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Relactação

Amamentar estreita o vínculo entre mãe e filho, protege o bebê contra infecções, diarreia e efeitos da poluição, reduz o risco de obesidade e  ajuda a desenvolver o sistema nervoso da criança.

Apesar de todos esses benefícios, não é tão fácil quanto parece fazer com que o pequeno mame no peito. Por diversas razões, muitas mulheres passam por dificuldades no processo do aleitamento materno.

Foi o que aconteceu com a cantora Sandy. Ela revelou como foi trabalhoso dar de mamar para o filho, Théo, que completou dois anos de idade no dia 24 de junho: “No começo eu tinha muito pouco leite, meu leite demorou muito pra descer”.
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Sandy declarou, ainda, que foi graças a um DVD que recebeu da esposa de Serginho Groisman, Fernanda, que ela soube do método de relactação para estimular a produção de leite. “Você coloca uma sondinha onde o bebê mama o seu peito e o complemento através da sondinha ao mesmo tempo”, explicou.

O uso da técnica foi essencial para que ela conseguisse prolongar a amamentação: “Depois que eu parei com a relactação, continuei dando o peito e depois mamadeira porque ele já não tinha mais paciência, pois quando o bebê vai crescendo ele vai mamando mais. Mas eu consegui amamentar por sete meses dessa maneira. Me sinto vitoriosa!”, comemorou.

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Como funciona a técnica e em quais casos é indicada

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Tanto para complementar a amamentação do bebê quanto para estimular a produção de leite, a relactação não tem contraindicações. Veja como ela é feita:

1.  O que é relactação?

É uma técnica utilizada na amamentação para estimular a produção de leite ou complementar a alimentação do bebê, quando, por algum motivo, a mãe não pode ou não consegue amamentar naturalmente.

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O mecanismo é simples: uma sonda é acoplada a um recipiente que contenha leite – de preferência o materno, único alimento que deve ser oferecido às crianças até que completem 6 meses, de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

No entanto, nos casos em que não é possível fazer a extração, dá para usar uma fórmula adequada. A ponta da sonda é fixada ao seio materno, junto ao bico, como um canudinho, para que o bebê sugue os dois ao mesmo tempo.

Geralmente, o recipiente com o leite, que pode ser uma espécie de bolsa como essas utilizadas para o soro nos hospitais, fica no alto, quase sempre apoiado sobre o ombro da mãe para ajudar o líquido a descer com mais facilidade. Assim, enquanto o bebê suga seio da mãe, também recebe o leite que sai pela cânula. Essa sucção estimula a produção do leite materno.

2. Em que casos a relactação é indicada?

A técnica é recomendada em diversas situações. Desde quando a amamentação precisa ser complementada, como aconteceu com Sandy, por recomendação médica, até quando o bebê ainda não aprendeu a mamar direito ou apresenta alguma condição que o impeça de sugar todo o leite de que precisa.

Também pode ser indicada quando o bebê apresenta baixo peso ou rejeitou uma mama ou as duas. Nos casos em que a mãe apresenta baixa produção de leite ou quer retomar a amamentação, depois de ter feito uma cirurgia ou tomado algum tipo de medicamento, por exemplo, a técnica também pode ajudar.

Além disso, algumas mães de crianças adotadas que desejam amamentar também podem utilizar a relactação para estimular a produção de leite.

3. Por quanto tempo a relactação pode ser feita?Não há um período pré-determinado, nem mínimo, nem máximo. É importante apenas ressaltar que, apesar de não ter contraindicações, é necessário contar com o acompanhamento de um profissional que entenda desse processo e que possa orientar a mãe sobre a forma correta de fazê-lo.

4. Quais são as chances de a mulher voltar ou começar a produzir leite?

Se o procedimento for feito da forma correta, as chances são bem altas. Ainda assim, vale lembrar que a técnica, sozinha, não garante o sucesso.

Há outros fatores que devem ser aplicados junto com a relactação e que são imprescindíveis para que a mulher produza leite; entre eles, manter uma dieta balanceada, beber muito líquido e estar bem descansada.

5. Que outros benefícios a relactação  pode proporcionar?

O mais importante é lembrar que a amamentação não se limita apenas ao ato de alimentar. É um momento de proximidade, de carinho, de formação de vínculo entre mãe e filho.

Só de estar aninhado junto ao peito da mãe, escutando as batidas do coração dela, o bebê já se sente acolhido e conectado.

A relactação é importante justamente porque deixa mais tranquilas as mães que têm algum problema com a produção de leite, dando a certeza de que o bebê está bem alimentado.

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E quanto mais serena a mulher estiver, maiores serão as chances de aumentar ou iniciar a produção de leite. Mas o maior ganho ainda é a proximidade entre a mãe e bebê nesse momento tão especial.

1º) Adquirir a sonda:

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Compre “sondas nasogástricas” número 4, 5 ou 6. Algumas vezes só encontradas em lojas ou farmácias que vendem material hospitalar.

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Adquira várias sondas. Pode ser melhor descartá-las após o uso, já que é difícil lavá-las bem (mas é possível esterilizar em água fervente cada vez que for usada). Essas sondas nada mais são do que tubos fininhos.

2º) Preparações:

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Colocar o leite materno ou artificial no recipiente escolhido (seringa, copo ou mamadeira).

Colocar uma ponta da sonda no recipiente e a outra deve ser presa ao seio, com sua extremidade perto do mamilo (pode usar esparadrapo, micropore).

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A ponta que fica no peito tem que ficar bem na aréola.

Tentar colocar o recipiente com o leite num local próximo e acima do nível do peito, para que a ação da gravidade facilite o fluxo do leite, e de preferência numa superfície firme para evitar que caia no chão.

Nas primeiras tentativas vale a pena pedir ajuda de outra pessoa que segure o recipiente com o leite.

É possível cortar a sonda em pedaços menores (10 cm) quando já estiver habituada, deixando o recipiente mais próximo do peito.

3º) Iniciando: 

Coloque o bebê no seio para mamar. A criança sugará o peito e a sonda ao mesmo tempo e, à medida em que se alimenta, também estimula a produção do leite materno.

A altura em que é colocado o leite e a força de sucção da criança determinam a velocidade de ingestão.

O fluxo é controlado ao se dobrar um pouco a sonda. Desse modo o bebê começa a associar o peito com alimento e é estimulado a sugar o peito

Se o bebê estiver recusando o seio, pingue leite sobre o seio para que ele queira sugar.

4º) Quanto tempo preciso usar esse sistema?

O tempo para que a produção de leite seja estabelecida é de no mínimo uma semana, requer paciência e persistência para se obter sucesso.

O leite ministrado pela sonda é o que a criança estava usando e, na medida do aumento de produção pela mãe, este é restringido progressivamente.

A relactação deve ter um começo e um fim, desde o primeiro dia que se começa deve se ter claro que não é para sempre, que num certo dia ela vai terminar.

O recomendado geralmente é não estender a relactação por mais do que 6 semanas.

5º) Que mais posso fazer para aumentar minha produção de leite?

  • A sucção do bebê é a mais poderosa que existe, então amamente em livre demanda, mesmo sem a sonda, sempre que puder.
  • Utilize uma bomba elétrica de boa qualidade e tente ordenhar seu leite também sempre que possível – isso ajuda a estimular a produção, mesmo se ainda não estiver saindo leite. A ordenha manual bem feita é igualmente eficiente.
  • Descarte o uso de qualquer bico artificial: mamadeiras, chupetas, bicos de silicone.
  • Carregue seu bebê num sling, sempre que possível. Sentir o cheiro da mamãe acalma o bebê e o incentiva a sugar.
  • Descanse quando puder, tire sonecas quando o bebê também o fizer. Durma perto de seu bebê (tomando precauções para prática da cama compartilhada): pesquisas mostram que cama familiar pode ajudar no estabelecimento da amamentação.

Vídeo explicativo: http://www.youtube.com/watch?v=p9-Y4A8lLNU

ATENÇÃO: A técnica de relactação é justamente para RE-lactar, usada quando a mãe deixou por qualquer motivo de oferecer seu peito ou em casos de mães adotivas que desejam amamentar.

RELACTAÇÃO NÃO É UM MÉTODO DE COMPLEMENTAÇÃO PARA SUBSTITUIR A MAMADEIRA.

É importante que desde o começo o fluxo da sonda seja regulado, para que o bebê se acostume com o fluxo de LM (leite materno) do peito – nem toda sucção deve levar leite.

A relactação sozinha não faz milagres, deve ser associada à livre demanda e auto-confiança.

SE A MÃE PRODUZ QUALQUER QUANTIDADE DE LM A RELACTAÇÃO TEVE SUCESSO E NÃO É MAIS NECESSÁRIA: pode começar a diminuir o LA (leite artificial) usando copinho.

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Uma vez se consegue LM em volume aceitável o ideal é passar oferecer o complemento num copinho e deixar de usar a sonda.

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Lembre que existe sucção não alimentar, na sonda fica difícil saber até onde o bebê continua com fome e até onde está sugando por conforto.

Toda mamada deve começar e terminar pelo peito sozinho. Se o bebê adormece no peito, que seja no peito sem sonda.

Fontes:

  1. http://revistacrescer.globo.com/Bebes/Amamentacao/noticia/2016/07/relactacao-entenda-como-funciona-tecnica-e-em-quais-casos-e-indicada.html – Alberto d’Auria, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP) e Patricia Scalon, consultora e enfermeira da equipe do Grupo de Apoio de Aleitamento Materno da Maternidade São Luiz (SP).
  2. http://mdemulher.abril.com.br/famosos-e-tv/bebe/no-altas-horas-sandy-conta-que-recorreu-a-tecnica-de-relactacao-para-amamentar-theo
  3. 10528-42549-1-pb relactacao

Trombose: saiba como (tentar) evitar.

Uso inadequado de anticoncepcionais e tratamento hormonal estão entre as principais causas

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A doença, que entre janeiro e julho deste ano foi responsável por 65.316 internações no País, ocorre pela formação de coágulos nas veias dos membros inferiores (pernas), conhecida como trombose venosa profunda, e no coração, podendo causar “fibrilação atrial” entre outros problemas.

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Consequências

A trombose pode ter como consequência inchaço, feridas e infecções crônicas no membro afetado.

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Pode ainda causar a embolia pulmonar, que ocorre quando o coágulo (ou trombo) se desprende das paredes das veias e é levado pela corrente sanguínea até se alojar nos vasos do pulmão.

Ações de prevenção

Nos últimos dois anos, o número de casos diminuiu no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, em 2015, foram registradas 113.817 internações causadas por trombose; em 2014, foram 122.096.

A redução está associada às ações de prevenção.

Esquema de desenvolvimento de trombose venosa profunda usando os seguintes passos: 1. Fluxo sanguíneo normal em uma veia; 2. Acúmulo de fibrina em uma veia; 3. Células sanguíneas e plaquetas sanguíneas formando um trombo; 4. Desenvolvimento final do trombo obstruindo o fluxo sanguíneo; e 5. Formas de êmbolos (embolia) do trombo (tromboembolia)

Causas

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O uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal está entre as principais causas do problema.

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O angiologista Eduardo Darold explica que é preciso verificar se a mulher tem alguma tendência a desenvolver trombose antes de fazer uso do remédio.

“O fato é que os contraceptivos orais afetam o sistema circulatório da mulher, aumentando a dilatação dos vasos e a viscosidade do sangue.

Como resultado, é possível que se formem coágulos nas veias profundas, localizadas no interior dos músculos.

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É mais comum que isso ocorra nas pernas, mas é também possível que o problema surja nos pulmões e até no cérebro, onde pode haver um acidente vascular cerebral.”

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Principais fatores de risco

Tabagismo, presença de varizes, idade avançada, pacientes com insuficiência cardíaca, tumores malignos, obesidade, distúrbios de hipercoagulabilidade hereditários ou adquiridos e história prévia de trombose venosa estão entre os fatores de risco.

Grávidas e pessoas com imobilização prolongada (paralisias, infarto agudo do miocárdio, viagens aéreas longas) também são estão mais suscetíveis à trombose.

 Sintomas

A trombose venosa profunda pode ser absolutamente assintomática.

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Quando presentes, os principais sintomas são: dor, calor, vermelhidão e rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo.

Prevenção

Praticar exercícios físicos regularmente, evitar o consumo de álcool, evitar o tabagismo e manter uma dieta equilibrada estão as principais maneiras de prevenir a trombose.

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Veja as 10 dicas.

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http://www.brasil.gov.br/saude/2016/09/saiba-como-evitar-a-trombose

Cólicas do lactente

Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria

A cólica do bebê é transitória e aparece geralmente na segunda semana de vida, acabando em torno do quarto mês, em uma criança saudável.

A cólica pode durar até três horas por dia e normalmente acontece no final da tarde ou à noite. Além do choro, o bebê fica irritado e agitado.

Como diferenciar o choro por cólica do choro de fome

O bebê chora por diversas razões: fome, frio, sono, calor, dor, incômodos por fralda molhada ou apertada ou até porque quer aconchego e carinho.

Com o tempo, a mãe vai aprendendo a identificar o motivo de choro do seu bebê. No entanto, a criança que chora por fome se acalma assim que mama. Isso não acontece quando o choro é por cólica.

Como evitar as cólicas

Tente manter a calma e lembre-se de que as cólicas acontecem em um bebê saudável e que vão passar em poucos meses.

A ansiedade da mãe não ajuda a acabar com a cólica, mas algumas ações podem amenizar a dor:

  1.  um ambiente tranquilo e uma música suave ajudam a relaxar mãe e filho;
  2.  um banho morno também ajuda a descontrair;
  3.  movimentos nas pernas do bebê, como “pedalar no ar” podem auxiliar a eliminar o excesso de gases;
  4.  massagem na barriguinha do bebê, sempre no sentido horário, mobiliza os gases;
  5.  compressas mornas na barriguinha com toalhas felpudas passadas a ferro têm efeito analgésico (teste antes o calor da toalha em sua própria face).

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Muita calma nessa hora

Porém, o mais importante é ter paciência para acalmar o bebê, aconchegando-o no colo, barriga com barriga, ou apoiado de bruços na extensão do antebraço dos pais.

Nada de chás

Oferecer chá ao bebê não acaba com a cólica e pode prejudicar a amamentação. Remédios têm pouca eficácia.

A cólica é um dos principais motivos do oferecimento de chás para lactentes.

Sabe-se que a introdução dessa prática é fator de risco importante para o desmame precoce, e para que essa conduta seja efetiva, é necessária a ingestão de grandes volumes, o que pode comprometer seriamente a nutrição da criança.

A introdução de chás está também associada com quadros diarreicos. Esses fatores aumentam o risco de morbimortalidade nessa faixa etária.

Relação entre cólica e dieta materna

As causas das cólicas do primeiro trimestre não são bem conhecidas, mas parecem ter relação com uma relativa imaturidade do bebê; e vão melhorar com seu crescimento, sem deixar sequelas.

A alimentação materna como possível causa da cólica ainda é controversa.

A cólica pode ocorrer tanto em bebês amamentados no seio quanto naqueles amamentados com leite de vaca (fórmulas).

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Entretanto, existe a possibilidade de alguns alimentos (leite de vaca, soja, trigo, nozes) passarem para o leite materno e provocarem cólicas.

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No entanto, esses alimentos só devem ser retirados da dieta da mamãe caso as cólicas estiverem associadas com outros sintomas gastrintestinais que indiquem alergia alimentar, como a presença de rajas de sangue nas fezes do bebê.

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Ao primeiro sinal de sangue nas fezes do bebê, seu pediatra deve ser consultado.

Lembre-se, o ideal é prolongar ao máximo o aleitamento materno porque o leite de vaca tem alto poder de causar alergia.

Choro primário excessivo

A denominação cólica do lactente tem caído em desuso, propondo-se o termo choro primário excessivo. Pesquisas confirmam que a cólica costuma iniciar após a segunda semana de vida e se caracteriza por choro de forte intensidade, repentino, que se repete todos os dias em determinados horários, principalmente ao entardecer.

Definição 

Do ponto de vista fisiológico, a cólica possui definição clínica consagrada pela literatura, que a descreve como paroxismos de irritabilidade, agitação ou choro, durante pelo menos três horas por dia, em crianças saudáveis.

Emocional ou incoordenação do SNA?

Durante um episódio de cólica é reconhecido como característica comum nos lactentes um choro profundo e intenso, de longa duração e que não cede apesar de todos os esforços de consolo. Pode ocorrer devido à incoordenação do sistema nervoso autônomo. Porém a origem emocional é mais frequente do que a gastrintestinal.

Outras possíveis causas

Outras teorias aplicadas como causa da cólica do lactente são: por imaturidade do sistema digestivo, já que o alimento acelera o funcionamento intestinal provocando espasmos; pelo sistema nervoso imaturo e sensível; por espasmos do cólon; por alergia a proteína do leite materno ou à fórmula infantil; por alimentos ingeridos pela própria mãe ou adicionados à mamadeira (ricos em Fe+3, proteínas do leite, leite em pó, chocolates, laticínios, pepino, pimentão, condimentados, etc.), que podem fermentar no intestino do recém-nascido (RN) e provocar a formação de gases; pela ansiedade dos pais e tensão no domicílio; e pela deglutição de ar causada pelo mau posicionamento do RN durante a alimentação.

Dor muscular e aerofagia

Uma das investigações que defende a cólica do lactente como uma síndrome de dor devido ao sugar a mamadeira ou o mamilo, afirma ainda que a alimentação é, para o lactente, pesada carga de trabalho para os músculos mastigatórios.

A hipótese explica o choro como sendo causado pela dor muscular e consequente aerofagia que, porém, com o desenvolvimento da criança e o aumento da força muscular a dor se desvanece.

A cólica acontece quando o alimento ingerido não consegue atingir o seu destino como produto final da digestão, devido à retenção em algum ponto do intestino.

Quando isto ocorre, as bactérias da flora intestinal normal agem sobre a lactose, gerando os gases. As partículas desses gases gerados fazem pressão nas alças intestinais provocando a dor e alterando o peristaltismo.

Normalmente, os movimentos peristálticos promovem a digestão. Porém, como estão alterados, impedem o fluxo normal do bolo alimentar.

A formação de gases continuará ocorrendo até que outro evento, como administração de fármacos, interrompa o ciclo, recupere a harmonia dos movimentos peristálticos e elimine os gases, permitindo o progresso da digestão.

Sem motivo aparente

Na prática, a cólica é frequentemente caracterizada apenas pelo choro sem motivo aparente. Acontece que o choro é uma ferramenta normal de comunicação usada pelo lactente nos seus primeiros meses de vida.

O choro é uma das primeiras formas do recém-nascido comunicar-se e solicitar ajuda. Ele pode chorar pelos mais variados motivos e muitas, vezes os pais principalmente quando é o primeiro filho ficam tensos e preocupados.

Com isso, é importante salientar a importância da paciência, calma e muito carinho dos pais nesse momento para que eles possam reconhecer quando um choro é sinal de dor ou apenas um pedido de atenção.

Desajuste

Do ponto de vista psicológico é referido que a cólica seja indicadora do desajuste no relacionamento mãe-bebê, sendo o corpo utilizado como meio de expressão desse desconforto. O problema chega a um ponto crucial quando a cólica induz a sensação de incompetência dos pais e discórdia entre o casal.

Escolaridade materna X Cólica do lactente

Um estudo para a identificação dos determinantes da cólica do lactente analisou as características de nascimento, tipo de alimentação, atividades enzimáticas fecais da criança, tabagismo nutrição e estado psicológico materno, vínculo mãe-filho, estrutura familiar e apoio social para a mãe. Obtiveram como resultados o fato de que os lactentes com cólica apresentaram maiores proporções de mães com baixa escolaridade, fumantes e a presença de violência doméstica em seus contextos.

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É descrito que a cólica do lactente se apresenta como um problema recorrente nos primeiros meses de vida e que causa considerável sofrimento para os pais e membros da equipe de saúde. Apesar do vasto tempo de pesquisa, a patogênese desse estímulo doloroso ainda não é completamente compreendida e os tratamentos existentes permanecem uma questão em aberto.

Aerofagia (deglutição de ar ao beber ou comer)

A aerofagia devido à avidez da criança em sugar o seio materno ou o orifício maior no bico da mamadeira ou ainda o uso intenso de chupeta pode desencadear a cólica no lactente.

Alguns estudos descrevem que alimentos ingeridos pela mãe como o leite de vaca, café, chocolate, mamão, queijo ou condimentos podem ser motivos de cólica.

A mãe que amamenta deve ter uma alimentação saudável e ingerir líquidos com frequência, a fim de promover a saúde e fomentar a autonomia das famílias.

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O leite materno possui níveis substanciais de melatonina, associada à redução da irritabilidade e diminuição da cólica. A criança tende a dormir mais no período noturno em comparação com os lactentes alimentados com fórmula.

Referências maternas

No que diz respeito à identificação da cólica do lactente, as mães reconhecem a dor conforme as reações de seu filho: choro, face vermelha, agitação, contorção do corpo, movimentos de pernas, careta, sudorese.

Intervenções comportamentais

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As intervenções comportamentais têm se mostrado eficazes no tratamento da cólica infantil através do movimento de embalar, utilização de som para acalmar o lactente e a redução de estímulos; as terapias complementares têm sua utilização justificadas pela experiência anterior positiva, insatisfação com o tratamento convencional, por dificuldades financeiras para a compra de medicamentos e receio de efeitos colaterais.

http://www.conversandocomopediatra.com.br/website/paginas/materias_gerais/materias_gerais.php?id=170&content=detalhe

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Complicações da catapora

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140 milhões de casos por ano

O Jornal de Pediatria, publicação oficial da Sociedade Brasileira de Pediatria, destacou na edição de julho/agosto de 2016 (vol. 92, n. 4), que a varicela (catapora) é uma das doenças infecciosas mais comuns, com distribuição mundial.

De acordo com um documento da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima‐se que a carga anual global é de 140 milhões de casos.

Gravidade

Apesar da percepção pública da infecção de varicela como uma doença infantil inofensiva, ela pode ser uma doença muito grave. Pode causar morte ou levar a complicações potencialmente graves que exigem internação e, consequentemente, causam sequelas de longo prazo.

Pode atingir muitos órgãos

A catapora pode afligir qualquer órgão e as complicações hematológicas, neurológicas, respiratórias, cutâneas, hepáticas, gastrointestinais, urinarias e ósseas são as mais frequentemente relatadas.

A incidência de complicações difere entre relatos científicos. Por exemplo, a prevalência em conjunto de complicações neurológicas resultantes de uma análise sistemática da literatura identifica a probabilidade de complicações neurológicas em idade pediátrica na faixa de 13,9‐20,4%.

Em outros relatos, a taxa de complicações neurológicas e cutâneas é menor, ao passo que outras complicações são frequentemente detectadas, como as respiratórias.

Esse achado poderá estar relacionado a diferenças na estrutura sociodemográfica da população, a uma disponibilidade mais ampla de tratamentos ambulatoriais de infecções da pele ou a diferentes políticas de internação.

Imunossuprimidos

Pacientes com histórico de malignidade subjacente, uso de esteroides ou terapia imunossupressora, infecção por HIV ou transplante de órgãos sólidos estão suscetíveis a varicela disseminada devido à imunidade celular prejudicada.

Hospedeiros imunossuprimidos que desenvolvem a varicela têm morbidez grave e taxas de mortalidade mais altas com mais frequência do que hospedeiros normais.

Usuários de TNF (maior atenção)

Por exemplo, pacientes com doenças reumatológicas ou gastroenterológicas tratados com antagonistas do fator de necrose tumoral (TNF) continuam com risco seletivamente maior de infecções primárias de varicela mais graves em comparação com a população em geral.

Menores de 5 anos, gestantes e idosos

A maioria dos óbitos e complicações associadas à varicela ocorre em crianças de 1 a 4 anos. Também na literatura, a maior frequência de complicações da varicela ocorre em crianças menores de 5 anos.

A varicela também pode ser muito grave em idosos, pois pode ser fatal ou levar a uma internação prolongada.

Grávidas são uma preocupação especial. Caso uma mulher desenvolva varicela em uma idade gestacional nova, a criança pode sofrer síndrome de varicela congênita; caso fique doente no fim da gravidez, o neonato pode ter varicela. Ambas as doenças são muito graves para o recém‐nascido.

Vacinação

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A vacinação pode prevenir a infecção de varicela e suas complicações. Uma vacina contra a varicela, com base na cepa Oka do vírus vivo atenuado varicela‐zoster, foi desenvolvida no Japão em meados da década de 1970. Desde então, foram propostas diferentes formulações das vacinas contra a varicela. Todas elas contêm o vírus vivo atenuado varicela‐zoster e todas, exceto a vacina licenciada na Coreia do Sul, têm como base a cepa Oka isolada no Japão.

Atualmente, as vacinas contra varicela são licenciadas como monovalentes ou uma vacina combinada contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (SCRV).

As vacinas SCRV são atualmente usadas com base em uma imunogenicidade comparável e um perfil geral de segurança, em comparação com a administração simultânea de vacinas SCR e contra a varicela.

Adicionalmente, como consiste em apenas uma injeção, a vacina SCRV deve oferecer diversos benefícios: facilitação da imunização universal contra essas quatro doenças, aumento da imunização e redução dos custos na área da saúde.

Em um estudo com foco na eficácia da vacina contra a varicela após o licenciamento entre crianças saudáveis, os autores analisaram revisões sistemáticas e metanálises das bibliotecas Medline, Embase e Cochrane e da base de dados CINAHL em busca de relatos publicados entre 1995 e 2014.

Eles concluíram que uma dose da vacina contra a varicela era moderadamente eficaz na prevenção de varicela (81%) e altamente eficaz na prevenção de manifestações moderadas e graves da varicela (98%). Os autores concluíram que uma segunda dose aumentava a proteção contra a varicela (92%).

Diferentes políticas internacionais de imunização

Contudo, as políticas de vacinação diferem de país para país. Em alguns países, como os EUA e a Austrália, a imunização universal foi introduzida há muitos anos. A vacinação em massa levou progressivamente a uma redução substancial na carga de doença.

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Na Europa, não há consenso sobre a política de imunização contra a varicela. Consequentemente, alguns países, como a Alemanha e a Grécia, têm programas nacionais de imunização infantil. Outros adotam recomendações heterogêneas ou não oficiais. Na Itália, desde sua venda, algumas regiões oferecem vacinação universal na infância, com consequente redução na incidência da doença.

Alguns ainda não aceitam vacinar

Em outras regiões, a cobertura da vacinação contra a varicela depende fortemente da aceitação da vacinação pelos pais e das recomendações dos pediatras.

Os pais que recusam a vacinação acreditam que a vacina não é segura e é ineficaz e que a doença a ser prevenida é leve e sem perigo. Além disso, em alguns casos, os pais não confiam nos profissionais da saúde, no governo e em pesquisas sobre a vacina apoiadas oficialmente, porém confiam na imprensa e em fontes de informação que não incentivam as políticas de imunização.

Em países europeus que implantaram a vacinação nacionalmente, a imunização em massa resultou na redução tanto da incidência da doença quanto das taxas de internação. Adicionalmente, os dados também revelaram benefícios para grupos não vacinados, como crianças menores de 1 ano.

Imunidade de grupo

Na verdade, uma alta taxa de imunização contribui para a prevenção da disseminação da infecção de varicela, conceito conhecido como imunidade de grupo.

A imunidade de grupo fornece proteção àqueles com maior risco de contraírem infecção grave por varicela, incluindo gestantes, neonatos, pessoas com o vírus da imunodeficiência humana e outras doenças de imunodeficiência, pessoas que receberam quimioterapia e pacientes tratados com altas doses de corticosteroides.

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Esse é um objetivo muito importante, já que muitas internações hospitalares ocorrem em crianças muito novas para serem vacinadas.

Elena Bozzolaa,  Mauro Bozzolab

Departamento de Pediatria, Unidade de Doenças Infecciosas e Infantis, Bambino Gesù Children’s Hospital, Roma, Itália

Departamento de Clínica Médica e Terapêutica, Unidade de Pediatria e Hebiatria, University of Pavia, Fondazione IRCCS San Matteo, Pavia, Itália

http://jped.elsevier.es/pt/varicella-complications-universal-immunization/articulo/S2255553616300453/

Saiba mais. O que diz o Ministério da Saúde:

A varicela é uma infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa, caracterizada por surgimento de exantema de aspecto maculopapular e distribuição centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evolui rapidamente para pústulas e, posteriormente, forma crostas, em 3 a 4 dias.

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Pode ocorrer febre moderada e sintomas sistêmicos.

A principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas, que se apresentam nas diversas formas evolutivas, acompanhadas de prurido.

Em crianças, geralmente, é uma doença benigna e autolimitada. Em adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico é mais exuberante.

Sinonímia

Catapora

Agente etiológico

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É um vírus RNA. Vírus varicella-zoster (VVZ), família Herpetoviridae

Reservatório

O homem

Modo de transmissão

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Pessoa a pessoa, através de contato direto ou de secreções respiratórias (disseminação aérea de partículas virais/aerossóis) e, raramente, através de contato com lesões de pele. Indiretamente é transmitida através de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados.


Período de incubação

Entre 14 a 16 dias, podendo variar entre 10 a 20 dias após o contato. Pode ser mais curto em pacientes imunodeprimidos e mais longo após imunização passiva.


Período de transmissibilidade

Varia de 1 a 2 dias antes da erupção até 5 dias após o surgimento do primeiro grupo de vesículas.Enquanto houver vesículas, a infecção é possível.


Suscetibilidade e imunidade

A suscetibilidade é universal. A infecção confere imunidade permanente, embora, raramente, possa ocorrer um segundo episódio de varicela. Infecções subclínicas são raras.

A imunidade passiva transferida para o feto pela mãe que já teve varicela assegura, na maioria das vezes, proteção até 4 a 6 meses de vida extrauterina.

Tratamento

Sintomático

Observação importante

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A varicela está associada à síndrome de Reye, que ocorre especialmente em crianças e adolescentes que fazem uso do ácido acetilsalicílico (AAS) durante a fase aguda.
sidrome-reye-830x622 Essa síndrome caracteriza-se por um quadro de vômitos após o pródromo viral, seguido de irritabilidade, inquietude e diminuição progressiva do nível da consciência, com edema cerebral progressivo.

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A síndrome de Reye é o resultado de um comprometimento hepático agudo, seguido de comprometimento cerebral.

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Portanto, está contraindicado o uso de AAS por pacientes com varicela.

Manifestações clínicas

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Período prodrômico – tem início com febre baixa, cefaleia, anorexia e vômito, podendo durar de horas até 3 dias. Na infância, esses pródromos não costumam ocorrer, sendo o exantema o primeiro sinal da doença.

Em crianças imunocompetentes, a varicela geralmente é benigna, com início repentino, apresentando febre moderada de 2 a 3 dias, sintomas generalizados inespecíficos e uma erupção cutânea pápulo-vesicular que se inicia na face, couro cabeludo ou tronco (distribuição centrípeta).

Período exantemático – as lesões comumente aparecem em surtos sucessivos de máculas que evoluem para pápulas, vesículas, pústulas e crostas.

Tendem a surgir mais nas partes cobertas do corpo, podendo aparecer no couro cabeludo, na parte superior das axilas e nas membranas mucosas da boca e das vias aéreas superiores.

O aparecimento das lesões em surtos e a rápida evolução conferem ao exantema o polimorfismo regional característico da varicela: lesões em diversos estágios (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas), em uma mesma região do corpo.

Nos adultos imunocompetentes, a doença cursa de modo mais grave do que nas crianças, apesar de ser bem menos frequente (cerca de 3% dos casos). A febre é mais elevada e prolongada, o estado geral é mais comprometido, o exantema mais pronunciado e as complicações mais comuns, podendo levar a óbito, principalmente devido a pneumonia primária.

Varicela e gravidez

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A infecção materna no primeiro ou no segundo trimestre da gestação pode resultar em embriopatia.

Nas primeiras 16 semanas de gestação, há um risco maior de lesões graves ao feto que podem resultar em baixo peso ao nascer, malformações das extremidades, cicatrizes cutâneas, microftalmia, catarata e retardo mental.

Gestantes não imunes,que tiverem contato com casos de varicela e herpes-zoster, devem receber a imunoglobulina humana contra esse vírus.

A taxa de ataque para síndrome de varicela congênita, em recém-nascidos de mães com varicela no primeiro semestre de gravidez, é de 1,2%; quando a infecção ocorreu entre a 13ª a 20ª semanas de gestação, é de 2%.

Recém-nascidos que adquirem varicela entre 5 a 10 dias de vida, cujas mães infectaram-se 5 dias antes do parto e 2 dias após o mesmo, estão mais expostos à varicela grave, com a letalidade podendo atingir 30%.

A infecção intrauterina e a ocorrência de varicela antes dos 2 anos de idade estão relacionadas à ocorrência de zoster em idades mais jovens.

Diagnóstico

Realizado principalmente através do quadro clínico-epidemiológico. O vírus pode ser isolado das lesões vesiculares durante os primeiros 3 a 4 dias de erupção.

Aspectos epidemiológicos

No Brasil, a varicela não era uma doença de notificação compulsória, embora os surtos devessem ser notificados às secretarias municipais e estaduais de saúde.

Estudo realizado no país, em 1997, avaliou a prevalência da infecção pelo vírus varicela zoster em 975 amostras de soro de adultos jovens entre  20 a 29 anos, que eram doadores de sangue de cinco capitais brasileiras: Fortaleza, Salvador, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.

A soroprevalência global de anticorpos anti-varicela zoster foi de 94%, e a soroprevalência nas regiões de clima tropical (Fortaleza e Salvador, 89%) foi significativamente menor que nas regiões de clima temperado (97%), fato já descrito na literatura, ou seja, nas regiões temperadas a exposição a infecção e mais precoce .

Outro estudo, conduzido de 1992 a 1994, em escolas públicas do município de São Paulo, indica que o contato com o vírus varicela zoster ocorre nos primeiros anos da infância, assim como observado nos Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, antes do período de vacinação contra VVZ.

Cerca 40% das crianças com 1 ano apresentaram anticorpos anti-varicela zoster; essa proporção aumentou rapidamente até o 3º ano, manteve-se ascendente e alcançou 90% aos 10 anos.

Utilizando-se as estimativas de incidência americana, o Brasil teria cerca de 3 milhões de caso de varicela ao ano.

Vacinação

A vacina varicela está licenciada no Brasil na apresentação monovalente ou combinada com a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

A vacina tetraviral só deverá ser administrada aos 15 meses de idade se a criança tiver recebido uma dose da vacina tríplice viral entre 12 e 14 meses.

A vacina varicela monovalente é indicada para surto hospitalar a partir dos nove meses de idade.

Herpes zoster

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Geralmente decorrente da reativação do vírus da varicela que permanece em latência, reativando na idade adulta ou em pacientes imunocomprometidos, portadores de doenças crônicas, neoplasias, aids e outras.

O herpes zoster (HZ) tem quadro pleomórfico, causando desde doença benigna até outras formas graves, com êxito letal.

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Após a fase de disseminação hematogênica, em que atinge a pele, caminha centripetamente pelos nervos periféricos até os gânglios nervosos, onde poderá permanecer, em latência, por toda a vida.

Reativação do vírus

Causas diversas podem levar a uma reativação do vírus que, caminhando centrifugamente pelo nervo periférico, atinge a pele, causando a característica erupção do herpes zoster.

Excepcionalmente, há pacientes que desenvolvem herpes zoster após contato com doentes de varicela e, até mesmo, com outro doente de zoster, o que indica a possibilidade de uma reinfecção em paciente já previamente imunizado. É também possível uma criança adquirir varicela por contato com doente de zoster.

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Quadro clínico do HZ

O quadro clínico do herpes zoster é, quase sempre, típico. A maioria dos doentes refere, antecedendo às lesões cutâneas, dores nevrálgicas, além de parestesias, ardor e prurido locais, acompanhados de febre, cefaleia e mal-estar. A lesão elementar é uma vesícula sobre base eritematosa.

A erupção é unilateral, raramente ultrapassando a linha mediana, seguindo o trajeto de um nervo.

Surgem de modo gradual, levando de 2 a 4 dias para se estabelecerem.

Quando não ocorre infecção secundária, as vesículas se dissecam, formam-se crostas e o quadro evolui para a cura em 2 a 4 semanas.

Regiões mais afetadas

As regiões mais comprometidas são a torácica (53% dos casos), cervical (20%), trigêmeo (15%) e lombossacra (11%).

Em pacientes imunossuprimidos, as lesões surgem em localizações atípicas e, geralmente, disseminadas.

O envolvimento do VII par craniano leva a uma combinação de paralisia facial periférica e rash no pavilhão auditivo, denominado síndrome de Hawsay-Hurt, com prognóstico de recuperação pouco provável.

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O acometimento do nervo facial (paralisia de Bell) apresenta a característica de distorção da face. Lesões na ponta e asa do nariz sugerem envolvimento do ramo oftálmico do trigêmeo, com possível comprometimento ocular.

Nos pacientes com herpes zoster disseminado e/ou recidivante, é aconselhável fazer sorologia para HIV, além de pesquisar neoplasias malignas.

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http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/varicela-herpes-zoster

Cuidados especiais com os olhos

COMO DEVE SER A POSTURA DA PESSOA NA FRENTE DO COMPUTADOR?

O ideal é a tela do computador ficar na altura da linha dos olhos ou um pouco abaixo, nunca acima!

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A cadeira ideal é aquela que proporciona maior conforto, mas seu corpo não deve ficar encurvado para a frente, pois isso pode causar pressão na nuca e dor de cabeça após horas de permanência nessa posição.

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POR QUE MEUS OLHOS ARDEM QUANDO FICO NA FRENTE DO COMPUTADOR DURANTE ALGUMAS HORAS?

Quando você está prestando muita atenção em alguma atividade, ocorre uma diminuição da frequência de piscar e isso acarreta ardor e desconforto visual.

Por isso, nunca se esqueça de piscar mais quando estiver usando o computador, ou no cinema ou assistindo a um vídeo na TV.

LER COM POUCA LUZ PODE ENFRAQUECER A VISÃO?

Não, pode cansar ou dificultar a leitura, mas não enfraquece a visão.

USAR ÓCULOS VICIA?

O uso dos óculos não vicia.

Quando a criança enxerga pouco para longe ou força os olhos para ver de perto, os óculos possibilitam que veja bem e estude sem desconforto ou dor de cabeça.

Quem enxerga pouco o que está longe pode ter miopia; quem tem desconforto ao forçar os olhos para ver de perto provavelmente tem hipermetropia; o astigmatismo é a dificuldade para ver de perto e de longe.

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ACIDENTES COM OS OLHOS

O melhor remédio é a prevenção, pois algumas lesões podem causar desde a perda da qualidade da visão até a cegueira irreversível.

O descuido com objetos pontiagudos, a falta do uso de equipamentos de proteção em ambientes de trabalho e o desconhecimento do perigo que alguns produtos químicos representam causam diversos acidentes com os olhos.

Quando esses acidentes ocorrem, é importante saber que medidas devem ser tomadas e procurar com urgência por atendimento oftalmológico, pois apenas uma avaliação médica pode dimensionar a lesão e evitar complicações no futuro.

COMO EVITAR ACIDENTES COM OS OLHOS

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Cozinhando

Quando estiver cozinhando, deixe sempre o cabo da panela virado para dentro do fogão para evitar que ela vire em função de algum esbarrão.

Mantenha a penela sempre tampada, pois o líquido quente pode respingar e causar queimaduras nos olhos.

Produtos de limpeza

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Mantenha produtos de limpeza longe do alcance das crianças. Evite guardá-los nas prateleiras mais baixas de armários ou sob a pia. Eles podem causar queimaduras químicas se acidentalmente entrarem em contato com os olhos.

O mesmo se aplica a medicamentos, que não podem ser aplicados nos olhos sem prescrição médica ou em doses diferentes do que foi recomendado.

Objetos e crianças

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Não permita que crianças brinquem com objetos pontiagudos, como facas, garfos e tesouras com pontas, pois eles representam risco de perfuração ocular.

Plantas

Cuidado com as plantas pontiagudas e espinhosas, que podem ferir os olhos. As que soltam líquido leitoso podem causar irritação se atingirem os olhos.

Cigarro

Não fume próximo a crianças pequenas. Ao pegá-las no colo ou ao movimentar o braço elas podem sofrer queimadura ocular.

 Animais

Oriente as crianças sobre o cuidado em suas brincadeiras com animais (eles podem bicar, arranhar ou morder a região os olhos) e ainda a lavar bem as mãos após suas brincadeiras.

As fezes de alguns animais (principalmente gatos e aves) podem transmitir toxoplasmose, doença que provoca inflamação nos olhos.

Esportes aquáticos

Ao praticar esportes aquáticos, use óculos de proteção: os germes e os produtos químicos presentes na água podem causar irritações e inflamações nos olhos.

Coçar os olhos

O hábito de coçar os olhos pode facilitar o aparecimento de infecções e desencadear doenças nos olhos, por isso evite coçá-los repetidamente e oriente as crianças sobre isso.

No carro

Crianças de até 10 anos devem ser conduzidas sempre no banco traseiro.

Pessoas de qualquer idade devem usar sempre o cinto de segurança: ele é capaz de evitar perfurações nos olhos, em caso de acidente.

No trabalho

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Os acidentes com os olhos nos locais de trabalho são basicamente ocasionados por falta de proteção eficiente, iluminação ou ventilação inadequadas e imprudência no manuseio de equipamentos ou materiais com potencial de risco para os olhos.

Alguns ambientes de trabalho (como linhas de produção industriais e construção civil) representam um risco de ocorrência de trauma ocular.

Previna-se de acidentes usando equipamento de proteção adequado à sua atividade e não expondo seus olhos às ameaças encontradas em seu ambiente de trabalho.

Proteínas no primeiro ano X Síndrome metabólica

A oferta proteica no primeiro ano de vida pode interferir no risco de obesidade e síndrome metabólica?

Proteínas demais

As fórmulas lácteas utilizadas no primeiro ano de vida oferecem, na sua grande maioria, maior aporte proteico em comparação ao leite materno.

Causas de obesidade

Vários fatores são conhecidos como predisponentes de obesidade tardia na criança e/ou adolescente: obesidade ou subnutrição maternas durante a gestação, diabetes gestacional, rápido/excessivo ganho de peso no primeiro ano de vida e alto aporte proteico precoce.

Nutrição adequada

As necessidades proteicas do lactente diminuem significativamente durante o primeiro ano de vida.

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Durante os primeiros meses de aleitamento materno e após os 6 meses da adição de alimentação complementar adequada, normalmente se oferece o aporte proteico necessário para o bom crescimento e o ganho de peso.

Menos proteína, menos obesidade 

Um estudo recente revela que a oferta de fórmula com menor teor proteico (1,65 g/100 kcal) reduziu o risco de obesidade em crianças de até 24 meses em comparação com a fórmula de maior teor proteico (2,7 g/100 kcal) em filhos de mães obesas.

Intervenções educacionais: família + escola

Devido à gravidade do problema da obesidade e da potencial Síndrome Metabólica, há a necessidade de ênfase nas atitudes que promovam a diminuição da prevalência destas condições clínicas.

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As intervenções educacionais apresentam resultado efetivo, mas limitado.

Incentivar o aleitamento materno

A promoção do aleitamento materno é, sem dúvida, uma das principais medidas para reduzir o problema a médio prazo.

A redução da oferta proteica após os 3 meses em crianças que recebem fórmulas pode ser mais uma medida efetiva para reduzir a obesidade na infância e adolescência.

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Ainda são raros os estudos que avaliam fatores relacionados à alimentação que têm impacto na evolução do índice de massa corpórea e no risco de obesidade a mais longo prazo, como na idade escolar.

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Childhood Obesity Project

Estudo recente de Weber M et al. avaliou se a diminuição da oferta proteica reduziria o índice de massa corpórea e a prevalência de obesidade aos 6 anos de idade.

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O The Childhood Obesity Project foi conduzido por um grupo multicêntrico europeu em estudo (randomizado e duplo-cego) que envolveu recém-nascidos saudáveis.

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Os lactentes alimentados com fórmula láctea (n=1.090) foram randomizados para receber oferta com maior teor proteico (HP) ou menor teor proteico (LP) (dentro das recomendações internacionais) no primeiro ano de vida.

A oferta proteica foi aproximadamente 1 g/kg de peso corpóreo mais elevada no grupo HP aos 3 e 6 meses de idade e 0,5 g/kg de peso corpóreo mais elevada aos 12 meses de idade (todos com P<0,001).

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Um total de 588 lactentes foi amamentado ao seio materno, estabelecendo-se como grupo de referência e de controle.

Foram avaliados como desfechos finais peso e estatura de 448 (41%) crianças alimentadas com fórmula aos 6 anos de idade.

Resultados 

As crianças do grupo HP tiveram significativamente maior índice de massa corpórea (IMC) (de 0,51; IC de 95%: 0,13-0,90; P=0,009). As crianças do grupo HP tiveram IMC significativamente mais elevado aos 6 anos de idade.

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O risco das crianças do grupo HP de se tornarem obesas foi 2,43 (IC de 95%: 1,12-5,27; P=0,024) vezes maior do que nas do grupo LP.

As medidas antropométricas foram semelhantes no grupo LP e nas crianças amamentadas ao seio materno.

Conclusões

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Assim sendo, um menor suprimento de oferta proteica, de forma mais semelhante ao leite materno, pode atenuar o ganho de peso precoce e a obesidade tardia.

Um dos melhores preditores do risco de obesidade tardia parece ser o ganho de peso durante o primeiro ano de vida.

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Veja mais detalhes em:

http://ajcn.nutrition.org/content/99/5/1041.full.pdf+html
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4086775/

Artigo de referência: Weber M, Grote V, Closa-Monasterolo R, Escribano J, Langhendries JP, Dain E, Giovannini M, Verduci E, Gruszfeld D, Socha P, Koletzko B; European Childhood Obesity Trial Study Group. Lower protein content in infant formula reduces BMI and obesity risk at school age: follow-up of a randomized trial. Am J Clin Nutr. 2014 May; 99(5): 1041-51.

Dr. Artur Figueiredo Delgado -http://www.nestlenutrition.com.br/comentarios-dos-especialistas/detalhe/dr-artur-figueiredo/2016/08/15/a-oferta-proteica-no-primeiro-ano-de-vida

Campanha de vacinação (adiada para setembro) será menor

Esperada geralmente para o mês de agosto, a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite será adiada e também passará por mudanças.

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De 6 meses a 5 anos

Neste ano, a vacina passa a ser indicada apenas para crianças entre seis meses e cinco anos que não tenham tomado até agora todas as doses recomendadas para proteção.

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A ideia é incentivar a atualização da carteira de vacinação, sem fazer com que a vacina oral (“gotinha”) seja aplicada de forma indiscriminada para todas as crianças dessa faixa etária.

No final do inverno

Antes esperada para agosto, a campanha de mobilização para a vacinação também deve ocorrer a partir da segunda quinzena de setembro.

A avaliação é que as olimpíadas poderiam diminuir a adesão à vacina, além de demandar mais esforços da rede de saúde.

A verdade

No entanto a imprensa descobriu que o adiamento ocorreu por problemas de fornecimento e no cronograma do laboratório de Bio-Manguinhos, da Fiocruz, responsável pelas vacinas.

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Questionado, o laboratório nega falta de vacinas e diz que o adiamento ocorre devido a mudanças na produção das vacinas contra a pólio neste ano, conforme nova orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Nota “oficial”

O Ministério da Saúde respondeu que as mudanças na campanha “não prejudicam a imunização da população”, uma vez que a poliomielite está erradicada no Brasil desde 1990 e que as doses necessárias para proteção estão garantidas.

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A vacina contra a pólio é aplicada em três doses injetáveis, no 2º, 4º e no 6º mês de vida do bebê. Em seguida, são indicadas duas doses de reforço da versão oral, a gotinha, aos 15 meses e aos 4 anos.

Doses desnecessárias

Segundo especialistas da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o modelo anterior da campanha fazia com que muitas crianças recebessem várias doses extras sem necessidade.

ADOLESCENTES

A campanha de vacinação também será voltada à atualização da vacinação de  crianças e adolescentes de 9 a 14 anos contra outras doenças –em caso de doses esquecidas ou a vencer.

Meninas, por exemplo, poderão receber a imunização contra o HPV, que protege contra câncer de colo de útero.

“É uma campanha de multivacinação. A novidade é que não será só para crianças, mas também para adolescentes, que é um público em que as taxas [de vacinação] baixam muito. Precisamos mudar essa cultura de que vacinação é só para crianças”, diz Renato Kfouri, da SBIm.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/07/1788394-vacinacao-contra-a-polio-e-adiada-e-adolescentes-poderao-tomar-dose.shtml

Veja o Calendário Vacinal 2016 (SBIm):

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Site do Ministério da Saúde, mais uma vez, desatualizado.

Embora o calendário vacinal tenha sido alterado pelo Ministério da Saúde em 2016, sua página oficial continua desatualizada. Por exemplo, as informações sobre poliomielite são de 18/6/14.

Detalhes –  Criado em 18 Junho 2014

Vacinação

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O Brasil adota em seu esquema vacinal básico a vacina antipólio oral (VPO – Sabin), no seguinte esquema: 1ª dose, aos 2 meses; 2ª dose, aos 4 meses; 3ª dose, aos 6 meses; reforço, aos 15 meses.

Quando dizer que a criança está imunizada

Entende-se por criança adequadamente vacinada aquela que recebeu três ou mais doses da vacina oral contra a Poliomielite, com um intervalo mínimo de 30 dias entre cada dose.

Em ambas as atividades (vacinação de rotina e campanhas), devem ser alcançadas coberturas vacinais altas (95%) em todos os municípios.

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Esquema Sequencial VIP-VOP

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Esquema:

Administrar duas doses, aos dois e quatro meses de idade, com intervalo de 60 dias. Em situação epidemiológica de risco, o intervalo mínimo pode ser de 30 dias entre elas.

Completar o esquema de vacinação com a vacina poliomielite 1,2 e 3 (atenuada)

VOP aos seis meses de idade

Este esquema sequencial está indicado para crianças até quatro anos e 11 meses e 29 dias

Dose: 0,5 ml, via intramuscular

Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada) – VOP

Esquema:

Administrar uma dose, aos seis meses de idade.

Reforço:

Administrar o primeiro reforço aos 15 meses de idade e o segundo reforço aos quatro anos de idade.

Dose: duas gotas, exclusivamente por via oral.

http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/764-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/poliomielite-paralisia-flacida-aguda/13462-vacina-polio

Doping esportivo. Conheça a lista (medicamentos utilizados com frequência)

O que é?

O doping esportivo é a utilização, por um atleta, de substâncias não naturais ao corpo para melhorar seu desempenho de forma artificial.

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Atualmente, durante competições esportivas internacionais, os jornais publicam escândalos envolvendo técnicos e atletas pegos no exame antidoping.

História

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O uso ilícito de substâncias – medicamentos,  hormônios, entre outras – como artifício para ganhar competições esportivas é muito antigo.

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Já nos Jogos Olímpicos da Grécia, cerca de três séculos antes de Cristo, havia uma regulamentação para evitar que os competidores tivessem o baço arrancado.

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Acreditava-se que com o esforço físico dos maratonistas, este órgão poderia endurecer e prejudicar o resultado.

Sofisticação

Ao longo dos anos, esse tipo de artimanha tem se sofisticado. Ao mesmo tempo em que as substâncias e os fármacos são aprimorados para passarem despercebidos nos exames de urina e de sangue feitos nos atletas, os próprios métodos de detecção também se sofisticam.

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Hormônios

Assim, é difícil haver dúvida nos resultados, conforme explica Jair Rodrigues Garcia Junior, professor universitário de Educação Física, ainda que algumas substâncias sejam parecidas com as produzidas pelo corpo humano.

“As mulheres, por exemplo, também produzem hormônios masculinos, porém, em pequenas quantidades. Quando elas usam esteroides para aumentar a força muscular, os exames detectam a quantidade de hormônio artificial no corpo, porque a excreção na urina é diferente da natural”, afirma o professor.

Troca de urina

O que complica para determinar se um atleta usou ou não doping, é que muitos trocam a urina a ser examinada por a de outra pessoa, sem resquícios dos medicamentos ou drogas. Por isso, os comitês esportivos internacionais agora também pedem DNA da urina, quando necessário.

Teste nos treinamentos

Para o doping não deixar traços, muitos atletas deixam de usar as drogas no período de competição, mas já foram “beneficiados” por seus efeitos. “Agora alguns campeonatos começam a realizar os testes ainda no período de treinamento para evitar isso”, diz o professor Jair.

Atletas sabem

Como o doping é mais comum em competições importantes, geralmente internacionais, os envolvidos são esportistas de muita experiência. “Dificilmente um atleta desse nível profissional não sabe que as substâncias são ilícitas, especialmente porque a maioria delas é injetável e é preciso a concordância dele para a aplicação. Por isso, não se pode culpar somente os treinadores”, afirma.

Substâncias de uso medicinal

A dificuldade em combater o doping se dá também porque praticamente todas as substâncias utilizadas são de uso médico, vendidas com receitas controladas. “Um paciente com câncer, por exemplo, usa hormônios para recuperar a força muscular”, explica Jair.

Isso significa que por trás do doping, há sempre alguém que está descumprindo a lei e vendendo esses medicamentos sem o controle médico devido.

http://novaescola.org.br/formacao/doping-esportivo-atleta-campeonato-492977.shtml

Regras usadas para todo atleta

1 – Exames antidoping a qualquer momento, isto é, qualquer dia do ano e em qualquer lugar que ele esteja;

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2 – O atleta recebe orientação verbal e uma cartilha com todas as instruções necessárias, como a de nunca utilizar medicamentos ou simples suplementos sem orientação do médico do esporte da sua equipe. O cuidado é tanto, que nem sequer água sem origem, pomadas ou alimentos, ou seja, nada deve ser consumido por conta própria.

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Atletas, em geral, seguem alertas e recomendações, mas vez ou outra ainda ocorrem casos de doping.

Como explicar?

Anos para se alcançar o nível de elite são jogados fora com explicações no mínimo bizarras. Os atletas do atletismo pegos no doping em 2009 – dizendo que nem sabiam o que era! – tiveram como agente da ilegalidade um não-médico, que por conta própria aplicou injeções de EPA.

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Internet

Uma famosa nadadora foi pega no exame antidoping em junho de 2011 porque comprou pela internet para experimentar, o estimulante “1MR”, composto de 300 mg de cafeína, 30% de guaraná, 25% de chá mate e o proibido DMAA.

Nadadores brasileiros tomaram cápsulas de cafeína (liberada), contaminadas por anoréxico na sua preparação.

http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/noticia/2012/06/doping-conheca-substancias-proibidas-mais-comuns.html

Veja a lista de substâncias:

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Saiba mais:

O esporte sofreu inúmeras transformações desde as competições esportivas da antiguidade. O desenvolvimento do esporte foi amplamente influenciado pelas transformações ocorridas na sociedade, trazendo novos valores e objetivos para o esporte.

A influência da mídia, assim como os altos investimentos, transformaram a busca pela vitória. O que antes era visto no esporte como uma forma de superação, de comparação de habilidades passou a ser visto como uma mercadoria.

O esporte envolve, hoje, relações interdisciplinares complexas e as formas, de aumentar drasticamente o desempenho têm chamado a atenção de diversas áreas.

As competições esportivas deveriam ser pautadas pela igualdade de oportunidades, onde vence o melhor, o que mais trabalhou para alcançar resultado.

Ao contrario, as competições entre atletas de alto-rendimento são pautadas pelo resultado, pela busca da vitória a qualquer custo, reforçando o uso de recursos que viabilizem a obtenção da vitória. Dessa forma, atletas utilizam a melhora da performance como uma justificativa para o uso do doping.

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O doping

Por definição é considerado doping o uso de substâncias ou métodos capazes de aumentar artificialmente o desempenho esportivo e que estejam listados pela WADA-AMA/IOC (World Anti-Doping Agency/International Olympic Committee) sejam eles potencialmente prejudiciais á saúde do atleta ou a de seus adversários, ou contrário ao espírito do jogo.

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O controle de doping é regulamentado pelo Comitê Olímpico Internacional, pelas Federações Internacionais e mais recentemente pela WADA-AMA.

Anualmente a WADA divulga uma lista em que são oferecidas explicações a respeito das substâncias e métodos proibidos. A ideia básica é a de que os esportistas em geral conheçam a lista das drogas e dos métodos a serem evitados, assumindo a co-responsabilidade pelo processo de controle de uso na prática esportiva.

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Fazem parte da lista: substâncias como agentes anabólicos, hormônios peptídicos, fatores de crescimento e substâncias afins, beta-2 agonistas, antagonistas de hormônios e moduladores, diuréticos e outros agentes mascarantes.

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Além de estimulantes, narcóticos, canabioides e glicocorticoides; entre os métodos proibidos constam o aumento da transferência de oxigênio (aumento artificial da captação de oxigênio, manipulação do sangue para aumentar a taxa de transporte de oxigênio), manipulação química e física e doping genético; algumas substâncias são específicas para alguns esportes como, por exemplo, álcool e beta-bloqueadores.

Histórico do doping

O uso de substâncias que aumentem o rendimento físico é quase tão antigo quanto o desenvolvimento das atividades físicas organizadas, seja no oriente, ocidente, nas sociedades simples ou complexas, esteve presente à utilização de alguns artifícios (físico, químico, psicológico) destinados a aumentar as capacidades físicas humanas.

Desde os primórdios da humanidade o homem usa de suas capacidades físicas para sobreviver e desde então há registro do uso de substâncias para o aumento do rendimento no trabalho, na caça, entre outras atividades.

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O uso de drogas e métodos entre os atletas para melhorar o desempenho físico é tão antiga quanto à história do esporte em si e tem sido uma característica da competição humana desde então. O conhecimento em desenvolvimento e uso de diferentes drogas e substâncias foram descritas em várias culturas durante a história, como entre os antigos egípcios, atletas gregos e gladiadores romanos que utilizavam chás de ervas e cogumelos, assim como os chineses que já conheciam os efeitos da efedrina.

A “profissionalização” do esporte ocorreu a partir de 400 a.C., com prêmios elevados para os vencedores, resultando numa “casta” de desportistas muito bem pagos e prestigiados, os quais recebiam premiação em dinheiro, moradia, alimentação, isenção de impostos e do serviço militar. Tal valorização levou à profissionalização do esporte, resultando em sua comercialização e uma conseqüente corrupção do sistema.

Nas primeiras edições modernas dos Jogos Olímpicos, o doping era raro, mas não ilegal. Uma das misturas dopantes mais usadas consistia em um coquetel com cocaína, cafeína e estricnina.

O primeiro caso fatal de doping que se tem notícia ocorreu em 1886 com um ciclista francês. No ciclismo usavam-se intensivamente as speed balls, mistura de cocaína com heroína. O fato chamou a atenção do meio esportivo, foi iniciada então, a luta moderna pelo controle do doping.

Na virada do século XXI, o controle de dopagem no esporte adquiriu uma maior sofisticação, englobando também, drogas sociais, banindo em várias modalidades desportivas a cocaína e alucinógenos derivados de anfetaminas e, de modo inovador, o consumo de maconha.

A sofisticação da dopagem acompanha a evolução da farmacologia. Novas drogas com finalidade terapêutica, cada vez mais passam a ser usadas pelos seus efeitos terapêuticos e colaterais.

Assim, atletas abusam do uso de beta-agonistas conhecidos como antiasmáticos (clembuterol, salbutamol, terbutalina) pelo seu efeito colateral anabolizante. Da mesma forma, são empregados insulina e seus análogos, hormônios de crescimento e gonadotrofina coriônica humana.

O combate ao doping no esporte na sua forma moderna teve início na década de 60. Segundo relatos, cerca de 30% dos participantes dos eventos desportivos internacionais faziam uso de algum tipo de estimulante químico.

Em 1967, o COI condenou a prática do doping, apresentando uma lista de substâncias consideradas proibidas e iniciou o controle antidoping. O ano de 1968 com os Jogos Olímpicos de Inverno na França, e os Jogos Olímpicos de Verão na cidade do México pode ser considerado o marco do controle de doping no esporte.

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A luta contra a dopagem compreende, idealmente, não só a programação de controles antidoping durante e fora de competições esportivas, mas especialmente uma conscientização e orientação dos atletas a respeito desta importante temática, bem como de um processo de julgamento no tempo e na forma adequada dos atletas quando ocorre um resultado analítico adverso no laboratório.

O fenômeno esportivo

Desde o surgimento de atividades físicas com a finalidade de competição até aos grandes espetáculos dos dias atuais, o esporte passou por inúmeras transformações. Os valores do esporte, a própria prática da modalidade, as técnicas, os equipamentos as regras, tem sido alteradas, acompanhando assim, as transformações que ocorrem na sociedade, refletindo em seu ambiente os avanços científicos, tecnológicos e os valores criados e desenvolvidos pelos indivíduos.

Atualmente, o esporte de alto-rendimento pode ser caracterizado pela competição, pela superação de marcas ou índices e pela obtenção de títulos.

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Os eventos promovidos pelo Comitê Olímpico Internacional e pelas Federações Internacionais, nas últimas décadas transformaram-se em megaeventos, movimentando grandes somas e mobilizando um universo que transcende os atletas e seus treinadores. Os exemplos mais típicos são os Jogos Olímpicos e as Copas do Mundo de Futebol, eventos capazes de gerar as maiores verbas do planeta em relação a sua organização e realização.

O crescimento da importância do esporte, em decorrência dos grandes investimentos e do lucro gerado pelo fenômeno esportivo, gerou modificações em relação ao papel do atleta. Além disso, a influência da mídia acelerou a entrada de valores financeiros elevados e crescentes nas estruturas esportivas internacionais e tem direcionado os rumos do esporte no planeta, influenciando as metas e modificando os objetivos originais do fenômeno esportivo.

A participação nos Jogos Olímpicos ganhou novos significados e passou a representar muito mais do que uma comparação de habilidades ou técnicas, mas a venda de idéias ou produtos.

Os atletas, antes amadores, passaram a viver do esporte. A busca pela vitória tornou-se uma espécie de mercadoria. Os meios utilizados para obter êxito e a crescente evolução nas áreas do treinamento e da tecnologia, obrigaram os organizadores do esporte a estabelecerem certos limites.

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Motivos para a utilização do doping

Na Antiguidade, quando gregos competiam, a busca pela vitória era fundamentada no superar-se, no romper barreiras individuais, para então alcançar o seu máximo na competição em que participava e assim aproximar-se de uma condição divina.

A vitória sobre o adversário era uma decorrência desse processo. Então, os vitoriosos seriam todos aqueles que superassem seus limites físicos e morais.

O recorde, com a ideia de valorização social, através dos dados numéricos, nasceu com o esporte moderno e se fortalece, cada vez mais, no esporte contemporâneo.

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Mais fortemente, no século XIX, a valorização das marcas se fez presente no mundo esportivo e o recorde adquiriu uma importância excepcional. Assim, a prática esportiva, com o objetivo de atingir os melhores resultados dentro da competição, continua a firmar-se como um espaço de realização e de confirmação de competências pessoais e sociais.

A razão física para o uso de drogas no esporte e mais recentemente, pela remodelação genética é melhorar o desempenho, dando-lhe um maior poder competitivo. A razão psicológica de dopar-se reflete em sua raiz um alto grau de exigência (intrínseca e extrínseca) e de responsabilidade.

As pressões familiares, sociais e econômicas, além da influência da mídia, transformam o atleta em um instrumento da vontade alheia, retirando sua capacidade de discernir onde se situam os limites éticos, morais e de segurança de seu comportamento. Muitas vezes o doping é diretamente incentivado por dirigentes, empresários, treinadores, médicos, “amigos” e familiares.

O atleta que utiliza estimulação artificial opta por esta conduta porque se sente inseguro, acreditando não ser capaz de corresponder às suas expectativas e de muitas outras pessoas, ainda mais quando a sociedade atual tem como parâmetro produtivo a realização de resultados, e no esporte essa lógica é imediata e evidente.

Além disso, quando um atleta faz uso de substâncias dopantes ele busca não somente a vitória e o prazer que esta lhe proporciona, mas os desdobramentos como retribuição financeira e prestígio social.

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Numa perspectiva histórica fica demonstrado que atletas são influenciados pelo aspecto socioeconômico levando-os a exceder seus próprios limites, em muitos casos o esporte representa, a chance de ascensão social e econômica para os menos favorecidos.

Os atletas de alto nível permanecem em uma luta constante por sua posição, assim os atletas dependem de seu rendimento, o qual tem de maximizar em curtos períodos de tempo, pois geralmente, suas carreiras são bastante curtas, esse pode ser um dos argumentos utilizados para justificar a ideia de ganhar “a qualquer custo”.

Não acreditam em si próprios e em sua capacidade e vêem em seu corpo um obstáculo para realizar o sonho de ser campeão, e assim recorrem à dopagem para compensar o que julgam ser defeito da natureza. Assim, avaliações negativas e conceitos pessimistas de si próprio, empurram o atleta para o doping.

Doping e ética

A competitividade e a busca constante por rendimentos superiores são padrões de comportamento entre atletas e a população em geral. Os campeões são vistos como importantes referências de identificação para a sociedade e quando utilizam substâncias ilícitas para vencer, teme-se que, não só estejam prejudicando a si mesmos, mas também a imagem do esporte.

A questão do doping no esporte envolve sérias questões éticas. Usualmente, assume-se como certo que o uso de drogas proibidas é antiético, especialmente pelo fato de que se busca recurso não natural para aumentar a performance, atentando-se contra a honestidade na competição, inclusive com riscos para a própria saúde.

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O doping no esporte tem sido tratado de maneira consensual, como um ato antiético. Burlar a lei das substâncias e dos métodos proibidos para vencer a qualquer preço parece caracterizar um comportamento injusto com os outros, contrário à comunidade em que se está inserido e, por isso mesmo, eticamente condenável.

O doping constitui-se num grande problema do esporte contemporâneo. Apesar do discurso quase hegemônico de condenação desta prática, a eliminação doping do cenário esportivo parece ainda distante.

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O uso de doping configura uma manipulação e alteração da natureza. Com a intervenção de substâncias químicas torna-se possível alcançar resultados inatingíveis por meios naturais. O recurso do doping rouba o otimismo, o entusiasmo, e a crença do atleta nas suas possibilidades de superação e aprimoramento; destrói o sentido do trabalho, do esforço, da persistência, substituindo esses valores pela triste mentalidade da esperteza, da farsa.

Considerações finais

A vitória, o resultado, se mostram como uma condição básica do esporte atual, com isso atletas e envolvidos com o meio esportivo buscam cada vez mais recursos que viabilizem o alcance de seus objetivos.

Com a profissionalização do esporte, atletas passaram a se dedicar integralmente ao alcance de suas metas. Muitos atletas são vistos como heróis servindo de referência de identificação para a sociedade. Assim o espetáculo esportivo promovido por esses atletas passou a ser vendido como mercadoria, atraindo grandes investimentos e também a atenção da mídia.

Atletas são pressionados constantemente à conquista de resultados cada vez melhores, muitas vezes em um curto período, com isso atletas se sentem inseguros, sentindo-se incapazes de corresponder suas próprias expectativas e as de outras pessoas. Assim visando o resultado, esses atletas acabam recorrendo ao uso do doping.

Ao utilizar substâncias dopantes e recursos ilegais com o intuito de melhorar o desempenho, os atletas não buscam apenas superar os adversários em busca da vitória, há também a busca pelo status, pelo prestígio social e principalmente pela retribuição financeira.

Apesar dos avanços tecnológicos para a detecção do uso substâncias dopantes por atletas de alto-rendimento, o controle anti-dopagem ainda não é totalmente seguro, favorecendo aos atletas desonestos que utilizam meios ilegais para se sobrepor a outros competidores.

http://www.efdeportes.com/efd180/o-uso-do-doping-no-esporte.htm

Grupos sanguíneos: informações para os pais.

Alguns pais referem dúvidas sobre a possibilidade de seu filho apresentar grupo sanguíneo diferente do seu.

A ignorância tende a agravar a situação e muitas vezes cabe ao pediatra esclarecer, por exemplo, que um homem A+ e uma mulher B+ podem gerar uma criança O- (negativo).

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Introdução

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O Sistema ABO foi o primeiro sistema de grupos sanguíneos. Em 1900, Landsteiner descreveu os antígenos A, B e C (depois renomeado como O).

Ao observar muitos acidentes em transfusões,  provou que a espécie humana possui grupos sanguíneos diferentes.

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Notou-se em testes que as hemácias do doador, em alguns casos, aglutinavam em contato com plasma do sangue do paciente.

A partir disso, foi possível relacionar o fenômeno das reações entre anticorpos e antígenos.

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Antígenos x anticorpos

Antígenos são todas as substâncias que nosso organismo entende serem “invasoras”, podendo ser uma proteína, um polissacarídeo etc.

A anticorpos são proteínas encontradas no plasma sanguíneo e têm a função de neutralizar ou destruir a substância invasora. Isso só é possível, pois o anticorpo tem uma forma complementar à do antígeno, sendo a reação antígeno-anticorpo específica.

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Genética e hematologia

O genes ABO se localizam no braço longo do cromossoma 9 (posição 9q34.1‑q34.2). Foram definidos quatro genes: A1 , A2 , B, O.

Esses genes codificam a produção de duas enzimas glicosiltransferases A e B.

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A transferase A α (1,3 N acetilgalactosaminil transferase), que adiciona o açúcar N acetil galactosamina e produz o antígeno A; e a transferase B (α1,3 galactosil transferase), que adiciona a galactose e produz o antígeno B num substrato precursor na membrana da hemácia, o antígeno H. O gene O não produz transferase ativa.

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A sequência de DNA do gene O é idêntica ao do gene A, exceto pela deleção (G‑261) na região N‑terminal, o que codifica uma proteína truncada.

O gene alelo A2 difere de A1 pela simples deleção de uma base na região C‑terminal, na posição 467, sendo o nucleotídeo T em A2 e C em A1 ; o gene A2 produz uma transferase A2 que tem uma atividade reduzida, quando comparada com a transferase A1.

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A diferença entre genes A e B são sete nucleotídeos no DNA, que resultam em quatro aminoácidos diferentes nas transferases A e B.

Sistema ABO

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É o mais importante e mais conhecido sistema de grupos sanguíneos. Em decorrência da presença de antígenos ABO na maioria dos tecidos do organismo, trata-se mais de um sistema de histocompatibilidade, do que simplesmente de um sistema de grupos sanguíneos.

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A atividade das glicosiltransferases dos antígenos A e B varia em diversos subgrupos do sistema ABO.

Sistema Rh

O sistema Rh é o mais complexo sistema de grupos sanguíneos. Depois do sistema ABO, é o de maior importância clínica.

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Descoberto em 1939, tornou-se o sistema de grupo sanguíneo com mais alto polimorfismo entre os marcadores conhecidos da membrana eritrocitária.

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Até o presente momento, 49 antígenos foram identificados no sistema Rh, e os estudos genéticos e bioquímicos têm sido caracterizados pelas controvérsias. O período de descoberta dos primeiros antígenos do sistema Rh (D, C, E, c, e)

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30 sistemas

As técnicas de hemaglutinação direta ou indireta permitiram o conhecimento dos grupos sanguíneos, sendo hoje relatados mais de 280 antígenos agrupados em 30 sistemas – notadamente o ABO, o Rh e o MNS, além de outros mais complexos.

Imuno-hematologia eritrocitária

A imuno-hematologia eritrocitária é uma ciência que estuda os grupos sanguíneos mediante a análise dos mais diversos antígenos eritrocitários e de seus correspondentes anticorpos séricos, estando diretamente relacionada a três disciplinas:

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• Imunologia: que identifica os antígenos eritrocitários e os distribui em sistemas, e que estuda, também, as imunizações provocadas por esses antígenos e os problemas imunológicos resultantes das reações antígeno–anticorpo;

• Genética: que estuda a transmissão hereditária dos grupos sanguíneos de acordo com as leis de Mendel;

• Bioquímica: que estuda os antígenos inseridos na membrana eritrocitária como estruturas reativas (lipídeos, proteínas, glicídios). As bases científicas da transfusão de sangue foram adquiridas somente no início do século XX.

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GRUPOS SANGUÍNEOS

Os seres humanos apresentam quatro grupos sanguíneos:

Grupo A: Possui um antígeno chamado aglutinogênio A;
Grupo B: Possui antígeno chamado aglutinogênio B;
Grupo AB: Possui os dois antígenos, aglutinogênio A e B;
Grupo O: Não possui nenhum dos dois antígenos.

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O gene A (ou IA) determina a formação do aglutinogênio A, o gene B (ou IB) determina a formação do aglutinogênio B, o gene O (ou i) não forma nenhum aglutinogênio e os genes A e B determinam a formação dos aglutinogênios A e B.

O plasma também possui anticorpos chamadas aglutininas são estas que causam os acidentes em transfusões, pois indivíduos do grupo A possuem aglutininas Anti-B, do grupo B possuem aglutininas Anti-A e os do grupo O possuem as duas aglutininas e os indivíduos AB não possuem nenhuma dessas substâncias (TABELA 1).

GENÓTIPOS GRUPO  AGLUTINOGÊNIO (nas hemácias)  AGLUTININA (no plasma) 
IA IA – IA i A  Aglutinogênio A Anti-B
IB IB – IB i B  Aglutinogênio B Anti-A
IA IB AB  Aglutinogênios AB Nenhuma
ii O  Sem aglutinogênio  Anti-a e anti-b

Testes

Para verificar a presença do grupo sanguíneo de um indivíduo, são feitos  testes, colocando uma gota de sangue do indivíduo a ser verificado nas extremidades de cada lâmina e adicionando soro contendo aglutinina Anti-A em uma das extremidades e o soro com aglutinina Anti-B no outro.

Assim, pode ser observada a  aglutinação de alguns grupos na presença do soro anti-A e/ou anti-B.

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30 sistemas de grupos sanguíneos

Os sistemas de grupos sanguíneos são caracterizados por antígenos na membrana eritrocitária, com características funcionais e polimórficas definidas.

Atualmente, já foram descritos 30 sistemas de grupos sanguíneos, de acordo com a ISBT (International Society for Blood Transfusion).

Medicina transfusional

Na medicina transfusional, a compatibilidade para o sistema ABO e para o antígeno D do sistema Rh é fundamental na prevenção de reações hemolíticas, embora seja desejável que outros antígenos sejam compatibilizados, especialmente C, c, E, e do sistema Rh, assim como os principais antígenos dos sistemas Kell, Kidd, Duffy e MNS.

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Rh e seus alelos

O fator Rh depende de um antígeno nas hemácias, édiferente dos aglutinogênios. O Rh+ é responsável pela presença de antígenos, e possui o alelo dominante D (ou Rd) e o Rh é responsável pela ausência do antígeno e possui alelo d (ou rh).

Quando em um casal, um indivíduo possui Rh– (negativo) possuindo alelo dd e o outro Rh+ (positivo)Dd há duas possibilidades, sendo 50% Dd (Rh+) e 50% dd (Rh).

Em casos em que a mãe possua Rh e o filho Rh+, as hemácias do filho passam para a circulação da mãe, durante a gravidez e, principalmente, durante o parto.

Doença hemolítica do recém-nascido (DHRN)

O organismo da mãe, então,  estimula a produção do anticorpo anti-Rh.  Por não ter uma produção rápida, o primeiro filho nascerá sem problemas, mas, em uma próxima gestação, os anticorpos concentrados no sangue da mãe, atravessam a placenta resultando na aglutinação das hemácias do feto.

A criança pode desenvolver uma doença chamada eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido (DHRN).

Essa doença nos casos mais graves pode levar à morte. Pode ser necessário submeter a criança à troca gradativa de seu sangue por sangue Rh.

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Outra forma de prevenção é a mãe Rh-,  logo após o parto, receber uma aplicação de imunoglobulina anti-Rh.

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Dessa forma, os anticorpos destroem as hemácias positivas deixadas pelo feto e a mãe que continuará sendo Rh– poderá novamente engravidar sem correr risco para o feto, mesmo ele sendo Rh+,pois será como se fosse a primeira gravidez.

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http://educacao.globo.com/biologia/assunto/hereditariedade/grupos-sanguineos.html

Anticorpos

Os anticorpos do Sistema ABO estão ausentes no nascimento e são detectáveis após os quatro meses de idade.

Uma das teorias propostas para seu aparecimento consiste na heteroimunização (flora bacteriana intestinal, anatoxinas diftéricas ou tetânicas, soroterapia antitetânica, medicamentos de origem animal, vacina antigripal, infecção por Toxocara canis etc.).

A gravidez ABO incompatível, assim como a transfusão incompatível, pode determinar a aloimunização eritrocitária e o aparecimento das imunoglobulinas da classe IgG.

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Os anticorpos ABO são potentes IgM ou IgG e determinam forte aglutinação direta com hemácias A ou B. São capazes ainda de ativar a cascata de complemento até C9, portanto, levando a hemólise aguda intravascular.

São extremamente importantes do ponto de vista transfusional, estando relacionados à reação transfusional grave.

Estão também envolvidos em casos de Doença Hemolítica Perinatal, porém, em geral, de forma clínica moderada, levando a icterícia leve. Anti‑A: ocorre naturalmente no soro de todos os indivíduos do Grupo B. Anti‑B: ocorre naturalmente no soro de todos os indivíduos do Grupo A. Anti‑AB: ocorre naturalmente no soro de todos os indivíduos do Grupo O. Anti‑A1: pode ocorrer naturalmente nos indivíduos A2 , quase sempre é uma aglutinina fria, tipo IgM, encontrada em cerca de 1% a 4% dos indivíduos A2 e em 25% dos indivíduos A2 B.

Geralmente não está associada a reação hemolítica transfusional ou doença hemolítica perinatal. Na presença de anti‑A1 , só é necessário selecionar hemácias A2 para transfusão se o anticorpo reagir a 37 o C.

Estudo derruba teoria da dieta do tipo sanguíneo

Ficou provado que a maneira de um indivíduo reagir a qualquer uma das dietas não tem qualquer relação com o seu tipo de sangue.

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, com 1.455 pessoas, mostra que a teoria da conhecida dieta do tipo sanguíneo – que afirma que necessidades nutricionais de um indivíduo variam de acordo com tipo de sangue – não é válida.

Segundo o coordenador do estudo, Ahmed El-Sohemy, professor associado e diretor de pesquisa em nutrigenômica da Universidade de Toronto, “não foi encontrada nenhuma evidência que apoie a teoria da dieta do tipo sanguíneo”.

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O estudo concluiu que a maneira de um indivíduo reagir a qualquer uma das dietas não tem qualquer relação com o seu tipo de sangue, mas sim com a sua capacidade de manter uma alimentação sensivelmente vegetariana ou pobre em carboidratos.

A dieta do tipo sanguíneo se tornou popular com o livro “Eat Right for Your Type”, de Peter D’Adamo.

A teoria por trás da dieta é que há alimentos que estimulam a perda de peso dependendo do tipo de sangue da pessoa. E prometia uma perda de até 6kg em um mês. Segundo a dieta, pessoas do grupo sanguíneo O, por exemplo, tinham dificuldade em digerir lactose do leite e seus derivados.

Os do grupo A deveriam evitar carne vermelha. Para o tipo sanguíneo B, o vilão era o frango e para o AB poucos tipos de carnes eram tolerados.

O livro se tornou um best-seller pelo New York Times, foi traduzido para 52 idiomas e vendeu mais de 7 milhões de cópias.

“- Tem gente que busca o milagre do emagrecimento. E os argumentos dessas dietas famosas, como a do tipo sanguíneo, Beverly Hills, são inteligentes e conquistam essas pessoas. Mas sabemos que o que funciona mesmo é uma dieta em que se coma menos calorias do que se gasta. Este estudo é interessante porque prova que esta dieta do tipo sanguíneo é uma bobagem, sem fundamento – afirma o endocrinologista Alfredo Halpern, professor de Endocrinologia da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo o coordenador, cada participante teve a sua dieta habitual avaliada usando um questionário de frequência alimentar. As dietas foram calculadas e pontuadas para determinar a aderência em relação a cada uma das dietas do tipo sanguíneo recomendadas, utilizando uma lista de alimentos para consumir ou evitar, de acordo com cada tipo sanguíneo.

Os efeitos à saúde foram avaliados pelos fatores de risco cardiometabólico (pressão arterial, insulina, colesterol e triglicérides). Os pacientes, que não eram obesos nem estavam em sobrepeso, foram avaliados durante um mês.

De acordo com o pesquisador, seria esperada a perda de peso naqueles que seguissem as dietas do tipo A ou AB.

“- No entanto, pessoas com sangue tipo O tiveram o mesmo benefício. Os resultados mostram claramente que algumas das dietas do tipo sanguíneo podem ser boas para uma pessoa, mas não tem nada a ver com o seu tipo de sangue. Não é uma novidade que essas dietas sejam benéficas, já que geralmente são dietas saudáveis, por exemplo, dietas vegetarianas ou pobres em alimentos processados. A teoria de que as pessoas com diferentes tipos de sangue devem comer diferentes alimentos agora foi provada ser falsa” – disse ao GLOBO o pesquisador.

“- O estudo desmistifica a tal dieta do grupo sanguíneo e mostra mais uma vez que hábitos saudáveis estão associados com menor risco cardiovascular. Faltou apenas mostrar resultados na perda de peso – avalia o endocrinologista Marcos Tambascia, chefe do serviço de Endocrinologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).”

http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/estudo-derruba-teoria-da-dieta-do-tipo-sanguineo-11369195

Vacina contra a dengue (entre 9 e 45 anos)

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A vacina é indicada para uso de pessoas entre nove e 45 anos, não protege contra os vírus Chikungunya e Zika

 A vacina contra a dengue possui registro concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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A Dengvaxia® – vacina dengue 1, 2, 3 e 4 (recombinante, atenuada) foi registrada como produto biológico novo, de acordo com a Resolução – RDC nº 55, de 16 de dezembro de 2010. O registro permite que a vacina seja utilizada no combate à dengue. Porém, vale destacar que a vacina não protege contra os vírus Chikungunya e Zika.

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1 – Pessoas com menos de nove anos e mais de 45 podem tomar a vacina?

A vacina está aprovada para uso pediátrico e adulto, dos nove aos 45 anos de idade. Os limites de idade foram determinados com base, principalmente, nas informações de segurança da vacina, obtidas durante a realização dos estudos clínicos.

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Para crianças com menos de nove anos, o risco de complicações mais sérias ainda não foi determinado; para aqueles com mais de 45 anos de idade, não há dados suficientes para garantir a segurança da vacina.

O médico responsável poderá avaliar o risco/benefício de se utilizar a vacina em idades diferentes das recomendadas no texto da bula.

2 – Se eu tiver acabado de fazer 46 anos, posso tomar a vacina?

Como esclarece a pergunta anterior, vacina está aprovada para uso pediátrico e adulto, dos nove aos 45 anos de idade. O uso em idades diferentes das recomendadas no texto de bula deve ser discutido com o médico, que avaliará o risco/benefício da utilização da vacina.

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3 – Minha filha, filho, sobrinho etc. ainda vai ter oito anos quando lançarem a vacina, mas completará nove anos logo em seguida. Ela(e) pode ser imunizada(o)?

Como a vacina está aprovada para uso pediátrico e adulto, dos nove aos 45 anos de idade, não deve ser administrada em crianças com menos de nove anos de idade Isto porque os dados clínicos disponíveis não são suficientes para concluir sobre o risco/benefício da vacinação nesta faixa etária.

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O uso da Dengvaxia® em idades diferentes das recomendadas no texto da bula deve ser discutido com o médico, que avaliará o risco/benefício da utilização da vacina.

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4 – A vacina também imuniza contra a Chicungunya e contra o Zika vírus, transmitidos pelo Aedes aegypti?

A vacina não protege contra os vírus Chikungunya e Zika. A Dengvaxia® é uma vacina utilizada para ajudar a proteger contra a dengue causada pelos sorotipos 1, 2, 3 e 4 do vírus da dengue.

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A vacina é aplicada em adultos, adolescentes e crianças dos nove aos 45 anos de idade que moram em áreas endêmicas (áreas em que a dengue esteja sempre presente).

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5 – Se eu tomar duas doses da vacina e esquecer de tomar a última, estarei imunizado?  Se eu tomar apenas uma dose, a vacina vai fazer efeito?

O esquema de vacinação aprovado consiste de três injeções a serem administradas em intervalos de seis meses.

A vacina começa a fazer efeito a partir da primeira dose. No entanto, a eficácia só foi demonstrada após a aplicação das três doses.

6 – Qual deve ser o intervalo entre as doses da vacina?

O esquema de vacinação consiste de três injeções a serem administradas por via subcutânea, em intervalos de seis meses.

7 – A vacina é contra indicada para pessoas com algum tipo de alergia?

A vacina é contraindicada para uso por pessoas que são alérgicas (hipersensíveis) aos princípios ativos ou qualquer outro ingrediente da Dengvaxia® e por pessoas que desenvolveram uma reação alérgica após a administração prévia da Dengvaxia®.

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Os sinais de uma reação alérgica podem incluir urticária, encurtamento da respiração e inchaço do rosto e da língua.

8 – Eu já tive dengue. Posso tomar a vacina?

Sim, pode. A vacina foi aprovada tanto para pessoas que nunca tiveram dengue  como para aquelas que já tiveram a doença.

9 – Se eu estiver com dengue, posso tomar a vacina?

Não. A vacina não trata a doença, ela a previne. Com o restabelecimento da saúde, a vacinação pode ser considerada, após avaliação do médico.

10 – Grávidas podem tomar a vacina?

Não, essa é uma contraindicação da vacina. Dengvaxia® é uma vacina de vírus vivos atenuados, contraindicada para gestantes (não foram avaliadas nos estudos clínicos).

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11 – A vacina dá febre? Quais os principais efeitos colaterais?

É possível que a vacina provoque febre e outros efeitos adversos, embora isso não ocorra com todas as pessoas. As reações adversas mais frequentes observadas nos estudos clínicos foram febre, dor de cabeça, dor no local da injeção, mal-estar e dor muscular.

Outras reações comuns foram reações no local da injeção, como vermelhidão, hematoma, inchaço e coceira.

Reações mais raras foram: endurecimento no local da injeção, doença semelhante à gripe, dor no pescoço, dor nas articulações, vermelhidão intensa, urticária, náusea, dor na boca e garganta, tosse, nariz escorrendo, tontura, enxaqueca, inchaço dos linfonodos (linfoadenopatia) e infecção do trato respiratório superior (nariz, boca, faringe e laringe).

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12 – Posso doar sangue depois de tomar a vacina?

Como a vacina contra a dengue é uma vacina com vírus vivos atenuados, é necessário aguardar um período de quatro semanas após a vacinação para realizar a doação de sangue.

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13 – Quanto dias depois de tomar a vacina estarei imunizado e protegido contra a dengue?

Como o esquema de vacinação consiste de três doses que devem ser administradas em intervalos de seis meses, a proteção contra a doença será atingida após a administração do esquema completo de três doses, ou seja, um ano depois da administração da primeira dose.

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14 – Mesmo depois de tomar a vacina devo continuar usando repelente contra o mosquito?

Sim. a vacinação não é um substituto para a proteção contra as picadas de mosquitos.

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Devem ser tomadas as precauções apropriadas para prevenção das picadas de mosquito, incluindo o uso de repelentes, roupas adequadas e redes de proteção contra mosquitos.

A vacina apenas oferece proteção contra a dengue causada pelos sorotipos 1, 2, 3 e 4 do vírus da dengue.

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O mosquito transmissor da dengue é ainda responsável pela transmissão de outros vírus, como o Zika e Chikungunya, para os quais a vacina contra a dengue não oferece proteção.

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15 – Quem não deve usar a vacina?

Crianças com menos de nove anos, mulheres grávidas ou que estejam amamentando, pessoas alérgicas aos componentes da vacina, pessoas que tenham fenilcetonúria e aquelas com um sistema imunológico enfraquecido ou que recebam orientação médica específica.

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16- A vacina pode causar dengue hemorrágica?

Não. Nos estudos clínicos, a vacina reduziu consideravelmente os casos de dengue grave e de febre hemorrágica da dengue.

17 – Qual a composição da vacina?

A vacina é constituída por vírus vivos atenuados obtidos por tecnologia de DNA recombinante, combinando o vírus atenuado da febre amarela e os quatro sorotipos dos vírus da dengue.

18 – Posso tomar outras vacinas junto com a vacina contra a dengue?

A Dengvaxia® não deve ser administrada com nenhuma outra vacina ou produto farmacêutico injetável.

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Nenhum estudo específico foi realizado sobre a administração concomitante da vacina contra a dengue e de qualquer outra vacina ou produto farmacêutico.

Após a avaliação médica, caso seja necessário administrar concomitantemente alguma outra vacina ou produto farmacêutico, devem ser usadas seringas e agulhas diferentes, e  a aplicação deve ser feita em diferentes partes do corpo. Nos estudos clínicos, a vacina reduziu consideravelmente os casos de dengue.

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Fonte: Portal Brasil com informações da Anvisa

http://www.brasil.gov.br/saude/2016/01/saiba-mais-informacoes-sobre-a-vacina-da-dengue-1