábios, céu da boca e dentes. Por isso, qualquer falha nas etapas de processamento, planejamento e execução pode causar alguma alteração.

Por isso, muitas vezes a criança fala uma coisa querendo dizer outra. Exemplo: em vez de “casa”, ela diz “caca”. Essa é uma fala bem aquém do esperado, mas é notório perceber que ela sabe o que queria dizer.

Segundo a ASHA, o diagnóstico diferencial de apraxia só deve ser conclusivo aos 3 anos de idade. Entretanto, se houver uma desconfiança antes dessa época, o paciente deve ser acompanhado.

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Os principais sinais de apraxia de fala na infância (AFI) são:

Até os 12 meses:

Os bebês são muitos calados e/ou têm um repertório limitado de balbucios, apesar de interagirem bem com os adultos;

Entre 12 e 18 meses:

Quando se espera que as crianças aumentem o vocabulário, as crianças com AFI podem ter perda de palavras já faladas anteriormente;

Por volta dos 2 anos de idade:

É diagnosticado um atraso no desenvolvimento de linguagem oral;

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Aos 3 anos:

Nessa fase, as crianças já são bem compreendidas, apesar de um erro ou outro de pronúncia, mas as que têm Apraxia de Fala podem ainda nem estar falando ou podem ter a fala bastante ininteligível, com erros de pronúncia que mudam muito e que são incomuns (por ex: trocas de vogais), dificuldade de falar as palavras com mais sílabas, omissão da primeira sílaba.

Desde a primeira infância:

Dificuldade de imitação (ex: mostrar a língua, fazer careta, se houver Apraxia Oral associada à AFI), alterações de produção e articulação dos sons da fala e na melodia (prosódia) da fala e acentuação das sílabas.

Elas podem falar um determinado som (por ex: “p”) em algumas palavras (por ex: “pá”, “papai”) e omissão deste mesmo som na repetição de outras palavras mais difíceis  (“pedido”, “parque”, “capa”) ou em momentos de fala espontânea.

Sinais variáveis

Vale ressaltar que, como em qualquer distúrbio, os sinais da Apraxia de Fala podem variar em menor ou maior grau e em presença/ausência, o que torna o diagnóstico bem complexo.

Quando buscar o tratamento fonoaudiológico.

O que os pais, familiares, educadores e profissionais de saúde precisam observar antes de encaminhar a um fonoaudiólogo:

•  Se a ausência ou alteração da fala não é justificada por alterações na estrutura muscular da região da boca, auditivos ou psicossociais.
•  Se o ambiente é rico em estimulação, os pais ficam horas brincando com ela, está bem adaptada à escola, e a inteligência está preservada e mesmo assim há algumas falhas. Se a criança não está acompanhando as etapas do desenvolvimento de linguagem.  Nem sempre é “normal demorar para falar”.
•  Se a criança está em um longo processo terapêutico fonoaudiológico (há mais de um ano), mas não há avanços visíveis no quadro apresentado pela criança.

As pesquisas no Brasil nesta área ainda estão caminhando, bem como a formação de profissionais especializados. Por isso, nem sempre é possível fazer um diagnóstico rápido e eficaz.

Então, a sugestão é: lute por uma intervenção adequada e precoce que vise o treinamento intensivo de fonoterapia.

http://revistacrescer.globo.com/Colunistas/Lilian-Kuhn/noticia/2016/05/apraxia-da-fala-na-infancia-afi-o-que-e-isso.html

  • Souza, Thaís Nobre Uchôa, Payão, Miscow da Cruz, & Costa, Ranilde Cristiane Cavalcante. (2009). Apraxia da fala na infância em foco: perspectivas teóricas e tendências atuais. Pró-Fono Revista de Atualização Científica21(1), 75-80.https://dx.doi.org/10.1590/S0104-56872009000100013

(*)  Prosódia (do grego προσῳδία, transl. prosodía, composto de προσ, pros-, “verso”, e ᾠδή, odé, “canto”) é a parte da linguística que estuda a entonação, o ritmo, o acento (intensidade, altura, duração) da linguagem falada e demais atributos correlatos na fala.

Bronquiolite e nebulização com solução hipertônica (3%)

Infecções agudas das vias aéreas inferiores (IVAI) são caracterizadas por processos inflamatórios agudos, infecciosos ou não, acometendo alvéolos, bronquíolos, brônquios e espaço intersticial.

Essas doenças são responsáveis por altos índices de morbidade e mortalidade infantil em todo o mundo.

Dados da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) referentes à prevalência e à incidência de infecções respiratórias agudas na América Latina revelam que elas são responsáveis por 40 a 60% de todos os atendimentos ambulatoriais em pediatria.

Segundo a OMS, cerca de 4 milhões de crianças menores de 5 anos morrem por IVAI anualmente.

Além disso, essas doenças geram elevados custos diretos e indiretos com assistência à saúde.

Dentre os vários agentes etiológicos causadores de IVAI, os vírus são responsáveis por bronquiolite e pneumonia, principalmente em crianças menores de 1 ano.

Principal responsável

O principal patógeno dessas doenças em crianças é o vírus respiratório sincicial humano (VRSH), que possui distribuição mundial.

Primariamente, a infecção por esse vírus ocorre em crianças menores de 2 anos, sendo que o pico de incidência é dos 2 aos 6 meses. Aos 2 anos, aproximadamente 95% das crianças já foram infectadas pelo VRSH.3403228205M

A bronquiolite aguda (BA) é a síndrome do sistema ventilatório (SV) mais frequente e grave que acomete a criança jovem nos dois primeiros anos de vida (sendo encontrada em crianças até 2-3 anos de idade) e o pico de incidência ocorre abaixo dos 12 meses de idade.

Mais frequente no inverno

Tem um padrão epidêmico com prevalência no outono e inverno. Durante o período de inverno, é a causa mais comum de hospitalização de lactentes.

Inicia-se com os sintomas das infecções virais das vias aéreas superiores (febre e coriza), que progridem em quatro a seis dias, evoluindo para o acometimento das vias aéreas inferiores (tosse e chiado).

Em geral, é uma doença autolimitada, com uma taxa de mortalidade baixa (<1%), embora possa ser mais elevada (30%) em grupos de crianças de alto risco (prematuros, com displasia broncopulmonar, cardiopatia congênita e imunocomprometidos, desnutridos, entre outros), em que está associada a doença prolongada e maior risco de óbito.

Crianças com idade inferior a seis meses apresentam risco de doença grave decorrente da bronquiolite aguda.

Ocasiona a inflamação e a obstrução dos bronquíolos.

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O agente etiológico mais frequente é o vírus sincicial respiratório, mas a BA também pode ser ocasionada pelo parainfluenza, adenovírus, influenza, Mycoplasma pneumoniae, rinovírus, Chlamydia pneumoniae, metapneumovírus humano e coronavírus.

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Os vírus multiplicam-se nas células epiteliais ciliadas, e a inflamação e os debris celulares ocasionam obstrução da via aérea, hiperinsuflação, atelectasia localizada, chiado e alterações das trocas gasosas.

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Tratamento

Não existem evidências definitivas em relação aos tratamentos utilizados para esta doença.

O tratamento pode incluir a utilização de oxigênio, hidratação, analgésicos/antitérmicos, beta-2 agonistas por via inalatória, fisioterapia respiratória, entre outros. Medidas profiláticas: administração de anticorpos monoclonais (palivizumab).

A maioria das crianças com BA, independentemente da gravidade da doença, recuperam-se sem sequelas.

O curso natural desta doença, habitualmente, varia entre sete a dez dias, mas algumas crianças permanecem doentes por semanas.

  • Carvalho, Werther Brunow de, Johnston, Cíntia, & Fonseca, Marcelo Cunio. (2007). Bronquiolite aguda, uma revisão atualizada.Revista da Associação Médica Brasileira53(2), 182-188. https://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302007000200027
  • Salomão Junior, João B, Gardinassi, Luiz G. A, Simas, Paulo V. M, Bittar, Cintia O, Souza, Fátima P, Rahal, Paula, & Zanetta, Dirce M. T. (2011). Vírus respiratório sincicial humano em crianças hospitalizadas por infecções agudas das vias aéreas inferiores. Jornal de Pediatria87(3), 219-224. https://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572011000300007

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Solução salina hipertônica administrada via nebulização para bronquiolite aguda em crianças

A bronquiolite viral aguda é a infeção do trato respiratório inferior mais comum em crianças com até dois anos de idade. Atualmente, não há um tratamento efetivo para a doença e o tratamento padrão consiste em medidas de apoio.

A nebulização com solução salina hipertônica pode ser um tratamento benéfico para o manejo da bronquiolite aguda porque pode melhorar a higiene das vias aéreas.

Esta revisão foi realizada para avaliar os efeitos da solução salina hipertônica (com concentração ≥ 3%) administrada via nebulização em crianças com bronquiolite aguda, comparada a nebulização com soro fisiológico (na concentração de 0,9%).

Se ficar demonstrado que a solução salina hipertônica é terapêutica, ela pode se tornar uma opção de tratamento barata e efetiva para esses pacientes.

Foram incluídos 11 estudos randomizados envolvendo 1090 crianças com bronquiolite leve a moderada.

Dez dos 11 estudos foram considerados como estudos de alta qualidade com baixo risco de erro (isto é, viés) nas suas conclusões.

A metanálise sugere que a nebulização com solução salina hipertônica pode encurtar em 1,2 dias em média o tempo de internação de crianças com bronquiolite aguda não grave e melhorar o escore clínico de gravidade da doença tanto em pacientes hospitalizados como nos não hospitalizados.

Não foram observados efeitos significativos a curto prazo (dos 30 aos 120 minutos) com uso de até três doses de nebulização salina hipertônica em pacientes em unidades de emergência.

Entretanto, mais estudos são necessários para responder esta questão. Não foram observados efeitos adversos significantes com o uso da nebulização salina hipertônica quando administrada juntamente com broncodilatadores.

Dados os benefícios clinicamente relevantes e a sua segurança, a nebulização com solução salina hipertônica usada juntamente com broncodilatadores deve ser considerada um tratamento efetivo e seguro para crianças com bronquiolite viral aguda leve ou moderada.

Conclusões dos autores: 

As evidências atuais sugerem que a nebulização com solução salina a 3% pode reduzir significativamente o tempo de internação em crianças hospitalizadas por bronquiolite viral aguda não grave e melhorar os escores de gravidade clínica tanto em pacientes ambulatoriais quanto hospitalizados.

Resumo na íntegra:

Introdução: 

O edema de vias aéreas e tampões de muco são os principais achados patológicos em crianças com bronquiolite viral aguda. A nebulização com solução salina hipertônica pode reduzir essas alterações patológicas e diminuir a obstrução das vias aéreas.

Objetivos: 

Avaliar os efeitos da nebulização com solução salina hipertônica (≥ 3%) em crianças com bronquiolite viral aguda.

Estratégia de busca: 

A busca foi realizada na CENTRAL 2013, issue 4, OLDMEDLINE (1951 a 1965), MEDLINE (1966 até a quarta semana de abril, 2013), EMBASE (1974 a maio 2013), LILACS (1985 a maio 2013) e Web of Science (1955 a maio 2013).

Critérios de seleção: 

Foram incluídos ensaios clínicos randomizados controlados (ECR) e <i>quasi</i>-randomizados usando nebulização com solução salina hipertônica sozinha ou em conjunto com broncodilatador como intervenção ativa e nebulização com solução salina a 0,9% como controle de comparação em crianças de até 24 meses de idade com bronquiolite aguda.

Coleta dos dados e análises: 

Dois revisores realizaram, independentemente, a seleção dos estudos, extração de dados e a avaliação do risco de viés nos estudos incluídos. Foram realizadas metanálises usando o pacote estatístico RevMan 5.2 da Cochrane. Foi usado um modelo de efeito randômico para as metanálises. Foi empregada a diferença de média e risco relativo (RR) como medida do tamanho do efeito.

Principais resultados: 

Foram incluídos 11 estudos envolvendo 1090 crianças com bronquiolite viral aguda leve a moderada (500 crianças internadas, cinco estudos; 65 pacientes ambulatoriais, um estudo; e 525 crianças em unidades de emergência, 4 estudos). Dez dos onze estudos incluídos eram de alta qualidade e baixo risco de viés. Um total de 560 pacientes recebeu solução salina hipertônica a 3% e 57 receberam solução salina a 5%. Os pacientes tratados com nebulização com a solução salina a 3% tiveram significativamente menor tempo médio de internação do que aqueles tratados com nebulização salina a 0,9% (DM 1,15 dias, IC 95% -1,49 a -0,82, P < 0,00001). Nos três primeiros dias de tratamento, o grupo que recebeu solução salina hipertônica também teve escore clínico pós-inalação significativamente menor que o grupo que recebeu nebulização salina a 0,9% (dia 1: DM -0,88, IC 95% -1,36 a -0,39, P = 0,0004; dia 2: DM -1,32, IC95% -2,00 a -0,64, P = 0,001; dia 3: DM -1,51, IC95% -1,88 a -1,14, P < 0,00001). A melhora nos escores clínicos foi observada tanto em pacientes internados quanto em pacientes ambulatoriais. Quatro estudos que avaliaram pacientes em unidades de emergência não encontraram efeitos significantes na melhora dos escores clínicos e na saturação de oxigênio a curto prazo (30 a 120 minutos) com o uso de até três doses de nebulização salina a 3%. Nenhum efeito adverso significante relacionado à inalação de solução salina hipertônica foi relatado.

Notas de tradução: 

Tradução do Centro Cochrane do Brasil (Gabriela Souto Nogueira)

http://www.cochrane.org/pt/CD006458/solucao-salina-hipertonica-administrada-via-nebulizacao-para-bronquiolite-aguda-em-criancas

Hypertonic saline (HS) for acute bronchiolitis: Systematic review and meta-analysis.

Maguire C; Cantrill H; Hind D; Bradburn M; Everard ML.

BMC Pulm Med; 15: 148, 2015.

Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-26597174

Resumo

BACKGROUND: Acute bronchiolitis is the commonest cause of hospitalisation in infancy. Currently management consists of supportive care and oxygen. A Cochrane review concluded that, “nebulised 3 % saline may significantly reduce the length of hospital stay”. We conducted a systematic review of controlled trials of nebulised hypertonic saline (HS) for infants hospitalised with primary acute bronchiolitis. METHODS: Searches to January 2015 involved: Cochrane Central Register of Controlled Trials; Ovid MEDLINE; Embase; Google Scholar; Web of Science; and, a variety of trials registers. We hand searched Chest, Paediatrics and Journal of Paediatrics on 14 January 2015. Reference lists of eligible trial publications were checked. Randomised or quasi-randomised trials which compared HS versus either normal saline (+/- adjunct treatment) or no treatment were included. Eligible studies involved children less than 2 years old hospitalised due to the first episode of acute bronchiolitis. Two reviewers extracted data to calculate mean differences (MD) and 95 % Confidence Intervals (CIs) for length of hospital stay (LoS-primary outcome), Clinical Severity Score (CSS) and Serious Adverse Events (SAEs). Meta-analysis was undertaken using a fixed effect model, supplemented with additional sensitivity analyses. We investigated statistical heterogeneity using I(2). Risk of bias, within and between studies, was assessed using the Cochrane tool, an outcome reporting bias checklist and a funnel plot. RESULTS: Fifteen trials were included in the systematic review (n = 1922), HS reduced mean LoS by 0.36, (95 % CI 0.50 to 0.22) days, but with considerable heterogeneity (I(2) = 78 %) and sensitivity to alternative analysis methods. A reduction in CSS was observed where assessed [n = 516; MD -1.36, CI -1.52, -1.20]. One trial reported one possible intervention related SAE, no other studies described intervention related SAEs. CONCLUSIONS: There is disparity between the overall combined effect on LoS as compared with the negative results from the largest and most precise trials. Together with high levels of heterogeneity, this means that neither individual trials nor pooled estimates provide a firm evidence-base for routine use of HS in inpatient acute bronchiolitis.

RESULTADOS: Quinze ensaios foram incluídos na revisão sistemática (n=1922), a solução hipertônica obteve redução média LoS por 0,36, (IC 95% 0,50 a 0,22) dias , mas com uma considerável heterogeneidade (I (2) = 78%) e sensibilidade à alternativa métodos de análise. Observou-se uma redução no CSSs. CONCLUSÕES: Há disparidade entre o efeito combinado global em comparação com os resultados negativos dos ensaios maiores e mais precisos.

Using hypertonic saline to manage bronchiolitis in infants.

Canty WB; Colomb-Lippa D.

JAAPA; 27(7): 45-9, 2014 Jul.

Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-24979497

Resumo

Bronchiolitis is the most common lower respiratory tract infection in young children and the leading cause of infant hospitalizations. Treatment is centered on supportive measures. Recent studies suggest hypertonic saline is an effective treatment option in admitted infants, demonstrating promising reductions in length of stay and clinical severity scores.

A bronquiolite é a infecção mais comum do trato respiratório inferior em crianças pequenas e a principal causa de hospitalizações infantis. O tratamento é centrado em medidas de suporte. Estudos recentes sugerem que a solução salina hipertônica é uma opção de tratamento eficaz em crianças internadas, demonstrando reduções promissoras na duração da estadia e nos escores de gravidade clínica.

grafico

Nebulized hypertonic saline/salbutamol solution treatment in hospitalized children with mild to moderate bronchiolitis.

Luo Z; Liu E; Luo J; Li S; Zeng F; Yang X; Fu Z.

Pediatr Int; 52(2): 199-202, 2010 Apr.

Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-19674354

Resumo

BACKGROUND: The objective of this study was to determine the efficacy and safety of nebulized 3% hypertonic saline solution and salbutamol in the treatment of mild to moderate bronchiolitis. METHODS: In a randomized controlled trial, 93 infants with mild to moderate bronchiolitis were divided into two groups. The infants received inhalation of 2.5 mg (0.5 mL) salbutamol dissolved in either 4.0 mL normal (0.9%) saline (control group, n= 43) or 4.0 mL hypertonic (3%) saline (treatment group, n= 50). The therapy was repeated three times daily until discharge. Cough, wheezing, pulmonary physical signs, and the length of hospital stay were recorded. RESULTS: Wheezing remission time was 3.8 + or – 1.1 days in the control group and 2.7 + or – 0.9 days in the treatment group (P < 0.01). Cough remission time was 6.3 + or – 0.9 days in the control group and 5.3 + or – 0.8 days in the treatment group (P < 0.01). The moist crackles disappeared at 5.4 + or – 0.8 days in the treatment group versus 6.2 + or – 0.9 days in the control group (P < 0.01). Furthermore, the average length of hospital stay decreased from 7.4 + or – 1.5 days in the control group to 6.0 + or – 1.2 days in the treatment group (P < 0.01). No obvious adverse effects were observed. CONCLUSIONS: Inhalation of nebulized 3% hypertonic saline solution and salbutamol is a safe and effective therapy for patients with mild to moderate bronchiolitis.

Pediatrics

December 2015, VOLUME 136 / ISSUE 6

3% Hypertonic Saline Versus Normal Saline in Inpatient Bronchiolitis: A Randomized Controlled Trial

Alyssa H. Silver, Nora Esteban-Cruciani, Gabriella Azzarone, Lindsey C. Douglas, Diana S. Lee, Sheila Liewehr,Joanne M. Nazif, Ilir Agalliu, Susan Villegas, Hai Jung H. Rhim, Michael L. Rinke, Katherine O’Connor

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: Bronchiolitis, the most common reason for hospitalization in children younger than 1 year in the United States, has no proven therapies effective beyond supportive care. We aimed to investigate the effect of nebulized 3% hypertonic saline (HS) compared with nebulized normal saline (NS) on length of stay (LOS) in infants hospitalized with bronchiolitis.

METHODS: We conducted a prospective, randomized, double-blind, controlled trial in an urban tertiary care children’s hospital in 227 infants younger than 12 months old admitted with a diagnosis of bronchiolitis (190 completed the study); 113 infants were randomized to HS (93 completed the study), and 114 to NS (97 completed the study). Subjects received 4 mL nebulized 3% HS or 4 mL 0.9% NS every 4 hours from enrollment until hospital discharge. The primary outcome was median LOS. Secondary outcomes were total adverse events, subdivided as clinical worsening and readmissions.

RESULTS: Patient characteristics were similar in groups. In intention-to-treat analysis, median LOS (interquartile range) of HS and NS groups was 2.1 (1.2–4.6) vs 2.1 days (1.2–3.8), respectively, P = .73. We confirmed findings with per-protocol analysis, HS and NS groups with 2.0 (1.3–3.3) and 2.0 days (1.2–3.0), respectively, P = .96. Seven-day readmission rate for HS and NS groups were 4.3% and 3.1%, respectively, P = .77. Clinical worsening events were similar between groups (9% vs 8%, P = .97).

CONCLUSIONS: Among infants admitted to the hospital with bronchiolitis, treatment with nebulized 3% HS compared with NS had no difference in LOS or 7-day readmission rates.

  • Accepted September 17, 2015.
  • Copyright © 2015 by the American Academy of Pediatrics

http://pediatrics.aappublications.org/content/136/6/1036?sso=1&sso_redirect_count=1&nfstatus=401&nftoken=00000000-0000-0000-0000-000000000000&nfstatusdescription=ERROR%3a+No+local+token

Zhang L, et al. Nebulized hypertonic saline for acute bronchiolitis in infants. Cochrane Database of Syst Rev. 2013;(7):CD006458.

The efficacy of nebulized salbutamol, hypertonic saline and salbutamol/hypertonic saline combination in moderate bronchiolitis.

Ipek IO; Yalcin EU; Sezer RG; Bozaykut A.

Pulm Pharmacol Ther; 24(6): 633-7, 2011 Dec.

Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-21978929

Resumo

BACKGROUND: The mainstay of treatment in bronchiolitis includes oxygenation, aspiration of secretions from the respiratory tract and maintenance of hydration. The first choice medical agent in clinical practice is nebulized bronchodilators, although their place in treatment is controversial. OBJECTIVES: We investigated the therapeutic benefit of nebulized hypertonic (3%) saline (HS), by comparing four different nebulized regimens in the treatment of bronchiolitis in the emergency department. METHODS: A total of 120 infants were included in this randomized, double-blind, prospective study. Infants were grouped according to the nebulized treatment they received: group 1 – salbutamol + normal saline (NS), group 2 – salbutamol + HS, group 3 – HS, group 4 – NS. Heart beat, Clinical Bronchiolitis Severity Score (CBSS) and oxygen saturation of the patients were determined before and after the nebulizations and at 48-72 h after admission by the designated study physician. RESULTS: Post-treatment mean CBSS were significantly lower than pre-treatment scores in all groups (p = 0.0001) with no significant difference within groups. Improvement percentages for CBSSs were significantly higher in infants without a history of atopy treated with HS and NS (p = 0.023, p = 0.0001, respectively). CONCLUSIONS: The CBSSs of all the infants improved after three doses of nebulized therapy regardless of the treatment regimens. The combination of salbutamol with hypertonic saline did not lead to an additive effect in the improvement of CBSSs compared to the standard salbutamol + NS combination. Atopic children benefited from salbutamol/NS combination whereas non-atopic children improved with HS and NS nebulizations based on improvement percentages of CBSS.

Piolhos X Dimeticona (4%)

Pediculose (Piolho)

É uma doença provocada pela infestação de Pediculus humanus var capitis (piolho) e lêndeas no couro cabeludo. Atinge preferencialmente crianças em fase escolar.

O que é o piolho?

É um inseto que se alimenta de sangue humano, parasita o couro cabeludo e vive em torno de 30 dias. Não voa e não pula.slide_18

A fêmea deposita seus ovos (lêndeas) presos ao fio de cabelo e pode colocar até 300 ovos durante sua vida.300px-Headlice

Uma lêndea leva cerca de dez dias para sair do ovo e se tornar adulta. Cada uma mede 0,3 mm de comprimento, enquanto um piolho chega a 3 mm e vive até 40 dias.

Sintomas

O primeiro sintoma costuma ser uma intensa coceira (prurido) no couro cabeludo, principalmente na região da nuca e atrás das orelhas.

Na pediculose da cabeça, além do prurido intenso, podemos visualizar o parasita e seus ovos (lêndeas) no couro cabeludo do indivíduo acometido.Imagem7

Pode ocorrer infecção secundária em qualquer região. Na pediculose do couro cabeludo é comum o aparecimento de linfonodomegalia (ínguas) atrás das orelhas e na nuca.

Consequências

A intensa coceira no couro cabeludo pode ocasionar feridas, que são portas abertas para infecções bacterianas, como impetigo, além do aparecimento de gânglios, ansiedade e desconforto que leva ao baixo rendimento escolar.

piolho1 (1)

Como transmite?

A transmissão acontece:

  • pelo contato pessoal (direto) dos indivíduos infestados.
  • pelo uso coletivo de utensílios como: pentes, bonés, travesseiros, lenços de cabeça, presilhas, almofadas, chapéus, gorros etc.

Como evitar?

  • Lavar a cabeça, diariamente, evitando deixar os cabelos úmidos. Prender os cabelos somente quando estiverem secos.
  • Inspecionar a cabeça diariamente à procura de piolhos e lêndeas.
  • Passar assiduamente o pente fino para retirar piolhos e ninfas (piolhos em desenvolvimento).
  • Não entrar em contato com pessoas infestadas.
  • Não usar de forma coletiva: travesseiros, pentes e os demais objetos supracitados.parasita-piolho-3-728

Como tratar?

No tratamento da pediculose são utilizados, em geral, os mesmos medicamentos tópicos usados na escabiose (“sarna”).

É fundamental o tratamento dos familiares ou comunicantes do doente. Raramente é necessário o corte de cabelos de crianças acometidas.

Ao contrário do que muita gente pensa, a membrana que protege o ovo do piolho é super-resistente, feita de quitina, uma substância que compõe o esqueleto externo (exoesqueleto) dos artrópodes.

Portanto, para retirar a lêndea é preciso escorregá-la até o fim do fio. Se você não eliminar os ovos, o animal vai continuar se proliferando.

Alguns autores recomendam que a aplicação de uma solução de dimeticona (a 4%), repetida após uma semana, tem resultados superiores aos encontrados com permetrina (1%). Vide artigos abaixo.

Secador de cabelo

O secador de cabelo, usado com os fios secos, é uma arma importante para combater o piolho.

Usado da maneira correta, ele pode deixar a região com até 56 graus e matar o bicho pelo excesso de calor.

Avisar à escola

Além disso, uma das atitudes mais importantes para o tratamento é informar o colégio do seu filho que ele está com piolho. As escolas já estão acostumadas com esse tipo de aviso e devem manter sigilo sobre a criança, mas com certeza vão avisar os outros alunos por meio de uma circular ou um recado na agenda, para os pais tomarem alguns cuidados.

Esse tipo de comunicado é importante, porque ajuda a tratar o piolho assim que ele aparecer. Se você recebeu um aviso da escola dizendo que a cabeça do seu filho está infestada por esses insetos, faça uma conferência regularmente.

O combate comunitário é defendido pelos profissionais de saúde.tratar-piolhos-500x400

  • Passar frequentemente o pente fino, no mínimo uma vez ao dia.
  • Para cabelos crespos ou ondulados, use antes um creme rinse ou creme para pentear.
  • Quando estiver passando o pente fino, utilize sempre um pano (se possível, branco) evitando assim que os piolhos caiam na roupa.
  • Os piolhos, lêndeas e ninfas que caírem no pano, devem ser deixados em vinagre diluído em água por um período de 30 minutos, para que sejam mortos.

Retirar todas as lêndeas de acordo com os seguintes passos:

  1. Molhar um pedaço de algodão em vinagre (diluído em água na proporção de 1:1)
  2. Selecionar 3 ou 4 fios de cabelo que estejam com lêndeas;
  3. Com ajuda do algodão embebido em vinagre diluído, envolver os fios de cabelo (3 ou 4 no máximo) pressionando-os entre os dedos;
  4. Puxar lentamente no sentido da base do cabelo para a ponta e com a outra mão, segurar a base do cabelo para não machucar a criança;
  5. Trocar sempre que necessário o algodão, desprezando-o em um frasco com vinagre diluído em água para matar as lêndeas.

Ferver os objetos pessoais, tais como: pente, boné, lençol e roupas.

Nunca usar querosene, Neocid ou qualquer outro inseticida, pois são perigosos e tóxicos ao ser humano.

http://www.fiocruz.br/bibmang/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=90&sid=106

http://www.sbd.org.br/doencas/pediculose-piolho/

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/02/piolhos-e-lendeas-nao-tem-relacao-com-falta-de-higiene-dos-cabelos.html

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Mitos e verdades sobre a infestação de piolhos

1. Piolho se alimenta com sujeira?

R.: Não. Piolho se nutre de sangue, não da sujeira do cabelo.

2. Por que adultos não pegam piolho?

R.: Pegam sim, mas o contato entre as cabeças de crianças é maior, facilitando o contágio.

3. Piolho transmite doenças?

R.: Não. Mas feridas na cabeça causadas pela coceira podem acarretar infecções.

4. Piolho entra em cabelo com química de alisamento ou tintura?

R.: Sim.

5. Chapinha ou secador quente matam o piolho?

R.: Não, só estouram os ovos e aumentam a infestação.

6. Vinagre, cachaça e outras químicas do tipo matam o piolho?

R.: Não há nada na literatura científica que comprove a cachaça, já o vinagre é aliado das mães por facilitar a retirada das lêndeas.

7. Crianças alérgicas têm mais piolho?

R.: Não há nada comprovado, mas alérgicos suam mais no couro cabeludo, e parasitas adoram ambientes quentes.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/conheca-mitos-verdades-sobre-infestacao-de-piolhos-8357285#ixzz4B2MKNki4

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Artigo 1:
Burgess IF, Brunton ER, Burgess NA. Single application of 4% dimeticone liquid gel versus two applications of 1% permethrin creme rinse for treatment of head louse infestation: a randomised controlled trial. BMC Dermatol 2013; 13:5.

Commentary

Head lice’s impact far exceeds its importance as a physical health problem. Although itch, papular erythema, and cervical adenopathy may occur in some patients, perhaps the more significant health impact of pediculosis is on mental health and not necessarily of the pediatric host.1

Feelings about head lice are universally negative ranging from mild displeasure on finding the insects to severe anxiety and even depression. Many negative issues associated with treatment have been identified, including the time treatment takes with no guarantee of cure.2

Insecticide resistance has made control more difficult at the individual and populations levels. Many pediculicides have to be combined with removal of lice by combing to achieve acceptable results. The introduction in 2007 of the dimeticones chemicals that kill climbers and eggs by physical means, heralded a new era in treatment of pediculosis. The study by Burgess et al will be welcome news to parents and guardians of primary school children, the main group that acquires pediculosis. It demonstrates that a topical gel treatment containing 4% high molecular weight dimeticone applied once for 15 minutes and washed off is effective in treating pediculosis in the UK. The UK is a tough testing ground for pediculicides because efficacy always seems decreased there compared with other countries.3

The final efficacy of 70% is not spectacular, it is good for the UK. Dimeticone was compared with a well-established two treatment regime of 1% permethrin, known “on the street” to be ineffective, in spite of well-documented resistance increasing in prevalence and intensity, it is still the insecticide recommended by many health authorities and systematic reviews. The final efficacy of permethrin was appalling at 15%. This prompted Burgess et al to ask why permethrin has not been removed from the market. Regulatory authorities face a conundrum: there are many head lice products and studies on efficacy are few. Furthermore, the prevalence of insecticide resistance varies with location, and even within a country, so multiple suitably-powered studies in different locations would be required. How can an authority de-register one product with demonstrated low efficacy when there are no current data on competing products? There is no agreement on which level of efficacy should trigger de-registration. An argument also could be made that resistance testing of lice in cases of pediculosis (a lice insecticidogram) is now needed to enable selection of the appropriate product.

The ineffectiveness of permethrin, based on suitable local evidence, should be widely publicized. Health authorities should change the recommended pediculicide from permethrin to the dimeticones, as has occurred in some jurisdictions in Australia. Burgess et al are to be congratulated, both for a well-conducted study that offers some relief for parents battling pediculosis and for raising the issue that health authorities need to promote decreased use of ineffective pediculicides. In practice, the most effective agents of change may be commercial watchdogs (more than health authorities) with an interest in combating misleading product claims.

Conclusions

The study showed one 15-minute application of 4% dimeticone liquid gel was superior to two applications of1% permethrin crème rinse. The low efficacy of permethrin suggests it should be withdrawn.

Tentativa de tradução:

Conclusões

O estudo demonstrou que uma aplicação de 15 minutos de gel de dimeticona líquido a 4% foi superior a duas aplicações de 1% de creme rinse com permetrina. A baixa eficácia da permetrina sugere que ela deveria ser retirada do mercado.

Referências

  1. Parison, J.C., Speare, R., and Canyon, D.V. Head lice: the feelings people have.Int J Dermatol.2013;52: 169–171
  2. Parison, J., Speare, R., and Canyon, D.V.Uncovering family experiences with head lice: the difficulties of eradication. Open Dermatology J. 2008; 2: 9–17
  3. Kurt, O., Balcioglu, J.C., Burgess, I.F., Limoncu, M.E., Girginkardesler, N., Tabak, T. et al.Treatment of head lice with dimeticone 4% lotion: comparison of two formulations in a randomised trial in rural Turkey. BMC Public Health. 2009; 9: 441novaescola226-bastapiolho
Artigo 2:

Balcioglu IC; Karakus M; Arserim SK; Limoncu ME; Töz S; Bastemur S; Öncel K; Özbel Y. Comparing the Efficacy of Commercially Available Insecticide and Dimeticone based Solutions on Head Lice, Pediculus capitis: in vitro Trials. Turkiye Parazitol Derg; 39(4): 305-9, 2015 Dec.

OBJECTIVE: Head lice infestation is a public health and social problem for almost all countries worldwide. For its treatment, insecticide and dimeticone-based solutions are currently available in the markets in many countries. We aimed to compare the efficacy of commercially available anti-head lice shampoos containing insecticide and physically effective products with different percentages of dimeticone using an in vitro technique. METHODS: Head lice specimens were collected from primary school children using special plastic and metal combs. Anti-head lice products were commercially purchased and used directly. The specimens were placed one by one in 5-cm Petri dishes containing a slightly wet filter paper and were kept in a plastic cage at 28±2°C and 50%±20% relative humidity. A standardized protocol was used for testing all the products, and mortality data were obtained after 24 h. Two control tests were performed with each batch of trials. For each product and control, 10-20 head lice specimens were used, and the results were statistically analyzed. RESULTS: Our study demonstrated that among all the tested products, two products containing mineral oils [5.5% dimeticone & silicone (patented product) and dimeticone (no percentage mentioned in the prospectus) & cyclopentasiloxane] were found to be more effective for killing head lice in vitro. CONCLUSION: Physically effective products can be repetitively used because they are non-toxic and resistance to them is not expected. To control the infestation at a public level, the use of these products needs to be encouraged with respect to their cost price.piolho (2)Artigo 3:

SPEARE, Richard. A single application of dimeticone is superior to two applications of permethrin in ridding head lice. James Cook University, Queensland, Australia. The Journal of Pediatrics. V.163, Issue 5, Pages, 1528–1532, November 2013

Criança tem pesadelo?

Pesadelo X Terror noturno

A maioria dos pais confunde pesadelo e terror noturno, mas vale ressaltar que eles são diferentes.

Os pesadelos são caracterizados por um sonho amedrontador, que faz a criança acordar assustada, ficar com medo e, muitas vezes, querer dormir na cama dos pais. No dia seguinte, lembra-se do sonho.

Já no terror noturno, o menino fica aterrorizado, pode até se mexer, abrir os olhos, mas não desperta. Ele senta, grita, chora e, após alguns minutos, volta a dormir, como se nada tivesse acontecido e depois não se recorda do ocorrido.

A crise passa

Geralmente, os pais ficam mais apavorados do que os filhos. Apesar do susto, alguns especialistas dizem que se deve simplesmente colocar as mãos sobre a criança e esperar que a crise passe, observando-a para que não se machuque, caso esteja muito agitada.

Se esse distúrbio se repetir várias vezes, para tentar diminuir os riscos de outros episódios, você pode acordar seu filho calmamente de 15 a 30 minutos antes da hora em que o terror noturno tem acontecido. Verifique também se ele está dormindo o suficiente; acalmá-lo próximo ao horário de dormir e fixar uma rotina do sono também pode ajudar.

Quando persiste

Quando o terror noturno acontece esporadicamente, não costuma oferecer risco aos pequenos. Porém, se for recorrente, é aconselhável escutar o parecer de um neuropediatra, para que ele possa investigar as possíveis causas e definir o melhor tratamento. Esse distúrbio costuma desaparecer naturalmente entre os seis e oito anos de idade.

Fonte :Texto original extraído do Blog Vida de Mãe – www.nestle.com.br/vidademae

Distúrbios do sono

Não é tão simples caracterizar os distúrbios do sono em crianças de baixa idade e para homogeneização dos estudos científicos e, consequentemente, de instituição de terapêutica individualizada.

Sabe-se que os distúrbios do sono podem ser divididos em dissonias, parassonias e alterações do sono secundárias a outras condições1

Dissonia

Dissonia, termo empregado para a dificuldade de iniciar ou manter o sono, segundo a classificação DSM-IV da Associação Americana de Psiquiatria, não seria corretamente aplicável a crianças pequenas, segundo os critérios desta classificação.

Assim, na faixa etária de lactentes e pré-escolares, o termo adequado seria protodissonia, baseado no contexto da criança enquanto ser em desenvolvimento.

Da mesma forma, uma protodissonia não pode ser diagnosticada antes de um ano, porque os padrões de sono-vigília, as atitudes dos pais, da criança e os fatores ambientais ainda estão em instalação2.

Parassonias

As parassonias são comportamentos anormais que ocorrem durante o sono, como os despertares confusionais, os terrores noturnos e os pesadelos1. Todas essas questões podem ser trazidas com a queixa “meu filho não dorme”.

Dos problemas com o sono, as protodissonias são os mais comuns nas crianças, predominando entre um e três anos de idade2. Em crianças pequenas, a prevalência varia entre 14 e 50%3-4, mas também não é desprezível em crianças maiores1,4-5.

Problemas na família?

Os distúrbios do sono são pistas para problemas subjacentes no seio familiar, quer sejam emocionais ou interacionais6, sendo inclusive utilizados como exemplo de demonstração do espectro de patologias do relacionamento7.

Tratamento imediato

A prevenção e o tratamento destes transtornos devem ser precoces. Quando esta intervenção não ocorre, o problema pode persistir por alguns anos2,6, embora, na maioria dos casos, sejam transitórios e autolimitados4.

Não existem muitos relatos na literatura que estabeleçam objetivamente os limites entre a perturbação do sono, entendida como parte normal do desenvolvimento, e o verdadeiro transtorno do sono na infância. Gaylor e colaboradores2 propõem critérios que definem estes transtornos e, além disto, os estratificam por graus de gravidade.

“Sono difícil”

O distúrbio da dificuldade em adormecer já seria diagnosticado, se uma criança com mais de 12 meses leva mais de 30 minutos para dormir, ou se é necessária a presença dos pais até que adormeça, sendo que o sintoma deve estar presente uma vez por semana por mais de um mês.

Despertar noturno

O distúrbio do despertar noturno seria diagnosticado se uma criança com mais de 12 meses acorda durante a noite pelo menos duas vezes e necessita sempre da presença dos pais e/ou que os pais a levem para a cama deles, sendo que o sintoma deve estar presente pelo menos uma vez por semana nos últimos três meses; para as crianças com mais de 24 meses, apenas um episódio por noite já define o distúrbio.

Tratamento

O tratamento medicamentoso para insônia tem sido muito estudado nos últimos anos, mas é reservado para casos de exceção. O uso da melatonina em crianças com transtornos do desenvolvimento neurológico tem demonstrado bons resultados, mas pode ocorrer como efeito colateral a piora de crises convulsivas já existentes6,8.

TDAH

Crianças com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade podem apresentar insônia, e os medicamentos que são usados em seu tratamento também podem interferir no sono.

No terror noturno, quando os despertares são muito violentos e a criança corre o risco de se machucar, podem ser empregados benzodiazepínicos ou antidepressivos tricíclicos. Estes medicamentos são administrados na hora de dormir e, segundo alguns autores, três a seis semanas de tratamento costumam evitar recidivas4.

Desmame

Na experiência de outros autores, os paroxismos retornam após o desmame, sendo também comum os fenômenos de tolerância6 e de rebote5, o que limita o valor de tal abordagem. Os mesmos medicamentos podem ser empregados no sonambulismo, com as mesmas ressalvas.

Medicamento apenas com especialista capacitado

A terapêutica medicamentosa na insônia infantil não relacionada a parassonias, distúrbios do comportamento ou neurológicos é mais restritiva ainda, e deve vir sempre depois de técnicas comportamentais, que devem ser mantidas. Os medicamentos de escolha são os anti-histamínicos e, em casos graves, benzodiazepínicos e hidrato de cloral. Seu uso deve ser a curto prazo, sempre por menos de três semanas e acompanhados pelo neurologista assistente. Existem poucos estudos sobre o emprego da melatonina como alternativa4.

Referências bibliográficas:

Blum NJ, Carey WB. Sleep problems among infants and young children. Pediatr Ver 1996;17:87-93. 2. Gaylor EE, Goodlin-Jones BL, Anders TF. Classification of young children’s sleep problems: a pilot study. J Am Acad Child Adolesc Psychiatr 2001;40:61-70. 3. Hammer LD. The development of eating behavior in childhood. Pediatr Clin North Am 1992;39:379-94. [ Medline ] 4. Rona RJ, Li L, Gulliford MC, Chinn S. Disturbed Sleep: effects of sociocultural factors and illness. Arch Dis Child 1998;78:20-5. 5. Archbold KH, Pituch KJ, Panahi P, Chervin RD. Symptoms of sleep disturbances among children at two general pediatric clinics. J Pediatr 2002;140:97-102. [ Medline ] 6. Howard BJ, Wong J. Sleep disorders. Pediatr Ver 2001;22:1-17. 7. Goodlin-Jones BL, Anders TF. Relationship disturbances and parent- child therapy. Sleep problems. Child Adolesc Psychiatr Clin N Am 2001;10:487-99. [ Medline ] 8. Ross C, Davies P, Whitehouse W. Melatonin treatment for sleep disorder in children with neurodevelopmental disorders: an observational study. Dev Med Child Neurol 2002;44:339-44.

Fonte: http://www.smp.org.br/perguntas-e-resposta-publico?cd=31&especialidade=Neurologia%20Pedi%C3%A1trica&grp=

Doenças de notificação compulsória (2016)

O que todos precisamos saber.

16-09-Doenca-Compulsoria
Notificação

imagem1A ocorrência de casos novos de uma doença (transmissível ou não) ou agravo (inusitado ou não), passível de prevenção e controle pelos serviços de saúde, indica que a população está sob risco e pode representar ameaças à saúde e precisam ser detectadas e controladas ainda em seus estágios iniciais.

5872144

Compulsória

A notificação compulsória consiste na comunicação da ocorrência de casos individuais, agregados de casos ou surtos, suspeitos ou confirmados, da lista de agravos relacionados na Portaria, que deve ser feita às autoridades sanitárias por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, visando à adoção das medidas de controle pertinentes.

Além disso, alguns eventos ambientais e doenças ou morte de determinados animais também se tornaram de notificação obrigatória. É obrigatória a notificação de doenças, agravos e eventos de saúde pública constantes nas Portarias nº 204 e Port. 205, de fevereiro de 2016, do Ministério da Saúde.

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As doenças, agravos e eventos constantes do Anexo II a esta Portaria, devem ser notificados a Secretaria Municipais de Saúde em no máximo, 24 (vinte e quatro) horas.

Observações importantes

  1. doenas-de-notificaes-compulsoria-1-638A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino;
  1. A definição de caso para cada doença, agravo e evento relacionado nos Anexos a esta Portaria, obedecerão à padronização definida no Guia de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde.

Vigilância em Unidades Sentinelas

O Ministério da Saúde publica portarias no Diário Oficial da União definindo a lista nacional de doenças e agravos de notificação compulsória a serem monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas diretrizes.

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O objetivo da estratégia é monitorar indicadores chave em unidades de saúde selecionadas, “unidades sentinelas”, que sirvam como alerta precoce para o sistema de vigilância.

A medida também padroniza os procedimentos normativos relacionados à notificação compulsória por meio da estratégia de vigilância sentinela no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).images

As Portarias  e a lista de doenças e agravos estão em anexo:

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O Guia de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (2014).

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Referências

http://notificacao.pbh.gov.br/

http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/noticias-svs/22241-notificacao-de-casos-pelo-virus-zika-passa-a-ser-obrigatoria-no-brasil

A importância do peixe na nutrição

O pescado é um alimento que se destaca nutricionalmente quanto à quantidade e qualidade das suas proteínas, à presença de vitaminas e minerais e, principalmente, por ser fonte de ácidos graxos essenciais ômega-3 eicosapentaenoico (EPA) e docosaexaenoico (DHA).

O consumo desses lipídios é associado à redução do risco de doenças cardiovasculares e a funções importantes nas fases iniciais do desenvolvimento humano.

Não é novidade que uma dieta equilibrada deve incluir porções semanais de pescados.peixe5

Segundo a American Heart Association, o ideal é consumir esse alimento ao menos duas vezes por semana, especialmente os peixes de água fria, como salmão, truta, bacalhau e arenque, porque estão associados à redução da incidência de doenças cardiovasculares.

Sua família come bastante peixe?

Apesar de não ser tão popular quanto a carne de boi ou de frango, ele é importante fonte de nutrientes e fundamental na alimentação de crianças e adultos.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a partir do sexto mês de vida seu filho pode consumir pescados, por meio de papas salgadas.

O alimento auxilia no desenvolvimento da criança. “O peixe é uma ótima fonte protéica e com ferro, que é bem absorvido pelo organismo”, diz Tânia Rodrigues, da RG Nutri (SP).

Estudos mostram que os ácidos graxos ômega-3 (gordura poliinsaturada), encontrados principalmente no salmão e na sardinha, são importantes para o desenvolvimento do sistema nervoso central e da retina e na prevenção de doenças crônicas, como obesidade e hipertensão.

Se você está preocupado com os riscos de alergias, a recomendação dos especialistas é que o peixe seja oferecido aos poucos, para que, caso a criança apresente alguma reação, seja possível identificar o que causou o problema e não oferecê-lo mais.

“Com relação às espinhas, o ideal é escolher os peixes que têm poucas ou que não as tenham, como cação, linguado ou badejo. Se não for possível, deve-se retirá-las com cuidado e atenção, e sempre checar mais uma vez antes de oferecer ao bebê”, afirma Tânia.

Cuidados ao comprar

O principal cuidado, no entanto, vem antes de o peixe estar no prato da família – na hora da compra!

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o produto deve ser adquirido em um estabelecimento que tenha boas condições de higiene e limpeza.

Dê preferência para o pescado fresco, mais fácil de verificar a qualidade por meio do odor, textura e coloração.

Observe se a carne está firme, brilhante e escorregadia; se os olhos estão brilhantes e protuberantes; e as brânquias úmidas e brilhantes, entre a cor de rosa e vermelho intenso. O peixe também deve estar conservado em meio a camadas de gelo.

Para quem opta pelo peixe congelado ou congela o peixe fresco, é preciso atenção ao descongelar.

Especies-Bacalhau-da-Noruega_teaser_box_wide “Nunca se deve descongelar qualquer pescado em temperatura ambiente, porque não é uniforme e pode gerar perda de qualidade, umidade e permitir o crescimento de micróbios”, diz William Latorre, diretor da Divisão de Alimentos da Vigilância Sanitária Estadual.

Para isso, descongele-o na geladeira, a 4 °C. E lembre-se: nunca congele novamente o peixe que foi descongelado. Após ter sido preparado, o peixe pode ser conservado na geladeira por até 24 horas.

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Pesquisas

Um estudo divulgado pela Universidade de Pittsburgh (Estados Unidos) mostra que o alto consumo de peixes no Japão pode diminuir o número de ocorrência de doenças cardíacas, pois substitui os alimentos ricos em gordura saturada ou trans, como carnes gordurosas e laticínios integrais.

Além da escolha da espécie mais nutritiva, é necessário acertar no preparo para que não se percam vitaminas e para que o alimento não ganhe gordura. “O método de preparo deve evitar a utilização de gorduras saturadas e trans.

O melhor é optar pelo cozimento no forno ou na grelha.

Quem prefere o peixe frito pode prepará-lo de vez em quando, com pouco óleo vegetal numa frigideira, mas as melhores opções são as preparações assadas, cozidas ou grelhadas”, explica Eneida Ramos, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).

Além do modo de preparo, existem outros cuidados a serem tomados no que se refere ao consumo de peixes.

Um dos problemas é o nível de mercúrio que pode existir na carne dos pescados. Segundo Eneida, esse metal pode prejudicar o sistema nervoso e o fígado.

O método de preparo deve evitar a utilização de gorduras saturadas e trans. O melhor é optar pelo cozimento no forno ou na grelha.“Alguns peixes, como peixe-espada, cavala, tubarão e cação, são mais suscetíveis à contaminação por metais pesados e toxinas.”

A nutricionista aconselha consumir peixes que tenham escamas e barbatanas, como arenque, salmão, pintado, bacalhau e atum, entre outros, pois as escamas funcionam como barreira à absorção de toxinas, além de serem os recomendados na lei judaica.

Na hora da compra, é necessário observar alguns aspectos: a aparência do pescado deve ser boa, os olhos devem brilhar e ocupar todo o espaço da órbita e as escamas devem ser firmes e brilhantes. Vale ainda verificar se a carne está firme e se o mesmo está bem gelado.

Na hora de comprar

A indústria de alimento oferece cada vez mais opções de alimentos congelados e semiprontos.

Apesar do avanço tecnológico, no que diz respeito à conservação dos alimentos, na hora de comprar peixe, a atenção com a qualidade deve ser redobrada.

“Esse é um produto de origem animal que se deteriora com muita facilidade”, lembra a nutricionista.

Por isso, é importante ficar de olhos abertos e atentos a algumas características que ajudam a perceber se o peixe está fresco ou não.

Odor

Quando fresco, o peixe cheira a maresia.

Corpo

Deve ser firme e brilhante. Quando está passando do ponto, a carne fica flácida. Faça o teste: pressione o peixe com os dedos. Se não ficarem marcas, significa que o peixe é fresco.

Olhos

Devem ser salientes, a córnea transparente e a pupila negra e brilhante.

Pele

Observe se está brilhante e com as escamas bem aderidas ao corpo. A cor da pele deve ser viva, homogênea e com alguns reflexos.

Membrana

É a pele interior que cobre a barriga do peixe e que deve aderir completamente à carne.

Quando o peixe não está próprio para consumo, esta membrana é separada da carne.

O ideal é comprar o peixe inteiro. Não é aconselhável comprar peixes já cortados.

Do mar ou do rio?

Engana-se quem pensa que peixe é tudo igual. Os pescados provenientes do mar, por exemplo, têm maior quantidade de sódio e de iodo – este último, importante para o bom funcionamento da glândula tireoide.

Portanto, pessoas com problema de hipertensão arterial devem escolher, preferencialmente, peixes de água doce ou consumir o peixe salgado com moderação.

Confira as propriedades de alguns peixes de águas doce e salgada.

Espécies de rio

  • Truta: excelente fonte de ômega 3, que auxilia no controle do colesterol. É um peixe saboroso e muito apreciado.
  • Pacu: a carne, quase sempre sem espinhas, é saborosa, porém gorda e um pouco indigesta.
  • Pintado: carne saborosa, leve e com baixo teor de gordura. Não é muito rico em proteínas, mas é benéfico quanto à digestão.peixe7

Espécies do mar

  • Salmão: de carne rosada, rico em ácido graxo e ômega 3. Favorece o controle do colesterol.
  • Pescada: muito consumido no Brasil, por seu sabor delicado, pelas poucas espinhas e pelo baixo custo. Se a preparação for frita, o valor calórico aumenta.
  • Badejo: com pouca gordura e com baixo teor de colesterol.
  • Robalo: tem a carne branca e magra. Com isso, é leve e de fácil digestão.
  • Bacalhau: boa fonte de ômega 3. Geralmente é importado da Noruega e de Portugal; tem a carne branca e saborosa. O cuidado no preparo é a retirada do excesso de sal das postas, deixando-as de molho por pelo menos 10 horas, trocando a água a cada 1 hora. O consumo não é recomendado para pessoas com hipertensão arterial.
  • Atum: rico em proteínas, vitaminas e minerais, contribui para a formação muscular e previne doenças do coração, já que também é uma boa fonte de ômega 3.
  • Sardinha: rica em vitaminas A e D, é de fácil digestão. Sua carne, de cor azulada, contém mais nutrientes que a dos peixes de carne branca.03_cacao

Mitos e verdades

Crendices populares ou hábitos regionais ditam muitas vezes o consumo de um peixe e eliminam o preparo de outros.

Enlatados ou in natura?

Em geral, o produto fresco tem qualidade nutricional superior à daquele pronto para o consumo. Nos casos do atum e da sardinha, mesmo na forma enlatada, continuam sendo fonte de ômega 3. A dica é optar pelo produto preparado em água e sal, mais saudável do que a versão em óleo.

Gestante pode comer peixe?

As gestantes devem ter cuidado redobrado na escolha do pescado, uma vez que o peixe é um alimento de fácil contaminação e que se deteriora rapidamente. O local da compra deve ser confiável, de qualidade. Outro aspecto a ser considerado pelas grávidas é evitar o consumo de peixes de couro, como o bagre e o pintado, que têm maior risco de contaminação por metais pesados, como o mercúrio. Os peixes com escamas e barbatanas são mais seguros.

Carne de corvina é prejudicial à saúde?

A corvina possui, na maioria das vezes, cheiro de iodo, o que compromete a qualidade do preparo e a vontade de saborear o pescado. Ela não é prejudicial à saúde, apenas é um peixe pouco apreciado.

http://www.einstein.br/einstein-saude/nutricao/Paginas/peixe-no-cardapio.aspx

A ingestão de pescado está relacionada a benefícios à saúde humana e os riscos de prejuízo via contaminação por elementos químicos são considerados reduzidos, segundo estudos realizados com amostras de peixes comercializados no Brasil.

Clique para acessar o 19-2_artigo-7.pdf

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI264387-16742,00.html

CONFIRA O GUIA DOS PEIXES NO ENDEREÇO:

http://www.terra.com.br/culinaria/infograficos/peixe-e-saude/index.htm

Plantas ornamentais tóxicas

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Muitas plantas ornamentais são tóxicas e podem ser encontradas em jardins, quintais, parques, vasos, praças e terrenos baldios.
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Algumas dessas plantas são bastante conhecidas e bonitas. Mas quando colocadas na boca ou manipuladas podem causar graves intoxicações, principalmente em crianças.

As principais e mais conhecidas espécies dessas plantas são:

Família: Araceae
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Nome científico: Dieffenbachia picta Schott.Plantas-Comigo-e1431722169570

Nome popular: aninga-do-Pará.

Tinhorão

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Nome científico: Caladium bicolor Vent.
Nome popular: tajá, taiá, caládio.

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Nome científico: Colocasia antiquorum Schott.
Nome popular: cocó, taió, tajá.

Copo-de-leite

zantedeschia_aethiopicaNome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng.
Nome popular: copo-de-leite.

Partes tóxicas: todas as partes da planta.

Sintomatologia: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia. O contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.

Família: Euphorbiaceae
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Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd.
Nome popular: rabo-de-arara, papagaio.

Coroa-de-Cristo

Coroa 2 crw3751-copy Coroa de Cristo Euphorbia_Milii_flowers coroa-de-cristo-7

Nome científico: Euphorbia milli L.
Nome popular: coroa-de-cristo.

Avelós

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Nome científico: Euphorbia tirucalli L.
Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-dodiabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião.

Partes tóxicas: todas as partes da planta.

Sintomatologia: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema (inchaço) das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia.

Mandioca-brava

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Nome científico: Manihot utilissima Pohl. (Manihot esculenta Cranz).
Nome popular: mandioca, maniva.

Partes tóxicas: raiz e folhas.

Sintomatologia: a ingestão pode causar cansaço, falta de ar, fraqueza, taquicardia, taquipneia, acidose metabólica, agitação, confusão mental, convulsão, coma e óbito.

Mamona

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Nome científico: Ricinus communis L.
Nome popular: carrapateira, mamoneira, palma-de-cristo, carrapato.

Partes tóxicas: sementes.

Sintomatologia: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves pode ocorre convulsões, coma e óbito.

Família: Meliaceae
Cinamomo

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Nome científico: Melia azedarach L.
Nome popular: jasmim-de-caiena, jasmim-de-cachorro, jasmim-de-soldado, árvore-santa, loureiro-grego, lírio-da-índia, Santa Bárbara.

Partes tóxicas: frutos e chá das folhas.

Sintomatologia: a ingestão pode causar aumento da salivação, áuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia intensa; em casos graves pode ocorrer depressão do  sistema nervoso central.

Família: Anacardiaceae
Aroeira

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Nome científico: Litharae brasiliens March
Nome popular: pau-de-bugre, coração-de-bugre, aroeirinha preta, aroeira-do-mato, aroeira-brava.

Partes tóxicas: todas as partes da planta.

Sintomatologia: o contato ou, possivelmente, a proximidade provoca reação dérmica local (bolhas, vermelhidão e coceira), que persiste por vários dias; a ingestão pode provocar manifestações gastrointestinais.

Família: Solanaceae
Saia-branca

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Nome científico: Datura suaveolens L.
Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba.

Partes tóxicas: todas as partes da planta.

Sintomatologia: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, hipertemia; nos casos mais graves pode levar à morte.

Família: Urticaceae
Urtiga

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Nome científico: Fleurya aestuans L.
Nome popular: urtiga-brava, urtigão, cansanção.

Partes tóxicas: pelos do caule e folhas.

Sintomatologia: o contato causa dor imediata devido ao efeito irritativo, com inflamação, vermelhidão cutânea, bolhas e coceira.

Família: Apocynaceae
Espirradeira

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Nome científico: Nerium oleander L.
Nome popular: oleandro, louro rosa.

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Nome científico: Thevetia peruviana Schum.
Nome popular: jorro-jorro, bolsa-de-pastor.

Partes tóxicas: todas as partes da planta.

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Sintomatologia: a ingestão ou contato com o látex pode causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia, tonturas
e distúrbios cardíacos que podem levar a morte.

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Existem outras plantas tóxicas no Brasil além das listadas nesta publicação.

Medidas Preventivas
  • Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças.
  • Conheça as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores pelo nome e características.
  • Ensine as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc).
  • Não prepare remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação médica.
  • Não coma folhas e raízes desconhecidas. Lembre-se que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.
  • Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando irritação na pele, principalmente nos olhos; evite deixar os galhos em qualquer local onde possam vir a ser manuseados por crianças; quando estiver lidando com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade.
  • Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e guarde a planta para identificação.
Bibliografia

SINITOX/CICT/FIOCRUZ; CIT/PA – Belém; CIAVE/BA – Salvador; CCI/SP – São Paulo; CCI/SP – Campinas; CIAVE/MT – Cuiabá; CIT/RS – Porto Alegre. Plantas Tóxicas no Brasil. Julho, 2001 (cartaz e folder).

http://www.fiocruz.br/sinitox/

16 formas de enxaqueca

AS 16 FORMAS DE ENXAQUECA E SEUS SINTOMAS EM COMUM

Ela pode ser episódica ou crônica, como no caso das pessoas que têm crises por mais de 15 dias num mês, conforme descreve a Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Mas o fato é que as 16 formas de apresentação da enxaqueca partilham sintomas em comum.

São eles que possibilitam o diagnóstico do problema e o diferenciam de outros tipos de cefaleia, como a tensional (ou “tipo tensão”), que atinge 97% das pessoas em algum momento da vida.

Entretanto, não bastassem a dor e os sintomas sistêmicos, algumas crises vêm acompanhadas de sinais neurológicos chamados auras, que se manifestam de diferentes formas. Dentre as mais comuns estão a visual, a sensitiva e a disfásica.

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Repentinas, elas normalmente antecedem as crises e duram de alguns minutos até uma hora. A boa notícia é que as sensações, embora perturbadoras, são completamente reversíveis.

Tipos de aura

A aura visual, segundo João José Carvalho, caracteriza-se pelo aparecimento de pontos brilhantes ou escuros em meio a um “borramento” da visão. Geralmente, ela evolui por um intervalo de 10 a 15 minutos e, quando desaparece, vem a dor de cabeça.

Já a aura sensitiva se manifesta por formigamentos que começam na mão e sobem pelo braço até chegarem ao rosto.

O tipo disfásico, por sua vez, deixa o indivíduo com dificuldades de se expressar, atingindo inclusive a capacidade de articulação da fala.Enxaqueca_600X700

“Essas são as mais comuns, mas temos também a motora (hemiplégica), a do tronco cerebral, que pode vir com tontura, e a aura retiniana, que pode deixar o indivíduo sem enxergar metade do campo visual”, cita o neurologista, acrescentando que, apesar das diferentes formas, a enxaqueca sem aura corresponde a 80% dos casos.tirando-dvidas-sobre-a-dor-de-cabea-27-638

Outras doenças?

E, sabendo que a dor não é um processo normal, é até comum pensar que o desconforto geralmente sinaliza que algo mais no organismo não vai bem.

Quando se trata de uma cefaleia como a enxaqueca, então, as especulações – e preocupações – propagadas pelo senso comum só aumentam. Será que as crises indicam uma doença associada? Na maioria dos casos, não.

“Se um paciente me diz que está com dor de cabeça, ele está me dizendo que o alarme da cabeça dele está tocando.

Quando esse alarme toca, há duas situações: pode ter algo na cabeça fazendo-o disparar – essa dor de cabeça é chamada de secundária e esse ‘algo’ pode ser uma meningite ou um tumor cerebral, por exemplo – ou, na verdade, pode ser uma dor primária, como a enxaqueca, ou seja, uma desregulação do mecanismo cerebral de controle da dor”.20130830105754910286u

Cefaleia primária

De fato, quase sempre não há nada a ser “investigado”. O médico, que é especialista em dor pela Academia Brasileira de Neurologia, aponta que, de cada 100 pacientes que chegam a uma emergência, 90% recebem diagnóstico de algum tipo de cefaleia primária.

Nos atendimentos realizados em consultórios, segundo ele, esse porcentual chega a 98%. Para identificá-las, é suficiente conhecer a história do paciente e realizar o diagnóstico clínico.

Alimentos enxaquecaExames complementares como tomografias e ressonâncias são necessários apenas numa minoria de casos.

Fatores de alarme

Mas em que situações uma dor de cabeça merece atenção redobrada? O próprio corpo dá os sinais, por meio dos fatores de alarme. Quando a crise surge com uma mudança de postura, é relacionada com esforço ou exercício físico, chega ao pico em menos de um minuto ou, ainda, é refratária ao tratamento, uma avaliação médica precoce é essencial.

“Se um paciente me diz: ‘Doutor, eu tenho dor de cabeça há muitos anos, mas de um tempo para cá mudou’, ele deve ser avaliado. Se for na emergência, com uma tomografia.

No consultório, com uma ressonância magnética.

Vale ressaltar, porém, que não há indicação de eletroencefalograma ou mapeamento cerebral na abordagem de pacientes com enxaqueca”, afirma o médico.

Quando a crise se confunde com o AVC

Para as pessoas que têm enxaqueca, sobretudo com aura (sintoma neurológico que se manifesta de diferentes formas e pode ocorrer antes e, às vezes, durante uma crise de cefaleia), um episódio pode ser confundido com uma das doenças que mais levam ao óbito no mundo atualmente: o Acidente Vascular Cerebral.

A dúvida acontece porque, no caso da aura hemiplégica, o enxaquecoso começa, repentinamente, a sentir fraqueza em um dos lados do corpo, que chega a ficar paralisado.

A sensação permanece, em média, por cerca de 30 minutos, seguida por uma forte dor de cabeça.

O problema é que, ao contrário de outros tipos de auras que duram, no máximo, uma hora, a hemiplégica, em alguns casos, pode ser sentida por até um dia, o que confunde mais ainda.

“Essas pessoas devem procurar imediatamente, de qualquer modo e sob qualquer circunstância, um hospital para serem adequadamente avaliadas e tratadas”, recomenda o médico neurologista João José Carvalho.enxaqueca_link

Como um fator de risco

Adicionalmente, diversos estudos comprovam que a enxaqueca, sobretudo a do tipo com aura, figura hoje como fator de risco para a doença vascular cerebral.

Desse modo, os enxaquecosos com mais de 40 anos devem adotar um controle mais rigoroso dos já conhecidos fatores de risco para o AVC, tais como: a hipertensão arterial, o colesterol elevado, o sedentarismo e o diabetes, além do tabagismo e do uso abusivo de álcool.

“O controle desses fatores de risco deve ser mais enfático, porque esse tipo de cefaleia já é, por si só, um fator de risco para a doença vascular. Se você o soma a outros preditivos, obviamente terá um risco aumentado de sofrer um AVC”, reforça o médico.

Atenção, mulheres

Por isso, para as mulheres que têm crises de enxaqueca com aura, há, ainda, uma outra recomendação: não usar anticoncepcionais combinados.

Ele explica que existem dois tipos dessa classe de medicamentos: os que são à base de progesterona e os combinados, compostos também por um outro hormônio, o estrógeno.

O alerta está no fato de que o estrógeno presente nos anticoncepcionais combinados possui uma ação pró-trombótica, que facilita a formação de trombos. “Assim, se você toma uma medicação que facilita a formação de coágulos e tem predisposição para a doença vascular, isso não é bom”, explica. A indicação, portanto, é que as mulheres – mais acometidas pela enxaqueca com aura – conversem com o ginecologista sobre a possibilidade de usar anticoncepcionais à base de progesterona.

SAIBA MAISinfograficos-enxaqueca

Quando devo me preocupar e buscar ajuda médica imediata?

  • Quando identificar como sendo a primeira ou a pior dor de cabeça que já teve até então. Atenção especial se o início do processo doloroso for súbito, como uma explosão. Isso pode indicar um aneurisma cerebral;
  • Quando é uma dor de cabeça iniciada após os 50 anos de idade, ou seja, quando trata-se de uma pessoa que nunca mencionou uma dor e começou a queixar-se. Neste caso, é preciso avaliar bem, pois pode tratar-se de uma arterite temporal;
  • Quando o indivíduo relatar uma dor de cabeça que se tornou cada vez mais intensa e frequente. Uma avaliação minuciosa é necessária, pois pode ser um tumor;
  • Quando a dor de cabeça atinge pacientes com diagnóstico de câncer ou de Aids;
  • Quando a dor de cabeça ocorre em pessoas que apresentam uma má alteração no exame neurológico. Caso: o exame neurológico era normal e, após a dor de cabeça, o exame apresentou uma alteração;
  • Quando o paciente apresenta dor de cabeça associada a febre ou sinais de irritação meníngea;
  • Quando a dor afeta pacientes com traumatismo craniano;
  • Quando a pessoa apresenta mudanças nas características da dor ou crises persistentemente de um só lado da cabeça.
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Disponível: http://abneuro.org.br/clippings/detalhes/111/as-16-formas-de-enxaqueca-e-seus-sintomas-em-comum